sábado, 2 de dezembro de 2023

Guiné-Bissau considera confrontos armados tentativa de "golpe de Estado"

POR LUSA   02/12/23 

O chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considerou hoje os confrontos armados de sexta-feira uma "tentativa de golpe de Estado" contra o Presidente da República e anunciou uma comissão de inquérito para apurar responsabilidades.

"Esta tentativa de golpe de Estado terá consequências pesadas", afirmou, à chegada ao aeroporto de Bissau, depois de uma semana ausente do país em visitas oficiais a Roma, Timor Leste e Dubai, para participar na COP28.

Em declarações aos jornalistas, o presidente guineense recusou falar em português e referiu-se apenas às tensões dos últimos dias no país, desde a prisão preventiva do ministro das Finanças, Suleimane Seide, e do Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, decretada na quinta-feira à noite, aos confrontos armados entre a Guarda Presidencial e a Guarda Nacional, na madrugada e manhã de sexta-feira.

"O teatro acabou", insistiu o chefe de Estado, frisando que "toda a gente que está implicada nesta tentativa vai pagar caro".

O presidente da República anunciou que "segunda-feira, haverá uma comissão de inquérito" e reiterou que "a Guiné-Bissau não pode viver mais em teatro".

Sissoco Embaló disse ainda que "há indícios", incluindo escutas telefónicas, de que "esse golpe" não é de agora, que "foi preparado antes de 16 de novembro", o dia da comemoração oficial dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, organizada pela Presidência da República.

O presidente considera que o comandante da Guarda Nacional, Vítor Tchongo, que foi preso na sexta-feira, agiu "a mando de alguém" quando foi às celas da Polícia Judiciária retirar os dois governantes para os levar para o quartel.

"Tchongo não é maluco até ao ponto de ir rebentar as instalações da Polícia Judiciária", afirmou.

O chefe de Estado guineense insistiu que "não se faz golpe ao presidente da Assembleia, nem ao primeiro-ministro, só se faz ao chefe de Estado, que é comandante supremo das Forças Armadas".

O presidente lembrou a tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2022 para vincar que já tinha dito àqueles que consideraram que "fizeram teatro" nessa ocasião e "disseram que era inventona", que não voltaria a repetir-se.

Sissoco evocou a frase do antigo presidente guineense Kumba Yalá, "vivemos em paz ou morremos todos", e disse "é dessa vez".

O presidente da República defendeu que "o império da lei tem que funcionar na Guiné-Bissau" e disse que se a Procuradoria-Geral da República deixar de ser o advogado do Estado, ele próprio está "disponível para fazer isso" e evitar que o país caia "num colapso".

"Se eu vou ser sacrificado é dessa vez", afirmou.

Sissoco Embaló afirmou que "todos sabem quem são" os autores do "golpe", referindo a seguir que "não há casa de ninguém atacada", numa alusão à denúncia do presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira, de que a residência tinha sido cercada e alvejada, com o próprio em casa.

O Presidente convidou os jornalistas a irem "a casa das pessoas ver se foram atacadas, se uma única casa" foi atacada.

À pergunta sobre o alegado envolvimento do Presidente da República nos acontecimentos de sexta-feira, respondeu: "envolvimento como? Será que vou dar golpe a mim próprio?"

Sobre o envolvimento das tropas da Presidência nos confrontos defendeu que "um dos papéis do batalhão da Presidência da República é manter e coadjuvar o Estado-Maior General, é assim que funciona".

"O batalhão da Presidência da República, no nosso sistema ou no estatuto de Defesa Nacional, é para proteger o Presidente República", frisou.

Na madrugada e na manhã de sexta-feira, o batalhão da guarda presidencial e a Polícia Militar atacaram o comando da Guarda Nacional para retirar o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro.

Os dois governantes foram para lá levados pela Guarda Nacional que os retirou das celas da Polícia Judiciária, onde estavam em prisão preventiva por ordens do Ministério Público que os investiga no âmbito de um processo de pagamento de dívidas a 11 empresas.

Do ataque ao quartel da Guarda Nacional resultaram dois mortos, a retirada dos dois governantes, que foram novamente conduzidos às celas da PJ e ainda a detenção do comandante da corporação, coronel Vítor Tchongo, e mais alguns elementos.


PR Umaro Sissoco Embaló regressa à Bissau após a cimeira do Ambiente em Dubai, visita de Estado a Timor Leste e Roma.


Leia Também: A Cedeao condena Veementemente a Violência e Todas as Tentativas de Perturbar a Ordem constitucional e o Estado de direito na Guiné-Bissau

NO COMMENT ...01 & ...02

 


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COMUNICADO DO PAI TERRA RANKA


  Gervasio Silva Lopes

GUINÉ-BISSAU - COMUNICADO DO GOVERNO

 

Conferencia de imprensa do presidente da ANP Domingos Simoes Pereira




PAIGC: comunicado à imprensa



Estado Maior Comunica ao corpo da Guarda Nacional para retornarem aos seus Postos de serviço.

 

#EMGFA

Instituto nota avanços na condição das mulheres e meninas na Guiné-Bissau

POR LUSA    02/12/23 

A condição das mulheres e crianças na Guiné-Bissau tem registado avanços, nomeadamente naquela que é a prática "mais nefasta e cruel", a mutilação genital feminina, segundo o instituto que defende os direitos das mais vulneráveis da sociedade guineense.

Em entrevista à Lusa, a presidente do Instituto da Mulher e da Criança (IMC), Quite Djata, assegura que "há muitos avanços em diferentes domínios em relação às meninas e às mulheres", não só em matéria de leis de defesa e proteção, como também nas práticas do dia-a-dia.

A Lusa falou com a responsável por ocasião da jornada de 16 dias de sensibilização contra a violência do género, que se prolonga e passará, até 16 de dezembro, pelas diferentes regiões da Guiné-Bissau.

Para concretizar os avanços registados, a presidente do IMC aponta o exemplo das escolas, onde "a maior parte" das graduações são de mulheres, o que "quer dizer que o aspeto da escolarização já está avançando".

"A camada jovem já não está perdida com a escolarização.

A única preocupação que nós temos, neste domínio, é outra camada entre os 15 e os 39 anos, ainda temos problemas", observa, defendendo a necessidade de alfabetização desta faixa etária.

Outro avança que destaca é na área da violência económica, já que "dantes, as mulheres não tinham direito a herança dos pais e do marido, mas a situação, também, inverteu-se, sobretudo na camada escolarizada".

Numa das áreas mais sensíveis, a da mutilação genital feminina, a presidente do IMC garante que há avanços, "apesar de todos os relatórios o negarem".

"Se os praticantes ou as praticantes fazem isso já às escondidas, isso é um avanço, quer dizer que as pessoas compreenderam já que fazerem isso não é bom, tanto para saúde, como também estão a violar a lei", sustenta.

Quite Djata reitera que a nível interno "há muito avanço", mas o país está numa sub-região de África "onde há imigração de pessoas de outras nacionalidades que tentam contornar essa prática".

Os casamentos precoces forçados continuam a ser uma preocupação interna e são um dos temas da caravana de sensibilização que está a percorrer o país com um alerta, também, para o planeamento familiar".

"Porque ficar grávida precocemente, fica ´presa` e dá razão aos pais, que vão dizer ela recusou ficar casada e olha o que aconteceu", apontou, defendendo que há a fazer ainda, também, trabalho nas comunidades onde as decisões são tomadas, às vezes, sem consultar inclusive a mãe.

Outra preocupação que continua presente "é a prática mais cruel e nefasta", a mutilação genital feminina, o fanado em crioulo, que "abrange todo o tipo de violência e de consequências no ser humano".

"Está presente, mas não tanto como dantes, porque se estão a fazer isso às escondidas é porque já compreenderam. Há, mas há uma descida no país", assegurou, explicando que a última denúncia vinda a público de um caso estava relacionada com uma família que não é guineense.

"Mas é o nosso território que devemos trabalhar para quem chegar aqui respeite as leis que existem, que procure saber como é que se fazem as coisas aqui no país, sobretudo o que tem a ver com violência, que tem a ver com a saúde, que tem a ver com a vida", considera.

Há também a exploração sexual, que existe, como diz, mas "o problema é que as pessoas fazem disso tabu".

"Se eu for violada sexualmente, tenho vergonha de dizer. Os vizinhos não querem que se saiba que existem na comunidade situações de violação sexual. Até dentro da família acontece", afirma.

O que a presidente do IMC observa é que "quem pratica estes atos com alguém de uma família escolarizada tem problemas, vai ser denunciado" e "quanto mais as pessoas são esclarecidas, quanto mais as pessoas estão escolarizadas", menos estes casos acontecem.

Por isso, frisa, "o melhor mecanismo de abolir muitas das violências" a que se assiste no país "é aumentar o nível de escolarização, é alfabetizar a mulheres que ainda não o foram e também os homens, porque os homens escolarizados não fazem isso".



Leia Também: Ministro da Guiné-Bissau e secretário de Estado reconduzidos à prisão 

PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARTICIPA NA CIMEIRA DAS NACÕES UNIDAS SOBRE AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS- COP28 EM DUBAI


O Presidente, Umaro Sissoco Embaló, participou, em Dubai, Emirados Árabes Unidos, na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP28.

O evento, que decorre sob o lema “Unir, Actuar, Entregar Resultados” é um marco na agenda climática mundial da presente década, centrada na apresentação do primeiro balanço global dos progressos mundiais em relação às metas do Acordo de Paris, adoptado em 2015, na COP21.
🇬🇼🇦🇪

COMUNICADO DA CEDEAO - A Cedeao condena Veementemente a Violência e Todas as Tentativas de Perturbar a Ordem constitucional e o Estado de direito na Guiné-Bissau


Israel anuncia que não renovará visto de representante da ONU

© Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   01/12/23 

Israel informou as Nações Unidas de que o visto da sua coordenadora humanitária para os territórios palestinianos, anteriormente acusada de não ser "imparcial", não será renovado, indicou hoje um porta-voz da organização internacional.

A canadiana Lynn Hastings foi nomeada em dezembro de 2020 pelo secretário-geral, António Guterres, como coordenadora humanitária da ONU para os territórios palestinianos e adjunta do enviado para o Médio Oriente, Tor Wennesland.

"Fomos informados pelas autoridades israelitas de que não vão renovar o visto de [Lynn] Hastings após este expirar, no final deste mês", declarou Stéphane Dujarric, porta-voz de António Guterres, sem especificar se a responsável, instalada em Jerusalém, será substituída ou se continuará o seu trabalho a partir de outro local.

Apenas garantiu que a canadiana continua a ter a "total confiança" do secretário-geral.

"Viram alguns ataques públicos contra ela no Twitter [atual rede social X], que foram totalmente inaceitáveis", acrescentou.

No final de outubro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel atacou Lynn Hastings referindo o seu nome na rede social X e acusando-a de não ser "imparcial" nem "objetiva".

"A retórica perigosa de Lynn Hastings está a pôr em perigo os civis inocentes israelitas e palestinianos", lia-se na mensagem, acompanhada de um vídeo lamentando que tenha sido incapaz de condenar o ataque de 07 de outubro a Israel pelo movimento islamita palestiniano Hamas com rapidez suficiente.

Outros representantes da ONU têm sido fortemente criticados por responsáveis israelitas desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada no início de outubro pelo ataque de proporções sem precedentes do movimento palestiniano em território israelita.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, instou várias vezes à demissão do próprio António Guterres. No final de outubro, anunciou também que Israel deixaria de conceder vistos a representantes da ONU "hostis" a Israel, um caso que, segundo disse, se aplicava também ao secretário-geral adjunto para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.

Esta decisão foi tomada em resposta às declarações de Guterres perante o Conselho de Segurança da ONU, onde sustentou que os "horríveis" ataques de 07 de outubro do Hamas "não surgiram do nada", mas sim de "o povo palestiniano estar há 56 anos sujeito a uma ocupação sufocante", num contexto em que "as suas esperanças de uma solução política [para o conflito israelo-palestiniano] estão a desaparecer".

Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque que fez mais de 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre.

A guerra entre Israel e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 15.000 mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU, mergulhando aquele enclave palestiniano pobre numa grave crise humanitária.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, 248 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas ou em ataques perpetrados por colonos.



Leia Também: Mais três jornalistas mortos em Gaza. Total sobe para 73

Putin ordena aumento de 15% do número de soldados do Exército russo

© Reuters

POR LUSA   01/12/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto ordenando o aumento em 15% do número de soldados do Exército russo, que o explicou com "o aumento das ameaças" relacionadas com o conflito na Ucrânia.

De acordo com o decreto divulgado pelo Governo, a Rússia passará a ter 2,2 milhões de efetivos nas Forças Armadas, entre os quais 1,32 milhões de soldados.

O anterior decreto, datado de agosto de 2022, fixava o número de efetivos previstos em dois milhões, entre os quais 1,15 milhões de soldados.

Em termos concretos, sem contar o pessoal civil, tal representa um aumento de 169.372 militares, ou seja, quase 15% da força de combate atualmente existente.

Assim que o decreto foi anunciado, o Ministério da Defesa russo divulgou um comunicado a explicá-lo.

"O aumento dos efetivos das Forças Armadas deve-se ao aumento das ameaças ao nosso país e relacionadas com a operação militar especial a ser realizada [na Ucrânia] e à continuação do alargamento da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental)", indicou.

"Estão em curso um reforço das Forças Armadas combinadas da Aliança perto das fronteiras da Rússia e o destacamento de mais meios de defesa aérea e de armamento de ataque", especificou.

O ministério garantiu, contudo, que o aumento dos seus efetivos será feito "por etapas", com base em alistamentos voluntários, e que "não está prevista qualquer mobilização" militar.

Em setembro de 2022, enfrentando graves dificuldades na frente de batalha, a Rússia ordenou uma mobilização militar, o que levou centenas de milhares de jovens a fugir do país para evitar o recrutamento forçado e causou um descontentamento generalizado na sociedade russa.

Desde então, a frente estabilizou e as autoridades russas têm privilegiado recrutamentos assentes no voluntariado, prometendo salários elevados e benefícios sociais àqueles que decidam alistar-se.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 21 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.



🇬🇼 so bardadi ki na libera Guiné-Bissau ki si fidjus 👀

 


 MasterkingQueizy Cascarino Manozenga 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Analise: Dr Nelson Moreira


REAÇÃO DO PRS

 

Madem G-15 condena com veemência o que denomina de "Atentado à República e ao estado de Direito Democrático" e ainda acusa o presidente da ANP de incentivo à violência.

  Radio TV Bantaba

O porta voz do governo afirmou que a situação voltou à normalidade. Muniro Conte diz que o governo da coligação PAI-TERRA RANCA está aberto a colaborar com a Justiça, uma vez que os procedimentos legais forem respeitados


 Radio TV Bantaba

GUINÉ-BISSAU: Polícia Militar confirma pelo 2 mortos nos confrontos armados em Bissau

POR LUSA    01/12/23 

A Polícia Militar guineense disse à Lusa que pelo menos dois militares morreram nos combates registados em Bissau na madrugada e manhã de hoje entre agentes da Guarda Nacional e elementos do Batalhão do Palácio presidencial.

De acordo com a mesma fonte, os mortos seriam um agente da Guarda Nacional e um militar do Batalhão presidencial.

"Para já estamos ainda a averiguar, mas pelo menos, podemos confirmar estas duas mortes", referiu a fonte da Polícia Militar, corpo do exército que mantém a ordem entre os militares em caso de altercações armadas.

A mesma fonte indicou ainda que até ao momento foram registados dois feridos, que estão a receber tratamento médico.

O vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Mamadu Turé "Nkrumah", emitiu um comunicado em que informa a população e a comunidade internacional de que a "situação voltou à calma" e que tudo foi provocado pela atuação do Comandante da Guarda Nacional, Vítor Tchongo, ao mandar libertar os dois membros do Governo detidos na Polícia Judiciária (PJ).

"Por estas razões as Forças Republicanas levantaram-se e repuseram a ordem constitucional", lê-se no comunicado.

Os disparaos ecoaram por toda a cidade de Bissau e partiram das imediações do quartel no bairro de Luanda e de outras instalações da Guarda Nacional, de acordo com os relatos que foram chegando à Lusa.

A zona dos bairros mais próximos dos disparos, como Santa Luzia, Luanda, Empantcha esteve, nas primeiras horas da manhã, sem movimentos de viaturas e pessoas, algum comércio encerrou, mas noutras zonas da cidade a população manteve as rotinas normais, mesmo com o som dos disparos.

O ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram postos em prisão preventiva, na quinta-feira, depois de ouvidos pelo Ministério Público.

Os governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.

Horas depois da decisão judicial, foram retirados das celas da PJ pela Guarda Nacional e hoje de manhã, na sequência dos confrontos, voltaram a ser colocados nos calabouços da Polícia Judiciária.

Vários dirigentes do Ministério da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada no âmbito do processo que levou à detenção dos dois principais responsáveis da instituição.


Após um confronto armado, a cidade de Bissau parece estar calma novamente.


Presidente da acaba de discursar no COOP28 em Dubai

 


 Estamos a Trabalhar

Parabéns para PR e PGR.

Por O Democrata Osvaldo Osvaldo

Cidadão emocionado calma! A política não é para amadores e muito menos cabe na cabeça de um observador egocêntrico, pois não interessa tendências politicas publicitárias e marquetológicas.

Será que em Portugal a Guarda Nacional ou Ministério do interior têm autoridade para libertar cidadãos presos? Se a resposta for afirmativa, por quê que a Guarda Nacional Brasileira não libertou Lula da prisão? Eis uma grande questão que todos os que se prezam de democratas deviam perguntar e questionar integralmente! 

Concluindo 

Umaro acabou de fazer uma interpretação esperta da sua autoridade. É ainda o começo da subida da escada! Libertar os bandidos sobre alçadas da Justiça, são mentiras para que moral não vá pela fossa abaixo. Pois são meramente LUNÁTICOS! Muitos não conseguem sentar-se à mesa e jantar! É uma noite de todos os pesadelos até pode ser que o entrudo veio mais depressa pois, muitos estão vestindo de mulheres para fugirem!

Falado bá, 'chefe, cai mas, palavras firma'!

Ele não é o meu Pr, pois estando lá ele deve e é obrigado exercer o cargo, o que aconteceu chama-se de restauração da autoridade da presidência.

PGR serviu-se o verdadeiro propósito Constitucional pois, os artigos da Constituição não foram feitos como refúgio dos criminosos e de banditismo de todas as espécies!

Parabéns para PR e PGR.

Logo se saberá.

Até manhã!

Feliz dia para emocionados. 

sexta-feira, 1 de dezembro

Juvenal Cabi Na Una.

Governo da Guiné-Bissau acusa batalhão presidencial de "uso" da força

© Lusa

POR LUSA   01/12/23 

A coligação no Governo na Guiné-Bissau acusou hoje o batalhão do Palácio Presidencial de estar a fazer um uso "desproporcional e despropositado" da força após confrontos com a Guarda Nacional relacionados com a detenção de dois membros do executivo.

Em declarações à agência Lusa a partir de Bissau, uma fonte da Coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka, que pediu para não ser identificada, considerou que a troca de tiros que ocorreu esta madrugada e hoje de manhã em Bissau é "um golpe de força da Presidência da República contra a Guarda Nacional que simplesmente havia protegido a vida de dois membros do governo".

"Nada justifica tal uso da força e este nível de violência indiscriminada", acrescentou a mesma fonte, pedindo à comunidade internacional que exija uma intervenção da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CEDEAO), que tem no país uma força desde a tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2022.

Tiros de armas ligeiras e pesadas voltaram a ser ouvidos em Bissau desde as 07h00 desta manhã (mesma hora em Lisboa), depois de ao início da madrugada a capital da Guiné-Bissau ter sido surpreendida por disparos.

Os tiros acontecem na sequência de tensões vividas durante toda a noite de quinta-feira, depois de o Ministério Público ter decretado a prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do tesouro, António Monteiro.

Os governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.



Leia Também: Detido comandante da Guarda Nacional da Guiné-Bissau

Comunicado de imprensa do estado maior General das forças armadas



Ministro da Guiné-Bissau e secretário de Estado reconduzidos à prisão

© Lusa

POR LUSA  01/12/23 

O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram reconduzidos hoje à prisão após terem sido libertados na noite de quinta-feira por soldados da Guarda Nacional.

Fonte militar disse à Lusa que os dois governantes se encontravam no quartel da Guarda Nacional, no bairro de Luanda, arredores de Bissau, de onde foram levados novamente "para as celas da Polícia Judiciária" no bairro de Reno.

Suleimane Seidi e Antonio Monteiro foram postos em prisão preventiva, na quinta-feira, apôs seis horas de interrogatórios no Ministério Público, e momentos depois foram retirados das celas pela Guarda Nacional.

Por volta da 01h00 desta manhã eclodiram violentos tiroteios em Bissau, concretamente junto ao quartel da Guarda Nacional, no bairro de Luanda.

Fontes militares indicaram à Lusa tratar-se de confrontos entre soldados daquela corporação e elementos do Batalhão da Presidência da República.

As mesmas fontes precisaram que a Polícia Militar foi enviada ao local dos combates e esta manhã, por volta das 08h30, deteve o comandante da Guarda Nacional, coronel Vítor Tchongo, e "mais alguns elementos" daquela corporação.

Tchongo e os outros detidos da Guarda Nacional foram conduzidos para as celas no quartel do Estado Maior General das Forças Armadas, na Amura, no centro de Bissau.

Na capital da Guiné-Bissau deixaram de se ouvir, por volta das 09h00, os disparos de armas, que começaram cerca das 01h20 desta sexta-feira, prolongaram-se por alguns minutos e voltaram a ouvir-se pouco depois das 07h00.

Nos dois momentos, os tiros ecoaram por toda a cidade de Bissau e partiram das imediações do quartel no bairro de Luanda e de outras instalações da Guarda Nacional, de acordo com os relatos que foram chegando à Lusa.

A zona dos bairros mais próximos dos disparos, como Santa Luzia, Luanda, Empantcha esteve, nas primeiras horas da manhã, sem movimentos de viaturas e pessoas, algum comércio encerrou na capital da Guiné-Bissau, mas noutras zonas da cidade a população manteve as rotinas normais, mesmo com o som dos disparos.

Os tiros aconteceram na sequência de tensões vividas durante toda a noite de quinta-feira, depois de o Ministério Público ter decretado a prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro.

Os governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.

Logo após a denúncia do caso, o Ministério Público efetuou buscas e apreendeu documentos no Ministério da Economia e Finanças e ainda no banco que concedeu o crédito para o pagamento aos empresários.

Vários dirigentes da pasta da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada, no âmbito do processo judicial que levou à prisão preventiva dos dois principais responsáveis do ministério.


Leia Também: Governo da Guiné-Bissau acusa batalhão presidencial de "uso" da força

COP28: Guterres pede ações imediatas e vontade política podem evitar “colapso e incêndio do planeta”

António Guterres na COP27 (GettyImages)

cnnportugal.iol.pt,  01/12/23 

Secretário-geral das Nações Unidas alerta que "os sinais vitais da Terra estão a falhar: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de sempre"

O secretário-geral das Nações Unidas afirmou esta sexta-feira, na abertura da Cimeira Mundial de Ação Climática, no Dubai, que ainda é possível evitar o “colapso e incêndio do planeta” se os países agirem “agora”, com liderança, cooperação e vontade política.

Discursando na cerimónia de abertura da reunião de líderes políticos integrada na 28.ª conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP 28), António Guterres exortou os países a adotarem medidas urgentes para a “reduzirem drasticamente as emissões”, acelerarem a transição justa e equitativa para as energias renováveis, e promoverem uma justiça climática que proteja os países em desenvolvimento.

O secretário-geral da ONU começou por felicitar o presidente da COP28, Sultan Ahmed Al Jaber, pelo “início positivo” da conferência, “com uma aprovação rápida da agenda e a operacionalização histórica do Fundo para Perdas e Danos”.

Recordando que no espaço de pouco tempo presenciou em dois pontos distantes do planeta – Antártida e Nepal – o derretimento da calote polar e a fusão de glaciares, Guterres disse que o desaparecimento do gelo polar e dos glaciares, à vista de todos, está a causar danos em todo o mundo, desde deslizamentos de terras e inundações até à subida dos mares, uma “doença” que os líderes mundiais “podem curar”.

“Os sinais vitais da Terra estão a falhar: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de sempre. Estamos a milhas dos objetivos do Acordo de Paris - e a minutos da meia-noite para o limite de 1,5 graus. Mas não é demasiado tarde. É possível evitar o colapso e o incêndio do planeta. Dispomos das tecnologias necessárias para evitar o pior do caos climático - se agirmos agora”, afirmou.

Lembrando que o painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas traçou “um caminho claro” para limitar o aquecimento global a 1,5 ºC acima dos valores médios da era pré-industrial, o secretário-geral da ONU frisou que para tal é necessário “liderança - cooperação - e vontade política” e é necessário “agora”.

António Guterres chamou a atenção para o facto de o aquecimento global “estar a rebentar orçamentos, a fazer disparar os preços dos alimentos, a perturbar os mercados energéticos e a alimentar uma crise de custo de vida”.

Para o responsável da ONU, a ação climática pode mudar a situação e as energias renováveis são um caminho certo para o planeta, para a saúde e para a economia.

“O diagnóstico é claro: Em primeiro lugar, reduzir drasticamente as emissões. O G20 - que representa 80% das emissões mundiais - deve assumir a liderança. Exorto os países a acelerarem os seus calendários de emissões líquidas nulas, de modo a atingirem esse objetivo o mais próximo possível de 2040 nos países desenvolvidos e de 2050 nas economias emergentes”, afirmou.

Em segundo lugar, António Guterres assinalou a necessidade de acelerar uma transição justa e equitativa para as energias renováveis, porque a meta de 1,5 graus só é possível com o fim dos combustíveis fósseis, de modo a fornecer “energia limpa a todos até 2030”.

“Tenho uma mensagem para os líderes das empresas de combustíveis fósseis: a vossa velha estrada está a envelhecer rapidamente. Não se deixem levar por um modelo de negócio obsoleto. Liderem a transição para as energias renováveis. Não se enganem - o caminho para a sustentabilidade climática é também o único caminho viável para a sustentabilidade económica das vossas empresas”, defendeu.

Guterres exortou os governos a ajudarem a indústria a fazer “a escolha certa”, regulamentando, legislando, colocando um preço justo no carbono, acabando com os subsídios aos combustíveis fósseis e adotando um imposto sobre os lucros inesperados.

Em terceiro lugar, o secretário-geral das Nações Unidas, sublinhou que “há muito tempo que a justiça climática é necessária”, pois “os países em desenvolvimento estão a ser devastados por catástrofes que não causaram”.

“Os custos exorbitantes dos empréstimos estão a bloquear os seus planos de ação climática. E o apoio é demasiado escasso e demasiado tardio”, afirmou, acrescentando que o balanço global deve incluir um comprometimento com o aumento do financiamento, nomeadamente para adaptação e para perdas e danos.

“E tem de apoiar a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento para mobilizar muito mais financiamento privado a custos razoáveis, frisou, instando os países desenvolvidos a mostrar como vão duplicar o financiamento da adaptação para 40 mil milhões de dólares por ano até 2025 - como prometido - e clarificar como vão cumprir os 100 mil milhões de dólares - como prometido.

ISRAEL/PALESTINA: Israel sabia de planos de ataque do Hamas há um ano, diz New York Times

© Lusa

POR LUSA   01/12/23 

As autoridades de Israel sabiam dos planos de ataque do Hamas há pelo menos um ano, mas descartaram a possibilidade por serem complicados de executar, avançou na quinta-feira o jornal The New York Times.

Citando "documentos, e-mails e entrevistas" a que teve acesso, o jornal norte-americano afirmou que o plano descrevia com grande precisão um ataque surpresa como o que o grupo islamita palestiniano levou a cabo a 7 de outubro, que causou 1.200 mortos em Israel e mais de 200 reféns.

O plano de 40 páginas, com o nome de código 'Muro de Jericó', previa a utilização de drones para destruir as câmaras de segurança ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, ou a entrada em massa de militantes a pé, de mota e de parapente, embora não fixasse uma data para a operação.

Os oficiais militares da região não acreditavam que fosse possível um ataque desta dimensão. Não é claro se o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ou outros líderes políticos tiveram acesso aos documentos, notou o jornal.

O ataque do Hamas levou Netanyahu a declarar guerra ao Hamas e a lançar uma ofensiva na Faixa de Gaza que já custou a vida a mais de 15 mil pessoas.

Quinta-feira foi o sétimo dia de uma trégua, mediada pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, que inclui a libertação de reféns e prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

O cessar-fogo temporário foi prolongado na quinta-feira de manhã por mais 24 horas e não se sabe se continuará hoje.

O prolongamento da trégua implicaria a libertação de mais 10 reféns israelitas por dia em troca da libertação de 30 prisioneiros palestinianos.

Entretanto, o Qatar continua a trabalhar com os parceiros regionais e internacionais no sentido de um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza.

Até ao momento, foram libertados 105 prisioneiros em Gaza, incluindo 81 israelitas e 24 estrangeiros, enquanto Israel libertou 240 prisioneiros palestinianos, todos eles mulheres e menores.



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🔴#GUINÉ_BISSAU ‼️Detido comandante da Guarda Nacional Coronel Vítor Tchongo ( Foto)


O comandante da Guarda Nacional da Guiné-Bissau e mais alguns elementos da corporação foram detidos e conduzidos para as instalações do Estado Maior General das Forças Armadas. Disparos deixaram de ouvir-se em Bissau.

O coronel Vítor Tchongo "e mais alguns soldados" da Guarda Nacional foram detidos por elementos da Polícia Militar, depois de confrontos armados entre a Guarda nacional e forças do Batalhão do Palácio presidencial que começaram ao início da madrugada de hoje, disseram à Lusa fontes militares.

Na capital da Guiné-Bissau deixaram de ouvir-se, por volta das 09:00, os disparos de armas, que começaram cerca das 01:20, prolongaram-se por alguns minutos e voltaram a ouvir-se pouco depois das 07:00. "Ouvem-se tiros de armas automáticas em Bissau. As informações são escassas", descrevia esta manhã o correspondente da DW na capital guineense.

Segundo a Lusa, os disparos partiram das imediações do quartel no bairro de Luanda e de outras instalações da Guarda Nacional.

A zona dos bairros mais próximos dos disparos, como Santa Luzia, Luanda, Empantcha estava sem movimentos de viaturas e pessoas.

Fontes militares afirmam à Lusa que houve confrontos entre elementos da Guarda Nacional e forças do Batalhão do Palácio presidencial, numa altura em que o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, Biague Na Ntan, se encontra fora do país.

Fonte:  //Lusa //VDP // Estamos a Trabalhar