quinta-feira, 6 de julho de 2023

Rússia "está à beira da guerra civil", diz chefe das secretas ucranianas

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Notícias ao Minuto   06/07/23 

Kyrylo Budanov considera que "a sociedade russa está dividida em duas partes" após a rebelião do Grupo Wagner.

O general Kyrylo Budanov, chefe dos serviços secretos da Ucrânia, afirmou que a "Federação Russa está à beira da guerra civil", sublinhando que o país está "dividido em duas partes" após a rebelião armada do Grupo Wagner.

Em entrevista ao jornal norte-americano The Times, Budanov afirmou que a rebelião, liderada por Yevgeny Prigozhin no final de junho, deixou o presidente russo, Vladimir Putin, "enfraquecido". 

"É isso que vemos agora: que a sociedade russa está dividida em duas partes", disse, explicando que, durante a rebelião armada, 17 das 46 regiões da Rússia manifestaram apoio a Prigozhin e 21 a Putin. 

"A situação está a indicar exatamente aquilo de que o nosso serviço tem falado: que a Federação Russa está à beira da guerra civil. É preciso que haja um pequeno 'caso' interno, e o conflito interno será intensificado", defendeu.

Recorde-se que o chefe do grupo paramilitar Wagner suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar a  24 de junho, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.

A rebelião chegou ao fim, após Prigozhin ter negociado um acordo com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que lhe ofereceu exílio. No entanto, esta quinta-feira, o presidente bielorrusso avançou que Prigozhin estava na Rússia. 


Leia Também: O Presidente chinês Xi Jinping defendeu hoje que o Exército chinês deverá "ousar lutar", enquanto inspecionava unidades militares em exercício numa região próxima de Taiwan, revelou a televisão chinesa.

Moscovo garante ter bombardeado bases militares e de mercenários em Lviv

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POR LUSA    06/07/23 

A Rússia anunciou hoje ter realizado "um bombardeamento concentrado" contra "locais de destacamento temporário" de militares ucranianos e de "mercenários estrangeiros" em Lviv.

O Ministério da Defesa da Rússia indicou que as Forças Armadas da Federação Russa realizaram na noite de quarta-feira um "bombardeamento concentrado com armas de longo alcance e de alta precisão disparadas do mar contra locais de implantação temporária de pessoal das Forças Armadas da Ucrânia e de mercenários estrangeiros".

O Ministério acrescentou que entre os alvos atacados estavam "locais de armazenamento para veículos blindados de fabricação ocidental", sublinhando que "todos os alvos designados foram atingidos".

As autoridades russas recusaram comentar as acusações de Kyiv sobre a morte de civis no ataque, que provocou mais de 35 feridos, de acordo com o Serviço de Emergência do Estado.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu "uma resposta enérgica" a Moscovo por causa deste ataque.

O Ministério da Defesa da Rússia apontou que cerca de 165 soldados ucranianos morreram em combates nas últimas horas na província de Donetsk, aos quais se somam outros 130 soldados ucranianos que morreram nos confrontos na província de Kherson.


Leia Também: O governador regional de Lviv, Maksym Kozytskyi, divulgou imagens dos escombros do prédio residencial que, esta quinta-feira, foi alvo de um ataque por parte faz forças russas, provocando pelo menos quatro mortos e 34 feridos, entre eles uma criança.

Donald Trump sugere que droga na Casa Branca é... de Joe Biden e do filho

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Notícias ao Minuto   06/07/23 

Antigo presidente acusou ainda os meios de comunicação de tentar apagar o assunto.

O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu, na quarta-feira, que a cocaína encontrada recentemente na Casa Branca é propriedade de Joe Biden e do seu filho, Hunter Biden.

"Alguém acredita realmente que a cocaína encontrada na Ala Oeste da Casa Branca, bem perto do Salão Oval, é para uso de qualquer pessoa que não seja Hunter e Joe Biden", questionou Trump na rede social Truth Social.

A Casa Branca confirmou, nesta quinta-feira, que foi aberta uma investigação à descoberta dessa substância, que obrigou à evacuação do edifício.

"Os meios de comunicação de notícias falsas logo começarão a dizer que a quantidade encontrada era “muito pequena” e não era realmente cocaína, mas sim aspirina moída comum, e a história desaparecerá", disparou ainda o ex-presidente e candidato às eleições presidenciais de 2024.

Na mesma mensagem, Trump ainda disse: "Jack Smith, o Procurador Especial louco que odeia Trump, foi visto na área da cocaína? Parece um viciado em crack!"

Depois, na mesma rede social, o republicano ainda voltou ao ataque. "Onde estão as gravações das câmaras de segurança da Casa Branca, como as que eu dei abertamente e alegremente ao louco Jack Smith, que rapidamente mostrarão de onde veio a cocaína?", questionou, lamentando que "eles provavelmente já conhecem a resposta, mas provavelmente não gostaram".

Recorde-se que, no passado, Hunter Biden, filho do atual presidente dos Estados Unidos, já teve problemas com o consumo de drogas. Em 2014, foi dispensado da Reserva da Marinha dos EUA, após ter testado positivo à presença de cocaína no seu organismo.

Cocaína na Casa Branca

A porta-voz presidencial, Karine Jean-Pierre, indicou que a investigação está nas mãos dos Serviços Secretos e mostrou-se confiante de que vão apurar o sucedido, que levou a uma breve evacuação da Casa Branca.

"Quero deixar bem claro que é uma área muito movimentada. É a parte onde os visitantes vão para a ala oeste. Não tenho mais nada. Não vou especular quem foi", disse.

O porta-voz dos Serviços Secretos, Anthony Guglielmi, em comunicado na terça-feira, disse que o edifício da Casa Branca foi evacuado por precaução na noite de domingo após a descoberta de "um item desconhecido", cuja análise preliminar revelou tratar-se de cocaína.

A substância foi detetada numa ronda de vigilância de rotina do prédio, tendo os bombeiros ordenado a evacuação.


Leia Também: Casa Branca confirma que foi encontrada cocaína. "Área muito movimentada"

Estudo conclui que maioria dos jovens portugueses são religiosos e quase metade dizem-se católicos

Igreja, religião, crucifixo, cruz. Foto: AP Photo/Francois Mori

Por cnnportugal.iol.pt,   06/07/23

O estudo aponta que “um terço do total de jovens (34%) diz-se não só religioso como praticante, orando regularmente, participando em celebrações ou estando em grupos da sua comunidade religiosa”

Cerca de metade (49%) dos jovens portugueses entre os 14 e os 30 anos afirmam-se católicos, segundo um estudo do Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa (CEPCEP) para a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

Os resultados do estudo desenvolvido por aquele departamento da Universidade Católica, no contexto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e no pós-pandemia de covid-19, apontam também para que, considerando outras religiões, “56% dos jovens portugueses são religiosos”.

A religiosidade “é uma dimensão importante da vida dos jovens em Portugal”, sendo que cerca de 88% dos que se afirmam religiosos são católicos [seguindo-se 6% evangélicos ou pertencentes a uma religião cristã protestante e 1% testemunhas de Jeová], e destes, 68% dizem ser praticantes, aponta o trabalho hoje divulgado e que foi realizado entre abril e outubro de 2022, contando com 2.480 respostas ao inquérito.

A equipa coordenada por Patrícia Dias aponta, nas conclusões, que estes são valores significativos, dada a “perceção, mais ou menos generalizada”, de que se vive “numa sociedade dessacralizada”.

O estudo aponta que “um terço do total de jovens (34%) diz-se não só religioso como praticante, orando regularmente, participando em celebrações ou estando em grupos da sua comunidade religiosa”.

Quanto aos crentes não praticantes, “o principal motivo apontado para a ausência de prática religiosa é a falta de compromisso e empenho”, contudo, no grupo etário dos 18 aos 30 anos (jovens adultos), “a ausência de prática religiosa fundamenta-se mais no desacordo com algumas normas dessa prática (44%)”.

Por outro lado, o inquérito permitiu concluir que a prática religiosa “é acompanhada de bastante tolerância em relação a diferentes manifestações de religiosidade”, com 51% a considerar “haver verdade em todas as religiões”, sendo uma minoria os que dizem que só a sua religião é a verdadeira (5%) ou mais verdadeira que as outras (12%).

Verifica-se ainda que “11% dos crentes praticantes afirmaram participar em atividades de outras religiões (…), porque encontram paz interior (4%), para acompanhar familiares ou amigos (3%) ou porque se sentem bem acolhidos (3%)”.

Outro ponto sobre o qual incidiu o inquérito prendeu-se com a discriminação sofrida devido às posições religiosas, verificando-se que 18% do total de jovens responderam já terem sido discriminados, sendo a percentagem mais elevada entre os jovens adultos [18-30 anos], 24%. Entre os amigos e na escola/universidade foi onde mais se verificou essa discriminação.

O estudo “Jovens, Fé e Futuro” aborda, também, as preocupações das novas gerações em relação aos próximos tempos, sendo que a guerra (63%), as alterações climáticas (55%) e a equidade e discriminação (54%) são os assuntos mais sensíveis para o universo total de inquiridos (religiosos e não religiosos).

Por outro lado, o trabalho do CEPCEP aponta que para os jovens não religiosos “não é importante constituírem uma família que inclua filhos”, objetivo que “é importante para os religiosos”, os quais “não valorizam tanto poderem fazer as escolhas que quiserem, independentemente da família ou da sociedade”.

“Os católicos, mais do que a estabilidade no trabalho, valorizam terem um trabalho que os faça felizes e encontrarem um parceiro/a para partilhar a vida, bem como constituir uma família com um ou mais filhos”.

Quanto aos valores que consideram mais importantes, o universo do estudo apontou o respeito (59%), a liberdade (57%), o amor (52%) e a honestidade (51%), com os jovens não religiosos a colocarem a ênfase na liberdade e os religiosos no amor.

De notar, também, que “os jovens não são muito participativos em termos de ativismo (15%) ou voluntariado (26%)” e que “45% dos católicos acreditam que a oração pode contribuir para um futuro melhor”.

A equipa responsável pelo estudo conclui que existem variações em função da religiosidade, quanto à ordenação das preocupações ou aos fatores que determinam a felicidade futura dos jovens, mas adianta que, a escolher “o fator que mais marca a diferença entre os jovens religiosos e os não religiosos seria a família, quer como preocupação, que como fator de felicidade”.

“Conhecer as suas crenças, os valores que regem a sua conduta, a forma como perspetivam o futuro, mostram-se objetivos determinantes para melhor compreender e acompanhar os jovens no seu caminho da espiritualidade e da fé (religiosa ou não)”, consideram, ainda, os responsáveis pelo estudo.


Veja Também: África, Bielorrússia ou acordo com Putin: qual o futuro de Yevgeny Prigozhin?

MACKY SALL: Deputado detido após duvidar da decisão de Sall não se recandidatar

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POR LUSA   06/07/23 

Um político da oposição senegalesa foi hoje detido depois de ter lançado publicamente dúvidas sobre a decisão do Presidente, Macky Sall, anunciada na segunda-feira, de não se recandidatar a um terceiro mandato em 2024.

Birame Souleye Diop, presidente do grupo parlamentar da coligação opositora Yewwi Askan Wi, membro do Pastef, o partido de Ousmane Sonko, o mais destacado opositor do Presidente, foi detido na quarta-feira após ter alertado para uma eventual reconsideração do chefe de Estado.

"Aviso os próximos candidatos da APR (Alliance pour la République, o partido presidencial): Evitem comer em casa dele, evitem beber a sua água, ele é capaz de vos envenenar e dizer 'como já não temos candidato, vou voltar'. E vai fazê-lo ao estilo de Ouattara. Cuidado", declarou Diop numa conferência de imprensa.

O deputado pediu posteriormente desculpa pelas declarações.

O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, escolheu o seu então primeiro-ministro, Amadou Gon Coulibaly, para o suceder, mas a morte deste último, aos 61 anos, devido a problemas cardíacos, levou Ouattara a recandidatar-se às eleições presidenciais de 2020, apesar de ter anunciado que não iria concorrer a um terceiro mandato.

Segundo Moussa Sarr, advogado de Diop, o deputado senegalês está a ser processado por "difamação cometida por um membro da Assembleia Nacional contra um chefe de Estado estrangeiro, suscetível de prejudicar as relações diplomáticas do Estado" e "desacreditar uma instituição da República".

"Ele ainda está sob custódia policial na Sûreté Urbaine da esquadra central de Dacar", acrescentou.

Sall anunciou na segunda-feira que não vai concorrer às próximas eleições presidenciais do Senegal, previstas para fevereiro de 2024, após meses de controvérsia, incerteza e tensão política no país, com protestos em larga escala, fortemente reprimidos pelas forças de segurança, resultando em dezenas de mortos (16, de acordo com números oficiais, 30 segundo a oposição).

O Presidente, que governa o Senegal desde 2012 e se aproxima do fim de dois mandatos de sete e cinco anos, considera que a sua terceira candidatura não seria ilegal, apesar de a Constituição do país africano proibir mais de dois mandatos consecutivos.

Segundo Sall e os seus apoiantes, como a Constituição foi alterada em 2016 e o Presidente só cumpriu um mandato de cinco anos, o primeiro mandato de sete anos não deveria contar e teria o direito a candidatar-se novamente.

Tanto a oposição como a sociedade civil do Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau, rejeitam esta tese.

A incerteza provocou um aumento da tensão política no país, agravada pela acusação paralela do líder da oposição, Ousmane Sonko, que foi condenado a dois anos de prisão em 01 de junho.

Sonko denunciou a "instrumentalização" da justiça pelo "poder de Macky Sall" para o excluir da candidatura presidencial. O seu partido calcula que haja atualmente mais de 300 "presos políticos". O executivo de Macky Sall refuta ambas as acusações.


GANA: Parlamento do Gana aprova por unanimidade projeto de lei antigay

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POR LUSA   06/07/23 

O Parlamento do Gana aprovou esta quarta-feira por unanimidade a última versão de um polémico projeto de lei que endurece a criminalização de lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e intersexuais (LGBTI) no país.

O projeto de lei sobre "valores familiares adequados", que estava a ser discutido desde agosto de 2021, tem ainda que passar por, pelo menos, uma terceira leitura no Parlamento, antes de ser submetido à ratificação pelo Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo.

O projeto de lei anti-gay faz com que qualquer pessoa identificada como LGBT incorra num crime punível com uma pena de prisão de três anos e aqueles que promoverem ou defenderem os direitos LGBT poderão também ser condenadas a uma pena de prisão até 10 anos.

A proposta de lei foi adotada pela unanimidade dos 275 deputados ao Parlamento ganês. Uma deputada que discordou da proposta foi intimidada, de acordo com a BBC, que não identificou a legisladora.

O sexo homossexual já é ilegal no Gana.

Decorrem vários processos em tribunal na sequência de ações judiciais interpostas para contestar o projeto de lei.

Durante a sessão parlamentar desta quarta-feira, o deputado e ministro para o Governo Local e Desenvolvimento Rural, Dan Botwe, descreveu a homossexualidade como uma "loucura total" e uma "força satânica".

Embora o projeto de lei tenha sido inicialmente apresentado pelo deputado da oposição do Congresso Nacional Democrático (NDC), Sam Nartey George, todos os 275 membros do parlamento votaram a favor das últimas alterações propostas pela comissão parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Parlamentares.

A diretora da Amnistia Internacional no Gana, Genevieve Partington, deplorou hoje a aprovação do projeto de lei, manifestando-se uma "aliada" da comunidade LGBTI.

"Como é que afeta a minha vida um homem dormir com outro homem à porta fechada no seu quarto?", interrogou a ativista em declarações publicadas hoje nos meios de comunicação social locais.

Num país onde o Código Penal - que remonta à época colonial - já criminaliza o "conhecimento carnal não natural", a lei, caso venha a entrar em vigor, irá muito mais longe ao endurecer as penas de prisão - até 3 e 10 anos -- e validar a "terapia de conversão", ou seja, tratamentos para a mudança de orientação sexual, amplamente criticados internacionalmente.

Vários organismos, entre os quais as Nações Unidas, apelaram à proibição desta prática controversa devido às suas consequências devastadoras a longo prazo para a saúde física e psicológica.

A proposta de lei incentiva ainda os cidadãos a denunciarem às autoridades as práticas homossexuais de que tenham eventualmente conhecimento ou suspeita e limita a prestação de serviços de saúde à comunidade LGBTI, incluindo, por exemplo, a medicação contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV, na sigla em inglês).

Perante as críticas das organizações de defesa dos direitos humanos e da comunidade internacional, o Presidente do Gana sublinhou em março último, durante uma visita ao seu país da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, que tinham sido alterados "elementos substanciais" do projeto de lei no que se referia à sua constitucionalidade, o que foi negado pelo deputado que a fez aprovar.

O projeto de lei aprovado pelo Parlamento ganês dá corpo à recente escalada de discursos anti-LGBTI e de leis discriminatórias em África, continente onde se situam mais de 30 dos, pelo menos, 67 países que, segundo a Human Rights Watch (HRW), criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo em todo o mundo.


ESTREITO DE ORMUZ: Irão rejeita acusações dos EUA sobre bloqueio de navios no Estreito de Ormuz

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POR LUSA    06/07/23 

O Irão rejeitou hoje as acusações dos Estados Unidos sobre tentativas de interceção de navios no Estreito de Ormuz, indicando que uma das embarcações era alvo de uma ordem de apreensão por alegadamente ter colidido com um navio iraniano.

O Centro de Investigação Marítima e Resgate da província iraniana de Hormozgan indicou que o navio "Richmond Voyager", com pavilhão das Bahamas e gerido pela empresa norte-americana Chevron, colidiu com uma embarcação do Irão provocando sete feridos e danos materiais. 

O navio "Richmond Voyager" prosseguiu a sua rota sem se responsabilizar pelo incidente, tendo o proprietário da embarcação iraniana pedido uma ordem judicial de arresto, segundo referiu a mesma fonte, citada pela agência de notícias iraniana Tasnim.

O organismo iraniano explicou que o navio da Chevron foi localizado na quarta-feira nas águas territoriais de Omã, ignorando as advertências da Armada iraniana e mudando de direção, pelo que a situação foi comunicada às autoridades de Mascate.

De acordo com os Estados Unidos da América (EUA), o "Richmond Voyager" chegou a emitir um pedido de socorro porque a Marinha iraniana efetuou diversos disparos de intimidação, incidente que seria ultrapassado sem registo de vítimas ou danos materiais.

A Quinta Frota dos EUA acusou o Irão de tentar intercetar petroleiros perto do Estreito de Ormuz apesar de se encontrarem em "águas internacionais", acrescentando que a mesma situação ocorreu com outro navio, identificado como "TRF Moss", com pavilhão das Ilhas Marshall.

O navio iraniano abandonou a zona quando o contra-torpedeiro "USS MacFaul" da Marinha de Guerra dos Estados Unidos se aproximou do "TRF Moss".

Sobre este caso em concreto, as autoridades iranianas não se pronunciaram.


Leia Também: EUA acusam Irão de tentar apoderar-se de petroleiros no estreito de Ormuz

MIGRAÇÕES: Cerca de mil pessoas já morreram este ano no mar a tentar chegar a Espanha

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POR LUSA    06/07/23 

Perto de mil pessoas morreram no mar Mediterrâneo e no oceano Atlântico nos primeiros seis meses deste ano quando tentavam chegar a Espanha, a partir do norte de África, divulgou hoje a organização não-governamental (ONG) Caminhando Fronteiras.

A ONG espanhola, que recolhe dados de fontes oficiais e junto de comunidades de migrantes e outras organizações sociais no terreno, contabilizou 951 vítimas entre janeiro e junho, numa média de cinco mortos por dia em naufrágios documentados e em 19 embarcações perdidas em alto mar com todas as pessoas que iam a bordo dadas como desaparecidas.

Entre os mortos havia 112 mulheres e 49 crianças e as vítimas eram oriundas de 14 países africanos e do Médio Oriente, segundo os dados recolhidos pela Caminhando Fronteiras.

A maioria das vítimas foram identificadas na designada "rota das Canárias", no Atlântico, entre a costa ocidental marroquina e o arquipélago espanhol das Canárias, onde morreram 778 pessoas no primeiro semestre do ano em "28 tragédias" com embarcações.

Os outros naufrágios e mortos ocorreram no Mediterrâneo, entre as costas da Argélia e Marrocos e as de Espanha.

"Entre as causas que provocaram tragédias e vítimas neste período, voltamos a assinalar a omissão do dever de socorro, a demora na ativação de meios de busca e resgate, a insuficiência de meios quando estes são ativados, as más práticas durante os resgates e a falta de coordenação entre os Estados espanhol e marroquino, cujas relações se regem por interesses geopolíticos vinculados ao controlo migratório e não pela defesa do direito à vida", escreveu a ONG Caminhando Fronteiras num comunicado.

A organização sublinhou que documentou diversos casos de violação de Direitos Humanos das vítimas mortais e das suas famílias, assim como dos sobreviventes dos naufrágios, sujeitos a "detenções, deslocações forçadas e ataques físicos".

Quanto às vítimas desaparecidas, "sofreram a negação do direito de ser procuradas" e nos casos em que foram recuperados os corpos, foram enterrados em valas comuns, sem respeito pelos protocolos de identificação "com garantias", acrescentou a ONG.

Segundo a Caminhando Fronteiras, no ano passado morreram 2.390 pessoas quando tentavam chegar a Espanha por mar ou através das cidades de Ceuta e Melilla, dois enclaves espanhóis no norte de África.

Espanha, a par de Itália, Grécia ou Malta, é conhecida como um dos países da "linha da frente" ao nível das chegadas de migrantes irregulares à Europa.


Presidente do Conselho de mediação e Segurança de CEDEAO, e Ministra dos Negócios estrangeiros Suzi Carla Barbosa preside a abertura da nonagésima sessão Ordinário do Conselho de Ministros da CEDEAO que decorre em Bissau entre 6 e 7 do mês corrente.

 Radio Voz Do Povo

UNICEF pede ajuda: dois mil milhões de pessoas vivem sem acesso a água potável

Por  SIC Notícias   06/07/23

A diretora de Recolha de Fundos e Parcerias da UNICEF Portugal explica à SIC a situação de crise global da água e como se pode ajudar a UNICEF a desenvolver projetos que forneçam água segura às zonas mais remotas e secas do planeta.

Dois mil milhões de pessoas vivem sem acesso a água potável, entre elas, 600 milhões serão crianças. Estes são números da UNICEF que se encontra a promover uma recolha de água para distribuir pelos países que mais sofrem com os efeitos da seca extrema e a falta de acesso a água potável. A SIC falou com Luísa Mota, diretora de Recolha de Fundos e Parcerias da UNICEF Portugal.

Em primeiro lugar é preciso compreender a dimensão global e onde é mais alarmante, dado que os números são consideráveis e “graves”:

“Os casos de situações de seca extrema são cada vez mais frequentes e, na verdade, isso já provocou uma crise global da água que põe em risco as crianças e famílias. Dois mil milhões é uma em cada quatro pessoas, é um número alarmante”, constata a diretora.

Da mesma forma, Luísa Mota acrescenta ainda que quatro mil pessoas morrem todos os dias devido a doenças provocadas pela falta de acesso a água segura e que mais de mil são crianças com idade inferior a cinco anos.

Mais. 80% das famílias que vivem nesta situação dão a atarefa de procurar água a mulheres e crianças, na Nigéria 90% das raparigas que têm esta tarefa já sofreram algum tipo de violência.

Por isto, e por muito mais, a UNICEF lança uma campanha “Última gota: doe água” para colmatar estas dificuldades.

“Ainda agora começou o verão e prevemos que seja um dos mais secos. Por isso lançamos já esta campanha de angariação de fundos para projetos da UNICEF que tenham a ver com o acesso à agua, saneamento e de higiene”, explica a diretora.

Para além da angariação de fundos, a UNICEF, como informa a diretora Luísa Mota, aplica os seus fundos em vários projetos que tentam minimizar o impacto da ausência de água em certas regiões e na população mais afetada.

“Temos projetos para utilizando as nossas equipas especializadas e tecnologias em que conseguimos encontrar água em grandes profundidades nas zonas mais remotas e secas no planeta. Temos construção de infraestruturas de água e saneamento em escolas e hospitais, movidos a energia solar, e temos também em situações de emergência que, logo às primeiras horas, a preocupação é entregar água ou ainda entregamos pastilhas que se pode por em água que não é própria para consumo e torna-se segura para beber”, detalha.

As maiores preocupações que a ausência de água suscita é a subnutrição, sendo que “quando não há água, impossibilita criação de gado e leva a deslocações em massa, sujeitas a mais violência”.

Para além disso, a falta de acesso à escola no caso das crianças que passam os dias a ir buscar água.

Ministra espanhola propõe "herança universal" de 20.000€ para todos os jovens a partir dos 18 anos

Yolanda Díaz (AP Photo)

Por cnnportugal.iol.pt  06/07/23 

Medida está a gerar controvérsia em Espanha, com os partidos da esquerda e da direita unidos nas críticas

A ministra espanhola do Trabalho, Yolanda Díaz, propôs uma solução para combater a desigualdade social e que consiste numa “herança” automática de 20.000 euros a conceder a todos os jovens a partir dos 18 anos para garantir que têm "um futuro, independentemente do seu sobrenome".

"Trata-se de deixar que os jovens tenham um futuro e dar-lhes oportunidade de estudar ou de abrir um negócio, independentemente dos seus sobrenomes ou da sua família de origem", defendeu a também vice-primeira-ministra espanhola, que apresentou a medida em nome do Movimento Somar, partido que criou na sequência da antecipação das eleições legislativas em Espanha, que estão marcadas para o próximo dia 23 deste mês.

Na prática, Yolanda Díaz propõe que todos os jovens recebam um total de 20.000 euros entre os 18 e os 23 anos anos de idade, período em que seriam acompanhados por uma rede de apoio administrativo para os ajudar a aplicar o valor em formação académica ou na abertura de um negócio. Trata-se de uma "herança universal", como designa a ministra, citada pelo The Guardian.

A medida foi recebida com relutância, quer dos partidos à direita, quer dos partidos à esquerda, inclusive do próprio governo de coligação liderado pelos socialistas do PSOE. A ministra espanhola da Economia está entre as vozes críticas da medida, conforme o fez saber em entrevista à estação de rádio Onda Cero: "Quem propõe medidas que consistem em dar subsídios, apoios, desta forma, sem qualquer tipo de restrição, sem um nível de rendimento ou objetivo específico, tem de explicar como o financiaria, porque nos próximos anos temos de continuar com uma política orçamental responsável."

E Yolanda Díaz explica. A ministra estima que a medida possa ter um custo de 10 mil milhões de euros, que seriam financiados aumentando os impostos a todos aqueles que recebam mais de três milhões de euros anuais. E justifica esta proposta evocando a sua própria experiência no mundo académico e laboral.

“Para que pudesse tornar-me uma inspetora do trabalho em Espanha, teria de estudar cinco anos. Eu só não sou inspetora porque sou filha de um casal da classe trabalhadora e nunca poderia permitir-me fazer isso. Esta é uma medida redistributiva que vai permitir aos jovens do nosso país ter um futuro, independentemente do seu sobrenome”, argumentou.

A proposta também está a ser criticada pela oposição, desde logo pelo Partido Popular (PP, de direita), que lidera as sondagens divulgadas nos últimos dias. Um porta-voz do partido, citado pelo The Guardian, acusou a ministra de ter as prioridades trocadas, sugerindo-lhe que se concentre nos verdadeiros problemas do país no qual, segundo descrevem, "27% da população está em risco de exclusão social, onde a taxa de desemprego é a mais alta da Europa, onde as famílias não conseguem esticar o dinheiro até ao fim do mês e onde os trabalhadores independentes lutam para se manter à tona”.

Volodymyr Zelensky encontra-se na Bulgária para uma visita oficial

© Getty Images

POR LUSA   06/07/23 

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou hoje à Bulgária para uma visita oficial, naquela que é a primeira deslocação a Sófia desde que assumiu o cargo de chefe de Estado.

De acordo com o Governo búlgaro trata-se de uma visita de um dia e destina-se sobretudo a acelerar a entrega de armas ligeiras e munições de fabrico soviético, no âmbito da contra ofensiva das forças ucranianas contra as forças invasoras da Rússia na Ucrânia.  

O convite para esta deslocação oficial foi enviado a Zelensky depois de o novo Governo de coligação da Bulgária, visto como "pró-ocidental", ter tomado posse no passado há precisamente um mês.

O novo executivo de Sófia já tinha proposto em junho aumentar a ajuda à Ucrânia.

As primeiras informações sobre a visita de Zelensky à Bulgária foram publicadas na terça-feira passada pelo portal de notícias 24chasa, de Sófia que citava fontes diplomáticas. 

Entretanto, o ministro da Defesa da Bulgária, Todor Tagadev, lamentou na quarta-feira a publicação dos detalhes da visita do chefe de Estado ucraniano a Sófia que tinha sido mantida em "segredo" por motivos de segurança. 

Sofia. Bulgaria 🇧🇬. I will hold substantial talks with Prime Minister Nikolai Denkov, meet with President Rumen Radev, government officials, parliamentarians, politicians, and journalists. Defense support, 🇺🇦 Euro-Atlantic integration, the @NATO Summit, security guarantees, and…

— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) July 6, 2023


Afinal, líder do Grupo Wagner não está na Bielorrússia (e nem Lukashenko sabe do seu paradeiro)

Yevgeny Prigozhin (AP)

Por cnnportugal.iol.pt   06/07/23 

Há uma semana, o presidente bielorrusso informou que o líder do Grupo Wagner tinha sido transferido para Minsk. Esta quarta-feira, Alexander Lukashenko já não tem certezas sobre o paradeiro de Yevgeny Prigozhin

Afinal, o líder do Grupo Wagner não está na Bielorrússia, tal como havia sido indicado há uma semana pelo presidente bielorruso, Alexander Lukashenko, na sequência da rebelião dos mercenários. 

Esta quarta-feira, Alexander Lukashenko surpreendeu os jornalistas numa conferência de imprensa, em Minsk, quando sugeriu que Yevgney Prigozhin poderia estar na Rússia. Questionado sobre o paradeiro dos mercenários, o presidente bielorrusso indicou que os combatentes do Grupo Wagner estão nos seus "acampamentos regulares", sugerindo que os mesmos não estão na Bielorrússia.

"Em relação a Yevgeny Prigozhin, ele está em São Petersburgo. Ou talvez esta manhã ele esteja a viajar para Moscovo ou outro destino. Mas agora não está no território da Bielorrússia", informou, citado pela CNN Internacional.

De acordo com Lukashenko, a Bielorrússia disponibilizou-se para acolher os mercenários em "antigos campos militares que foram usados ​​nos tempos soviéticos, incluindo perto de Osipovichi". "Se eles concordarem", ressalvou.

"Mas o Grupo Wagner tem uma visão diferente para a sua colocação", assinalou, citado pela agência de notícias russa TASS, sem dar mais detalhes sobre esta discrepância de visões, acrescentando apenas que o assunto da recolocação dos mercenários russos ainda não está resolvida.

Perante a insistência dos jornalistas, Lukashenko limitou-se a dizer que o paradeiro dos mercenários do Grupo Wagner não é uma questão que lhe diga respeito, uma vez que se trata de uma "companhia russa".

As declarações de Lukashenko são ambíguas, não sendo possível perceber se o líder do Grupo Wagner chegou a ir para a Bielorrússia, tal como anunciado no passado dia 27 de junho, ou se ainda se encontra na Rússia após a rebelião armada dos mercenários russos em Moscovo. Mas o presidente bielorrusso deu uma certeza aos jornalistas: Prigozhin está "absolutamente livre".

Questionado sobre as armas nucleares táticas implantadas pela Rússia em Minsk, Lukashenko assegurou aos jornalistas que estas armas só foram instaladas com "propósitos defensivos", mas voltou a ameaçar o Ocidente com uma "resposta imediata" em caso de "agressão".

"Não vamos atacar ninguém com armas nucleares. Desde que não nos toquem, esqueçam as armas nucleares. Mas se cometerem uma agressão, a resposta será imediata. Os alvos já foram determinados", ameaçou, citado pela Reuters.

Entretanto, o Kremlin já reagiu às declarações de Lukashenko, assegurando que não está a rastrear os movimentos do líder do Grupo Wagner.

"Nós não seguimos os seus movimentos. Não temos nem a capacidade, nem o desejo de o fazer", frisou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência RIA Novosti.

Peskov respondeu ainda ao interesse manifestado por Lukashenko para se encontrar com os responsáveis russos de modo a resolver o "tópico Wagner", adiantando que ainda não há qualquer reunião marcada nesse sentido.


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Na Coreia do Sul, há cada vez menos bebés... e menos pediatras

© Shutterstock

Notícias ao Minuto    06/07/23 

Pediatras são os médicos que menos dinheiro auferem no país, onde a taxa de natalidade continua a decrescer.

A Coreia do Sul enfrenta uma grave crise demográfica, depois de a sua taxa de natalidade - a mais baixa do mundo - ter descido para 0,78 em 2022, ano em que havia menos 12,5% de clínicas e hospitais pediátricos em Seul, comparativamente com 2018.

Os dados são da agência Reuters, que revela que uma escassez de pediatras no país está a criar problemas nos seus hospitais, incapazes de assegurar os serviços de atendimento necessários.

Escassez esta que está relacionada, também, com a fraca remuneração destes profissionais e com as dificuldades que o setor enfrenta, havendo cada vez menos nascimentos no país. Dados do Health Insurance Review and Assessment Service mostram, por exemplo, que os pediatras são os médicos mais mal pagos da Coreia do Sul, auferindo salários 57% mais baixos do que o salário médio dos médicos no país.

“Nos países estrangeiros, o governo paga o suficiente para manter as clínicas, mesmo que atendam 20 pacientes por dia. Mas, na Coreia do Sul, custa cerca de 10 dólares (cerca de 9 euros) por tratamento, então as clínicas precisam de atender cerca de 80 pacientes por dia", disse Lim Hyun-taek, presidente da Associação Pediátrica Coreana, que disse que há 30 anos que os ordenados não aumentam significativamente.

Também a relação entre as empresas de seguros e os médicos pediátricos tem 'azedado', uma vez que, diz a Reuters, estas ainda não adaptaram o seu modelo de negócios à diminuição de pacientes, levando ao pagamento de porções mais reduzidas dos custos.

A situação, que tem levado alguns hospitais a cortar mesmo serviços de atendimento nesta especialidade, coloca ainda preocupações nos pais de jovens crianças e nos futuros pais, ouvidos pela mesma agência de notícias.

O hospital de Sowha, por exemplo, que é o mais antigo hospital pediátrico da Coreia do Sul, suspendeu os serviços de tratamento ao sábado à tarde e ao domingo, pela primeira vez, em 77 anos, devido à falta de profissionais.


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Eis a destruição do ataque que provocou pelo menos 4 mortos em Lviv

© Maksym Kozytskyi

Notícias ao Minuto     06/07/23 

Também o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, partilhou o vídeo do rescaldo, assegurando que "haverá uma resposta" contra a Rússia.

O governador regional de Lviv, Maksym Kozytskyi, divulgou imagens dos escombros do prédio residencial que, esta quinta-feira, foi alvo de um ataque por parte faz forças russas, provocando pelo menos quatro mortos e 34 feridos, entre eles uma criança.


Também o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, partilhou o vídeo do rescaldo, assegurando que "haverá uma resposta" contra a Rússia.

"Haverá uma resposta ao inimigo. Tangível", disse o chefe de Estado, através da rede social Facebook.

Nas imagens, às quais poderá aceder na galeria acima, é possível ter uma vista panorâmica dos escombros do edifício afetado, nos quais as buscas por sobreviventes prosseguem.

Na verdade, a agência Reuters adiantou que sete pessoas foram resgatadas dos destroços e outras 64 foram retiradas do local.

O governador regional de Lviv apontou ainda que a região foi atacada a partir do Mar Negro, com mísseis Kalibr. Ainda assim os sistemas de defesa aérea fornecidos pelos parceiros do Ocidente destruíram sete destas armas.

“A morte de quarto pessoas foi confirmada. Estavam todos em casa na altura do ataque. Os meus pêsames à família”, disse, revelando que cerca de 30 residências e mais de 50 carros ficaram danificados.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.083 civis desde o início da guerra e 24.862 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Sobe para 4 o número de mortos em Lviv. Há mais de 30 feridos

Casa Branca confirma que foi encontrada cocaína. "Área muito movimentada"

© Reuters

POR LUSA    06/07/23 

A Casa Branca confirmou na quarta-feira que foi encontrada no domingo cocaína o pó numa zona movimentada do edifício e sublinhou que nem o presidente, Joe Biden, nem a família se encontravam na residência oficial.

A porta-voz presidencial, Karine Jean-Pierre, indicou que a investigação está nas mãos dos Serviços Secretos e mostrou-se confiante de que vão apurar o sucedido, que levou a uma breve evacuação da Casa Branca.

"Quero deixar bem claro que é uma área muito movimentada. É a parte onde os visitantes vão para a ala oeste. Não tenho mais nada. Não vou especular quem foi", disse.

O porta-voz dos Serviços Secretos, Anthony Guglielmi, em comunicado na terça-feira, disse que o edifício da Casa Branca foi avacuiado por precaução na noite de domingo após a descoberta de "um item desconhecido", cuja análise preliminar revelou tratar-se de cocaína.

A substância foi detetada numa ronda de vigilância de rotina do prédio, tendo os bombeiros ordenado a evacuação.


RÚSSIA: Dinheiro, armas e... perucas. Reveladas imagens da mansão de Prigozhin

© Reprodução/Twitter

Notícias ao Minuto   05/07/23 

As imagens foram divulgadas pelas autoridades russas e foram captadas durante as buscas, no âmbito da investigação da "rebelião armada" do Grupo Wagner.

As autoridades russas divulgaram, esta quarta-feira, fotografias do interior da mansão do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que foram captadas durante buscas realizadas ao edifício, no âmbito da investigação da "rebelião armada" dos mercenários.

As imagens, que foram transmitidas no programa '60 Minutes' do canal russo TV Rossiya 1 e que pode ver na galeria acima, mostram grandes quantidades de dinheiro, ouro, perucas, passaportes e armas. 

divulgação das imagens surge um dia após as autoridades russas terem devolvido a Prigozhin cerca de 10 mil milhões de rublos (cerca de 102 milhões de euros) que foram apreendidos durante a busca à mansão, localizada em São Petersburgo. 

Segundo a imprensa russa, foram ainda devolvidos centenas de milhares de dólares americanos e cinco barras de ouro.

Recorde-se que o chefe do grupo paramilitar Wagner suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar a  24 de junho, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.

A rebelião chegou ao fim, após Prigozhin ter negociado um acordo com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.






Leia Também: A Organização das Nações Unidas (ONU) constatou 2.334 violações de vários tipos contra 1.482 crianças na Ucrânia no ano passado, segundo o relatório anual do secretário-geral, António Guterres, apresentado quarta-feira.

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Crise de financement du PAM : des millions de personnes privées d'aide face à une crise de la faim sans précédent en Afrique de l'Ouest

 fr.wfp.org   5 Juillet 2023

DAKAR – En juin, le Programme alimentaire mondial (PAM) des Nations Unies a lancé une opération d'urgence d'assistance alimentaire et nutritionnelle à grande échelle au Sahel. Cependant, en raison d'une pénurie de fonds, le PAM ne pourra venir en aide qu'à un peu plus de la moitié des 11,6 millions de personnes initialement ciblées, laissant des millions de personnes sans aide alors que la période de soudure s'installe et que la faim atteint son paroxysme. Le Mali et le Tchad seront les plus durement touchés, avec 800 000 personnes risquant d'avoir recours à des mesures désespérées pour survivre, telles que le travail sexuel, les mariages précoces ou la participation à des groupes armés non étatiques.

La réponse du PAM pendant la période de soudure vise à renforcer les efforts des gouvernements nationaux dans la lutte contre la faim, alors qu'ils font face aux conséquences combinées des conflits, de la crise climatique et de l'augmentation des coûts des denrées alimentaires et du carburant. À l’origine, le PAM prévoyait de soutenir 11,6 millions de femmes, d'hommes et d'enfants - parmi les 19,2 millions de personnes ayant des besoins en aide humanitaire - au Burkina Faso, au Cameroun, au Mali, en Mauritanie, au Niger, dans le nord-est du Nigéria, en République centrafricaine et au Tchad, de juin à septembre 2023. Cependant, en raison de contraintes financières, le PAM a dû réduire son assistance pour se concentrer sur les 6,2 millions de personnes les plus vulnérables, notamment les réfugiés, les enfants de moins de 5 ans souffrant de malnutrition, les femmes enceintes, les femmes et les jeunes filles allaitantes.

"La situation est tragique. Pendant la période de soudure de cette année, des millions de familles n'auront pas suffisamment de réserves alimentaires pour les soutenir jusqu'aux prochaines récoltes en septembre, et beaucoup recevront une aide limitée, voire aucune, pour les aider pendant les mois difficiles à venir. Nous devons agir immédiatement pour éviter une plongée massive dans une faim catastrophique", a déclaré Margot Vandervelden, Directrice régionale par intérim pour l'Afrique de l'Ouest.

"Nous avons besoin d'une approche double pour mettre fin à la faim au Sahel : nous devons répondre à la faim aiguë par le biais de l'aide humanitaire, tout en abordant les causes structurelles de l'insécurité alimentaire en augmentant les investissements dans des systèmes alimentaires résilients et en élargissant les programmes de protection sociale du gouvernement", a ajouté Vandervelden.

La situation de l'insécurité alimentaire a atteint un niveau sans précédent depuis 10 ans en Afrique de l'Ouest et en Afrique centrale, touchant 47,2 millions de personnes pendant la période de soudure de juin à août. Parmi elles, 45 000 personnes au Burkina Faso et au Mali font face à une faim catastrophique, selon l'analyse réalisée en mars par le Cadre Harmonisé. Les taux de malnutrition ont également connu une augmentation alarmante, avec 16,5 millions d'enfants de moins de 5 ans risquant de souffrir de malnutrition aiguë cette année, soit une augmentation de 83 % par rapport à la moyenne de la période 2015-2022.

Le conflit demeure un facteur clé de la faim dans la région, entraînant des déplacements forcés de population qui ont conduit à l'abandon de villages entiers et qui limitent l'accès des communautés aux terres cultivables. Le conflit se propage également dans la région et atteint les pays côtiers, créant ainsi le risque de propagation de l'instabilité dans des zones jusqu'alors épargnées. En seulement six mois, le nombre de personnes fuyant la violence dans le Sahel central et cherchant refuge dans quatre pays du golfe de Guinée a presque quadruplé, passant de 30 000 en janvier à 110 000 personnes en juin.

La réponse du PAM pendant la période de soudure vise à apporter une aide alimentaire et nutritionnelle vitale aux familles confrontées à une grave faim lorsque les stocks de nourriture diminuent. Cependant, des investissements préventifs et des solutions intelligentes à plus long terme peuvent considérablement réduire la dépendance à de telles mesures d'urgence. Parmi ces solutions, on trouve des activités de renforcement de la résilience, des programmes de protection sociale et des mesures anticipées telles que les indemnisations d'assurance climatique.

En 2023, les indemnisations d'assurance contre les risques climatiques de l'African Risk Capacity (ARC), d'un montant total de 15,4 millions de dollars, ont permis au PAM de fournir des transferts d'argent à 490 000 personnes au Burkina Faso, en Gambie et au Mali, touchées par la sécheresse en 2022. Cette réponse a permis aux agriculteurs de se remettre des conséquences des sécheresses, car ils ont pu subvenir à leurs besoins essentiels, notamment en achetant de la nourriture pour leur famille et en se procurant des semences pour la prochaine saison de plantation.

Le programme de résilience intégrée du PAM au Sahel se concentre sur la participation à la planification des bassins versants, la récupération et la réhabilitation des terres, ainsi que le soutien aux petits agriculteurs, en lien avec les repas scolaires et les activités nutritionnelles. Ce programme a donné des résultats prometteurs, les ménages participants démontrant une meilleure capacité à faire face aux chocs et à mieux traverser les périodes de soudure. Par exemple, au Niger, 80 % des villages bénéficiant du soutien à la résilience du PAM n'ont pas eu besoin d'assistance humanitaire en 2022, contrairement aux autres villages de la même région. Ce succès a permis à environ un demi-million de personnes de ne pas dépendre de l'aide alimentaire humanitaire grâce aux investissements à long terme dans le renforcement de la résilience. Élargir ces activités sera essentiel pour prévenir une escalade des besoins d'urgence.

En collaboration avec l'UNICEF, le PAM met également en œuvre un programme de protection sociale, au Burkina Faso, au Mali, en Mauritanie et au Tchad, contribuant ainsi au renforcement des systèmes nationaux et soutenant des millions de personnes grâce à des transferts d'argent et à des services complémentaires. Ce programme vise également à renforcer la capacité nationale à anticiper et à répondre aux chocs climatiques et autres qui entraînent des besoins humanitaires.

Pour répondre de manière adéquate aux besoins d'urgence dans les cinq pays du Sahel au cours des six prochains mois (juillet-décembre 2023), le PAM a besoin de 794 millions de dollars.

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Le Programme Alimentaire Mondial des Nations Unies est la plus grande organisation humanitaire au monde, sauvant des vies dans les situations d'urgence et utilisant l'assistance alimentaire pour construire un chemin vers la paix, la stabilité et la prospérité pour les personnes qui se rétablissent des conflits, des catastrophes et de l'impact du changement climatique.

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Kyiv reivindica destruição de paiol em Donetsk, Rússia aponta danos civis

© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images

POR LUSA  05/07/23 

Kyiv reivindicou hoje ter destruído um depósito de munições em Makiivka, na parte leste de Donetsk, enquanto a Rússia afirmou que o ataque atingiu alvos civis.

As autoridades impostas pela Rússia na região disseram que 68 civis ficaram feridos no ataque de terça-feira, incluindo três crianças.

A mesma fonte apontou também uma morte no ataque e o presidente da câmara da cidade nomeado pela Rússia, Vladislav Kliucharov, relatou danos a cerca em quarenta casas.

Nenhuma das informações pode ser confirmada no imediato por fonte independente.

Vídeos partilhados nas redes sociais por fontes próucranianas mostram uma sucessão de explosões num paiol de munições, alegadamente na noite de terça-feira em Makiivka, e outros a mesma zona ja durante o dia de hoje, com crateras, nalgumas das quais é possível ver munições não detonadas.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, defendeu, esta quarta-feira, que a "operação militar especial" terminaria "em poucos dias" se a aliança transatlântica NATO deixar de armar a Ucrânia.

Associação das Mulheres da Comunicação Social da Guiné-Bissau apresentou hoje o segundo RELATÓRIO SOBRE A QUESTÃO DA IGUALDADE DE GÉNERO NO SECTOR DA COMUNICAÇÃO SOCIAL GUINEENSE e a situação econômica dos jornalistas

 Radio TV Bantaba 

Diretor da Empresa de segurança ELITE considera de má fé as reivindicações dos funcionários daquela empresa, frisando diálogo como forma de solucionar os problemas em causa.

 Radio TV Bantaba

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FELICITA CABO VERDE PELO DIA NACIONAL

 Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo, felicitou hoje, por telefone, o Presidente de Cabo Verde por ocasião da celebração do quadragésimo oitavo aniversário da Independência da República de Cabo Verde.

Na ocasião, os dois Presidentes saudaram igualmente o aprofundamento da relação bilateral entre os dois países e o seu desejo de contribuir para a consolidação dos históricos laços de amizade, fraternidade e cooperação que unem os nossos dois povos.🇬🇼🇨🇻

MARCELO REBELO DE SOUSA: Marcelo "bem disposto" após desmaio durante visita a faculdade

© Getty Images

Notícias ao Minuto   05/07/23 

O Presidente da República estava a visitar a Faculdade de Ciências e Tecnologia, na margem sul do Tejo, quando desmaiou por causa "do calor e da agenda pesada"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, desmaiou, esta quarta-feira, durante uma visita ao polo da Faculdade de Ciências e Tecnologia na Costa da Caparica, no concelho de Almada.

O Notícias ao Minuto contactou o gabinete do Presidente da República, que confirmou que Marcelo "teve uma indisposição após a visita", por volta das 15h45, e que foi transportado "por precaução" para o Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, no concelho de Oeiras.

Aos jornalistas, o chefe da Casa Civil disse que o Presidente "está bem disposto, nem queria que anulássemos a agenda da tarde, está a falar normalmente e agora vai fazer exames".

Fernando Frutuoso de Melo disse que o desmaio foi "rápido" e que recuperou a consciência, tendo telefonado ao chefe da Casa Civil a partir da ambulância. "Deve ter sido provavelmente do calor, da agenda pesada e provavelmente não tinha almoçado", acrescentou.

O Presidente chegou ao hospital pelas 16h06, transportado numa ambulância dos Bombeiros da Trafaria. Segundo a notícia avançada pelo Correio da Manhã, foram acionados os meios de socorro no local.

O Presidente estava a realizar uma visita privada, sem comunicação social presente, ao laboratório lançado pela cientista Elvira Fortunato, que é agora ministra da Ciência e do Ensino Superior.

Esta não é a primeira vez que o chefe de Estado desmaia durante uma visita. Em 2018, Marcelo Rebelo de Sousa desmaiou no Santuário do Bom Jesus, que se ergue ao lado da cidade de Braga, tendo sido também na altura levado para o hospital por precaução.


Leia Também:  Costa já falou com Marcelo após desmaio do Presidente. "Está bem-disposto e tranquilo"