sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Saydnaya: Infame "matadouro de Assad" enfim libertado e onde ainda se procuram sobreviventes, a prisão de Saydnaya, no norte de Damasco, serviu durante décadas para degradar e torturar milhares de presos políticos, que em muitos casos acabavam na forca.

© Lusa   13/12/2024

 O "matadouro de Assad" foi aberto e era o terror que se dizia

Infame "matadouro de Assad" enfim libertado e onde ainda se procuram sobreviventes, a prisão de Saydnaya, no norte de Damasco, serviu durante décadas para degradar e torturar milhares de presos políticos, que em muitos casos acabavam na forca.

Logo após a queda súbita do regime de Bashar al-Assad, que se exilou na Rússia antes de a capital síria ser tomada no domingo pelos grupos militares revoltosos do seu país, cerca de três mil prisioneiros de Saydnaya foram de imediato libertados, na ausência dos guardas que também se puseram em fuga pelos portões do gigantesco complexo, agora assinalado pela saudação 'Free Syria'.

No caminho inverso, milhares de sírios entupiram a estrada de acesso ao longo do árido Rif Dimashq, na esperança de encontrar familiares entre os reclusos ou pistas sobre o paradeiro dos desaparecidos.

Passaram-se quatro dias e as buscas mantêm-se, com operários a abrir caminho com martelos pneumáticos nas caves dos três edifícios dispostos em Y da chamada "zona branca", seguindo rumores, entretanto desmentidos por antigos prisioneiros, de cárceres ocultas no subsolo, a que se juntam métodos ancestrais usados por um homem que perscruta o pátio com auxílio de duas varas metálicas a fim de supostamente encontrar uma localização provável para escavar.

À entrada, dezenas de pessoas passam as noites frias em colchões de espuma ao relento sob um bosque de cedros, e os dias pesquisando milhares de documentos oficiais da prisão, muitos dos quais com a inscrição "confidencial", com fé de que um deles tenha o nome de um familiar em parte incerta.

Os longos corredores dos pisos superiores são percorridos como um museu por visitantes, que espreitam as celas cobertas por tapetes de mantas e roupas deixadas para trás pelos seus antigos ocupantes, tal como mensagens ocasionais de despedida em árabe nas paredes sujas, de gratidão às forças rebeldes ou de vingança contra o clã do Presidente sírio deposto: "Vamos atrás de ti".

Yusuf Daham Shumlan, 35 anos, passou por um daquelas celas em 2016: "Era aqui que estava", relata, apontando para o lugar exato onde ficou detido, enquanto se agacha e pousa um joelho no chão para explicar como batalhava por espaço entre 70 reclusos num máximo de 50 metros quadrados.

O habitante de Deir ez-Zor, no leste da Síria, recorda que foi detido logo a seguir ao seu irmão, há oito anos, por suspeita de terrorismo e colocado numa prisão na sua cidade natal, antes de ser encaminhado para Saydnaya, e também o procedimento padrão quando foi encarcerado com a multidão dos outros prisioneiros: "Cheguei vendado, espancaram-me brutalmente e chutaram-me para dentro da cela". Numa das torturas a que foi sujeito, partiram-lhe uma perna que ainda conserva placas metálicas.

Yusuf descreve ainda que toda a vida se desenrolava dentro da cela, incluindo a higiene num minúsculo espaço sanitário contíguo, a comida era fornecida através das grades -- habitualmente pão, batata mal cozida e tomate -- e tinha de durar três dias, as conversas eram proibidas e severamente punidas se fossem detetadas pelos guardas ou pelas câmaras de vigilância. Quase ninguém escapava de doenças.

Apesar de tudo, pertenceu a um grupo reduzido de presos de curta duração e, ao fim de alguns dias, foi transferido para uma cadeia militar e depois libertado sem qualquer explicação, ao contrário do seu irmão, que permaneceu na cadeia e que nunca viu enquanto esteve detido.

Yusuf ainda conseguiu visitá-lo há seis meses em Saydnaya, "muito doente e esquelético", mas agora encontra-se na lista dos desaparecidos. "Estou aqui há quatro dias à procura dele, talvez haja mesmo mais prisões nos subterrâneos".

É lá que os martelos pneumáticos continuam a bater o subsolo, depois de os "capacetes brancos" da proteção civil síria já terem feito o mesmo e sem sucesso, num trabalho vigiado pelos visitantes da prisão, horrorizados com o tratamento especial dado aos prisioneiros reservados aos pisos inferiores, afinal tão real como as descrições de antigos reclusos e denúncias internacionais de organizações de direitos humanos, sempre rejeitadas pelas autoridades de Damasco.

Nas caves, os presos eram privados de luz e depositados nas dezenas de celas húmidas, imundas e muito mais pequenas do que aquela que recebeu Yusuf, segundo um dos seus antigos ocupantes, que ali permaneceu entre 2019 e 2021, submetido a este tratamento cruel a que nem a doença era tolerada.

"Se nos queixávamos de alguma coisa, era espancamento certo", recorda este antigo prisioneiro, descrevendo inspeções clínicas que implicavam o procedimento de cada recluso se despir na totalidade dentro de um cubículo gradeado cravado na parede, antes de ser observado pelo médico, que se sentava a uma pequena secretária solitária num enorme salão, e que ainda se encontra no local.

O ex-prisioneiro natural da capital síria, também ele detido por suspeita de atos de terrorismo e militância nas forças de oposição, prefere não ser identificado nem fotografado, mantendo bem presente a ameaça que lhe dirigiram quando foi libertado sem ter sido julgado: "Disseram-me para nunca contar o que vi aqui, ou nunca mais veria a luz do sol, e eu já não confio em ninguém. Nem no novo governo".

E essa experiência, conta entre um cheiro persistente de latrina e esgoto, já a conheceu naqueles dois longos anos, em que apenas em intervalos de dois meses era permitido sair das catacumbas de Saydnaya para limpar o pátio "e os restos de sangue". Por cada cem presos que se apresentava ao trabalho, "pelo menos cinco ou seis já não voltavam às celas" e desapareciam sem deixar rasto.

No exterior da prisão, uma retroescavadora abre terreno, junto dos extensos e altos muros de betão com arame farpado, presumivelmente em busca de valas comuns, e bem perto do local dos enforcamentos de que sobram ainda duas cordas vermelhas penduradas.

Segundo a Amnistia Internacional, estima-se que cerca de 13 mil pessoas tenham sido executadas nesta cadeia, só entre 2011 e 2015, no rescaldo da Primavera Árabe e em plena guerra civil que devastou o país.

"Só quero que este edifício seja destruído e que nunca mais ninguém venha para aqui", declara o antigo prisioneiro, que, logo após a confirmação da queda de Assad, esteve na primeira linha dos libertadores de Saydnaya, de onde muitos reclusos saíram diretamente para o hospital e outros para a morgue. "Há prisões assim em Portugal? Vai alguém preso por dizer mal do presidente?", questiona ainda, ao mesmo tempo que exibe uma mão sem três dedos, amputados numa das sessões de tortura a que foi sujeito.

O enviado da ONU para a Síria, Geir Pedersen, exigiu hoje acesso completo de observadores independentes a centros de detenção do regime deposto de Assad para documentar e preservar provas de violações dos direitos humanos.

Estas deverão incluir a célebre prensa do "edifício vermelho", usada como instrumento de tortura através de esmagamento para os principais presos políticos, e onde hoje só a intervenção de militares rebeldes da Organização para a Libertação do Levante (HTS) evitou com disparos para o ar o linchamento de um homem por suspeita de ter sido guarda no chamado "matadouro humano", ou "matadouro de Assad".

Dentro dos sinistros muros de Saydnaya, todos os relatos apontam para a verdade como um objetivo secundário, depois da degradação e punição de suspeitos por acusar, mas é por ela que Nebar, uma mãe da cidade de Hama está há quatro dias acampada junto do edifício em busca de dois filhos, Ghazwan e Mohanad, presos há 12 anos, tal como Ali Yassin do seu filho Samer, capturado em 2018.


Navios de guerra regressam ao continente chinês após cerco a Taiwan

Por  Agência Lusa

Num sinal de intensificação da pressão militar por parte de Pequim, cerca de 90 navios de guerra e da guarda costeira participaram em manobras nos últimos dias

Os navios da marinha e da guarda costeira chinesas que durante vários dias realizaram um vasto exercício naval em torno de Taiwan, o maior dos últimos anos, regressaram aos portos, anunciaram esta sexta-feira as autoridades taiwanesas.

“Todos os navios da guarda costeira chinesa regressaram na quinta-feira à noite à China e, embora não tenham feito um anúncio oficial, consideramos que o exercício terminou”, disse o diretor-geral adjunto da guarda costeira de Taiwan, Hsieh Ching-chin.

Uma porta-voz do Ministério da Defesa de Taiwan confirmou que navios de guerra e da guarda costeira chinesa foram detetados a regressar à China continental.

Num sinal de intensificação da pressão militar por parte de Pequim, cerca de 90 navios de guerra e da guarda costeira participaram em manobras nos últimos dias que incluíram ataques simulados a navios e exercícios destinados a bloquear as rotas marítimas, disse na quarta-feira um alto funcionário da segurança de Taiwan.

De acordo com o funcionário, que falou sob condição de anonimato, a China começou a planear uma operação marítima maciça em outubro, para demonstrar que podia sufocar Taiwan e traçar uma “linha vermelha” antes da tomada de posse da nova administração republicana dos Estados Unidos, em janeiro.

Desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949, Taiwan é governada de facto por um governo autónomo, mas a China considera a ilha como uma província sua, que deve ser reunificada com o resto do território, e não exclui o uso da força para o conseguir.

O Exército de Libertação Popular da China ou a imprensa estatal chinesa não anunciaram qualquer aumento da atividade militar.

Após a retirada dos navios chineses, as forças militares e a guarda costeira de Taiwan encerraram os centros de resposta de emergência criados para fazer face às manobras.

As manobras chinesas surgem poucos dias após o fim de uma viagem ao Pacífico do líder de Taiwan, William Lai Ching-te, eleito em janeiro.

Durante o périplo, William Lai, que considera Taiwan “um país independente e soberano”, visitou dois territórios norte-americanos, Havai e Guam, onde se encontram várias bases militares estratégicas.

Lai falou também, por telefone, com o líder da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do parlamento dos EUA, o republicano Mike Johnson. Estes episódios provocaram fortes protestos por parte de Pequim.

A China instou os Estados Unidos a “deixarem de enviar sinais errados” às “forças independentistas de Taiwan” e advertiu a ilha contra qualquer tentativa de “procurar a independência com a ajuda dos Estados Unidos”, afirmando que “falharia inevitavelmente”.

A diplomacia chinesa não negou nem confirmou as manobras.

Mas o exército chinês afirmou hoje que “nunca se absterá” de “lutar contra a independência de Taiwan, quer realize ou não exercícios militares”.

O porta-voz do ministério da Defesa, Wu Qian, disse em conferência de imprensa que “é a nobre missão do Exército de Libertação Popular da China proteger a soberania nacional e a integridade territorial, salvaguardar os interesses fundamentais da nação chinesa e defender os interesses comuns dos compatriotas de ambos os lados do Estreito de Taiwan”.

Em resposta a uma pergunta sobre o destacamento militar da China em torno de Taiwan, Wu explicou que “tal como a água não tem uma forma constante, na guerra também não há condições constantes”, salientando que as forças frmadas chinesas “decidirão se realizam ou não exercícios militares de acordo com as suas necessidades e a situação no terreno”.

Pelo menos 68 jornalistas e profissionais dos media foram assassinados este ano em contexto de trabalho e a maioria das mortes aconteceu em zonas de conflitos, revelou hoje a UNESCO.

© Getty Images    Por Lusa   13/12/2024 

Este ano 68 jornalistas foram assassinados, a maioria em conflitos

Pelo menos 68 jornalistas e profissionais dos media foram assassinados este ano em contexto de trabalho e a maioria das mortes aconteceu em zonas de conflitos, revelou hoje a UNESCO.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o número de jornalistas que foram mortos este ano em funções é inferior aos dois anos anteriores - 74 em 2023 e 88 em 2022 -, mas há ainda vários casos por verificar.

Dos 68 jornalistas assassinados, 60% (42 profissionais) morreram enquanto trabalhavam em países em conflito, o que representa a maior percentagem numa década.

Dezoito morreram na Palestina, quatro na Ucrânia e na Colômbia, três no Iraque, no Líbano, em Myanmar e no Sudão e um jornalista na Síria, no Chade, na Somália e na República Democrática do Congo.

"Em situações de conflito, é fundamental contar com informação fiável para ajudar as populações afetadas e informar o mundo. É inaceitável que os jornalistas paguem este trabalho com as próprias vidas", afirmou a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, em nota de imprensa.

Os dados compilados pela UNESCO baseiam-se em casos registados pelas principais organizações de defesa da liberdade de imprensa e não incluem os jornalistas que morreram em circunstâncias não relacionadas com trabalho.


Leia Também: O regime militar no poder no Níger anunciou a suspensão por três meses da estação de rádio britânica BBC, acusada de difundir "informações erróneas".

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dirigiu uma mensagem aos iranianos, acusando o regime de Teerão de desperdiçar fundos públicos "apoiando terroristas que perdem" sucessivamente, na sequência da queda do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad.

© Andrew Harnik/Getty Images   Por Lusa   13/12/2024 

Netanyahu acusa Irão de apoiar terroristas "perdedores"

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dirigiu uma mensagem aos iranianos, acusando o regime de Teerão de desperdiçar fundos públicos "apoiando terroristas que perdem" sucessivamente, na sequência da queda do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad.

"Devem estar a fervilhar de raiva ao imaginarem as novas estradas, escolas e hospitais que poderiam ter sido construídos com os milhares de milhões de dólares que os vossos ditadores gastaram a apoiar terroristas que perdem vezes sem conta", afirmou Netanyahu num vídeo, gravado em inglês com legendas em persa, dirigido aos "cidadãos do Irão". 

Netanyahu afirmou que Teerão gastou mais de 30 mil milhões de dólares (28,6 mil milhões de euros) a apoiar Assad na Síria, mais de 20 mil milhões de dólares (19 mil milhões de euros) com o grupo xiita libanês Hezbollah e milhares de milhões a apoiar o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

"O dinheiro que os vossos tiranos vos roubaram evaporou-se literalmente", afirmou, na sequência de uma campanha de bombardeamentos israelitas que, segundo Israel, já destruiu cerca de 80% do armamento de Assad, deposto pelos rebeldes islamitas.

Netanyahu mostrou-se confiante de que "o Irão será livre", e fez referência ao 'slogan' "mulher, vida, liberdade" utilizado pelos manifestantes iranianos nos protestos que se seguiram à morte da jovem Mahsa Amini, que morreu em 2022 num hospital depois de ter sido detida pela polícia da moralidade por não usar corretamente o 'hijab'.

O regime do ex-presidente sírio Bashar al-Assad, que esteve no poder 24 anos, foi derrubado no domingo passado, numa ofensiva que durou cerca de 12 dias.

A operação começou a 27 de novembro e foi liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham - HTS, em árabe), herdeira da antiga afiliada síria da Al-Qaida e classificada como grupo terrorista por países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá e ainda a União Europeia (UE).

Após a queda do regime de Assad, o exército israelita iniciou uma campanha de bombardeamentos contra as capacidades estratégicas do antigo regime sírio, destruindo tanques, aviões de combate, mísseis e navios, para evitar que caíssem nas mãos de forças hostis a Israel.

Israel mobilizou também as suas tropas para a zona desmilitarizada dos Montes Golã, conquistados por Israel em 1967 e anexados em 1981 num ato não reconhecido internacionalmente, para proteger a fronteira.

O Irão foi gravemente afetado pela queda de Assad, uma vez que perdeu o corredor terrestre que lhe permitia enviar armas para o Hezbollah no Líbano, muito enfraquecido pelos últimos meses de guerra contra Israel.

Alguns meios de comunicação israelitas, como o The Times of Israel e o Ynet, afirmaram hoje que o exército israelita está a considerar a possibilidade de aproveitar a situação para atacar alvos nucleares iranianos, receando que o isolamento da República Islâmica a obrigue a acelerar o desenvolvimento de armas nucleares.


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"Quando a guerra acabar, o mundo não vai estar em paz". O plano que a Europa está a desenhar para travar a Rússia

Por  cnnportugal.iol.pt

Entre promessas de paz e receios de "um novo 24 de fevereiro", a França está a liderar o plano secreto para mobilizar a Europa no pós-guerra. A criação de uma força militar europeia na fronteira da Ucrânia pode não só ser uma forma inteligente de aumentar a dissuasão, mas também ser um primeiro passo para um sonho de longa data de Macron: a criação de um exército comum europeu, composta por militares de várias nacionalidades europeias

Nos corredores das principais capitais europeias, o acordo é discutido dentro de quatro paredes e com grande secretismo. Mas cá fora, todos já ouviram falar dele. O presidente francês, Emmanuel Macron, quer garantir que a Rússia não voltará a invadir a Ucrânia no pós-guerra e, por isso, está a mobilizar uma coligação das principais nações europeias dispostas a enviar, pelo menos, 40 mil militares para manter a paz no país. Os especialistas admitem que os riscos são elevados, mas que esta é a melhor solução para um acordo de paz de longa duração na fronteira da Europa e pode ser uma antecâmara da criação do sonho de muitos: um exército europeu.

“Emmanuel Macron já percebeu que, a partir de 20 de janeiro, quando Trump tomar posse, o problema da Ucrânia vai passar a ser um problema europeu. Zelensky vai ser obrigado a negociar e já compreendeu que, neste momento, a adesão da Ucrânia à NATO é improvável, para não dizer mesmo impossível. Isso faz com que o envio de uma força conjunta europeia para a manutenção da paz seja a única alternativa viável para o fim do conflito na Ucrânia”, diz à CNN Portugal o professor José Filipe Pinto, especialista em Relações Internacionais.

Apesar dos elogios públicos de Volodymyr Zelensky ao presidente eleito dos Estados Unidos, após um encontro informal em Paris organizado por Emmanuel Macron à margem da cerimónia de reabertura da catedral de Notre Dame, os mais recentes desenvolvimentos não fazem antever boas notícias para Kiev com a chegada de Donald Trump à Casa Branca. Ao mesmo tempo que a administração Biden está a tentar encontrar fundos de emergência para enviar para Kiev antes da tomada de posse, o presidente francês encontrou-se com o líder polaco, esta quinta-feira, em Varsóvia, para discutir uma ideia para devolver a paz no continente.

O presidente francês acredita que a entrada da Ucrânia na NATO é um cenário impossível, uma vez que essa será uma das principais reivindicações russas numa futura negociação de paz. No entanto, um acordo para a Ucrânia sem garantias de segurança militares que impeçam uma nova invasão é visto como um perigo ainda maior. Por esse motivo, Macron foi à Polónia apresentar um plano que passa pela criação de uma força militar conjunta composta por unidades de diferentes países europeus. O presidente polaco, Donald Tusk, descartou para já essa hipótese.

“O objetivo é colocá-los na linha da frente para criar uma espécie de zona tampão. A proposta passa pela criação de uma zona desmilitarizada, que seria dividida por setores. Depois, estes militares fariam vigilância e patrulha das zonas que lhe são atribuídas. Nesse sentido, 40 mil militares parece-me suficiente. Só que dificilmente os russos aceitam uma situação transitória que permita à Ucrânia recuperar forças”, afirma o major-general Agostinho Costa.

O plano de Macron já conta com o apoio de algumas nações importantes. O governo de Keir Starmer, no Reino Unido, já fez saber que não descarta a hipótese de enviar militares britânicos para manter a paz na Ucrânia, após a assinatura de um armistício. Outro dos potenciais parceiros é a Alemanha. A ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, disse que Berlim “vai apoiar tudo o que sirva a paz no futuro” com “toda a sua força”, quando questionada acerca do envio de militares alemães para a Ucrânia no pós-guerra.

Só que para o acordo avançar é preciso chegar a um acordo de paz. E, apesar das promessas do presidente eleito norte-americano em acabar com a guerra “em 24 horas”, os dois lados parecem estar ainda muito distantes de um possível acordo, principalmente numa altura em que a Rússia tem conseguido obter os seus maiores ganhos territoriais desde que retirou as tropas de Kiev e de Kherson. Em junho, dias antes da cimeira de paz organizada pela Ucrânia, Vladimir Putin anunciou os seus pressupostos para avançar para uma negociação de paz: a Ucrânia tem de renunciar formalmente à NATO antes do início das conversas e deve retirar dos territórios parcialmente ocupados de Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Lugansk.

“O primeiro pressuposto para a proposta de Macron funcionar é existir um acordo de paz. Se não houver um acordo de paz, a proposta cai. Putin apresenta soluções que Zelensky não pode aceitar e a Ucrânia prefere perder com honra, do que perder de uma forma servil. É preciso ter cuidado porque um cenário de congelamento da frente vai levar a um novo 24 de fevereiro [data em que a Rússia invadiu a Ucrânia]”, alerta Agostinho Costa.

Pressionado pela eleição de Trump, que quer obrigar os dois lados a negociar, Volodymyr Zelensky sugeriu que está disposto a ceder temporariamente o território ocupado pela Rússia em troca da adesão à NATO. A mudança de posição do líder ucraniano deve-se ao facto de a aliança não aceitar a adesão de países com disputas territoriais em aberto, com receio de que seja arrastada para uma guerra. Só que esta posição não parece ser suficiente para mudar a opinião de Washington e de Berlim, que não veem com bons olhos a Ucrânia na NATO. Meses antes, Zelensky dizia que a Ucrânia tinha apenas duas hipóteses de sobrevivência: entrada na NATO ou armas nucleares.

Na Ucrânia, há quem tema que este acordo se possa tornar “um Minsk-3”. Em 2015, depois de uma série de derrotas no Donbass contra os grupos separatistas apoiados por Moscovo, a Ucrânia foi obrigada a assinar um acordo de cessar-fogo que previa a retirada de armas pesadas da linha da frente, troca de prisioneiros e a presença de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para garantir que as regras do acordo eram respeitadas. Na prática, este acordo apenas serviu para adiar durante alguns anos o que veio a ser a maior invasão de larga escala na Europa, desde a segunda guerra mundial. Emmanuel Macron quer garantir que a força militar europeia tem um cariz que vai além da monitorização.

“Este cenário proposto seria diferente do de 2014 e 2015, com os acordos de Minsk. Nessa altura, a OSCE tinha uma missão que passava pela mera monitorização. A presença de dezenas de milhares de soldados europeus teria um efeito dissuasor. Isto daria à Ucrânia garantias de segurança reais, independentemente de entrar na NATO ou não. O efeito prático seria o mesmo”, explica o professor Francisco Pereira Coutinho, especialista em Direito Internacional.

Em 2023, Macron já tinha aberto as portas ao que apelidou, de “ambiguidade estratégica”. O presidente francês criticava o facto de os líderes ocidentais tornarem público aquilo que não fariam pela Ucrânia, por receio de retaliação russa, dando a Putin certezas do que poderia fazer. Nesse sentido, Macron deixou no ar a possibilidade de enviar instrutores militares franceses para território ucraniano, para cumprir missões de retaguarda, libertando soldados ucranianos para a frente de batalha.

Esta proposta é diferente, mas não é inédita. Em 1953, quando foi assinado o acordo de armistício da Guerra da Coreia, foi estabelecida a criação de uma zona desmilitarizada onde nenhum dos lados podia colocar tropas, armamento ou realizar atividades militares. Esta faixa de terreno é altamente minada e tem vedações e torres de vigia em ambos os lados. Em simultâneo, forças norte-americanas, através do Comando das Nações Unidas, permaneceram no território da Coreia do Sul para garantir a segurança da região. Do outro lado da fronteira, forças chinesas apoiaram o lado do norte, embora esse apoio tenha diminuído ao longo dos anos. Apesar da tensão entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, os especialistas olham para este como um caso de sucesso, uma vez que evita um novo conflito há mais de 71 anos.

Só que, ao contrário do cenário coreano, na guerra entre a Ucrânia e a Rússia, os dois adversários não têm uma dimensão semelhante. Em caso de paz, a Rússia seria capaz de recuperar as suas forças armadas a um ritmo consideravelmente mais rápido do que a Ucrânia. De acordo com um relatório do Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), apesar de a Rússia ter um orçamento para a defesa dez vezes inferior ao dos países da NATO, a indústria estatal russa foi capaz de produzir armas de forma mais eficaz do que os países ocidentais. Por outras palavras: a Rússia produziu mais armamento que o Ocidente, gastando menos dinheiro. Apesar dos números esconderem algumas nuances, como a complexidade das armas produzidas, a quantidade continua a ser crucial para os militares no campo de batalha.

Apesar de Donald Trump sugerir que a única forma de conseguir um acordo de paz é "não abandonar a Ucrânia", a desigualdade entre os dois países faz com que vários membros da NATO na Europa temam uma nova invasão russa após alguns anos de recuperação. Vários dos principais líderes dos serviços secretos europeus têm vindo a público apontar isto mesmo no último ano. De acordo com o chefe da espionagem alemã, o Ocidente está "em confronto direto com a Rússia" e um conflito militar pode estar nos planos russos "até 2030". O próprio secretário-geral da NATO, Mark Rutte, alertou que a aliança não está preparada para enfrentar as ameaças russas nos próximos quatro a cinco anos e sugeriu mudar "para uma mentalidade de guerra" e aumentar os gastos na Defesa para "muito mais do que 2% do PIB".

Nesse sentido, a criação de uma força militar europeia na fronteira da Ucrânia pode não só ser uma forma inteligente de aumentar a dissuasão, mas também ser um primeiro passo para um sonho de longa data de Macron: a criação de um exército comum europeu, composta por militares de várias nacionalidades europeias.

“Esta é a única alternativa viável à paz para a guerra na Ucrânia. As hostilidades terão de ser cessadas, terá de haver concessões territoriais de parte a parte e a garantia de uma força de manutenção de paz. Mas, quando a guerra acabar, o mundo não vai estar em paz, vai estar em armistício”, antevê José Filipe Pinto


Leia Também: O Governo norte-americano anunciou na quinta-feira um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia estimado em 500 milhões de dólares, o terceiro em dezembro a cerca de um mês da tomada de posse do presidente eleito, Donald Trump.

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Folclore Paigcista..., é indubitavelmente que, os Paigcistas são mestres em enganação eterna...

Por O Democrata Osvaldo Osvaldo

Folclore Paigcista...

Liga (Paigcista) dos Direitos (Paigcista) denuncia que o Paigcista (Luís Vaz Martins) está a ser alvo de perseguição e corre risco de vida!! Eu gostaria de ver um sinal de ameaça? Caso contrário, são manobras dilatórias. Ou é basta o Paigc dizer?! 

Esqueçam, porque o barulho Paigcista não é um sinal forte capaz de enganar um país inteiro, é pura e simplesmente estratégia corrupta para uma distração. 

Será que vale a pena confiar numa palavra que um analista Paigcista disse? Para os Paigcistas, Luís Vaz Martins estará sempre connosco para nos dar a vitória, tal como prometeu para o DSP. Mostrou-nos isso, muito tempo atrás, pois, o seu grande objetivo é ver o (mal maior) do país de volta para à cena do crime.

Os 6 Bilhões são injustificáveis! O que ele falou sobre 32 Bilhões, foi uma tentativa vã de querer justificar o injustificável. Todas essas narrativas doutrinárias e dogmas Paigcistas não têm qualquer tipo de relevância. Desde o começo até ao fim, falou no vazio politico e nada importante. Este pagcista perdeu a compostura na defesa da organização criminosa. Ele sonha com infalíveis promessas populistas. A própria narrativa usada teve completa falta de lógica. Tanto que, por esta razão, ao longo da sua narrativa acabou por não dizer absolutamente nada.

Sempre peço que a minha consciência me ajude a não cair nessas desgraças políticas. O que este Paigcista disse é abundantemente gratificante para outros Paigcistas fanáticos, em toda a sabedoria que ele tem, mas não conseguiu explicar nada sobre o assunto.

Concluindo: é indubitavelmente que, os Paigcistas são mestres em enganação eterna. Ele é um defensor dos 6 Bilhões pagos por empresários Paigcistas. Porém, nada que ele disse sobre 32 Bilhões é credível. Se acontecer violência contra ele, é absoluta burrice do regime, porque ele não disse nada que um surdo-mudo tolo pode acreditar. 

Friday 13 December

00:58.

(………)

Juvenal Cabi Na Una.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

BÓH BIM NÔH RI😀😀😀😀... IKA AMI KU FALA, MÁ I MONDELANE KU DANO RAZÃO, OS DO P.A.I.G.C DSP SÓ CONTA MINTIDAS PA MANIPULA PÚBIS LIMITADOS,...

ETA FALA DI UM KUSSA LI GÓS, DJINTIS TUDO TA CAI NA KIL MINTIDAS, MA PASSANDO HORAS, DIAS DIPUS ITA DISCUBRIDO KUMA TUDO I UMA MINTIDAS.👇
@Sá Maria Victor

Guiné-Bissau: Dois militares guineenses morreram hoje num acidente com uma granada que deflagrou no campo de treinos de São Vicente, a 54 quilómetros de Bissau, disseram à Lusa fontes militares.

© Lusa   12/12/2024

Dois militares guineenses morrem num acidente com granada durante treinos

Dois militares guineenses morreram hoje num acidente com uma granada que deflagrou no campo de treinos de São Vicente, a 54 quilómetros de Bissau, disseram à Lusa fontes militares.

As mesmas fontes admitem a existência de "vários soldados feridos" no acidente, cujas circunstâncias o Estado-Maior General das Forças Armadas "mandou apurar", de acordo com fonte daquela instituição.

As mortes ocorreram com a explosão de uma granada que terá ocorrido no momento do seu manejo em treino, segundo fontes militares que detalharam que um militar morreu no local e outro no Hospital Militar Principal, em Bissau, onde estão a ser tratados os feridos.

O campo de treinos de São Vicente acolhe soldados em treinos ou militares incorporados nas Forças Armadas.

Os sinistrados fazem parte de um contingente de soldados de diferentes unidades das Forças Armadas guineenses que se preparam para viajar para a Turquia, onde vão participar numa formação especializada em missões de manutenção da paz.

O acidente foi tema hoje durante a reunião semanal do Conselho de Ministros, presidida pelo chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embalo, mas até ao momento não houve nenhuma declaração das autoridades sobre o assunto.

"O Governo aguarda por mais informações por parte de quem de direito", disse à Lusa fonte do executivo, em referência ao Estado-Maior General das Forças Armadas.


O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, apelou hoje aos aliados para que aumentem os gastos militares e mudem para uma "mentalidade de guerra", para evitar no seu território um conflito como o da Ucrânia devido à invasão russa.

© Dursun Aydemir/Anadolu via Getty Images  Por  Lusa  12/12/2024 

NATO pede mais gastos com Defesa e pede "mentalidade de guerra"

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, apelou hoje aos aliados para que aumentem os gastos militares e mudem para uma "mentalidade de guerra", para evitar no seu território um conflito como o da Ucrânia devido à invasão russa.

"O que está a acontecer na Ucrânia poderia acontecer aqui também (...). É altura de mudar para uma mentalidade de guerra. E reforçar rapidamente a nossa produção de defesa e no gasto na defesa", advertiu Rutte, durante uma conferência organizada pelo centro de estudos Carnegie Europe. 

No seu primeiro discurso solene desde que assumiu o cargo em outubro, o líder da Aliança Atlântica alertou que a ameaça russa está a aproximar-se "a grande velocidade".

O responsável ressalvou que mesmo que não exista uma ameaça militar iminente contra a NATO, isso não impede a Rússia de se preparar para "um confronto a longo prazo com a Ucrânia" e com os 32 países que compõem a organização transatlântica.

Rutte pediu o apoio do público e exortou a um sentido de sacrifício para "evitar a próxima grande guerra em território da NATO".

Este apelo surge numa altura em que as forças ucranianas estão a recuar no campo de batalha face ao exército russo, maior e mais bem equipado.

A guerra na Ucrânia está a causar "mais de 10.000 mortos e feridos de ambos os lados todas as semanas", acrescentou.

"A economia russa está em pé de guerra", enquanto os países europeus estão relutantes em gastar mais para aumentar as suas capacidades de defesa, prosseguiu.

Para além da Rússia, a China, o Irão e a Coreia do Norte estão "a trabalhar arduamente para enfraquecer a América do Norte e a Europa", sublinhou Rutte.

"Temos de ser claros quanto às ambições da China quando esta aumenta substancialmente as suas forças, incluindo as suas armas nucleares, sem limites e de forma opaca", advertiu.

"A situação de segurança é a pior da minha vida, [e] não estamos onde deveríamos estar", afirmou o líder da Aliança Atlântica.

A indústria de defesa europeia é "demasiado pequena, demasiado lenta e demasiado fragmentada", considerou.

Os países da NATO estão a gastar muito menos em Defesa do que durante a Guerra Fria, quando dedicavam mais de 3% do seu Produto Interno Bruto (PIB).

Em 2023, os aliados decidiram aumentar as suas despesas militares para 2% do PIB, mas apenas 23 deles atingiram este objetivo.

"Posso dizer-vos que vamos precisar de muito mais do que 2%", avisou Rutte.

Alguns países da NATO estão a falar da necessidade de aumentar este limiar para 3%, mas continuam divididos e ainda não foi tomada qualquer decisão.

Cada ponto adicional do PIB representa mais 200 mil milhões de euros para os países da União Europeia (UE), 23 dos quais são também membros da NATO, de acordo com o novo comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius.

Este esforço tem um custo e implica sacrifícios, explicou o secretário-geral da NATO.

"Hoje, apelo ao vosso apoio", afirmou Rutte, prosseguindo: "Sei que gastar mais na defesa significa gastar menos noutras prioridades, mas é apenas um pouco menos".

O secretário-geral sugeriu a utilização de "uma pequena fração" das despesas sociais para atingir este objetivo.

"Para proteger a nossa liberdade (...), os vossos políticos têm de vos ouvir", insistiu.

"Digam-lhes que estão dispostos a fazer sacrifícios hoje para garantir a nossa segurança amanhã. Digam-lhes que devem gastar mais na Defesa para que possamos continuar a viver em paz", pediu.

Rutte deixou mais um aviso: "Se não gastarmos mais em conjunto agora para evitar a guerra, pagaremos um preço muito, muito, muito mais elevado mais tarde, ao fazermos a guerra".


Leia Também: A Polónia não planeia enviar tropas para a Ucrânia caso seja declarado um cessar-fogo no conflito, disse hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, após um encontro com o Presidente francês, Emmanuel Macron

OBRAS TE NA BARANDA DI PAIGC

Por Estamos a Trabalhar

Disna ku é assalta associação comercial e fasi sede de PAIGC a 50 anos, nunca é kumpu lá nim si passeio. Aos Umaro Sissoco na fasi obra até na barranda di PAIGC e ka contenti e paga se Boca de alugueres ku ditos intelectuais di meia tigela pa fala obras subfaturado, anta nes se 50 anos nunca é subfatura nada pa kumpu? Só paga ba ndinhu ku utrus empresários pa Bim bai toma dinheiro trás.

Bô ka burgunhu? 50 anos di furtu ku di dana terra Kila fica pa trás,  gosi i tempo de geração di concreto…

Kuzas ta parci má i kata djunto... A sorte que Cipriano Cassamá teve em 2020, ao assumir indevidamente o cargo de Presidente da República eleito, sem as devidas consequências, dificilmente será repetida por quem tentar repetir tal ato.

Por  Gaio Martins Batista Gomes

A sorte que Cipriano Cassamá teve em 2020, ao assumir indevidamente o cargo de Presidente da República eleito, sem as devidas consequências, dificilmente será repetida por quem tentar repetir tal ato. 

Qualquer um que, em qualquer lugar do mundo, ousar usurpar o lugar de Presidente da República da Guiné-Bissau enfrentará uma realidade completamente diferente.

Os tempos mudaram, e a Guiné-Bissau de hoje não é mais a mesma.

A autoridade do Estado está em pleno funcionamento, e os sinais disso são evidentes para qualquer cidadão atento. As recentes ações das instituições públicas, especialmente as de segurança, e o firme posicionamento do Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, demonstram claramente a determinação em garantir ordem e estabilidade na Guiné-Bissau. 

"...desordem não terá mais lugar na Guiné-Bissau", são palavras de um Presidente da República com sentido de Estado apurado e um compromisso inabalável com o progresso nacional.

Sem sombra de dúvida, quem se atrever, no dia 27 de fevereiro, a assumir indevidamente o posto de Presidente da República enfrentará as consequências legais e será devidamente responsabilizado pelos seus atos. Não há espaço, no momento atual, para manobras irresponsáveis ou tentativas de desestabilizar o país.

Assumir ilegalmente o cargo de Presidente da República é uma violação gravíssima da lei e da ordem constitucional. Tal ato se enquadra em crimes de atentado contra a Constituição e a ordem constitucional e subversão ou golpe de Estado.

A Guiné-Bissau vive um momento de transformação, em que a desordem e a impunidade estão ser gradualmente combatidos.

 Aqueles que insistirem em desafiar a lei enfrentarão um Estado firme, determinado a fazer valer a justiça e a proteger a soberania nacional.

A desordem pertence ao passado, e o futuro será construído sob os pilares da ordem e da estabilidade, que tanto este país precisa. 

/ Gaio Martins Batista Gomes /

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, saudou hoje a entrada da Bulgária e da Roménia no espaço Schengen de livre circulação, destacando numa mensagem divulgada na rede social X que a união faz a força.

© Lusa  12/12/2024 

 Adesão da Roménia e Bulgária à área Schengen torna-nos "mais fortes"

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, saudou hoje a entrada da Bulgária e da Roménia no espaço Schengen de livre circulação, destacando numa mensagem divulgada na rede social X que a união faz a força.

 "É com grande satisfação que vejo a Roménia e a Bulgária aderirem plenamente ao espaço Schengen. Parabéns a ambos os países. Unidos somos mais fortes", escreveu Costa, reagindo à decisão formal, hoje adotada, da plena entrada de ambos os países no espaço Schengen em 01 de janeiro de 2025.

A decisão foi tomada pelos ministros da Administração Interna da União Europeia, depois de a Áustria ter levantado o veto à adesão, e é a conclusão de um processo iniciado em 2010, quatro anos após a adesão da Roménia e Bulgária à UE.

A partir de 01 de janeiro, os cidadãos da UE e de países terceiros podem viajar sem controlos para e entre a Bulgária e a Roménia, com a abolição dos controlos terrestres,

O primeiro passo tinha sido já dado em março, quando foram abolidos os controlos nos aeroportos e portos búlgaros e romenos.

A partir de 01 de janeiro, o espaço de livre circulação passa a integrar 25 Estados-membros da UE, incluindo Portugal, e os quatro países da Associação Europeia de Comércio Livre: Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein, abrangendo 420 milhões de pessoas.

Dos Estados-membros, só Chipre e a Irlanda estão fora da área Schengen.


Leia Também: Bulgária e Roménia aderem plenamente à área Schengen em 01 de janeiro

É oficial: Trump é a Personalidade do Ano da revista Time

© TIME/X   Notícias ao Minuto  12/12/2024 

O presidente eleito dos Estados Unidos foi o escolhido para Personalidade do Ano "por ter feito um regresso de proporções históricas".

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, foi escolhido para Personalidade do Ano da Time, anunciou, esta quinta-feira, a revista norte-americana. 

"Há 97 anos que os editores da TIME escolhem a Personalidade do Ano: o indivíduo que, para o bem ou para o mal, mais contribuiu para moldar o mundo e as manchetes dos jornais nos últimos 12 meses. Em muitos anos, essa escolha é difícil. Em 2024, não foi", escreveu a revista.

A Time destacou que "desde que começou a candidatar-se à presidência em 2015, talvez nenhum indivíduo tenha desempenhado um papel mais importante na mudança do curso da política e da história do que Trump".

Lembrando que Trump "chocou muitos ao ganhar a Casa Branca em 2026", a revista lembrou que o então presidente "conduziu os EUA durante um mandato caótico", que "terminou com a sua derrota nas eleições por sete milhões de votos" e provocou "o violento ataque ao Capitólio".

Ainda assim, quatro anos depois, o Donald Trump "despachou os seus rivais republicanos num tempo quase recorde" e, "durante semanas, fez campanha em grande parte a partir do tribunal de Nova Iorque, onde viria a ser condenado por 34 crimes". 

"Por ter feito um regresso de proporções históricas, por ter conduzido um realinhamento político único numa geração, por ter reformulado a presidência americana e alterado o papel da América no mundo, Donald Trump é a Pessoa do Ano de 2024 da TIME", destaca a publicação.

Sublinhe-se que Donald Trump já tinha sido eleito Personalidade do Ano da revista Time em 2016, ano em que foi eleito para a presidência dos Estados Unidos pela primeira vez. Para trás, nesta edição, ficaram nomes como Kamala Harris, Kate Middleton, Elon Musk e Benjamin Netanyahu.

Donald Trump é também esperado hoje na Bolsa de Valores de Nova Iorque para tocar simbolicamente o sino da Bolsa de Valores.

O magnata republicano foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos nas eleições presidenciais em 5 de novembro, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, e tomará posse a 20 de janeiro de 2025.

Aos 78 anos, Trump é a pessoa mais velha a ser eleita para a Presidência dos Estados Unidos da América (EUA) e, quando tomar posse, será alguns meses mais velho do que o seu antecessor, o democrata Joe Biden, quando este tomou posse em 2020.

Em maio, o júri de um tribunal de Nova Iorque considerou Donald Trump culpado de todas as 34 acusações de um esquema para influenciar ilegalmente as eleições presidenciais de 2016 através do pagamento de dinheiro para silenciar uma atriz pornográfica que afirmava que os dois tinham tido relações sexuais.

Trump é também o único Presidente na história dos Estados Unidos a enfrentar um processo de impugnação duas vezes durante o seu mandato. Em ambos os casos, foi absolvido pelo Senado de todas as acusações.


Leia Também: Trump celebra demissão do diretor do FBI como "um grande dia" para os EUA

Declaração à imprensa do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, após a reunião do Conselho de Ministros.



  Radio Voz Do Povo

Responsável pela modernização de mísseis russos assassinado em Moscovo... O homem terá supervisionado a modernização dos mísseis Kh-59 e Kh-69.

© Reprodução/Nexta   Notícias ao Minuto   12/12/2024 

Um perito russo envolvido na modernização dos mísseis usados na guerra contra a Ucrânia terá sido morto a tiro nos arredores de Moscovo, esta quinta-feira. 

Mikhail Shatsky era vice-designer geral e chefe do departamento de software do Gabinete de Design Experimental de Moscovo (Mars Design Bureau em inglês) e terá supervisionado a modernização dos mísseis Kh-59 e Kh-69, noticiou o The Kyiv Independent.

O mesmo meio adiantou que o assassinato foi provavelmente orquestrado pela agência de inteligência militar da Ucrânia, segundo uma fonte da defesa daquele país.

O homem era ainda encarado como o principal proponente da incorporação de Inteligência Artificial em drones, aeronaves e naves espaciais russas.

O jornalista Alexander Nevzorov foi o primeiro a dar conta da notícia, tendo avançado no seu canal do Telegram que a Ucrânia “eliminou um criminoso particularmente perigoso”.

Nevzorov partilhou ainda várias fotografias de uma pessoa parecida com Shatsky, que aparentava estar morta na neve.

O homem terá sido assassinado no parque florestal de Kuzminsky, perto de Kotelniki, na região de Moscovo.


Leia Também: A presidência russa (Kremlin) garantiu hoje que o exército "responderá obrigatoriamente" ao ataque ucraniano de quarta-feira, que teve como alvo, segundo Moscovo, um campo de aviação militar russo e usou mísseis ATACMS norte-americanos.


Leia Também: As páginas oficiais do Tribunal Constitucional e da Câmara Baixa da Rússia foram alvo de ciberataques e a autoria foi atribuída aos serviços de informação do Ministério da Defesa da Ucrânia.

A ajuda de 20 mil milhões de dólares que os EUA desbloquearam para a Ucrânia, na terça-feira, financiada com rendimento dos bens russos congelados, é, na perspetiva da diplomacia russa, um "roubo", a que já prometeu represálias.

© REUTERS/Evgenia Novozhenina/File Photo    Lusa   11/12/2024 

 Ajuda dos EUA à Ucrânia é considerada pela diplomacia russa um roubo

A ajuda de 20 mil milhões de dólares que os EUA desbloquearam para a Ucrânia, na terça-feira, financiada com rendimento dos bens russos congelados, é, na perspetiva da diplomacia russa, um "roubo", a que já prometeu represálias.

"A atribuição de um empréstimo anunciado pelo Departamento do Tesouro dos EUA (...) é um banal roubo", considerou o Ministério, em comunicado.

Na terça-feira, Washington desbloqueou 209 mil milhões d dólares para a Ucrânia, a sua parte do empréstimo de 50 mil milhões prometido pelo G7 e que vai ser reembolsado com rendimentos dos bens russos no Ocidente, congelados devido às sanções.

Após meses de discussões, os dirigentes do G7 concluíram em outubro um acordo para utilizar os rendimentos gerados pelos bens soberanos russos congelados nas suas jurisdições, em resultado das sanções internacionais, para garantir um empréstimo de 50 mil milhões em proveito da Ucrânia.

"Estes fundos - financiados pelas receitas excecionais provenientes dos ativos imobilizados da Federação Russa - vão fornecer à Ucrânia um apoio essencial", garantiu na terça-feira a secretária do Tesouro, Janet Yellen.

"O G7 rouba o dinheiro dos outros", acusou a diplomacia russa, fustigando "o elã russófobo" do governo de Joe Biden.

"Nenhuma astúcia pseudo-jurídica, muito temperada com hipocrisia e com dois pesos e duas medidas, não ficará sem resposta", garantiu o Ministério russo.

Este ameaçou mesmo: "A Federação Russa dispõe de capacidade e influência suficientes para ripostar e apreender os ativos ocidentais sob a sua jurisdição".

Ao contrário do atual presidente democrata, o presidente eleito republicano tem insistido na intenção de reduzir a ajuda dos EUA, que é vital para a Ucrânia, a partir da sua tomada de posse, marcada para pouco mais de um mês.

O montante dos ativos russos congelados nos países do G7, situados na sua grande maioria da Bélgica, na câmara de compensação Euroclear, eleva-se a cerca de 300 mil milhões de euros, que rendem três mil milhões de euros por ano.


DSP foi e ainda é o líder das maiores incoerências da humanidade. É o verdadeiro genocídio político, pela sua incoerência política com narrativas vergonhosas.

 O Democrata Osvaldo Osvaldo

- 4 meses atrás, DSP disse o seguinte: "Sissoco não tem competência" para ampliar o seu mandato!! Mas, 03 dias atrás, o SOBERANO que é o dono do nosso País, prometeu BLINDAR o mandato Presidencial! 

Suas incoerências são tamanhas vergonhosas.

Para não ser um idiota Paigcista, vou argumentar com narrativas fracas. 

É impossível dizer ou fazer algo sem saber que não tens noção do que se trata. Sempre expresso o que eu sinto e percebo, ainda que não me curve a um ato corrupto deste homem, o meu espírito não se curvará perante incoerência dele, nisto, a sinceridade é um elemento estrutural da minha consciência política. Adição da minha sinceridade e à estrutura do meu princípio contém valores inabaláveis. Ainda, vejo consequências análogas à noção de má-fé de alguns jovens . Da mesma forma que, vejo muitos jovens bajuladores e mentirosos intelectuais, eu acho que deve haver uma consciência política e uma verdade nacional para com assunto da nossa Pátria. Logo, parece que devo ser um homem de boa-fé . A mentira só pode florescer perante um intelectual mentiroso e não mediante um cidadão livre e independente. Bajulação e falta de sinceridade comigo é, eminentemente, impossível neste campo. Com efeito, tenho nojo de intelectual mentiroso e que vive a suplicar para sempre, e fracassou completamente nos últimos tempos: 

Por isso, eu me comporto implacavelmente anos e anos. Trata-se de um fenômeno de respeito que só existe entre homens livres e independentes. 

Todavia, o aspecto que mais me interessa, é dignidade humana e valor moral. Eu vivo no meio da liberdade e sinceridade. Posto que, o ato de ser um homem responsável pressupõe um indivíduo livre e independente com a autoconsciência que lhe permite ter liberdade para falar verdade. Alguns jovens (nas redes sociais) não têm consciência moral, esses são dados fundamentais para me questionar, neste sentido, poucos podem me questionar porque não sabem distinguir a consciência moral e social. Posto que, a pessoa consciente age de acordo com convicção e dados que tem. Por conseguinte, o princípio da moralidade é muito importante, tendo em conta honestidade moral e intelectual. Quando alguém fazer um comentário, é importante certificar que tal abordagem possui elemento da sinceridade e honestidade intelectual, longe dos seus desafetos fanáticos, porque razão especulativa e razão prática são dois coisas bastante diferentes, porque todos esses atos pressupõe que somos livres em análises. Agindo livremente e sinceramente sobre assuntos nacionais. Garantindo transparência dos atos conscientes, isso só pode acontecer quando somos responsáveis por nossas atitudes. Razão pela qual, gosto de usar narrativa bem explícita nos debates contra inverdade, concordando ou discordando comigo. Eu acho que, as primeiras normas morais universais deviam ser efetivamente os seguintes princípios : honestidade intelectual, responsabilidade e moralidade. Não existe moral sem princípio de honestidade intelectual. Porém, não subscrevo tais incoerências Dominguistas. Portanto, a problemática sobre sua incoerência é uma vergonha monumental. Não há margem para dúvidas sobre a minha afirmação. Há assim uma narrativa bastante eloquente que é absolutamente incontestável, embora suas contradições sobrepõem- ao fanatismo dos seus seguidores. E para justificar esta sua tese da incoerência política, os fanáticos dizem para não falar do passado! Isto porque são donos do conhecimento e da Pátria. Todavia, esta preferência pela incoerência é uma doença crônica. Por isso, termino o meu comentário de corpo e alma sobre este político confuso. 

Concluindo: DSP foi e ainda é o líder das maiores incoerências da humanidade. É o verdadeiro genocídio político, pela sua incoerência política com narrativas vergonhosas. 

Gâmbia- Banjul International Airport. 

Thursday 12 December 2024

Juvenal Cabi Na Una.

PR Umaro Sissoco Embaló, recebeu o representante do Presidente da Comissão da UEMOA e a Gerente das Operações de Cooperação Canadiana.



 Radio Voz Do Povo

PR Umaro Sissoco Embaló recebeu em audiência o Embaixador da Índia Dinkar Asthana



 Radio Voz Do Povo