quinta-feira, 31 de outubro de 2024
PR Umaro Sissoco Embaló fala à imprensa depois do conselho de ministros _31.10.2024
A Rússia multou a Google em 20.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 de dólares
Por CNN,
A Rússia está a pedir uma soma insondável de dinheiro a uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.
Segundo consta, a Google deve ao Kremlin mais de dois undecilhões de rublos - um 2 seguido de 36 zeros - depois de se ter recusado a pagar as multas que estão a acumular-se por ter bloqueado canais pró-russos no YouTube.
A multa praticamente impronunciável ascende a 20 decilhões de dólares - ou cerca de 20 mil milhões de biliões de biliões. Este valor é muito superior à dimensão da economia mundial.
Com 110 biliões de dólares, de acordo com os números do Fundo Monetário Internacional, o produto interno bruto mundial parece modesto em comparação. Entretanto, a Alphabet, empresa-mãe da Google, tem um valor de mercado de cerca de dois biliões de dólares.
A agência noticiosa estatal russa TASS noticiou esta semana que um tribunal russo tinha ordenado anteriormente à Google que restaurasse os canais do Youtube - vários dos quais estão bloqueados desde 2022 - ou então enfrentaria acusações crescentes, com as penalizações a duplicarem todas as semanas.
Questionado sobre a ação judicial durante uma chamada com os jornalistas na quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu que “nem sequer consegue pronunciar este número corretamente”, mas disse que a soma avultada estava “cheia de simbolismo”. A Google “não devia restringir as ações das nossas emissoras na sua plataforma”, acrescentou.
A CNN contactou a Google para comentar o assunto. Nos resultados trimestrais publicados esta semana, a empresa referiu-se a “questões legais em curso” relacionadas com a sua atividade na Rússia.
“Foram-nos impostas sentenças civis que incluem penalidades compostas em relação a disputas relacionadas com o encerramento de contas, incluindo as de partes sancionadas”, afirmou a Google. “Não acreditamos que essas questões legais em andamento tenham um efeito adverso material (nos lucros).”
Após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, a Google reduziu as operações no país, mas não chegou a retirar-se completamente, em contraste com várias outras empresas americanas de tecnologia. Muitos dos seus serviços, incluindo a pesquisa e o Youtube, continuam a estar disponíveis no país.
Meses após a invasão, a filial russa da Google declarou falência e suspendeu a maior parte das suas operações comerciais depois de o governo ter tomado o controlo das suas contas bancárias.
PSP detém grupo suspeito de roubo no Porto
Cnnportugal.iol.pt
Detidos exigiram que vítima entregasse “todos os seus pertences”, tendo-lhe roubado um telemóvel e 100 euros
Um grupo de seis pessoas foi detido esta quinta-feira de madrugada, no Porto, por suspeita da prática de roubo, depois de a PSP ter feito o “acompanhamento permanente do percurso de fuga dos suspeitos” através de videovigilância, anunciou a Polícia.
Em comunicado, a PSP adianta que os suspeitos, quatro homens e duas mulheres, com idades entre os 18 e os 29 anos, foram detidos pelas 02:15, sendo que as detenções “ocorreram por momentos antes (…) de os suspeitos, em comunhão de esforços”, terem abordado “um homem de 28 anos, apontando uma arma branca à vítima e ameaçando-o com ofensas à integridade física”.
Segundo a PSP, os detidos exigiram aquele homem “todos os seus pertences”, tendo-lhe roubado um telemóvel e 100 euros.
“Esta ocorrência é transmitida via 112 e verificada através das câmaras de videovigilância da cidade do Porto, o que permitiu um acompanhamento permanente do percurso de fuga dos suspeitos e a alocação dos meios policiais para a sua interceção”, descreve a PSP.
Aquela força policial refere ainda que foi possível recuperar todos os bens roubados e devolve-los à vítima, tendo sido ainda apreendida a arma utilizada - uma faca borboleta -, cuja posse é proibida, e cerca de 200 doses de produto estupefaciente (cocaína, haxixe e ecstasy).
Os detidos são hoje presentes junto das autoridades judiciárias.
Elon Musk acredita que, até 2040, haverá mais robôs do que humanos... A previsão foi feita durante a Future Investment Initiative, que teve lugar em Riad na Arábia Saudita.
© Getty Images Notícias ao Minuto 31/10/24
A Tesla aproveitou o seu mais recente evento para voltar a mostrar em público os seus Optimus e, ainda que tenham ficado questões por responder, o dono da empresa, Elon Musk, acredita que estes robôs serão muito comuns no futuro.
Musk aproveitou a ida à Future Investment Initiative que teve lugar em Riad, na Arábia Saudita, na terça-feira, dia 29, para afirmar que, até 2040, poderá haver mais robôs humanoides do que seres humanos.
“Penso que em 2040 provavelmente haverá mais robôs humanóides do que pessoas”, afirmou Musk de acordo com o site Quartz, o que significa que poderá haver mais de dez mil milhões de robôs a circular entre nós até ao final da próxima década.
Polónia: 'Vampira' polaca com 400 anos 'ressuscitada' por cientistas. As imagens
© Reuters Notícias ao Minuto 31/10/24
A jovem, que deveria ter entre 18 e 20 anos quando morreu, era uma das dezenas de pessoas que os habitantes de Pien, na Polónia, temiam que fossem vampiros.
Uma jovem polaca que, há 400 anos, foi enterrada para nunca mais ‘se erguer’, foi ‘ressuscitada’ por uma equipa de cientistas.
Com recurso a ADN, a uma impressão 3D e a argila, os especialistas reconstruíram o rosto de ‘Zosia’, que foi enterrada com um cadeado no pé e uma foice de ferro no pescoço.
A jovem, que deveria ter entre 18 e 20 anos quando morreu, era uma das dezenas de pessoas que os habitantes de Pien, na Polónia, temiam que fossem vampiros, noticiou a agência Reuters.
"É irónico, de certa forma. As pessoas que a enterraram fizeram tudo o que podiam para a impedir de ‘regressar dos mortos’... Nós fizemos tudo o que podemos para a trazer de volta à vida", disse o arqueólogo sueco Oscar Nilsson, citado pelo mesmo meio.
O esqueleto de ‘Zosia’, como era conhecida entre os cidadãos, foi encontrado em 2022 por uma equipa de arqueólogos da Universidade Nicolaus Copernicus, em Torún. Uma análise do crânio revelou que a jovem sofria, provavelmente, de uma patologia que lhe provocava desmaios e fortes dores de cabeça, assim como problemas de saúde mental, disse Nilsson.
Pouco se sabe sobre a vida de 'Zosia', mas os especialistas apontaram que os objetos com que a jovem foi enterrada dão conta de que pertencia a uma família rica e possivelmente ligada à nobreza.
Para recriar o rosto de 'Zosia', Nilsson fez uma réplica impressa em 3D do crânio, antes de o reconstruir "músculo a músculo", com camadas de plasticina. O estudioso fez ainda uso de informações como o género, a idade, a etnia e o peso aproximado da 'vampira' para estimar a profundidade das suas caraterísticas faciais.
"É emocionante ver um rosto ‘regressar dos mortos’, especialmente quando se conhece a história desta jovem rapariga", disse Nilsson, que queria retratar ‘Zosia’ "como um ser humano, e não como esse monstro como foi enterrada".
Os cientistas encontraram, na mesma altura, uma criança ‘vampira’, que tinha sido enterrada de barriga para baixo, com um cadeado no pé.
"Grande gaffe de Joe Biden a seis dias das eleições coloca Kamala numa situação delicada"
Daniela Nunes, comentadora da CNN Portugal, acredita que "Kamala Harris teve de vir salvar a pele dos democratas" depois de Biden, a seis dias das eleições americanas, ter chamado os apoiantes de Trump de "lixo".
Oito dos 11 juízes do Supremo Tribunal mexicano apresentaram a demissão no espaço de dois dias, devido a uma reforma judicial que tornou o México o primeiro país a eleger todos os juízes por voto popular.
© Lusa 31/10/24
Oito dos 11 juízes deixam Supremo Tribunal antes de eleições judiciais
Oito dos 11 juízes do Supremo Tribunal mexicano apresentaram a demissão no espaço de dois dias, devido a uma reforma judicial que tornou o México o primeiro país a eleger todos os juízes por voto popular.
A presidente do Supremo Tribunal, Norma Piña, e sete outros apresentaram cartas de demissão na terça e quarta-feira, afirmando que deixariam os cargos em vez de concorrer às eleições judiciais marcadas para junho de 2025.
Os únicos juízes que manifestaram interesse em ir a eleições são Lenia Batres, Yazmín Esquivel e Loreta Ortiz, magistrados alinhados com o programa do atual Governo.
Os juízes do Supremo Tribunal eram anteriormente selecionados pelo parlamento do México.
Também na quarta-feira, a câmara baixa do parlamento aprovou uma nova alteração constitucional que impede que a justiça do México suspenda a aplicação de recentes emendas à Constituição, incluindo a reforma judicial.
O Supremo Tribunal mexicano tinha previsto analisar nos próximos dias uma queixa apresentada pela oposição, que denunciou a inconstitucionalidade da reforma judicial.
A reforma judicial foi aprovada pelo anterior chefe de Estado, Andrés Manuel López Obrador, semanas antes de deixar o poder, em 01 de outubro.
Durante o seu mandato, Obrador acusou o sistema judicial mexicano de ser corrupto e servir apenas os interesses económicos da elite, enquanto mais de 90% dos crimes ficam impunes no México, de acordo com organizações não-governamentais.
A reforma judicial estabelece que os juízes que não se candidatem ou não sejam eleitos perderão o direito à pensão de reforma, salvo se apresentarem a demissão antes do encerramento do concurso.
A nova Presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou na terça-feira que a demissão dos juízes se deve ao desejo de preservar "muito dinheiro" das suas pensões de reforma.
Também o presidente do Senado, a câmara alta do parlamento, Gerardo Fernández Noroña, sugeriu que os juízes estão a recusar-se a participar nas eleições "para saírem de malas cheias".
Os opositores consideram que a reforma judicial vai pôr em causa a independência dos juízes e torná-los vulneráveis às pressões do crime organizado.
Os Estados Unidos, principal parceiro comercial do México, consideraram a reforma "um risco" para a democracia mexicana e "uma ameaça" para as relações comerciais bilaterais, numa altura em que o México ultrapassou a China como o maior parceiro comercial do vizinho do norte.
Também organizações multilaterais como as Nações Unidas e o Tribunal Interamericano de Direitos Humanos, organizações empresariais, como a Câmara de Comércio Internacional e agências de notação financeira como a Fitch e a Moody's alertaram para repercussões negativas para o México devido a esta reforma.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou hoje que o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) demonstra a "determinação de Pyongyang em contra-atacar".
© Lusa 31/10/24
Coreia do Norte confirma lançamento de míssil balístico intercontinental
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou hoje que o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) demonstra a "determinação de Pyongyang em contra-atacar".
O lançamento de quarta-feira é uma "medida militar apropriada destinada a alertar os rivais, que causaram uma escalada intencional da situação regional e recentemente representaram uma ameaça à segurança nacional", disse Kim.
Num comunicado citado pela agência de notícias oficial norte-coreana KCNA, o líder afirmou ainda que a Coreia do Norte "nunca mudará a sua estratégia de desenvolvimento das suas capacidades nucleares".
O comunicado confirmou que o projétil testado era um ICBM, algo que já tinha sido avançado tanto pelo Estado-Maior Conjunto (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul como pelo ministro da Defesa japonês, Gen Nakatani.
Horas antes, Nakatani tinha dito que o míssil podia ter sido de um novo tipo, uma vez que a duração do voo, de 86 minutos, e a altitude máxima registada de mais de sete mil quilómetros excederam os dados de testes anteriores feitos pela Coreia do Norte.
O ministro sublinhou ainda que a distância de voo foi estimada em cerca de mil quilómetros.
A Guarda Costeira do Japão confirmou que o míssil caiu fora da zona económica exclusiva do país, a cerca de 300 quilómetros a oeste da ilha de Okushiri, na subprefeitura de Hokkaido (norte), referiu a emissora pública japonesa NHK.
O JCS disse que a Coreia do Norte poderia ter testado um novo míssil balístico de longo alcance com combustível sólido.
Os mísseis com propulsores sólidos incorporados são mais fáceis de mover e esconder e podem ser lançados mais rapidamente do que as armas com combustível líquido.
O porta-voz do JCS disse que o lançamento foi possivelmente agendado a pensar nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para 05 de novembro, numa tentativa de fortalecer o poder negocial da Coreia do Norte.
Lee Sung Joon disse que o míssil norte-coreano foi lançado de um ângulo elevado, aparentemente para evitar os países vizinhos.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA condenou "de forma veemente" o teste e manifestou preocupação com os riscos de desestabilização da região.
"Este lançamento constitui uma violação flagrante de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Sean Savett, em comunicado.
O lançamento ocorreu após uma reunião realizada em Washington entre os ministros da Defesa dos EUA e da Coreia do Sul, Lloyd Austin e Kim Yong-hyun, respetivamente.
Nessa reunião, ambos os governantes condenaram o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia, que, segundo Austin, já se tinham aproximado da frente ucraniana e estão equipadas com uniformes e materiais russos.
A Coreia do Norte lançou vários mísseis balísticos de curto alcance em 18 de setembro, um teste no qual afirmou ter testado com sucesso um novo projétil tático, capaz de transportar uma grande ogiva.
quarta-feira, 30 de outubro de 2024
O Governo de Espanha decretou hoje três dias de luto nacional por causa das consequências do mau tempo no leste do país, quando estão confirmados pelo menos 63 mortos e também "danos materiais altíssimos".
© Getty Images Por Lusa /Boletín Del Tiempo 30/10/24
Três dias de luto em Espanha por "danos pessoais e materiais altíssimos"
O Governo de Espanha decretou hoje três dias de luto nacional por causa das consequências do mau tempo no leste do país, quando estão confirmados pelo menos 63 mortos e também "danos materiais altíssimos".
O executivo pediu ainda às populações das zonas afetadas pelo mau tempo para não saírem de casa e, sobretudo, não tentarem circular pelas estradas, sublinhando que o temporal ainda permanece e os seus efeitos continuam a ser perigosos.
O ministro indicou que há várias zonas afetadas que continuam inacessíveis às esquipas de resgate que estão no terreno e que incluem mais de mil militares de uma unidade de emergência para situações de catástrofe.
O Governo de Espanha confirmou 63 mortos, 62 na região autónoma da Comunidade Valenciana, a mais afetada pelo temporal, e um na região vizinha de Castela La Mancha, e disse não poder avançar neste momento números de pessoas consideradas desaparecidas.
Num balanço sobre a situação das comunicações e das infraestruturas tuteladas pelo Estado central, Ángel Victor Torres disse que o porto de Valência esteve encerrado, mas já abriu, e há mais dois que permanecem encerrados na mesma região.
Quanto aos aeroportos, a situação está normalizada em toda a região do Mediterrâneo, depois de perturbações em vários pontos do leste e do sul de Espanha.
Os comboios de alta velocidade entre Madrid e Valência estão totalmente suspensos, assim como as linhas suburbanas em Valência, com o ministro a dizer que a reposição se fará "em função da evolução" do mau tempo e dos trabalhos no terreno.
Todas as estradas principais estão cortadas na região autónoma da Comunidade Valenciana, afirmou.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, garantiu hoje apoio a todos os afetados pelo mau tempo no país e alertou também que "a emergência continua", pedindo à população para extremar as precauções.
Numa declaração ao país ao final da manhã, a partir da sede do Governo espanhol, em Madrid, Sánchez pediu à população para "não baixar a guarda" porque o mau tempo "continua a causar estragos".
"Ainda não podemos dar por concluído este devastador episódio", realçou, sublinhando que continuam sob avisos meteorológicos as regiões autónomas da Comunidade Valenciana, Andaluzia, Aragão, Castela La Mancha, Catalunha, Extremadura, Navarra e Rioja, assim como a cidade autónoma de Ceuta.
O líder do Governo insistiu também na importância de serem seguidas e respeitadas todas as recomendações dos serviços de emergência e das forças de segurança.
Segundo o primeiro-ministro, além dos mortos confirmados, há "dezenas de municípios inundados, estradas e vias cortadas, pontes destruídas pela violência das águas", sobretudo em Valência.
Várias regiões de Espanha estão desde terça-feira sob a influência de uma "depressão isolada em níveis altos", um fenómeno meteorológico conhecido como DANA em castelhano, que causou chuvas torrenciais e ocorrências em diversos pontos do país, sobretudo na costa do Mediterrâneo.
A região mais afetada foi a Comunidade Valenciana, no leste do país, com chuvas com níveis inéditos, que fizeram acionar os alertas e avisos mais graves da proteção civil e da meteorologia na terça-feira à noite.
Na última noite, a precipitação na região de Valência foi a mais elevada em 24 horas desde 11 de setembro de 1966, de acordo com dados oficiais.
Leia Também: Carros arrastados e estradas como rios: As inundações mortais em Espanha
Durante a COP 16, em Cali, a Guiné-Bissau reafirmou o seu compromisso com a preservação da biodiversidade e o combate às alterações climáticas.
Guerra na Ucrânia. Análise: Participação norte-coreana sem vantagens táticas na guerra
© Getty Images Por Lusa 30/10/24
A participação de tropas norte-coreanas atribui à guerra na Ucrânia "implicações maiores" para a segurança global, à medida que Moscovo aposta numa aliança contra o Ocidente, defenderam analistas, descartando efeitos práticos no campo de batalha.
Para a investigadora Darcie Draudt-Véjares, do programa para a Ásia da unidade de investigação ('think tank') Carnegie Endowment for International Peace, "existem razões para alarme", porque dá um sinal de "viragem estratégica mais ampla da Rússia para a construção de uma coligação contra o Ocidente".
"Ao expandir a sua órbita para incluir a Coreia do Norte (juntamente com o Irão, com potencial alinhamento chinês), a Rússia não está apenas a procurar vantagens táticas na Ucrânia - está a tentar remodelar a arquitetura de segurança global", vincou num relatório do organismo.
Para a analista, "este sistema de alianças emergente desafia os acordos de segurança pós -Guerra Fria e arrisca-se a transformar conflitos regionais em confrontos globais mais alargados".
A participação dos soldados norte-coreanos representa assim uma "mudança fundamental" na dinâmica do poder global, suscitada pelo tratado de defesa celebrado entre Moscovo e Pyongyang, e transforma a guerra na Ucrânia num "inesperado campo de batalha por procuração para as tensões na Península Coreana", observou.
A investigadora Mary Glantz, do centro para a Rússia e Europa do 'think tank' United States Institute of Peace, concordou que a participação dos norte-coreanos nos combates "representa uma escalada e um desafio implícito à Ucrânia e aos países aliados", mas questionou os seus efeitos práticos no campo de batalha.
"A guerra tornou-se num conflito de atrito que ceifa aproximadamente 1.200 russos por dia. Com essa taxa de baixas, mesmo 12.000 soldados norte-coreanos só seriam suficientes para 10 dias de operações", observou num documento publicado pelo 'think tank'.
"O mais provável é que a participação da Coreia do Norte se enquadre na estratégia mais alargada do Kremlin de expandir o caos para desafiar o apoio do Ocidente à Ucrânia", escreveu Glantz. O Presidente russo, Vladimir Putin, pode também estar a usar esta movimentação "para sinalizar que não está isolado internacionalmente e que é capaz de recorrer a recursos adicionais quando necessário".
O envio de tropas norte-coreanas pode, no entanto, ter efeitos mais nefastos para a Coreia do Sul. Seul declarou que o envio direto de tropas para o conflito representa uma "grave ameaça" à sua segurança, permitindo aos solados adquirir experiência de combate direto e dados sobre o desempenho de armas, incluindo veículos aéreos não tripulados ("drones") e mísseis balísticos.
A Coreia do Sul está também preocupada com o apoio prestado pela Rússia à modernização das armas convencionais e às capacidades de lançamento de satélites da Coreia do Norte, o que melhoraria a sua capacidade de vigilância contra as forças norte-americanas e sul-coreanas na região.
"No mínimo, os destacamentos intensificam a solidariedade do país para com a Rússia, dando a Pyongyang mais poder para procurar ajuda adicional de Moscovo e maior confiança para resistir à pressão internacional", escreveu Frank Aum, especialista em assuntos do nordeste da Ásia no United States Institute of Peace.
Em resposta, o governo sul-coreano declarou que está a considerar "contramedidas faseadas". No entanto, apesar das ameaças de envio de "armas ofensivas" para a Ucrânia, a assistência direta sul-coreana "continuará provavelmente a limitar-se à ajuda humanitária e não letal, uma vez que a legislação nacional impede a exportação de armas para zonas de conflito ativas", apontou o analista.
Aum apontou, no entanto, que Seul pode continuar a enviar munições indiretamente através dos Estados Unidos e de outros países e colocar pessoal na Ucrânia, para ajudar a falar com os soldados norte-coreanos que desertam ou são capturados, ou para analisar as táticas e capacidades norte-coreanas.
Os 344 covardes e cegos Paigcistas sem uma visão política estratégica e sustentável face aos desafios evidentes votaram a favor para moção equivocada, isto é, mais uma aventura política falhada e sem direção
Por O Democrata Osvaldo Osvaldo
- Os 344 covardes e cegos Paigcistas sem uma visão política estratégica e sustentável face aos desafios evidentes votaram a favor para moção equivocada, isto é, mais uma aventura política falhada e sem direção.
As minhas condolências à carreira política corrupta de DSP. Há uma tentativa de fuga não eficiente pela frente, mesmo com a sustentabilidade da luz e energia solar de Comité Central, o corrupto NATO não vai lado nenhum, afirmo isso com disciplina de cidadania. Podem polarizar a sociedade (nas redes sociais) como sempre. Eu já vi à minha frente fim de vários políticos e, o DSP é um deles. Ele gosta muito de proteção especial, e é um corrupto fino que julga estar acima da lei com imunidade que existe no parlamento, mesmo estando nos olhos, os crimes que são tipificados, o corrupto alega imunidade, o comportamento dele é uma clara e flagrante instigação para apologia da prática corrupta, mesmo diante dos crimes públicos, o seu partido aceitou obediência corrupta, o que é ofensa a inteligência da nossa República.
A minha posição face às circunstâncias em Bissau é essa: DSP não vai lado algum. É o ego do fanatismo ou do excesso desta polarização, que levou os 344 covardes e cegos votaram a favor para moção? A liderança corrupta e empresarial deste partido foi o responsável pela ausência do Estado na Guiné- Bissau há décadas. O nosso povo sem capacidade para discussão polarizada, ainda não percebeu o que está em causa.
Concluindo: Quando um líder mergulhado em vários escândalos nebulosos como é o Domingos Simões Pereira, o melhor era se demitir e evitar esses teatros de votações!
Wednesday 30 October
Inglaterra- London
Juvenal Cabi Na Una.
PAIGC aprova moção de confiança a Domingos Simões Pereira na Guiné-Bissau
© Lusa 30/10/24
O comité central do PAIGC renovou a confiança no presidente, Domingos Simões Pereira, depois do pedido de clarificação da liderança por parte de dirigentes do partido membros do Governo de iniciativa presidencial da Guiné-Bissau.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) convocou para terça-feira uma sessão extraordinária do comité central para analisar a situação política do país que acabou por se centrar nas legislativas marcadas para 24 de novembro e na liderança de Simões Pereira.
Depois de reunido durante várias horas, o comité central aprovou por maioria uma moção de confiança ao presidente Simões Pereira, com 344 votos a favor, um voto contra e duas abstenções entre os 247 membros que participaram na sessão extraordinária.
Os resultados foram anunciados pelo porta-voz do PAIGC, Muniro Conte, com a indicação de que a moção de confiança foi aprovada "pela liderança sólida, competente, visionária e responsável à frente do partido".
O comité central aprovou, também, a lista de deputados, o programa eleitoral da coligação PAI-Terra Ranka, liderada pelo PAIGC, e um pedido do "reforço da unidade dos militantes, colocando os interesses do partido acima dos pessoais".
Nas resoluções finais, o comité central exorta ainda "os militantes do partido a respeitar as decisões da maioria assumidas nos órgãos estatutários".
Esta sessão extraordinária foi convocada depois de um grupo de dirigentes do PAIGC ter exigido a Domingos Simões Pereira que clarifique a sua posição em relação às eleições legislativas, sobre se é ou não candidato a primeiro-ministro.
A posição foi assumida num carta dirigida ao presidente do PAIGC e assinada por dirigentes que integram o atual Governo de iniciativa presidencial que substituiu o executivo da maioria PAI-Terra Ranka, depois de o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, ter dissolvido o parlamento presidido por Simões Pereira.
O grupo integra oito nomes, entre eles o atual primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Carlos Pinto Pereira, o ministro dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Aly Hijazy, e o ministro das Pescas, Mário Mussante.
Na carta pedem ao presidente do partido que clarifique aos militantes do PAIGC se pretende ser primeiro-ministro ou candidato às próximas eleições presidenciais.
Simões Pereira respondeu, entretanto, que o presidente do partido é candidato a primeiro-ministro, de acordo com os estatutos.
Os signatários da carta afirmam que "é óbvio para qualquer observador atento" que este continua a bater-se para ser Presidente da República, no que dizem ser "uma pretensão legítima".
Aqueles dirigentes do PAIGC observam, contudo, que as pretensões de Pereira não podem colocar em causa os interesses do partido e, por via disso, pedem uma clarificação sobretudo em relação a quem o vai substituir como candidato ao cargo de primeiro-ministro, em caso da vitória nas legislativas.
Os signatários da carta defendem que "parece estar a acontecer" um processo de substituição.
Nas últimas eleições legislativas realizadas em junho de 2023, Simões Pereira apresentou-se como cabeça-de-lista da coligação PAI-Terra Ranka e, com a vitória eleitoral, o partido indigitou o primeiro vice-presidente, Geraldo Martins, para o cargo de primeiro-ministro, e Simões Pereira acabou por ocupar a presidência do parlamento.
Leia Também: O chefe das Forças Armadas guineenses, Biaguê Na N'Tan, afastou o cenário de convulsões no país que ultrapassem a polícia ao ponto de os militares intervirem, mas exortou os políticos a melhor compreenderem a Constituição.
terça-feira, 29 de outubro de 2024
4 e 5 de Novembro de 2024 - Fórum no âmbito dos 50 anos da Independência dos PALOP e Moçambique na UCCLA
Vai decorrer, nos dias 4 e 5 de novembro, no auditório da UCCLA, o Fórum subordinado ao tema” Inovação, Vias Férreas, Infraestruturas Tecnológicas e Apoios Logísticos”, organizado pela Casa de Moçambique no âmbito dos 50 anos da Independência dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e de Moçambique em particular.
O fórum, que terá início às 10 horas, irá reunir diversos responsáveis e comunidade moçambicana na diáspora.
Programa: https://www.uccla.pt/sites/default/files/2024-10/Forum-4e5Novembro2024.pdf
Com os melhores cumprimentos,
Anabela Carvalho
Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt
Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 |
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O Irão insiste que qualquer ato militar contra Israel é em legítima defesa, mas a embaixadora dos EUA e o embaixador de Israel deixaram ameaças caso ataque o território israelita.
SIC Notícias
EUA avisam que ataques do Irão terão "consequências graves"
O Irão insiste que qualquer ato militar contra Israel é em legítima defesa, mas a embaixadora dos EUA e o embaixador de Israel deixaram ameaças caso ataque o território israelita.
"A nossa mensagem para o Irão também cominua a ser clara. Se o Irão optar por cometer mais atos agressivos contra Israel, ou contra o pessoal dos EUA na região, as consequências serão graves", ameaçou a embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
Também o embaixador de Israel na ONU deixou o recado:
"Aos líderes iranianos, tomem isto como um aviso: por cada míssil que lançarem, por cada célula terrorista que patrocinarem, haverá um ajuste de contas. Cessem a vossa busca imprudente de domínio através da violência e do terror. Israel agiu para proteger o seu povo e a sua soberania e não hesitaremos em voltar a fazê-lo", disse Danny Danon.
Israel e o Irão: o jogo de sombras
- Com Lusa
EUA: Os eleitores norte-americanos aproximam-se das eleições presidenciais com profunda inquietação sobre o que se poderá seguir, incluindo o potencial de violência política, tentativas de anular resultados e implicações mais amplas para a democracia, segundo nova sondagem.
© Reuters Por Lusa 29/10/24
EUA temem violência pós-eleitoral e esforços para anular resultados
Os eleitores norte-americanos aproximam-se das eleições presidenciais com profunda inquietação sobre o que se poderá seguir, incluindo o potencial de violência política, tentativas de anular resultados e implicações mais amplas para a democracia, segundo nova sondagem.
As conclusões da sondagem, conduzida pelo Centro de Pesquisa de Assuntos Públicos da agência noticiosa Associated Press-NORC, falam de preocupações persistentes sobre a fragilidade da democracia mais antiga do mundo, quase quatro anos após a recusa do ex-presidente Donald Trump em aceitar os resultados das eleições de 2020 e que inspirou uma multidão dos seus apoiantes para invadir o Capitólio dos Estados Unidos.
Cerca de quatro em cada 10 eleitores registados dizem estar "extremamente" ou "muito" preocupados com as tentativas violentas de anular os resultados após as eleições de novembro.
Um número semelhante está preocupado com esforços legais para o fazer e cerca de um em cada três eleitores diz estar "extremamente" ou "muito" preocupado com as tentativas dos responsáveis eleitorais locais ou estaduais de impedir a finalização dos resultados.
Relativamente poucos eleitores -- cerca de um terço ou menos -- estão "não muito" ou "nem um pouco" preocupados com o facto de isso acontecer.
As amplas tentativas de Trump de rejeitar a vontade dos eleitores e de se manter no poder após a sua derrota em 2020 levaram a preocupações de que voltaria a não ceder caso venha a perder para a vice-presidente, Kamala Harris.
Quase nove em cada 10 eleitores disseram que o perdedor da eleição presidencial é obrigado a ceder assim que todos os estados terminarem a contagem dos seus votos e os processos legais sejam resolvidos, incluindo cerca de oito em cada 10 republicanos. Mas apenas cerca de um terço dos eleitores espera que Trump aceite os resultados e conceda o resultado caso perca.
Democratas e republicanos têm opiniões muito divergentes sobre o assunto: cerca de dois terços dos republicanos pensam que Trump cederia, em comparação com cerca de um em cada 10 democratas.
A mesma preocupação não se aplica a Harris. Quase oito em cada 10 eleitores disseram que a democrata aceitará os resultados e concederá se perder as eleições, incluindo uma sólida maioria de eleitores republicanos.
Os membros de ambos os partidos têm amplas preocupações sobre o desempenho da democracia americana, dependendo do resultado das eleições de novembro.
No geral, cerca de metade dos eleitores acredita que Trump enfraqueceria "muito" ou "um pouco" a democracia nos EUA se ganhasse, enquanto cerca de quatro em cada 10 disseram o mesmo de Harris.
Não é de estranhar que os americanos estivessem profundamente divididos em termos ideológicos. Cerca de oito em cada 10 republicanos disseram que outro mandato para Trump fortaleceria a democracia "muito" ou "um pouco", enquanto uma parte semelhante de democratas disse o mesmo sobre a presidência de Harris.
Cerca de nove em cada 10 eleitores de cada partido disseram que o candidato adversário provavelmente enfraqueceria a democracia, pelo menos "um pouco", se fosse eleito.
Parte do que divide os eleitores quanto às suas opiniões sobre a democracia americana é o ataque de 06 de janeiro ao Capitólio dos EUA e quem é o culpado. Os democratas e os independentes têm muito mais probabilidades do que republicanos de atribuir "muita" ou "bastante" responsabilidade a Trump.
As opiniões sobre o ataque de 06 de janeiro não são as únicas em que os eleitores se dividem em termos ideológicos. Seguindo o exemplo de Trump, a maioria dos republicanos afirma que Biden não foi legitimamente eleito. Quase todos os democratas e cerca de sete em cada 10 independentes acreditam que Biden foi legitimamente eleito.
A campanha presidencial deste ano destacou um aspeto do sistema político americano que alguns consideram antidemocrático -- a utilização do Colégio Eleitoral para eleger o Presidente em vez do voto popular. Trump e Harris concentraram os seus eventos de campanha e publicidade em sete estados decisivos que representam apenas 18% da população do país.
Cerca de metade dos eleitores pensa que a possibilidade de um candidato se tornar Presidente ao vencer o Colégio Eleitoral, mas perder o voto popular, é um "grande problema" nas eleições nos EUA.
O inquérito a 1.072 adultos foi realizado de 11 a 14 de outubro de 2024, utilizando uma amostra extraída do painel 'AmeriSpeak' baseado na probabilidade do NORC, da Universidade de Chicago. A margem de erro é de mais ou menos 4,2 pontos percentuais.
Guiné-Conacri : O regime militar da Guiné anunciou a dissolução de dezenas de partidos políticos e a colocação de dois grandes movimentos da oposição sob vigilância.
© Por Lusa 29/10/24
Regime militar da Guiné-Conacri dissolve dezenas de partidos políticos
O regime militar da Guiné anunciou a dissolução de dezenas de partidos políticos e a colocação de dois grandes movimentos da oposição sob vigilância.
A dissolução de 53 partidos políticos e a vigilância obrigatória de outros 54 durante três meses foi anunciada pelo Ministério da Administração Territorial e Descentralização, na segunda-feira à noite.
As medidas foram tomadas com base numa avaliação de todos os partidos políticos, iniciada em junho, que pretendia "limpar o tabuleiro de xadrez político", acrescentou.
Os movimentos que vão ficar sob observação durante três meses vão poder operar normalmente, mas deverão resolver as irregularidades apontadas no relatório.
Estes partidos incluem a Reunião do Povo Guineense, do antigo presidente Alpha Condé, deposto pelos militares em 2021, e a União das Forças Democráticas da Guiné.
As autoridades afirmaram que os partidos sob observação não realizaram o congresso partidário dentro do prazo e não forneceram extratos bancários, entre outras questões.
O ex-coronel Mamadi Doumbouya, empossado como Presidente e promovido ao posto de general, tomou o poder pela força na Guiné-Conacri, país vizinho da Guiné-Bissau, em setembro de 2021.
Sob pressão internacional, a junta militar comprometeu-se inicialmente a entregar o poder a civis eleitos até ao final de 2024, mas já deixou claro que não cumprirá esse compromisso.
Vários dirigentes guineenses manifestaram recentemente o seu apoio à candidatura de Doumbouya às próximas eleições presidenciais, ainda sem data oficial.
Vários países da África Ocidental, incluindo Mali, Níger e Burkina Faso, sofreram golpes de Estado que instalaram juntas militares e cortaram ou reduziram os laços militares de longa data com as potências ocidentais em favor do apoio de segurança da Rússia.
Timor-Leste: Uma organização não-governamental (ONG) afirmou que a violência contra os vendedores ambulantes em Díli revela "tendências autoritárias" e um "desrespeito pelos direitos humanos básicos", que está a provocar "divisão e conflito" na sociedade.
© Por Lusa 29/10/24
Violência contra vendedores em Díli revela "tendências autoritárias"
Uma organização não-governamental (ONG) afirmou que a violência contra os vendedores ambulantes em Díli revela "tendências autoritárias" e um "desrespeito pelos direitos humanos básicos", que está a provocar "divisão e conflito" na sociedade.
"A aplicação brutal da 'lei e ordem' não só está a levar a violações dos direitos humanos, mas também a provocar divisão e conflito dentro da sociedade", advertiu a Fundação Mahein (FM), numa análise divulgada na sua página oficial.
"Em vez de recorrer à violência para intimidar os pobres a conformarem-se, os líderes devem refletir sobre a sua própria responsabilidade na situação atual deste país", salientou a ONG.
Em causa está a campanha de despejos e demolições iniciada este ano pelo Governo, através da Secretaria de Estado dos Assuntos de Toponímia e Organização Urbana, para eliminar construções ilegais e atividades económicas não licenciadas, e que, em alguns casos, tem sido exercida com violência.
O último incidente ocorreu na semana passada, quando oficiais daquela Secretaria de Estado e elementos da polícia se envolveram numa luta com vendedores ambulantes em Díli, tendo um homem sido ferido com um tiro alegadamente disparado por um membro das forças de segurança.
"O discurso público que justifica o uso da violência também é preocupante. Declarações sugerindo que as forças do Estado têm justificação para usar violência porque 'caso contrário as pessoas não ouvem' contradizem os princípios de uma República Democrática, fundada no Estado de Direito e no respeito pela dignidade humana", afirmou a Fundação Mahein.
Para a ONG, aquelas afirmações lembram a "ditadura militar indonésia, um Estado que justificava a brutalidade e a violência em nome da ordem e da estabilidade".
"A FM receia que a normalização da violência estatal para impor ordem crie um precedente perigoso para as futuras interações entre o Estado e os cidadãos", advertiu.
Para a FM, o comércio ambulante e as construções ilegais são sinais de "problemas estruturais mais profundos" e revelam falhas das autoridades na "modernização da economia e da sociedade".
"Em vez disso, focaram a maior parte da sua energia a competir pelo poder e, quando no poder, a implementar megaprojetos ou esquemas que enriquecem as elites e compram apoio político", acusou a ONG.
A organização disse também que a campanha da secretaria de Estado "contrasta fortemente com a impunidade de que gozam as elites políticas e económicas de Timor-Leste".
"Enquanto cidadãos comuns são perseguidos, espancados e têm as suas casas demolidas e os bens destruídos, as elites gozam de imunidade para violações muito mais graves da lei", afirmou a FM.
Para a fundação, a "violência" e as "táticas repressivas" não são a solução para aqueles problemas e apelou ao Governo para "reconsiderar a abordagem", focando-se na análise às "causas profundas da informalidade e da pobreza em Timor-Leste".
O secretário-geral da ONU lembrou que "nenhuma legislação pode alterar" as obrigações internacionais de Israel, depois da aprovação de uma lei que pode ameaçar o trabalho da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos.
Por Lusa 29/10/24
"Nenhuma legislação pode alterar" as obrigações internacionais de Israel
O secretário-geral da ONU lembrou que "nenhuma legislação pode alterar" as obrigações internacionais de Israel, depois da aprovação de uma lei que pode ameaçar o trabalho da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos.
António Guterres disse, numa declaração divulgada na segunda-feira, que Israel tem "obrigações ao abrigo do direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário e aqueles que concedem privilégios e imunidades à ONU".
O português disse estar "profundamente preocupado" com a aprovação no parlamento israelita de uma lei que proíbe a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) de realizar "qualquer atividade" ou de prestar qualquer serviço dentro de Israel.
Guterres anunciou que vai levar o assunto à Assembleia Geral da ONU, que em 1952 criou a UNRWA "para satisfazer as necessidades dos refugiados palestinianos".
O secretário-geral indicou que "não há alternativa à UNRWA", pois é "o principal meio através do qual a ajuda essencial chega aos refugiados palestinianos nos territórios palestinianos ocupados".
A aplicação da lei "será prejudicial para a solução do conflito israelo-palestiniano e para a paz e segurança em toda a região", alertou.
A legislação, que não entra imediatamente em vigor, poderá destruir o processo de distribuição de assistência em Gaza, numa altura em que a crise humanitária no enclave se está a agravar e em que Israel se encontra sob crescente pressão dos Estados Unidos para reforçar a ajuda aos palestinianos.
O parlamento israelita (Knesset) aprovou, além desta, uma segunda lei que corta os laços diplomáticos com a UNRWA.
O Governo de Israel acusou funcionários da UNRWA de terem estado envolvidos no ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra o sul do país, a 07 de outubro de 2023.
A agência negou prestar conscientemente ajuda a grupos armados e afirmou atuar rapidamente para expulsar quaisquer suspeitos de serem militantes.
Leia Também: "Surreal". Zelensku acusa Guterres de mostrar posição "pró-Rússia"
O presidente ucraniano afirmou que "entre o agressor e a vítima não pode haver neutralidade".