quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Gabão. Golpe ocorre após eleições "cheias de irregularidades"

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 POR LUSA    31/08/23 

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, considerou hoje que o golpe de Estado no Gabão, na quarta-feira, aconteceu depois de eleições "cheias de irregularidades".

"Os golpes de Estado militares não são a solução, mas não podemos esquecer que antes, no Gabão, houve eleições cheias de irregularidades", disse o chefe da diplomacia europeia, à entrada para uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na cidade espanhola de Toledo.

Josep Borrell acrescentou que "há golpes de Estado militares e golpes de Estado institucionais".

"Se eu altero as eleições para conquistar o poder, também isso é uma maneira irregular de chegar lá", completou, aludindo à alegada fraude eleitoral que permitiu a perpetuação no poder do Presidente, Ali Bongo.

O alto-representante dos 27 para os Negócios Estrangeiros revelou que até hoje nenhum dos Estados-membros pediu ajuda para retirar cidadãos que estejam no país.

"A situação está calma, não há risco de uma escalada da violência que coloque em perigo os cerca de 10.000 cidadãos europeus que estão lá", disse.

Participam na reunião presencialmente o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e o presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Omar Touray.

Portugal está representado na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.


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Mali. Rússia veta resolução da ONU que prorrogava sanções a malianos

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POR LUSA    31/08/23 

A Rússia vetou esta quarta-feira uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que prorrogava as sanções contra os malianos que ameaçam a paz no país, medidas que a junta militar no poder exigia que fossem levantadas.

A resolução que previa prolongar por um ano o regime de sanções instituído em 2017 contra indivíduos que põem em perigo o acordo de paz de 2015, e o mandato do comité de peritos responsável pelo seu acompanhamento, recebeu 13 votos a favor, uma abstenção (China) e um voto contra (Rússia).

Moscovo concordou em prolongar as sanções, mas apenas uma última vez, e sobretudo quis dissolver o comité de peritos cuja objetividade contesta com Bamako, aliado do regime russo.

A resolução da Rússia nesse sentido foi rejeitada, com um voto a favor, um contra e 13 abstenções.

O último relatório do comité de peritos publicado na semana passada questionou a violência contra as mulheres perpetrada de forma "sistemática e organizada" pelas forças armadas do Mali e pelos seus "parceiros de segurança estrangeiros", presumivelmente membros do grupo paramilitar russo Wagner.

Este regime de sanções, que implica o congelamento de bens ou proibição de viagens, foi implementado em 2017 e afeta oito indivíduos, nomeadamente líderes de grupos signatários do acordo de paz de 2015, acusados de o colocar em perigo.

Estas sanções foram exigidas pelo governo do Mali na altura, mas a junta agora no poder exige o seu levantamento.

"A razão por detrás do pedido do Mali para a criação deste mecanismo deixou de existir", assegurou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali, Abdoulaye Diop, em meados de agosto, numa carta dirigida ao Conselho de Segurança.

A junta militar salientou ainda que as "hostilidades entre os movimentos signatários" tinham terminado.

Mas no seu último relatório, o comité de peritos observou a paralisia da aplicação do acordo de paz de 2015.

Destacando "o aumento das tensões" entre os grupos signatários do acordo, este comité manifestou-se também preocupado com informações de que alguns destes grupos se estariam a armar face ao que consideram ser ameaças das forças armadas do Mali.

Estas preocupações são reforçadas pela retirada da missão de manutenção da paz da ONU no Mali (Minusma), exigida por Bamako.

A missão da ONU já se retirou de quatro bases nas zonas mais remotas do Mali, seguindo um calendário que prevê que até 30 de setembro apenas fiquem em funcionamento quatro bases, entre as quais a de Timbuktu, que fechará até final do ano.

Desde 2012, o Mali enfrenta uma profunda crise de segurança que começou no norte e se espalhou para o centro do país, bem como para os vizinhos Burquina Faso e Níger.



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SENEGAL: Governo do diz que condenação de opositor Sonko é "definitiva"

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POR LUSA  30/08/23 

A ministra da Justiça do Senegal garantiu hoje que a condenação do principal opositor político Ousmane Sonko "é definitiva", o que o torna inelegível para concorrer às eleições presidenciais de 2024.

"A condenação tornou-se definitiva, não se trata de uma conspiração para expulsar um candidato presidencial", garantiu Ismaila Madior Fall, numa entrevista à revista Jeune Afrique, citada pela agência France-Presse.

A exclusão de Sonko da possibilidade de concorrer às eleições presidenciais decorre da sua condenação a dois anos de prisão, em junho, num processo de abuso de uma massagista, em 2021, que o político diz ser um pretexto para o afastar da corrida presidencial.

As autoridades anunciaram a dissolução do seu partido e efetuaram centenas de detenções, o que suscitou fortes críticas por parte dos ativistas dos direitos humanos, mas o governo invoca a necessidade de proteger a população contra o que descreve como um projeto insurrecional dada a convocação frequente de manifestações que muitas vezes acabam em confrontos e por vezes com vítimas mortais.

A ministra estima em "cerca de 500" o número de pessoas detidas em 2023 no âmbito das manifestações.

"Os que estão atrás das grades danificaram lojas e bancos, atacaram postos da polícia e incendiaram câmaras municipais", disse a governante, assegurando que "não há prisioneiros políticos no Senegal".

O Senegal assistiu a uma significativa agitação nas ruas durante os dois anos de impasse entre o Governo e Sonko, detido no final de julho sob várias acusações, nomeadamente de incitamento à insurreição, associação criminosa a um projeto terrorista e atentado à segurança do Estado.

Sonko, candidato declarado às eleições presidenciais de 2024, foi condenado, em maio, a seis meses de prisão suspensa, após recurso, por difamação de um ministro, e a dois anos de prisão, em junho, por um caso que envolvia abusos sexuais.

O popular líder da oposição tem denunciado reiteradamente a instrumentalização da justiça pelo Presidente senegalês, Macky Sall, para o impedir de concorrer às próximas eleições presidenciais, previstas para 2024.

Conhecido pelo seu discurso antissistema, Sonko critica a má governação, a corrupção e o neocolonialismo francês, e tem muitos seguidores entre a juventude senegalesa.

Desde a sua detenção, eclodiram vários tumultos em Dacar e noutras cidades do país entre as forças policiais e os jovens, que queimaram pneus, montaram barricadas e bloquearam estradas em sinal de protesto.

Os protestos resultantes da prisão de Sonko somam já 15 mortes e danos materiais consideráveis.

Em 30 de julho, entrou em greve de fome e desde 06 de agosto que está hospitalizado, tendo na semana passada sido internado nos cuidados intensivos, segundo os seus advogados.

O advogado Juan Branco, que defende Ousmane Sonko, foi detido em Dacar no início de agosto no âmbito dos distúrbios, colocado sob vigilância judicial e depois deportado para França.



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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

GABÃO: Chefe da guarda republicana do Gabão diz que Ali Bongo foi "reformado"

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POR LUSA   30/08/23 

O chefe da guarda republicana do Gabão e um dos líderes do golpe de Estado que afastou o Presidente do Gabão, disse hoje ao jornal francês Le Monde que Ali Bongo Ondimba foi "reformado".

"Não tinha o direito de exercer um terceiro mandato, a Constituição foi desrespeitada e o próprio método eleitoral não foi bom, por isso, o exército decidiu virar a página e assumir as suas responsabilidades", argumentou o general Brice Oligui Nguema, em declarações ao jornal Le Monde, citado pela agência France-Presse.

Carregado em ombros por centenas de soldados, segundo imagens transmitidas pela televisão estatal, o chefe da guarda presidencial recusa-se, para já, a considerar-se o novo chefe de Estado do Gabão, garantindo apenas que o presidente, Ali Bongo Ondimba, está "reformado" e detido na sua residência.

"Ainda não me estou a declarar, não estou a pensar em nada neste momento", disse ao jornal, remetendo qualquer decisão para uma reunião das chefias militares, prevista ainda para hoje.

"O objetivo será chegar a um consenso. Todos vão apresentar ideias e as melhores serão escolhidas, assim como o nome da pessoa que vai liderar a transição", garantiu.

Os militares anunciaram que tinham "posto um fim no atual regime" no Gabão e colocaram o presidente, Ali Bongo Ondimba, sob prisão domiciliária, depois de ter vencido as eleições do passado fim de semana.

Há 55 anos que esta nação africana, rica em petróleo e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), é governada por membros da família Bongo, com o atual presidente a ter sucedido ao seu pai em 2009.

Os residentes manifestaram-se nas ruas para apoiar os militares, mesmo depois de o presidente ter pedido aos "amigos" para "fazerem barulho".

O Gabão enfrenta um golpe de Estado levado a cabo por militares, iniciado pouco depois de terem sido anunciados os resultados das eleições de sábado, segundo os quais o presidente, Ali Bongo Ondimba, permaneceria no poder, dando continuidade a 55 anos de domínio do poder pela sua família.

Um grupo de militares do Gabão anunciou na televisão o cancelamento das eleições presidenciais que reelegeram Ali Bongo e a dissolução de todas as instituições democráticas.

Depois de constatar "uma governação irresponsável e imprevisível que resulta numa deterioração contínua da coesão social que corre o risco de levar o país ao caos (...) decidiu-se defender a paz, pondo fim ao regime em vigor", declarou um dos militares.

O mesmo militar, alegando falar em nome de um Comité de Transição e Restauração Institucional, disse que todas as fronteiras do Gabão estavam "encerradas até nova ordem".

De acordo com a France-Presse, durante a transmissão televisiva ouviram-se tiros de metralhadoras automáticas em Libreville.

Horas antes, a meio da noite, às 03:30 (mesma hora em Lisboa), o Centro Eleitoral do Gabão (CGE, na sigla em francês) tinha divulgado na televisão estatal, sem qualquer anúncio prévio, os resultados oficiais das eleições presidenciais.

A comissão eleitoral anunciou que o presidente Ali Bongo Ondimba, no poder há 14 anos, tinha conquistado um terceiro mandato nas eleições de sábado com 64,27% dos votos expressos, derrotando o principal rival, Albert Ondo Ossa, com 30,77% dos votos.

O anúncio foi feito numa altura em que o Gabão estava sob recolher obrigatório e com o acesso à Internet suspenso em todo o país, medidas impostas pelo Governo no sábado, dia das eleições.


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ELEIÇÕES EUA: Trump aumenta vantagem nas sondagens após detenção e falta a debate

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Notícias ao Minuto    30/08/23 

A foto do antigo presidente na prisão impulsionou-o ainda mais nas preferências dos eleitores do Partido Republicano, e mantém-se como o favorito a disputar a presidência contra Joe Biden em 2024.

A semana passada foi uma das mais conturbadas na campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, mas a detenção na Geórgia, a divulgação da sua 'mugshot' [foto tirada em contexto policial] e a falta ao debate entre candidatos conservadores tiveram o efeito paradoxal de tranquilizar os eleitores e de alargar a sua vantagem nas sondagens.

Segundo o mais recente estudo da empresa Morning Consult, realizado a nível nacional, a liderança do antigo presidente saltou de 53% para 62% na semana após ter sido detido por crimes relacionados com a tentativa de reverter os resultados das eleições de 2020 no estado da Geórgia. Para os inquiridos, Trump é de longe o candidato republicano com melhores hipóteses de recuperar a Casa Branca para os republicanos, considerando-o mais elegível que Joe Biden.

O seu principal rival, Ron DeSantis, continua a cair, depois de uma prestação que pouco entusiasmou os analistas e o eleitorado. A campanha do governador da Florida tem conhecido muitos tropeções e gaffes, um contraste dramático em relação à imagem que tinha em 2022 como o grande sucessor a Trump na liderança de um Partido Republicano cada vez mais populista, autoritário, nacionalista e reacionário.

Segundo o Morning Consult, DeSantis caiu de 15% para 13% nas preferências do voto.

Em terceiro lugar mantém-se o empresário multimilionário Vivek Ramaswamy, que tem aproveitado uma fortíssima presença nas redes sociais para ganhar votos junto da classe neoliberal norte-americana. Apesar de cair de 10% para 6% no estudo da Morning Consult, os eleitores conservadores apontaram que Ramaswamy foi o que melhor se saiu no debate do dia 23 de agosto, apesar de ter sido o candidato mais atacado e mais questionado por todo o painel.

Fora do pódio estão o antigo vice-presidente de Trump, Mike Pence (5%), a antiga embaixadora da ONU, Nikki Haley (3%), o antigo senador da Carolina do Sul, Tim Scott (1%), e o antigo governador da Nova Jérsia e maior crítico de Trump, Chris Christie (1%).

Fora do debate e da lista estão vários republicanos que deverão cair da corrida nos próximos meses, incluindo Perry Johnson, Asa Hutchinson, Larry Elder, Ryan Binkley, Doug Burgum e Will Hurd.

O autarca de Miami, Francis Suarez, anunciou que iria suspender a sua campanha, tornando-se no primeiro candidato a desistir.

Do lado dos democratas, Joe Biden já anunciou que se irá recandidatar à presidência e mantém-se como o indiscutível favorito à nomeação no seu partido. Os únicos candidatos a desafiar o atual presidente são a escritora de livros de autoajuda Marianne Williamson, e o magnata Robert F. Kennedy Jr., conhecido pelas suas teorias de conspiração.

O único candidato independente até agora confirmado é Cornel West, o importante professor universitário e ativista dos direitos afro-americanos, que vai procurar conquistar a nomeação pelo Partido Verde.



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"Uso da força não é forma de resolver problemas"_disse Helena Assana Said Membros da rede de mulheres da CEDEAO para a prevenção de conflitos e mediação _(FEMWISE_WEST ÁFRICA)._G_B


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Delegado da Floresta e Fauna da Região de Cacheu esclarece a situação das madeiras aprendidas em São Domingos


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O Gabão é membro da Comunidade Económica e Monetária da África Central, CEMAC, um bloco económico que tem alguns dos líderes do mundo há mais tempo no poder:

 
Por VOA Português 

🇨🇲Nos Camarões, Paul Biya, de 90 anos, é Presidente há 41 anos, desde 1982.

🇨🇬Na República do Congo, Denis Sassou Nguesso, de 80 anos, foi Presidente de 1979 a 1992 e depois de 1997 até ao momento - um total de 39 anos no poder.

🇬🇶O Presidente Teodoro Obiang Nguema, de 81 anos, da Guiné Equatorial, venceu as eleições para um sexto mandato em 2022. Obiang chegou ao poder através de um golpe militar em 1979 e é o chefe de estado mais antigo do mundo.

🇨🇫O Presidente da República Centro-Africana, Faustin Archange Touadera, não está no poder há tanto tempo, mas recentemente prolongou o mandato Presidencial de cinco para sete anos e eliminou o limite de dois mandatos para Presidentes.



Senegal toma uma decisão importante com a Costa do Marfim e o Benin

Por: Mamasamba Balde   Radio TV Bantaba   Agosto 30, 2023

CEDEAO:  OS RELATÓRIOS SOBRE O ENVIO DA FORÇA DE INTERVENÇÃO DA CEDEAO PARA O NÍGER PARECEM ESTAR A MATERIALIZAR-SE, COM INDICAÇÕES DE QUE A CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO DA SUB-REGIÃO ESTÁ PRESTES A DAR O SEU CONSENTIMENTO PARA UMA INTERVENÇÃO IMINENTE.

O EXÉRCITO SENEGALÊS, TENDO MOBILIZADO AS SUAS TROPAS (DETSEN1/ECOMIF E DETSEN 12/MINUSMA) EM THIÈS DESDE 11 DE AGOSTO, APARENTEMENTE POR INSTRUÇÕES DO CHEFE DO ESTADO-MAIOR GENERAL DOS EXÉRCITOS, GENERAL MBAYE CISSÉ, E DO VICE-CHEFE DO ESTADO-MAIOR GENERAL FULGENCE NDOUR ESTÁ SUPOSTAMENTE SE PREPARANDO PARA LANÇAR A IMPLANTAÇÃO.

Segundo o seneweb, a Air Senegal foi solicitada a assegurar o transporte de 900 soldados mobilizados e equipamento militar para Cotonou, Benin, que poderia servir de base de retaguarda para a força de intervenção da CEDEAO. O Coronel Moussa Koulibaly, director de informação e relações públicas das Forças Armadas (DIRPA), declarou no entanto não ter recebido esta informação.

Refira-se que, além do Senegal, a Costa do Marfim e o Benim comprometeram-se a enviar tropas para o Níger para restaurar a ordem constitucional após o golpe de Estado de 26 de julho de 2023. Durante a segunda cimeira extraordinária, os chefes de estado da CEDEAO em Abuja, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, anunciou que a Costa do Marfim forneceria um batalhão de cerca de 1.100 soldados. Alguns países membros, como o Mali e o Burkina Faso, manifestaram o seu apoio moral e militar aos perpetradores do golpe no Níger.

No entanto, coloca-se a questão de saber se o recente golpe no Gabão poderá perturbar os planos dos chefes de gabinete da CEDEAO.

Fonte: S.news

Novos diretores da TGB e RDN tomam posse: Na ocasião, o Secretário de Estado da Comunicação Social Muniro Conte pediu a continuidade dos trabalhos dos antigos diretores.


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Gabão. Presidente pede "barulho" aos gaboneses contra tentativa de golpe

POR LUSA   30/08/23 

O Presidente do Gabão, Ali Bongo Ondimba, apelou aos gaboneses para "fazerem barulho" contra a tentativa de golpe de Estado no país centro-africano, num vídeo que diz ter sido gravado na sua residência.

Ali Bongo aparece num vídeo sentado numa cadeira com uma estante de livros por detrás de si, na primeira aparição em público desde que um grupo de uma dúzia soldados anunciou hoje na televisão estatal a tomada do poder no país, o cancelamento das eleições presidenciais que o terão reeleito, e a dissolução de todas as instituições democráticas.

O chefe de Estado disse ainda que se encontra na sua residência e que a sua mulher e filho estão em locais diferentes.

O canal de televisão estatal, Gabon 24, divulgou entretanto imagens de Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana -- que garantia até agora a segurança do próprio chefe de Estado -- a ser transportado em ombros por um grupo de soldados que gritavam "presidente, presidente".

O Gabão enfrenta desde a madrugada de hoje um golpe de Estado levado a cabo por militares, iniciado pouco depois de terem sido anunciados os resultados das eleições realizadas no passado sábado, dia 26, segundo os quais o Presidente Ali Bongo Ondimba permaneceria no poder, dando continuidade a 55 anos de domínio do poder pela sua família.

Um grupo de militares do Gabão anunciou hoje na televisão o cancelamento das eleições presidenciais que reelegeram Ali Bongo e a dissolução de todas as instituições democráticas.

Depois de constatar "uma governação irresponsável e imprevisível que resulta numa deterioração contínua da coesão social que corre o risco de levar o país ao caos (...) decidiu-se defender a paz, pondo fim ao regime em vigor", declarou um dos soldados.

O mesmo militar, alegando falar em nome de um Comité de Transição e Restauração Institucional, disse que todas as fronteiras do Gabão estavam "encerradas até nova ordem".

De acordo com jornalistas da agência de notícias France-Presse, durante a transmissão televisiva ouviram-se tiros de metralhadoras automáticas em Libreville.

Horas antes, a meio da noite, às 03:30 (mesma hora em Lisboa), o Centro Eleitoral do Gabão (CGE, na sigla em francês) tinha divulgado na televisão estatal, sem qualquer anúncio prévio, os resultados oficiais das eleições presidenciais.

A comissão eleitoral anunciou que o Presidente Ali Bongo Ondimba, no poder há 14 anos, tinha conquistado um terceiro mandato nas eleições de sábado com 64,27% dos votos expressos, derrotando o principal rival, Albert Ondo Ossa, que obteve 30,77% dos votos.

O anúncio foi feito numa altura em que o Gabão estava sob recolher obrigatório e com o acesso à Internet suspenso em todo o país, medidas impostas pelo Governo no sábado, dia das eleições.



Leia Também: Portugal apela ao "rápido restabelecimento da normalidade" no Gabão

Guiné-Bissau pede mais apoio à União Europeia para combater a pobreza

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POR LUSA   30/08/23 

O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Suleimane Seide, pediu hoje mais apoio à União Europeia (UE) para o país africano dinamizar um programa de microcrédito destinado a combater a pobreza nas comunidades locais.

O governante encontrou-se com o embaixador da união Europeia na Guiné-Bissau, Artis Bertulis, com quem abordou questões ligadas à cooperação entre Bissau e Bruxelas, segundo um comunicado distribuído à comunicação social.

O ministro do novo governo da coligação Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI)-Terra Ranka transmitiu ao embaixador que "espera ter mais assistência técnica e financeira da União Europeia com vista a dinamizar as atividades de microcrédito, que visam combater a pobreza nas comunidades locais" e para que estas medidas cheguem "a todas as pessoas interessadas".

Suleimane Seide referiu-se também "à difícil situação económica e social existente" na Guiné-Bissau, lembrando que o Governo tem em curso um "programa de emergência para minimizar, particularmente o aumento do custo de vida".

O embaixador da União Europeia, Artis Bertulis, "renovou o apoio de Bruxelas à Guiné-Bissau para ajudar nas reformas económicas, nas pescas, entre outras", segundo divulgou o Governo.

O representante fez saber que a União Europeia "mantém-se empenhada em apoiar a Guiné-Bissau e o seu povo a debelar os desafios existentes" e que "estão a ser criadas as condições para melhorar a cadeia de valores", destacando a exportação de castanha de caju e de pescado para o mercado europeu.

O embaixador da UE reiterou também "a assistência financeira ao país para assegurar a transição digital, apoiar a boa governação", assim como na criação de eco-cidades inclusivas.

O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau considerou a União Europeia "um parceiro indispensável" e comprometeu-se a "detalhar as áreas da futura cooperação e de assistência".


Cerimónia de tomada de posse dos restantes membros do Governo.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA CONFERE POSSE AOS SEGUINTES MEMBROS DO GOVERNO:

SENHORA INDIRA CABRAL EMBALÓ

Ministra da Cultura, Juventude e Desportos

SENHOR ABAS EMBALÓ

Secretário de Estado da Juventude e Desporto

 Presidência da República da Guiné-Bissau



O PtG reage detenção do seu vice-presidente e atual diretor-geral da Floresta, Leonel Infamara Mané pela Polícia Judiciária no âmbito da OPERAÇÃO BISSILÃO.

O Diretor-Geral da Floresta Leonel Mané, o seu contabilista, João Malaca Quindoco e um exator, Baba Baio são apresentados hoje ao Ministério Público por suspeitas de negócios ilegais de madeira. Recordar aqui o discurso do DG Floresta durante a posse dos delegados regionais.

Radio Voz Do Povo

Os jornalistas Tegna Na Fafé e Baio Danso foram nomeados esta terça-feira em Conselho de Ministros para dirigir a Televisão da Guiné-Bissau_TGB e a Rádio Difusão Nacional_RDN, respectivamente.

Na Fafé substitui o ex-diretor geral, Amadú Djamanca enquanto, Baio Danso substituiu Mama Saliu Sané na direção-geral da RDN.

 Radio Voz Do Povo

Gabão. Ali Bongo enfrenta segundo golpe de Estado em 14 anos de poder

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POR LUSA   30/08/23 

Ali Bongo Ondimba enfrentou nos últimos anos várias lutas para manter o poder herdado do pai, incluindo uma tentativa de golpe de Estado, que agora se repete e ameaça derrubar a dinastia que governa o Gabão há 55 anos.

Horas após o anúncio da dissolução das instituições do país por um grupo de militares no canal de televisão Gabon 24, instalado na própria presidência, o destino do chefe de Estado de 64 anos é ainda desconhecido.

Ali Bongo tinha acabado de ser anunciado como vencedor das eleições presidenciais gabonesas do passado sábado, dia 26, e dado como reeleito para um terceiro mandato pela comissão nacional de eleições do país com 64,27% dos votos, mas os golpistas afirmaram que os resultados tinham sido "truncados".

Em 14 anos no poder, o Presidente, eleito em 2009 após a morte do seu pai - o inamovível Omar Bongo -- revelou-se nos últimos anos um caçador de "traidores" e "aproveitadores" no topo do Estado, revertendo paulatinamente a perceção instalada entre a população de que os dias da dinastia Bongo tinham chegado ao fim com o derrame cerebral que o vitimou em 2018.

A convalescença e reabilitação intensa de Ali Bongo prolongaram-se na altura durante 10 meses, período em que esteve desaparecido no estrangeiro, e o seu reaparecimento foi visto como um milagre, ainda que a ausência tenha feito vacilar o seu poder.

Desde então, os seus opositores têm questionado regularmente a sua capacidade intelectual e física para liderar o país, havendo mesmo quem afirme que um sósia o está a substituir.

Não obstante, se uma rigidez na perna e no braço direitos o impede de se deslocar facilmente, a sua cabeça continua intacta, segundo os visitantes habituais, diplomatas e outros.

Durante o primeiro mandato, Ali Bongo foi a antítese do seu pai: sem o carisma e a desenvoltura do "patriarca" - que reinou sem contestação durante 41 anos o pequeno Estado petrolífero muito rico da África Central -, teve dificuldade em afirmar a sua autoridade, nomeadamente perante os membros inquietos do todo-poderoso Partido Democrático Gabonês (PDG).

A sua reeleição em 2016, já muito contestada pela oposição e oficialmente ganha por apenas 5.500 votos, foi para Ali Bongo um primeiro abanão, seguido de um segundo - o AVC -, que precipitou a sua transformação.

A sua convalescença foi pontuada por um golpe de Estado falhado, com contornos difusos, em 7 de janeiro de 2019, e por uma tentativa do seu então omnipotente chefe de gabinete, Brice Laccruche Alihanga, de o demitir.

Laccruche está preso há mais de três anos, juntamente com vários ministros e altos funcionários, alvo de uma operação "anti-corrupção" implacável.

Num Gabão tomado pela corrupção endémica desde as décadas em que Omar Bongo foi o seu pilar mais emblemático, Ali Bongo tem-se apresentado nos últimos anos a ministros e conselheiros como o "pai do rigor", sujeitando-os a auditorias e demitindo-os à menor suspeita.

Para a oposição, porém, o fosso entre ricos e pobres é cada vez maior num dos países mais ricos de África em termos do PIB per capita e onde a ausência de políticas capazes de diversificar uma economia demasiado dependente do petróleo empurra uma em cada três pessoas para baixo do limiar da pobreza.

Herdeiro de parte da imensa fortuna do pai, o "Sr. Filho" ou "Bebé Zeus", como era então conhecido, foi durante o primeiro mandato retratado pela oposição como um governante distante do seu povo, retirado em propriedades luxuosas no Gabão e no estrangeiro ou ao volante de numerosos carros de luxo, entregando a política e os assuntos do país à gestão de conselheiros e ministros, que os confundiam com os seus próprios interesses.

Nos últimos anos porém, para além de se assumir como "pai do rigor", Bongo transformou-se também num estratega político, tal como o pai, somando vitórias no seu campo assim como no de uma oposição desunida, a quem retirou pastas ministeriais e títulos de relevo.

Hoje, os seus apoiantes veem-no como uma fénix renascida das cinzas, depois de dolorosas sessões de reeducação. Já os seus críticos, acusam-no de ser movido pelos interesses de um séquito próximo, que não quer largar o poder e os ganhos obtidos em 55 anos de "dinastia Bongo".


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terça-feira, 29 de agosto de 2023

O Presidente da República regressa ao país após participar na 14° Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, em São-Tomé e Príncipe.

Presidência da República da Guiné-Bissau 

P𝐫𝐨𝐩𝐫𝐢𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨/𝐚𝐝𝐦𝐢𝐧𝐢𝐬𝐭𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐚 𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞𝐬𝐚 𝐁𝐢𝐬𝐬𝐚𝐮 𝐏𝐞𝐬𝐜𝐚 𝐒𝐞𝐫𝐯𝐢ç𝐨𝐬 𝐇𝐞𝐧𝐫𝐢𝐪𝐮𝐞 𝐒𝐢𝐥𝐯𝐚 𝐝𝐞𝐧ú𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐚 𝐚𝐩𝐫𝐞𝐞𝐧𝐬ã𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐚𝐯𝐢𝐨 𝐁𝐚𝐜𝐚𝐥𝐚𝐦 𝐧𝐚𝐬 á𝐠𝐮𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐏𝐚í𝐬, 𝐩𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐬 𝐧ã𝐨 𝐢𝐝𝐞𝐧𝐭𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐝𝐚𝐬.

 Radio TV Bantaba

Ucrânia pode ser independente da Rússia com descoberta de reservas de gás

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POR LUSA   29/08/23 

A empresa energética ucraniana Naftogaz anunciou hoje a descoberta, numa zona não especificada, de novas reservas de gás natural que poderão atingir os mil milhões de metros cúbicos e permitir ao país tornar-se independente dos fornecimentos da Rússia.

"A descoberta das novas jazidas poderá permitir ao país avançar para a independência energética total face à Rússia", esclarece a empresa ucraniana Naftogaz em comunicado.

A informação geológica obtida indica que "as reservas deste novo campo podem atingir os mil milhões de metros cúbicos de gás", lê-se no comunicado emitido pela empresa, em que esta se refere às conclusões retiradas do processo de prospeção, para o qual foram realizadas perfurações a mais de 4.000 metros de profundidade.

E prossegue: "ao aumentar as reservas, estamos a criar uma perspetiva de crescimento sustentável para a produção de gás", declarou Oleg Tomachev, diretor-geral da UkrGazVydobuvannya, a filial da Naftogaz que realizou a operação de prospeção.

No comunicado, recorda-se que a Naftogaz pôs recentemente a funcionar dois poços de gás natural os quais permitem extrair mais de 430 mil metros cúbicos de gás natural por dia.

A Ucrânia procura, desde 2014, deixar de importar gás da Rússia, diretamente ou através de intermediários.

O fornecimento de gás tem sido uma das formas mais eficazes de influência da Rússia sobre a Ucrânia desde que o país declarou independência em 1991.


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Mercenários russos assistem ao funeral do vice de Prigozhin

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Notícias ao Minuto   29/08/23 

A família de Valery Chekalov, chefe da logística do Grupo Wagner, juntou-se a dezenas de pessoas, incluindo mercenários, no cemitério de Severnoye, em São Petersburgo.

Um grupo de mercenários russos reuniram-se na tarde desta terça-feira para o funeral de um dos colegas de Prigozhin, morto no acidente de avião da semana passada.

A família de Valery Chekalov, chefe da logística do Grupo Wagner, juntou-se a dezenas de pessoas, incluindo mercenários, no cemitério de Severnoye, em São Petersburgo.

Segundo a Sky News, um padre ortodoxo conduziu a cerimónia. 

Ainda segundo o mesmo meio de comunicação, jornalistas da Reuters foram instados a parar de filmar.

Os meios de comunicação russos indicam que o funeral de Yevgeny Prigozhin poderá acontecer ainda esta terça-feira na sua cidade natal, São Petersburgo. 

O jornal Fontanka revelam que o homem de 62 anos provavelmente será sepultado no Cemitério Serafimovskoe – onde forças policias foram vistas esta manhã.

Fortes cordões policiais cercaram o cemitério, onde os pais de Putin também estão sepultados.



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Violência de grupos armados provoca 20 mil deslocados num mês no Níger

© Lusa

POR LUSA   29/08/23 

Mais de 20.000 pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas num mês devido à violência pós golpe militar no Níger, segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que teme uma nova crise de deslocamentos.

A instabilidade política resultante do golpe, "sem solução à vista", faz temer pela evolução do contexto humanitário naquele país africano, onde em 26 de julho um grupo de soldados derrubou o Presidente Mohamed Bazoum, detido no seu domicílio desde então.

O representante do ACNUR no Níger, Emmanuel Gignac, disse que a situação é agora marcada pela "incerteza", uma vez que o país é também palco de ataques de grupos armados, especialmente perto das fronteiras com o Mali e o Burkina Faso.

Manifestando-se "profundamente preocupado", o ACNUR revelou que a violência acrescentou em apenas um mês mais de 20.000 novos deslocados, principalmente nas áreas de Tillaberi e Diffa.

O Níger já tem mais de 350.000 pessoas deslocadas internamente e um número semelhante de refugiados de outros países, especialmente vulneráveis no caso da previsível "agitação" de grupos armados e da queda de chuvas fortes, entre outras ameaças, alertou Gignac.

O preço das matérias-primas também disparou em resultado da imposição de sanções pela Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), incluindo o encerramento de fronteiras.

A ONU pediu ao bloco regional isenções humanitárias para garantir que a ajuda continue a chegar.

O representante do ACNUR alertou que "o aumento do custo de vida e da insegurança aumentou os riscos de proteção, incluindo casamento precoce, violência sexual, tráfico e exploração". Só em julho, a agência registou 255 casos destes, com um "aumento drástico" desde o golpe.


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O Ministro da Justiça e Direitos Humanos, Albino Gomes e o Presidente do Tribunal de Conta, Amadu Tidjane Baldé, esteve reunido esta manhã afim de analisar alguns diplomas de funcionamento do Tribunal de Conta.


©Radio Voz Do Povo 

Guiné-Bissau: Associação armadores Pesca Industrial

 Radio Voz Do Povo 

Kremlin anuncia ausência de Putin no funeral de Prigozhin

 DW Português para África     29/08/23

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, estará ausente no funeral de Yevgueni Prigozhin, chefe do grupo Wagner, que pode ocorrer hoje ou na quarta-feira no cemitério de Serafimovskoe, em São Petersburgo.  

"A presença do Presidente não está prevista", disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em conferência de imprensa, acrescentando a que a família de Prigozhin é responsável por "tudo o que está relacionado com as cerimónias fúnebres". 

No passado dia 24 de agosto, Putin enviou condolências à família do oligarca que dirigia a empresa de mercenários. Segundo a versão oficial russa, Prigozhin morreu este mês na sequência da queda do avião em que viajava, juntamemtente com outros oito ocupantes. 


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Angola: Exigir a 12ª classe para carta de condução é "mutilar as oportunidades" dos jovens


O Executivo angolano, através do Ministério do Interior (MININT), prevê "esticar" para 12.ª classe a escolaridade mínima para os cidadãos que pretendem obter carteira de condução. Há quem olhe para essa medida como uma forma de "mutilar as oportunidade que o jovem tem e que já são poucas"

 VOA Português 

O Mercado de Animais situado junta a Av. PRESIDENTE KUMBA YALÁ (estrada di volta) em Bissau está confrontado com situações de insegurança e falta de água potável.

As queixas foram apresentadas pelos vendedores de Cabras e Carneiros.

Radio Voz Do Povo

ONU: Centenas de milhares de pessoas recrutadas à força por gangues na Ásia

© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images

POR LUSA   29/08/23 

Centenas de milhares de pessoas são recrutadas à força no sudeste asiático por gangues que as obrigam a praticar fraudes na internet, muitas vezes sob pena de serem torturadas, segundo um relatório hoje publicado pela ONU.

"As pessoas coagidas a trabalhar nestas fraudes sofrem tratamento desumano enquanto são forçadas a cometer crimes. São vítimas. Não são criminosos", afirmou o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, num comunicado de imprensa.

Muitas destas pessoas vítimas de tráfico de seres humanos são, nomeadamente, sujeitas a tortura ou maus-tratos, segundo a ONU, que lamentou o facto de serem erroneamente identificadas como criminosas e sujeitas a processos criminais ou sanções no lugar de serem protegidas.

A escala desta rede é difícil de estimar, segundo o relatório, devido à sua natureza clandestina e às lacunas na resposta das autoridades.

Citando fontes credíveis, a ONU afirmou, no entanto, que pelo menos 120 mil pessoas foram forçadas a envolverem-se em fraudes na internet em Myanmar (ex-Birmânia) e cerca de 100 mil pessoas no Camboja.

Outros países da região, incluindo o Laos, as Filipinas e a Tailândia, também foram identificados como principais países de destino ou trânsito, onde pelo menos dezenas de milhares de pessoas ficaram retidas.

Estes centros de golpes na internet em grande escala geram vários mil milhões de dólares em receitas todos os anos, de acordo com a ONU.

O relatório sublinhou que as pessoas detidas pelos gangues são de países pertencentes à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) - Indonésia, Laos, Myanmar, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietname, bem como China, Hong Kong, Taiwan e até mesmo de África e da América Latina.

A maioria das pessoas traficadas por meio destas redes de golpes na internet são homens.

Estas redes aproveitaram a pandemia de covid-19, explicou o relatório. As medidas de resposta implementadas para combater a crise sanitária tiveram um impacto considerável em certas atividades, conduzindo nomeadamente ao encerramento de casinos em muitos países.

Estas atividades foram transferidas para regiões com menos regulamentações, como zonas de fronteiras afetadas por conflitos, mas também para a internet.

Ao mesmo tempo, a pandemia aumentou a vulnerabilidade de muitos migrantes, que ficaram retidos em países longe de casa e desempregados, enquanto os confinamentos generalizados aumentaram o número de pessoas na internet que são suscetíveis de serem enganadas por estes gangues.



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PRESIDENTE DA RÉPUBLICA MANTÉM ENCONTRO COM HOMÓLOGO SENEGALÊS

Em visita privada a Dakar,  Senegal, o Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, manteve um encontro com o seu homólogo senegalês, Macky Sall. 🇬🇼🇸🇳

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Poluição atmosférica é primeira ameaça mundial para saúde humana

© Md Manik/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

POR LUSA    29/08/23 

Um estudo hoje publicado indica que a poluição atmosférica representa um risco maior para a saúde global do que o tabagismo ou o consumo de álcool, perigo exacerbado em regiões como Ásia e África.

De acordo com este relatório do Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago (EPIC) sobre a qualidade do ar a nível mundial, a poluição por partículas finas, emitidas pelos veículos a motor, pela indústria e pelos incêndios, representa "a maior ameaça externa à saúde pública" a nível mundial.

Mas, apesar disso, os fundos para a luta contra a poluição atmosférica representam apenas uma fração ínfima dos fundos consagrados às doenças infecciosas, por exemplo, sublinhou o relatório.

A poluição por partículas finas aumenta o risco de doenças pulmonares e cardíacas, de acidentes vasculares cerebrais e de cancro.

O EPIC estimou que, se o limiar da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a exposição a partículas finas fosse respeitado em todas as circunstâncias, a esperança de vida global aumentaria 2,3 anos, com base nos dados recolhidos em 2021.

Em comparação, o consumo de tabaco reduz a esperança de vida global numa média de 2,2 anos e a subnutrição infantil e materna em 1,6 anos.

No Sul da Ásia, a região do mundo mais afetada pela poluição atmosférica, os efeitos na saúde pública são muito pronunciados.

De acordo com os modelos criados pelo EPIC, os habitantes do Bangladesh poderiam ganhar 6,8 anos de esperança de vida se o limiar de poluição fosse reduzido para o nível recomendado pela OMS.

A capital da Índia, Nova Deli, é a "megalópole mais poluída do mundo", enquanto a China "fez progressos notáveis na luta contra a poluição atmosférica" iniciada em 2014, disse a diretora dos programas de qualidade do ar do EPIC, Christa Hasenkopf.

A poluição média do ar no país diminuiu 42,3% entre 2013 e 2021, mas continua a ser seis vezes superior ao limiar recomendado pela OMS. Se este progresso se mantiver ao longo do tempo, a população chinesa deverá ganhar uma média de 2,2 anos de esperança de vida, referiu o estudo.

Mas, de um modo geral, as regiões do mundo mais expostas à poluição atmosférica são as que recebem menos recursos para combater este risco, observou o relatório.

"Existe uma profunda discrepância entre os locais onde o ar é mais poluído e aqueles onde são mobilizados mais recursos coletivos e globais para resolver este problema", explicou Hasenkopf.

Embora existam mecanismos internacionais de luta contra o VIH, a malária e a tuberculose, não há equivalente para a poluição atmosférica.

"E, no entanto, a poluição atmosférica reduz a esperança média de vida de uma pessoa na República Democrática do Congo e nos Camarões mais do que o VIH, a malária e outras doenças", salientou o relatório.

Nos Estados Unidos, o programa federal "Clean Air Act" contribuiu para reduzir a poluição atmosférica em 64,9% desde 1970, aumentando a esperança média de vida dos norte-americanos em 1,4 anos.

Na Europa, a melhoria da qualidade do ar ao longo das últimas décadas seguiu a mesma tendência que nos EUA, mas continuam a existir grandes disparidades entre o leste e o oeste do continente.

Todos estes esforços estão ameaçados, entre outros fatores, pelo aumento do número de incêndios florestais em todo o mundo, causado pelo aumento das temperaturas e por secas mais frequentes, associadas às alterações climáticas, provocando picos de poluição atmosférica.