terça-feira, 22 de outubro de 2024

O Exército israelita declarou hoje ter atingido um 'bunker' do grupo xiita libanês Hezbollah que continha "dezenas de milhões de dólares", no âmbito da sua ofensiva no Líbano contra os interesses financeiros daquele movimento.

© Getty Images   Por Lusa  21/10/24 

 Israel atinge 'bunker' do Hezbollah com "dezenas de milhões de dólares"

O Exército israelita declarou hoje ter atingido um 'bunker' do grupo xiita libanês Hezbollah que continha "dezenas de milhões de dólares", no âmbito da sua ofensiva no Líbano contra os interesses financeiros daquele movimento.

"A Força Aérea israelita efetuou uma série de ataques de precisão contra alvos financeiros do Hezbollah", declarou o porta-voz do Exército, o contra-almirante Daniel Hagari.

"Um dos nossos alvos prioritários era um cofre subterrâneo que continha dezenas de milhões de dólares em dinheiro e ouro. O dinheiro era utilizado para financiar os ataques do Hezbollah contra Israel", acrescentou, sem especificar a sua localização exata.

Esta nova fase do conflito, de aumento dramático de tensões entre Israel e o Hezbollah, foi desencadeada por dois dias de explosões simultâneas dos dispositivos de comunicação do grupo, primeiro 'pagers', depois 'walkie-talkies' - a 17 e 18 de setembro -, ataques atribuídos a Israel que fizeram cerca de 40 mortos e de 3.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço divulgado pelas autoridades libanesas.

Há mais de um ano que as forças israelitas e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, nos piores confrontos desde a guerra de 2006, que se intensificaram fortemente este verão, após um ataque que matou 12 crianças nos Montes Golã, ocupados por Israel desde 1967.

As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez mais de 42.000 mortos e de 99.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, segundo os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se logo a 08 de outubro aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte, que faz a comunidade internacional temer o alastramento da guerra a toda a região do Médio Oriente -- mais ainda desde 01 de outubro, data em que Israel iniciou uma ofensiva terrestre em território libanês.


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Um rasto de destruição marca várias artérias centrais de Maputo ao início da noite, após várias horas de confrontos entre manifestantes e polícia, e tiros constantes para o ar e de gás lacrimogéneo, em diferentes pontos da capital moçambicana.

© Lusa    Por Lusa   21/10/24 

Rasto de destruição em várias artérias centrais de Maputo após confrontos

Um rasto de destruição marca várias artérias centrais de Maputo ao início da noite, após várias horas de confrontos entre manifestantes e polícia, e tiros constantes para o ar e de gás lacrimogéneo, em diferentes pontos da capital moçambicana.

Pelas 18h00 locais (menos uma hora em Lisboa), já depois de cair a noite, eram visíveis fogueiras e pneus a arder, ainda, em vários ruas onde, durante o dia, se registaram confrontos, com arremesso de pedras e outros objetos por parte de manifestantes e carga policial.

Pedras de todas as dimensões ainda marcam todo o percurso central da avenida Joaquim Chissano, local onde na sexta-feira ocorreu o duplo homicídio de dois apoiantes de Venâncio Mondlane, incluindo o seu advogado, Elvino Dias, e para onde o candidato presidencial tinha convocado a saída de uma manifestação para esta manhã, que nunca chegou a acontecer devido à forte intervenção da polícia.

Equipamento publicitário urbano destruído pelas chamas, pneus ardidos e em chamas, paus e contentores do lixo atravessados nas ruas podiam ser vistos na mesma zona e nos bairros envolventes, perante a presença de dezenas de viaturas da polícia, incluindo blindados da Unidade de Intervenção Rápida.

Contudo, nas últimas horas não voltaram a ser ouvidos novos disparos da polícia, apesar de presença de várias dezenas de agentes, de várias forças, fortemente armados, nas ruas mais críticas.

Na zona do Xiquelene, junto à Praça dos Combatentes, outro ponto da cidade marcado por fortes confrontos ao longo do dia, podia ser visto um forte contingente policial, incluído blindados da Unidade de Intervenção Rápida, com uma das vias cortada ao trânsito enquanto pneus eram consumidos pelas chamas.

No entanto, também aqui não se registava a intervenção da polícia há algumas horas, enquanto as dezenas de vendedores que fazem negócio na rua voltavam a colocar as bancas, tentando vender o que não conseguiram ao longo do dia.

Durante os confrontos várias pessoas ficaram feridas, nomeadamente atingidas pelos disparos de gás lacrimogéneo feitos pela polícia, incluindo pelo menos três jornalistas, tendo o Hospital Central de Maputo convocado para as 09:00 de terça-feira uma conferência de imprensa de balanço.

Os confrontos entre a polícia e os manifestantes começaram cerca das 07:30, com a força policial a dispersar os grupos que se começavam a juntar para participarem nas marchas pacíficas.

Mondlane acusou as forças policiais de dispararem "balas verdadeiras" contra manifestantes durante as marchas e afirmou que os moçambicanos juntaram-se para "salvar o país".

O candidato presidencial convocou as marchas no sábado, como forma de repúdio pelo homicídio de Elvino Dias, seu advogado, e Paulo Guambe, mandatário do partido Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), que o apoia.

Mondlane classificou os líderes da polícia moçambicana como verdadeiros terroristas e prometeu continuar os protestos em mais três fases até à divulgação dos resultados das eleições pelo Conselho Constitucional.

A resposta policial hoje às manifestações foi condenada pela comunidade internacional e houve vários apelos à contenção de ambas as partes, nomeadamente de Portugal, da União Europeia e da União Africana.


O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou hoje um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 400 milhões de dólares (370 milhões de euros), numa reunião em Kiev com o Presidente ucraniano.

© Reuters  Por Lusa  21/10/24 

EUA anunciam novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 370 milhões

O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou hoje um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 400 milhões de dólares (370 milhões de euros), numa reunião em Kiev com o Presidente ucraniano.

"Hoje recebi o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em Kiev. Agradeci-lhe por um novo pacote de assistência à defesa da Ucrânia", escreveu após a reunião o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa mensagem publicada nas redes sociais, na qual também informou sobre o montante e a composição do novo pacote de ajuda.

"Sob a liderança de Joe Biden, os Estados Unidos continuam a aumentar este apoio. Hoje quero anunciar a atribuição de um pacote de ajuda presidencial de 400 milhões de dólares em munições, equipamento militar e armamento para a Ucrânia", disse Austin durante a reunião com Zelensky, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

O Pentágono afirmou em comunicado que o novo pacote inclui munições para sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS), mísseis anti-tanque e anti-armadura, veículos blindados, armas ligeiras, granadas, equipamento de comunicações e equipamento para proteger infraestruturas nacionais críticas.

"Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com cerca de 50 aliados e parceiros para satisfazer as necessidades urgentes da Ucrânia no campo de batalha e defender-se contra a agressão russa", acrescentou o Departamento de Defesa norte-americano.

Zelensky adiantou nas redes sociais que os dois discutiram "prioridades críticas de defesa para a Ucrânia", que incluem "as capacidades de defesa aérea da Ucrânia, os preparativos para o inverno e a expansão da utilização de armamento de longo alcance contra alvos militares russos".

Esta última questão refere-se ao pedido de Kiev aos EUA, ao Reino Unido e à França para que lhe seja permitido atingir alvos militares dentro da Rússia com os mísseis fornecidos por estes países, que proíbem tal uso por receio da reação de Moscovo.

Austin reafirmou que "os EUA continuarão a apoiar a Ucrânia em termos de segurança", em conformidade com o acordo de cooperação militar assinado pelos dois países, de acordo com Zelensky.

"Austin também partilhou os seus planos de convocar uma nova reunião em formato Ramstein para coordenar uma maior assistência com os aliados internacionais", acrescentou ZelenskY.

Os aliados da Ucrânia deveriam ter-se reunido na base americana de Ramstein, no sul da Alemanha, em 12 de outubro, mas a reunião foi cancelada quando o Presidente dos EUA, Joe Biden, cancelou a sua participação devido à devastação causada no seu país pelo furacão Milton.

A reunião terá lugar em novembro por videoconferência, de acordo com a Casa Branca.

No encontro com Austin, Zelensky mencionou também o designado Plano de Vitória, um documento no qual Kiev pede aos EUA e a outros aliados a garantia da sua adesão à NATO quando a guerra terminar e o fornecimento de armas e liberdade de ação suficientes para forçar a Rússia a sentar-se e a negociar nos próximos meses.

O pacote de ajuda anunciado hoje por Austin em Kiev é o segundo aprovado pela Casa Branca este mês, com Biden a anunciar um pacote de ajuda militar de 425 milhões de dólares (393 milhões de euros) à Ucrânia a 16 de outubro.

A visita de Austin a Kiev ocorre duas semanas antes das eleições presidenciais americanas de 05 de novembro.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.


Veja Também: Coreia do Norte ajuda Moscovo: "É a primeira vez que Putin assume que os russos não são capazes de defender a própria Rússia" 

Putin vai encontrar-se com António Guterres na Rússia na 5.ª-feira

© ALEXEY NIKOLSKY/AFP via Getty Images   Notícias ao Minuto   21/10/24 

O presidente russo e o secretário-geral da ONU vão reunir-se à margem da cimeira dos BRICS, em Kazan, na Rússia. O anúncio foi feito pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Kremlin. O encontro vai acontecer na quinta-feira, sendo a primeira vez que ambos se reencontram desde 2022.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, vão reunir-se, esta quinta-feira, à margem da cimeira dos BRICS, em Kazan, na Rússia. 

Segundo avançou a agência de notícias AFP, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Kremlin, Yuri Ushakov, disse que "no dia 24 de outubro, estão agendadas sete reuniões bilaterais, após o final dos eventos", sendo que uma dessas reuniões será com o secretário-geral da ONU. 

Esta será a primeira vez que os dois líderes mundiais se encontram desde 2022. 

A 16ª edição da Cimeira dos BRICS decorre entre 22 e 24 de outubro e o encerramento será feito pelo presidente russo, numa conferência de imprensa, segundo a agência de notícias britânica Reuters. 

Vão estar presentes 36 países, sendo que 22 estarão representados pelos seus chefes de estado. Estarão também presentes seis organizações internacionais. 

O Brasil, a Rússia, a Índia e a China criaram o grupo BRIC em 2006, para defender uma maior representação dos países emergentes e em desenvolvimento nas organizações internacionais. A adesão da África do Sul em 2010 acrescentou a letra S à sigla. 

Além de Guterres, Vladimir Putin vai manter reuniões bilaterais com vários líderes do grupo BRICS, como o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, bem como com outros líderes convidados para a cimeira em Kazan.

"Naturalmente, uma atividade internacional de tal magnitude não acontecerá sem reuniões bilaterais. Temos muitas planeadas, penso que não será fácil para o nosso Presidente, no entanto, ele próprio manifestou o desejo de conhecer literalmente todos os chefes de estado que se deslocam a Kazan", afirmou Ushakov.

Durante a próxima cimeira, os líderes dos países membros deverão definir os critérios para que outras 15 nações se juntem ao bloco na categoria especial de parceiros associados.

Vladimir Putin já tinha afirmado que cerca de 30 países tinham demonstrado interesse em aderir de uma forma ou outra aos BRICS.

Entre os estados que manifestaram publicamente interesse em aderir ao grupo estão Cuba, Venezuela, Turquia, Azerbaijão e Malásia.

Durante a reunião, o Brasil assumirá a liderança dos BRICS durante um ano, a partir de 01 de janeiro de 2025, mas o líder brasileiro, Lula da Silva, vai faltar ao encontro na Rússia por impedimento de saúde.

Na última cimeira, realizada no ano passado na África do Sul, o Presidente russo participou por videoconferência, no seguimento da emissão de um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional contra Putin devido ao seu papel na deportação de crianças ucranianas após a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Segundo Moscovo, mais de 20 dirigentes internacionais são esperados em Kazan.


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domingo, 20 de outubro de 2024

Itália: Um morto e casas submersas. Cheias deixam Itália em "alerta vermelho"... As cheias estão a deixar o país inundado, de norte e sul. Mais de duas mil pessoas já foram retiradas de casa. As escolas vão ficar fechadas na segunda-feira.

© Massimiliano Donati/Getty Images    Por Notícias ao Minuto    20/10/24 

A chuva que tem caído nos últimos dias em Itália já fez um morto e inundou casas, estradas e escolas, deixando todo o país, de norte a sul, em "alerta vermelho". As zonas de Bolonha e Sicília são duas das mais afetadas. 

Em Bolonha a acompanhar a evolução da situação meteorológica da região, o vice-presidente do Conselho de Ministros italiano, Valentino Valentini, afirmou que a situação está a melhorar, "devido à diminuição das chuvas", e espera que muitas das mais de duas mil pessoas que foram obrigadas a deixar as suas casas na última madrugada possam regressar às habitações ainda este fim de semana.

"A situação dos cursos de água que transbordaram ontem está a ser constantemente monitorizada. Infelizmente temos a registar uma vítima, um jovem de 20 e poucos anos que foi arrastado pelas águas quando estava no seu carro, no município de Pianoro. As buscas duraram toda a noite, mas esta manhã foi encontrado sem vida", revelou Valentino Valentini, citado pelo jornal local Corriere di Bologna.

Nesta cidade caíram 140 milímetros de chuva em seis horas, o que, segundo a presidente da Câmara de Budrio, província de Bolonha, corresponde à média de precipitação para dois meses de outono.

"Os militares vão apoiar-nos no transporte de pessoas do Palazzetto dello Sport, que também foi afetado pela inundação, para o Bocciofila, onde vai haver apoio médico e psicológico. A água parece estar a escoar lentamente, embora o nível do rio continue elevado. As equipas de proteção civil chegarão ainda hoje com bombas adequadas para escoar a água", afirmou a autarca Debora Badiali.

Ainda durante este domingo será emitida uma ordem de encerramento de creches e escolas na segunda-feira, para que se possam fazer inspeções e analisar as condições dos estabelecimentos de ensino.

Casas e lojas debaixo de água. "Escapámos por pouco"

Em Castenaso, uma zona de Bolonha, vários moradores contaram como viram "a água muito alta" entrar-lhes em casa.

"Atingia metade da garagem e na cave tinha mais de um metro de profundidade. Os carros ficaram destruídos, tudo o que estava lá dentro ficou destruído. Foi muito pior do que da última vez. E da última vez escapámos por pouco", contou uma das habitantes de Castenaso ao Corriere di Bologna.

Da Sicília, que enfrenta uma grave seca há meses, a presidente da região Emilia-Romagna relata "imagens dramáticas", mas espera que o alerta entretanto diminua para laranja com a queda da precipitação.

"O alerta vermelho continua em vigor para hoje. Os valores acumulados são inferiores aos previstos, mas como sabem temos cheias nos principais rios, que estão a escoar. Alguns municípios estão a fazer evacuações preventivas. É correto que isto também esteja a acontecer. Os presidentes de câmara estão a proteger os cidadãos", acrescentou a autarca Irene Priolo.


Leia Também: Cheias mobilizam equipas de resposta a catástrofes na Índia 

Ucrânia ataca Moscovo e fábrica de explosivos com drones... As unidades de defesa aérea russas dizem ter abatido 110 drones ucranianos.

© Reuters   Por Notícias ao Minuto   20/10/24 

A Ucrânia atacou Moscovo e uma fábrica de explosivos militares, mais no interior do território russo, com drones durante madrugada deste domingo, avança a agência Reuters, citando as autoridades russas. O ataque noturno foi entretanto confirmado também pela Ucrânia.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, as unidades de defesa aérea abateram 110 drones ucranianos que entraram no seu território, incluindo um sobre a região de Moscovo, 43 na região fronteiriça de Kursk e 27 a sudoeste de Lipetsk.

"Os equipamentos de defesa aérea e de guerra eletrónica repeliram um ataque de drones no território da zona industrial de Dzerzhinsk", declarou Gleb Nikitin, governador da região de Nizhny Novgorod, no Telegram.

"Quatro empregados do quartel dos bombeiros, situado na zona industrial, ficaram ligeiramente feridos devido aos estilhaços dos escombros que caíram", acrescentou.

O canal de Telegram russo SHOT informou ainda que os drones tentaram atacar a fábrica de explosivos militares Ya. M. Sverdlov State Owned Enterprise, na cidade de Dzerzhinsk, que fica na região de Nizhny Novgorod, cerca de 400 quilómetros a leste de Moscovo.

A fábrica faz parte da indústria de defesa russa, está situada a 900 quilómetros da fronteira com a Ucrânia e está sujeita a sanções da UE e dos EUA. Produz explosivos, munições para aviação e artilharia, bombas para aviação, incluindo bombas aéreas guiadas, ogivas para mísseis guiados antitanque e ogivas para sistemas de mísseis de defesa antiaérea para as Forças Armadas russas, segundo o Ukrainska Pravda.

Imagens publicadas nas redes sociais russas mostram uma forte explosão na zona e pequenos drones abatidos pelos sistemas de defesa aérea. A AFP não conseguiu confirmar a veracidade das imagens.

Kiev não especificou os eventuais danos causados pelo ataque à capacidade de produção da fábrica.


Leia Também: Ministros do G7 reafirmam apoio "inabalável" à Ucrânia  

Obrigado Abdurahamane Turé ... Só a verdade liberta o homem


Bom dia África, 18/10/2024 sexta-feira  @Radio África FM ☝

sábado, 19 de outubro de 2024

Vídeo mostra norte-coreanos a recolherem uniformes e armas russas

© Reprodução X @StratcomCentre  Por  Lusa  19/10/24 

Um vídeo mostra dezenas de recrutas norte-coreanos a fazerem fila para recolherem uniformes e equipamento militar russo, noticia a agência Associated Press (AP), ressalvando que não conseguiu confirmar de forma independente a veracidade das imagens.

As autoridades ucranianas acreditam que o vídeo em questão visa intimidar a Ucrânia, marcando um novo capítulo numa guerra que dura há dois anos e meio, ao juntar-lhe um novo país.

De acordo com a AP, o vídeo foi obtido pelo Centro para Comunicação Estratégica e Segurança da Informação da Ucrânia, sob alçada do Ministério da Cultura e Informação.

"Recebemos este vídeo das nossas fontes. Não podemos fornecer verificação adicional das fontes que nos enviaram o vídeo, devido a questões de segurança", disse à AP o chefe do Centro para Comunicação Estratégica e Segurança da Informação da Ucrânia, Ihor Solovey.

O Centro alega que as imagens foram captadas por um soldado russo nos últimos dias, sendo a localização desconhecida.

"O vídeo mostra claramente cidadãos norte-coreanos a quem são dados uniformes russos, sob supervisão de militares russos. Para a Ucrânia este vídeo é importante porque é a primeira prova em vídeo que mostra a participação da Coreia do Norte na guerra, ao lado da Rússia. Não apenas com armas, mas também com pessoas", referiu Ihor Solovey.

A presença de soldados norte-coreanos na Ucrânia, a confirmar-se, é mais uma prova da intensificação dos laços militares entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.

No verão, Putin e Kim Jong Un firmaram um tratado de parceria estratégica que compromete os dois países a fornecerem assistência militar um ao outro. Armas norte-coreanas já foram usadas na guerra da Ucrânia.

Este vídeo é tornado público no dia em que o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha, alertou que a participação de tropas norte-coreanas do lado da Rússia na guerra na Ucrânia representaria uma "enorme ameaça" numa maior escalada do conflito.

Os serviços de informações da Coreia do Sul anunciaram na sexta-feira que a Coreia do Norte decidiu enviar tropas em "número elevado" para apoiar a Rússia na operação de invasão da Ucrânia.

De acordo com os serviços de informações militares sul-coreanos, a Coreia do Norte vai enviar até 12.000 soldados para ajudar a Rússia, divulgando imagens de satélite que mostram o primeiro destacamento destes militares.

O crescente apoio de Pyongyang à guerra de Moscovo na Ucrânia, que vai "além da transferência de equipamento militar e se traduz no envio de tropas", representa "uma ameaça significativa à segurança não só da Coreia do Sul, mas também da comunidade internacional", afirmou o Presidente sul-coreano, Yook Suk Yeol, que convocou uma reunião de emergência para analisar a situação.

Num comunicado, os serviços de informações sul-coreanos alegam ter detetado, "entre 08 e 13 de outubro, que a Coreia do Norte transportou as suas forças especiais para a Rússia num navio de transporte da Marinha russa, confirmando o início da participação militar da Coreia do Norte" na guerra contra a Ucrânia.

Nesse comunicado lê-se que vários navios de desembarque e fragatas russos já concluíram o transporte do primeiro contingente de tropas norte-coreanas, que se encontram atualmente estacionados em bases militares no Extremo Oriente russo.

Estes soldados "devem ser destacados para as linhas da frente (do conflito ucraniano) assim que tenham concluído o seu treino de aclimatação", alegam as autoridades sul-coreanas.

"Isto parece ser uma tentativa de esconder o facto de que são soldados norte-coreanos, fazendo-os passar por soldados russos", acusa Seul.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

O nível de colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang tem sido motivo recorrente de suspeita nas capitais ocidentais, já que a Rússia é um dos poucos países do mundo que mantém relações com o regime secreto de Kim Jong-Un.


DSP manda Otávio Lopes pé bai represental suma Vice...


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Por 
O Democrata Osvaldo Osvaldo
A palavra da moda agora é: respeitar Constituição e o Estado democrático de Direito! Sempre que o PAIGC está em desvantagem é possível ouvir gritos em nome da Constituição, princípios e valores do Estado de Direito!

Cidadão atento, pergunto-lhe se acha que DSP é um oportunista ou alguém melhor do que isso? Ele fez uma longa pausa e depois murmura com Otávio Lopes que é mais um outro oportunista. Por quê? Porque Ele não tem noção da história, nem tão pouco noção do futuro. Ele é apenas para o presente, egoísta do Engenheiro, isto é, para o efeito imediato. Por que não falou nada sobre autoproclamação criminoso do Cipriano como Presidente da República? No entanto, pela hipocrisia Paigcista falou apenas sobre DSP e mais questões Paigcistas. Afirmo que não concordo com conteúdo do discurso, e sugiro que o discurso devia dizer em que quadro DSP e Cipriano fecharam a ANP anos e anos? DSP e Cipriano fecharam a ANP e bloquearam condições financeiras para que o Ex- presidente da República representa-se o país na ONU!! 
E o furto dos 6 bilhões? 

Discursou de uma forma oportunista e hipócrita. Existe pouca estrutura intelectual honesta no Paigc, mas existem objectivos pragmáticos que são mais do que oportunistas e que visam ganhos incrementais nos cofres públicos. Poucos paigcistas estão interessados em saber por que DSP e Cipriano fecharam a ANP e bloquearam condições financeiras para o ex- presidente representar o país na ONU!? Tudo era uma maravilha. DSP obviamente estava muito preocupado com seus interesses pessoais. Para ele o que está acontecer agora é injusto e duvidoso. Octavio Lopes virou um crítico do Gabinete Sombrio pelo fraco apoio, ele quer comparecer quando faz um grande discurso e, assim, diminuir tanta a ocasião que também não aparece nenhuma pessoa da mídia. Foi o caso de um discurso muito bom mas hipócrita.

Os Paigcistas pensam que muito mais será necessário aceitar tudo o que eles querem na Guiné- Bissau. Querem afirmar titularidade do país. O comportamento nocivo cometido por DSP, o mesmo vale para ele hoje . Eu sei que não faz muito sentido, mas algumas coisas que são subterrâneas merecem e serão feitas contra o mesmo. 
Concluindo: Octavio Lopes foi representar prazer, vontade e desejo do Engenheiro Domingos Simões Pereira e não o país. 
Thursday 17 October.
0A 54.
Inglaterra- London 

O Hezbollah disparou hoje cerca de 200 mísseis contra Israel, a partir do Líbano, de acordo com o exército israelita, tendo sido iniciada uma ofensiva terrestre contra aquele movimento islamita no sul do país.

© AFP via Getty Images   Por Lusa   19/10/24 

Hezbollah disparou cerca de 200 mísseis contra Israel

O Hezbollah disparou hoje cerca de 200 mísseis contra Israel, a partir do Líbano, de acordo com o exército israelita, tendo sido iniciada uma ofensiva terrestre contra aquele movimento islamita no sul do país.

Às 21h00 em Lisboa, "cerca de 200 mísseis, disparados pela organização terrorista Hezbollah cruzaram hoje a fronteira do Líbano para Israel", indicou o exército israelita num comunicado citado pela Agência France Presse.

Os mísseis foram lançados principalmente na zona norte do país, onde as sirenes de alerta soaram durante toda a manhã.

As hostilidades entre Israel e o Hezbollah recrudesceram há pouco mais de um ano, quando a milícia islamita disparou projéteis contra território israelita depois de o Hamas ter atacado Israel, deixando cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns.

Esse ataque provocou uma resposta israelita que causou mais de 42.300 mortos na Faixa de Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, considerados "fiáveis" pelas Nações Unidas.

O exército israelita intensificou a ofensiva contra o Hezbollah em meados de setembro, com "bombardeamentos seletivos" de posições do movimento no sul do Líbano e mesmo em bairros de Beirute.

Estes ataques conseguiram desmantelar o grupo islamita com a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, e de alguns dos seus possíveis sucessores.

O elevado número de feridos deve-se à explosão coordenada, no início de setembro, de milhares de aparelhos de comunicação - "pagers" e "walkie-talkies" - de membros do Hezbollah, que responsabilizou Israel.

Leia Também: O Irão afirmou hoje que o movimento libanês Hezbollah, apoiado financeira e militarmente por Teerão, é o responsável pelo ataque com drones que teve como alvo a residência particular do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. 


Leia Também: EUA e Israel analisam ataque à residência de Netanyahu  

Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público: DA PROMOÇÃO, POR MÉRITO, POR ANTIGUIDADE, POR RECONOCIMIENTO...

 


Idade do rastreio do cancro da mama vai baixar para os 45 anos

Rastreio Oncológico (Associated Press)  Por  cnnportugal.iol.pt,  19/10/24

A secretária de Estado da Saúde adiantou ainda que o Ministério da Saúde está a desenvolver com a DGS um modelo de governação dos rastreios, com o objetivo de obter taxas de cobertura dos rastreios, quer das doenças oncológicas, quer das doenças não oncológicas, que sejam pelo menos de 80%

A idade mínima para o rastreio do cancro da mama vai baixar para os 45 anos, anunciou à Lusa a secretária de Estado da Saúde, que espera apenas a publicação da norma da DGS para a medida avançar.

Ana Povo adiantou que o Governo “já falou com a Direção-Geral de Saúde [DGS] para fazer o alargamento do rastreio do cancro da mama a mulheres a partir dos 45 anos”, tal como é indicado a nível europeu.

“Nós tomamos decisões políticas, mas todos estes trabalhos têm que se basear em normativas técnicas e indicações técnicas pelo que a Direção-Geral de Saúde já está a trabalhar na norma relativamente ao rastreio do cancro da mama e contamos que no espaço de mês e meio a dois meses esteja publicada”, avançou a governante na data em que se assinala o Dia Mundial do Cancro da Mama.

A partir daí, “todas as Mulheres a partir dos 45 anos vão ter acesso ao rastreio do cancro da mama”, afirmou Ana Povo.

Questionada se a medida poderá ser aplicada ainda este ano, a secretária de Estado disse que falou na sexta-feira com a DGS para tentar que “a norma esteja publicada o quanto antes”.

“Poderemos depois analisar fazer uma repescagem das mulheres que durante, por exemplo, este ano estejam nesse intervalo de idade entre os 45 e os 50”, adiantou.

A governante realçou a importância de avançar com esta medida porque se tem observado, nos últimos anos, que “a incidência do cancro da mama acontece cada vez em mulheres mais jovens”.

“O rastreio do cancro da mama, ao contrário de outro tipo de rastreios, não é um rastreio de prevenção da doença. É aquilo que nós chamamos um rastreio secundário do diagnóstico mais precoce possível da doença, porque nós queremos tratar as mulheres que infelizmente venham a sofrer de cancro da mama o mais precocemente possível”, salientou.

A secretária de Estado da Saúde adiantou ainda que o Ministério da Saúde está a desenvolver com a DGS um modelo de governação dos rastreios, com o objetivo de obter taxas de cobertura dos rastreios, quer das doenças oncológicas, quer das doenças não oncológicas, que sejam pelo menos de 80%.

Atualmente, a recomendação da DGS para iniciar o rastreio é aos 50 anos, uma norma que será agora atualizada pela autoridade de saúde, cumprindo as recomendações da União Europeia emitidas há dois anos para antecipar a primeira mamografia em cinco anos (para os 45 anos) e estender o rastreio até aos 74 anos.

No Dia Mundial do Cancro da Mama, Ana Povo alertou que uma em cada oito mulheres corre risco de sofrer desta doença.

“Além da prevenção, é preciso estar alerta para este problema, é preciso fazer também a apalpação da mama em casa e, em qualquer questão e em qualquer dúvida, recorrer ao seu médico de família, porque aqui nós pontuamos, ser diagnosticado o mais cedo possível”, aconselhou.

Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 9.000 novos casos de cancro da mama e mais de 2.000 mulheres morrem com esta doença, segundo dados divulgados pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).

Segundo a LPCC, que desenvolve o programa de rastreio em colaboração com os cuidados de saúde primários, até ao final de 2022 foram realizadas mais de 5,3 milhões de mamografias de rastreio e encaminhadas para diagnóstico e tratamento mais de 30.000 mulheres, o que permitiu um tratamento menos agressivo, mais eficaz e, mesmo em muitos casos, a cura total.

Habitualmente, são enviadas cartas-convite às mulheres em idade rastreável, atualmente entre os 50 e os 69 anos, inscritas nos centros de saúde para realizarem, sem custos, uma mamografia.

As Unidades Móveis de Rastreio de Cancro da Mama são deslocadas para os concelhos em intervalos de dois anos e estacionam normalmente junto do centro de saúde local.

Credibilidade da democacia nos EUA posta em causa por estudo

© Reuters   Por Lusa   19/10/24  

Com menos de três semanas para as eleições presidenciais nos EUA, marcadas para 05 de novembro, surgiram novos alertas sobre o impacto da redução de fiabilidade da democracia norte-americana na sua autoridade externa.

Um relatório, intitulado "Distorções Democráticas e um Estado Problemático: Os EUA na Véspera das Eleições Presidenciais de 2024", destaca desafios críticos que ameaçam o sistema político do país.

O documento, da autoria entre outros de investigadores da da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA e da Hertie School, uma instituição universitária em Berlim, aponta que tanto a fiabilidade da democracia como a capacidade do Estado declinaram profundamente nos EUA, desde 2015.

A fiabilidade democrática, que se refere às áreas eleitoral, social e institucional, baixou de forma significativa, especificou o relatório.

Declínios mais acentuados foram identificados em Estados decisivos para o resultado eleitoral final, como Carolina do Norte, Wisconsin, Pensilvânia e Geórgia.

A participação nas eleições -- uma métrica crucial do compromisso cidadão -- está muito abaixo da verificada em outras democracias avançadas, o que levanta preocupações sobre o envolvimento no processo decisional.

Outro problema identificado é o do papel desmedido do dinheiro na política.


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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

A resolução, adotada em 2006 após o fim da Segunda Guerra do Líbano, estipula que apenas as forças armadas libanesas podem ser colocadas na faixa de fronteira e que os milicianos do Hezbollah estacionados ao longo da fronteira com Israel devem retirar-se para norte, acima do rio Litani. Tal também implica o desarmamento do movimento xiita...

© Lusa   Por Lusa  18/10/24 

 PM libanês denuncia "interferência flagrante" do Irão, Teerão nega

O primeiro-ministro libanês denunciou hoje a "interferência flagrante" do Irão, após comentários de um responsável iraniano que afirma estar pronto para negociar um cessar-fogo no Líbano, e solicitou a convocação do encarregado de negócios iraniano em Beirute.

Esta é a primeira vez que Najib Mikati, que mantém boas relações com o Hezbollah (pró-iraniano) representado no seu gabinete, adota tal posição, embora Teerão já tenha vindo negar qualquer interferência nos assuntos internos do Líbano.

Depois de um ano de trocas de tiros na fronteira, Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah estão agora em guerra aberta no Líbano, onde Telavive lançou nas últimas semanas uma ofensiva terrestre no sul.

Num artigo publicado na quinta-feira à noite pelo jornal francês Le Fígaro, o presidente do parlamento iraniano, Mohammad-Bagher Ghalibaf, que visitou Beirute na semana passada, afirmou que Teerão estará pronto para negociar com França um cessar-fogo no Líbano.

"Estamos surpreendidos com esta posição, que constitui uma interferência flagrante nos assuntos libaneses e uma tentativa de estabelecer uma tutela que rejeitamos sobre o Líbano", disse o primeiro-ministro libanês, num comunicado.

Mikati indicou que pediu ao ministro dos Negócios Estrangeiros libanês para "convocar o encarregado de negócios iraniano" no Líbano para pedir "explicações" sobre estas observações.

O embaixador iraniano no Líbano, Mojtaba Amani, foi ferido em meados de setembro na explosão de um 'pager', tal como centenas de membros do Hezbollah, operação atribuída a Israel.

Nesse sentido, a Presidência do Conselho de Ministros libanês emitiu um comunicado na conta oficial X no qual anuncia o pedido de Mikati para abordar as declarações de Ghalibaf com o encarregado iraniano.

Na nota informativa, é indicado que foi pedido ao chefe da diplomacia libanesa que informasse o encarregado de negócios iraniano sobre a posição do Líbano sobre esta questão.

"A questão da negociação para implementar a Resolução Internacional 1701 [do Conselho de Segurança da ONU] é assumida pelo Estado libanês, e todos devem apoiá-lo nesta direção, não tentar impor novos mandamentos que são rejeitados por todas as considerações nacionais e soberanas", afirmou Mikati, segundo a declaração.

A resolução, adotada em 2006 após o fim da Segunda Guerra do Líbano, estipula que apenas as forças armadas libanesas podem ser colocadas na faixa de fronteira e que os milicianos do Hezbollah estacionados ao longo da fronteira com Israel devem retirar-se para norte, acima do rio Litani. Tal também implica o desarmamento do movimento xiita.

Numa declaração anterior, Mikati "ficou surpreendido" com a declaração do presidente do parlamento iraniano, que considerou "constituir uma interferência flagrante nos assuntos libaneses e uma tentativa de estabelecer uma tutela inaceitável sobre o Líbano".

No passado dia 12 de outubro, o presidente do parlamento iraniano encontrou-se com Mikati durante uma visita a Beirute, durante a qual denunciou "os crimes" de Israel, que está a realizar uma campanha de ataques intensivos no Líbano e incursões terrestres no sul.

Mikati disse ter informado Ghalibaf, bem como o chefe da diplomacia iraniano, Abbas Araghchi, que tinha visitado o Líbano anteriormente, "da necessidade de compreender a situação do Líbano, sujeito a uma agressão israelita sem precedentes".

Em Teerão, o parlamento iraniano negou entretanto que Ghalibaf tenha proposto negociar com a França a aplicação da resolução do Conselho de Segurança da ONU e atribuiu a informação a interpretações "incorretas".

"A posição tomada por Ghalibaf é muito clara. O presidente do parlamento disse ao primeiro-ministro libanês que o Irão apoiará o que o Governo libanês aprovar para alcançar um cessar-fogo sustentável", afirmou a mesma fonte.

Mesmo assim, a câmara indicou que nenhum acordo pode ser alcançado sem o apoio do chamado "Eixo da Resistência".

O "Eixo da Resistência" é uma aliança anti-Israel liderada pelo Irão e formada pelo Hezbollah libanês, pelos palestinianos do Hamas e pelos Huthis do Iémen, entre outros.

O primeiro-ministro libanês enfatizou que o seu governo está "a trabalhar com todos os amigos do Líbano, incluindo a França, para pressionar Israel por um cessar-fogo".

Pelo menos 1.418 pessoas foram mortas no Líbano desde a intensificação das operações israelitas no Líbano, a 23 de setembro, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, e mais de um milhão foram forçadas a abandonar as suas casas.