quarta-feira, 24 de maio de 2023

O Governo da Guiné-Bissau fez um empréstimo bancário para fazer face a "necessidade inadiáveis" das eleições legislativas de 04 de junho, disse hoje à Lusa fonte governamental.

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POR LUSA   24/05/23 

 Guiné-Bissau. Recurso à banca para "necessidade inadiáveis" das eleições

O Governo da Guiné-Bissau fez um empréstimo bancário para fazer face a "necessidade inadiáveis" das eleições legislativas de 04 de junho, disse hoje à Lusa fonte governamental.

Segundo a mesma fonte, o executivo recorreu a um empréstimo no valor de 1,87 mil milhões de francos cfa (cerca de 2,7 milhões de euros).

A mesma fonte explicou o Governo já teve a anuência de um banco comercial de Bissau do valor em causa e que será reposto assim que entrar o dinheiro prometido pela comunidade internacional.

A verba em causa destina-se a pagar ações no dia da votação, nomeadamente o transporte do material para as assembleias do voto, combustível para as comissões regionais de eleições, bem como o pagamento de subsídios às pessoas que vão trabalhar nas mesas de voto.

A fonte sublinhou que, contando com a diáspora, serão cerca de 3.400 mesas de voto.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Governo da Guiné-Bissau assinaram em março o Projeto de Apoio ao Ciclos Eleitorais, para o período entre 2023 e 2025, no valor de 5,3 milhões de euros, que prevê apoiar as legislativas de 04 de junho e as presidenciais, que se devem realizar em 2025.


Mas, segundo o PNUD, a resposta dos parceiros ao projeto está a ser lenta e em 10 de maio apresentava uma diferença de três milhões de dólares (2,8 milhões de euros).

Portugal, que entregou na terça-feira material eleitoral à Guiné-Bissau, incluindo boletins de voto, no valor de 300 mil euros, anunciou um apoio extraordinário de 250 mil euros ao processo eleitoral no âmbito da cooperação multilateral.

O PNUD avançou com cerca de um milhão de dólares (cerca de 930 milhões de euros) para a aquisição de cabines de votação, selos para as urnas e canetas marcadoras de tinta indelével.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, tinha já afirmado no início deste mês que estavam em curso diligências para suprir o défice orçamental para as legislativas.

As eleições legislativas da Guiné-Bissau estão orçadas em 7,9 mil milhões de francos cfa (cerca de 12 milhões de euros), segundo o ministro das Finanças guineense, Ilídio Té, que disse que o Governo cobriu cerca de 70% daquele valor.

Duas coligações e 20 partidos políticos iniciaram em 13 de maio a campanha eleitoral para as sétimas eleições legislativas de 04 de junho, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido em 18 de maio de 2022.

A campanha eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer até 02 de junho.


Leia Também: CEDEAO enviou missão de longa duração para a Guiné-Bissau

CEDEAO enviou missão de longa duração para a Guiné-Bissau

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POR LUSA  24/05/23 

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) enviou uma missão de observação eleitoral de longa duração para acompanhar as legislativas na Guiné-Bissau, que já está no terreno, segundo um comunicado a que Lusa teve hoje acesso.

Em comunicado, divulgado na sua página oficial na Internet, a CEDEAO informa que a missão de observação eleitoral de longa duração, que chegou ao país na semana passada, vai acompanhar as "principais etapas do processo eleitoral em curso" para as legislativas de 04 de junho.

A missão é chefiada por Serigne Mamadou Ka, chefe da Divisão de Assistência Eleitoral, e é composta por 15 especialistas eleitorais e "servirá como mecanismo de alerta precoce para a prevenção e gestão de qualquer conflito relacionado com o processo eleitoral".

"Durante a sua estada, os membros da missão vão manter sessões de trabalho com vários intervenientes no processo eleitoral, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições, administração, organizações da sociedade civil, comunicação social, polícia nacional, bem como com candidatos e partidos políticos para promover o bom andamento de vários aspetos do processo", refere o comunicado.

A missão de observação eleitoral de longa duração vai permanecer no país até 08 de junho.

A partir de 01 de junho, segundo o comunicado, a missão será reforçada com uma outra de curto prazo composta por 60 observadores eleitorais, que estarão presentes em todo o território nacional.

Duas coligações e 20 partidos políticos iniciaram em 13 de maio a campanha eleitoral para as sétimas eleições legislativas de 04 de junho da Guiné-Bissau, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido a 18 de maio de 2022.

A campanha eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer até 02 de junho.

A Guiné-Bissau preside atualmente à CEDEAO, que integra também o lusófono Cabo Verde, além de Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.

CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ, EM MANSOA REGIÃO DE OITO... CASA DE IMAME DE MANSOA



VIDEO by: Tuti Victoria Iyere

CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15 EM NHACRA



VIDEO by: Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15☝


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Presidência da República da Guiné-Bissau: Força de Protecção Civil (Bombeiros)

Kyiv acusa Rússia de usar central nuclear de Zaporíjia como base militar

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POR LUSA   24/05/23 

O serviço de informações militares do Ministério da Defesa da Ucrânia (GUR) denunciou hoje que a Rússia continua a utilizar a central nuclear de Zaporíjia, no sudeste do território ucraniano e sob controlo russo, como base militar.

"Apesar dos repetidos apelos da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e de líderes internacionais, os ocupantes não estão a reduzir a sua presença na central nuclear de Zaporíjia", disse o GUR, em comunicado.

"Neste momento, a zona dos reatores um, dois e quatro está a ser utilizada como base militar e logística", acrescentou a mesma nota informativa, que vem acompanhada de duas fotografias em que se veem vários camiões no interior da central nuclear, de acordo com as agências internacionais.

Segundo as autoridades ucranianas, as forças russas mantêm veículos blindados e camiões militares próximos a esses reatores, eventualmente com munições e material explosivo.

O GUR denuncia ainda que os trabalhadores da central nuclear encarregados da sua fiscalização estão proibidos de aceder a estas áreas.

"Aqueles que tentaram realizar rondas de controlo sofreram agressões", acrescentou o comunicado, que garante que alguns dos funcionários que procuraram vigiar as instalações estão no hospital em estado grave.

Kiev acusa a Rússia de usar a central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, para lançar ataques militares contra a Ucrânia, de forma a que as forças ucranianas não possam responder, com receio de causar um acidente nuclear.

Por sua vez, Moscovo acusa a Ucrânia de bombardear sistematicamente a central nuclear, que está sob controlo russo.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: O Presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje que a China está disposta a "manter um firme apoio mútuo à Rússia" em questões relacionadas com os "interesses fundamentais" dos dois países, num encontro com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin.

Presidência da República da Guiné-Bissau: Visita ao Ministério do Interior


OMS condena invasão russa e ataques a infraestruturas de saúde

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Notícias ao Minuto  24/05/23 

A Rússia ainda apresentou uma contra-proposta, na qual rejeitava o seu papel na emergência na Ucrânia, mas esta foi rejeitada com uma grande maioria.

A assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS) condenou oficialmente a invasão russa na Ucrânia e os ataques contra infraestruturas de saúde no país, com uma esmagadora maioria e apesar de uma contraproposta por parte das autoridades de Moscovo.

A moção, votada esta quarta-feira, foi aprovada com 80 votos a favor contra apenas 9 contra, com 52 abstenções 36 países ausentes da votação, explicou a Reuters.

A Rússia apresentou também uma moção na mesa da assembleia, no qual estão presentes 194 países-membros, e, nessa proposta, assumiu que existe uma emergência de saúde na Ucrânia mas omitiu qualquer responsabilidade nessa emergência. A proposta foi rejeitada por 62 votos, com 13 países a votarem a favor da moção russa, 61 abstiveram-se e 41 ausentaram-se da votação.

O corpo diplomático russo na organização reagiu de forma breve ao voto de condenação, garantindo que não está contra a atividade da OMS na Ucrânia mas mostrando-se desagradado com o que considera ser uma "politização" da entidade.

A votação não se desenrolou sem alguma tensão, com o enviado russo a interromper os discursos que criticavam o regime com pontos de ordem, e com o embaixador britânico a acusá-lo de "desinformação" por terem sido espalhados panfletos nos quais o Kremlin acusa Kyiv de atacar as suas próprias infraestruturas médicas.


Leia Também: Filial especializada da OMS encerra em Moscovo devido à guerra na Ucrânia

Presidência da República da Guiné-Bissau: Visita à guarda Nacional

BOLÍVIA: Murros e pontapés. Deputados bolivianos agridem-se em pleno Parlamento... Agressões aconteceram durante sessão pública com o ministro Eduardo Del Castillo.

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Notícias ao Minuto    24/05/23 

Murros, pontapés e até puxões de cabelo. Vários deputados da Bolívia envolveram-se numa violenta rixa, na terça-feira, numa sessão pública do Parlamento.

Num vídeo, entretanto partilhado nas redes sociais, vê-se de um lado os parlamentares do partido do Governo e de outro os da oposição. A certa altura os ânimos começam a aquecer e ambos partem para a agressão.

O conflito aconteceu durante a apresentação de um relatório do ministro do Interior do país, Eduardo Del Castillo, sobre a prisão, em dezembro do ano passado, do governador da região de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, principal figura da oposição da Bolívia.

Enquanto defendia a legalidade da detenção, o governante criticou os deputados do Creemos, descrendo-os como "grupos radicais" e "ladrões violentos, que vieram roubar as carteiras do povo boliviano".

Ao que a oposição reagiu com cartazes com uma foto de Eduardo Del Castillo com a legenda: "ministro do terror".

A partir daí, vários deputados passaram das palavras aos atos e partiram para a agressão física, como se pode ver no vídeo acima.


Cerimónia de Lançamento da 1ª pedra para a construção do novo edifício do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, admitiu hoje o fracasso da campanha militar da Rússia na Ucrânia, afirmando que nenhum dos objetivos foi atingido.

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POR LUSA   24/05/23 

 Chefe do grupo Wagner admite fracasso da campanha militar russa

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, admitiu hoje o fracasso da campanha militar da Rússia na Ucrânia, afirmando que nenhum dos objetivos foi atingido.

"A operação militar especial foi lançada com o objetivo de 'desnazificação', mas transformámos a Ucrânia numa nação conhecida em todo o mundo", Prigozhin na rede social Telegram, citado pela agência espanhola EFE.

O empresário, que tem estado ao comando dos mercenários do grupo Wagner na linha da frente, disse que a invasão russa fez dos ucranianos "os gregos e os romanos da época do florescimento".

Prigozhin é um aliado do Presidente Vladimir Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, entre outros objetivos.

Desde o início da guerra, Prigozhin tem sido um duro crítico do estado-maior russo e do ministro da Defesa, Serguei Shoigu.

O chefe do grupo Wagner considerou que a Rússia também falhou o objetivo da desmilitarização da Ucrânia.

"Se antes do início da operação especial, eles [os ucranianos] tinham, digamos, 500 tanques, agora têm 5.000. Se na altura eram capazes de combater 20.000 soldados, agora têm 400.000", afirmou.

"Acontece que estamos a militarizar a Ucrânia, e de que forma!", criticou, numa alusão ao fornecimento de armamento por parte dos aliados ocidentais de Kiev como resultado da invasão.

Prigozhin disse também que o grupo Wagner "é o melhor exército do mundo".

"Para ser correto, devo dizer que o segundo melhor exército do mundo é o exército russo. Mas penso que os ucranianos têm um dos exércitos mais fortes", afirmou.

Prigozhin disse que os militares ucranianos conseguem usar com sucesso qualquer sistema de armas, seja soviético ou da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Também comparou a motivação dos soldados ucranianos à dos soviéticos durante a guerra contra a Alemanha nazi.

"Fazem tudo para atingir o objetivo supremo, tal como nós fizemos durante a Grande Guerra Patriótica", disse.

A Grande Guerra Patriótica é a designação dada na Rússia ao período da Segunda Guerra Mundial entre o início da invasão da então União Soviética, em 1941, e a capitulação da Alemanha, em 1945.

Prigozhin criticou igualmente os filhos da elite russa pela vida de luxo que exibem nas redes sociais, quando "as pessoas comuns veem os filhos serem-lhes devolvidos em caixões de zinco, feitos em pedaços".

"E não devemos pensar que são centenas, agora são dezenas de milhares de familiares dos mortos. E serão certamente centenas de milhares", acrescentou.

Prigozhin advertiu que esta dualidade de critérios "pode acabar como em 1917, numa revolução", referindo-se ao conflito de que resultou o fim da monarquia e a tomada do poder pelos bolcheviques liderados por Vladimir Lenine.

Além do fornecimento de armas, os aliados ocidentais de Kiev têm decretado pacotes de sanções contra a Rússia para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Desconhece-se o número de vítimas do conflito, que mergulhou a Europa naquela que é considerada como a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

ESCRAVIDÃO MODERNA: A Coreia do Norte, a Eritreia e a Mauritânia são os países mais afetados pela escravatura moderna, segundo o Índice Global de Escravidão publicado hoje, que assinalou também o agravamento desta situação no mundo.

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POR LUSA   24/05/23 

 Coreia do Norte e Eritreia são os países mais atingidos pela escravidão

A Coreia do Norte, a Eritreia e a Mauritânia são os países mais afetados pela escravatura moderna, segundo o Índice Global de Escravidão publicado hoje, que assinalou também o agravamento desta situação no mundo.

No relatório, estima-se que 50 milhões de pessoas estavam "em situação de escravidão moderna" em 2021, 10 milhões a mais do que em 2016. Este número inclui 28 milhões de pessoas em situação de trabalho forçado e 22 milhões de pessoas casadas à força.

Entre os fatores que explicam este agravamento, destacam-se os "conflitos armados crescentes e mais complexos" e o impacto da pandemia da covid-19.

O relatório, realizado pela associação Walk Free, define a escravidão moderna como "trabalho forçado, casamento forçado, servidão por dívida, exploração sexual" ou ainda "venda e exploração de crianças".

A Coreia do Norte tem a taxa mais alta, com 104,6 pessoas em situação de escravidão moderna por 1.000 habitantes.

Em seguida vêm a Eritreia (90,3) e a Mauritânia (32), que foi o último país, em 1981, a tornar ilegal a escravidão hereditária.

Muitos dos países mais afetados estão em regiões consideradas voláteis, passando por conflitos ou instabilidade política, com grandes populações vulneráveis, como refugiados ou trabalhadores migrantes.

Também entre os 10 países mais afetados estão a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, onde a "kafala", um sistema de tutela dos empregados, limita os direitos dos trabalhadores migrantes. Nestas posições de destaque estão também a Turquia, "que acolhe milhões de refugiados sírios", o Tajiquistão, a Rússia e o Afeganistão.

Embora o trabalho forçado seja mais comum em países pobres, tem vínculos profundos com as necessidades dos países mais ricos, aponta o relatório, constatando que dois terços dos casos de trabalho forçado estão ligados a cadeias internacionais de fornecimento de produtos.

O relatório destaca que os países do G20 atualmente importam 468 mil milhões de dólares (434 mil milhões de euros) de bens que podem ter sido produzidos com trabalho forçado, um valor acima dos 354 mil milhões (328 mil milhões) assinalados pelo relatório anterior.

Os produtos eletrónicos continuam a ser os de maior risco, seguidos por roupas, óleo de palma e painéis solares.

"A escravidão moderna permeia todos os aspetos da nossa sociedade. Está presente nas nossas roupas, nos nossos aparelhos eletrónicos e tempera a nossa comida", disse a diretora da associação Walk Free, Grace Forrest.

"Fundamentalmente, a escravidão moderna é uma manifestação de extrema desigualdade. "É um espelho erguido ao poder, que reflete quem, numa dada sociedade, tem e quem não tem este poder", sublinhou Grace Forrest.


ENCONTRO DE COORDENADOR NACIONAL DE MADEM G15 BRAIMA CAMARA E SAMUEL ETO'O NO HOTEL CEIBA






VIDEO by: Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15
Fotos: G15-COMUNICAÇÃO-JUADEM

Japão entrega 100 veículos militares a Kyiv

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POR LUSA  24/05/23 

O Governo do Japão anunciou hoje a entrega de uma centena de veículos militares à Ucrânia, na sequência de um acordo alcançado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Numa cerimónia organizada pelo Ministério da Defesa nipónico, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, confirmou a entrega dos veículos, especificando que são carrinhas com capacidade para uma dúzia de pessoas e máquinas.

A entrega surge na sequência de um acordo alcançado no domingo passado por Zelensky e Kishida, paralelamente à cimeira do G7 (grupo das sete democracias mais desenvolvidas), que decorreu em Hiroshima, no Japão, tal como foi noticiado pela televisão NHK.

Kishida prometeu então aumentar a ajuda à Ucrânia em plena invasão russa.

Hoje, Kishida afirmou que o Governo decidiu prestar assistência adicional à Ucrânia, tanto a nível financeiro como em domínios como a energia, exploração mineira e agricultura, reportou o jornal The Japan Times.

O governante indicou que Tóquio planeia fornecer 470 milhões de dólares (436 milhões de euros) no âmbito do acordo alcançado pelas partes, além de 30 milhões de dólares (27,8 milhões de euros) para a compra de material não letal através de fundos da NATO.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


GUINÉ-BISSAU: A organização Midjers di Guiné, No Lanta considerou que a participação das mulheres guineenses na política, quer como candidatas, quer como governantes, ainda está muito aquém do determinado pela lei, apesar de representarem a maior parte da população.

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POR LUSA   24/05/23 

 Guiné-Bissau. Mulheres representam a maior parte dos eleitores

A organização Midjers di Guiné, No Lanta considerou que a participação das mulheres guineenses na política, quer como candidatas, quer como governantes, ainda está muito aquém do determinado pela lei, apesar de representarem a maior parte da população.

O parlamento da Guiné-Bissau aprovou no início de agosto de 2018 uma lei que fixa uma quota mínima de 36% de mulheres, que representam mais de metade da população, nas listas de candidaturas para cargos eletivos.

O recenseamento eleitoral, realizado este ano, indica que no total foram recenseados 893.618 eleitores, dos quais 459.609 são mulheres.

Apesar da lei e dos números, nas listas dos candidatos a deputados para as legislativas de 04 de junho, a presença de mulheres em lugares elegíveis é fraca, principalmente nas maiores forças políticas do país, e apenas uma mulher lidera um dos 20 partidos e duas coligações que vão disputar as eleições.

"Este é um processo, uma luta, que não é fácil, e não se pode esperar também que seja linear. Há avanços, recuos, até que possamos consolidar alguma coisa, porque se trata de um processo, não só de mudança de mentalidades, mas também de jogos de interesses", afirmou Isabel Almeida, da organização não-governamental Midjers di Guiné, No Lanta (Mulheres da Guiné, Levantemo-nos).

Segundo a responsável, é preciso perceber que para que as "mulheres possam passar a preencher determinados lugares, é preciso que a mesma quantidade de homens saia".

"Não é fácil nas formações políticas gerir esta questão", disse, salientando a importância do parlamento na monitorização da implementação da lei, bem como de outras instituições ligadas ao processo eleitoral, incluindo o Supremo Tribunal de Justiça.

Isabel Almeida explicou que as redes e as plataformas de mulheres tinham uma agenda estabelecida com a Assembleia Nacional Popular para trabalharem com "vista exatamente a preparar as condições" para que houvesse mais mulheres nas próximas legislativas, "mas não foi possível".

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, alegando uma grave crise política, decidiu dissolver o parlamento em maio de 2022.

Num mundo onde regra geral o peso demográfico das mulheres é maior, Isabel Almeida defendeu que todas as instâncias de decisão precisam de refletir essa "representatividade demográfica, assim como os interesses e ambições dessa camada".

"É bom que tenhamos esse equilíbrio e essa proporcionalidade para estarmos seguros de que os interesses de todos os grupos sociais são tidos em conta e que esses grupos têm voz e participação nas decisões", afirmou.

Questionada sobre o que condiciona as mulheres da Guiné-Bissau, Isabel Almeida explicou que são estas que assumem a "responsabilidade da sobrevivência das famílias, da resolução das questões essenciais, saúde e educação, da guarda das crianças e isso, só por si, é uma sobrecarga muito grande".

Principalmente quando se trata de um dos países mais pobres do mundo, onde a resposta dos setores como a educação e a saúde e até da própria segurança social são ineficazes, onde a luz elétrica e a água canalizada não chegam a todo o país, referiu.

"Estamos a falar de um país em que 80% da população não está vinculada à economia formal e são as mulheres que estão mais representadas na economia informal e acabam por não ter disponibilidade, fisicamente falando, além de toda a sobrecarga psicológica. Atinge-se um ponto de desgaste que não favorece essa atenção para outras questões, incluindo as questões políticas", explicou Isabel Almeida.

Questionada sobre se a educação é fundamental também para aumentar a participação política das mulheres, Isabel Almeida disse que "não só a escolarização, mas como a educação cívica, o empoderamento económico, são tudo fatores que vão proporcionar outra visão, mudança de mentalidade e de condições objetivas para que progressivamente as mulheres ocupem esses espaços de direito.

Com a adoção da lei da paridade em 2018, a Guiné-Bissau passou a fazer parte de um grupo de países que adotou medidas para aumentar a participação das mulheres na política e em outras esferas de decisão.

Dados da Organização das Nações Unidas indicam que os países que adotaram leis de quotas passaram a ter uma média de 25% de representação de mulheres.


OUSMANE SONKO: Procurador pede dez anos de prisão para opositor no Senegal por violação

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POR LUSA   24/05/23 

Um procurador do tribunal de Dacar pediu hoje dez anos de prisão por violação para a figura da oposição senegalesa Ousmane Sonko, que acusa o julgamento de ser manipulado por questões políticas.

A decisão deverá ser conhecida a 01 de junho, disse o presidente do tribunal criminal.

A queixosa, Adji Sarr, manteve na véspera a acusação de violação, afirmando ter sido abusada cinco vezes por Sonko no salão de beleza onde trabalhava, na capital do país, Dacar.

O procurador pediu ainda cinco anos de prisão por "corrupção de jovens".

Sarr, com pouco mais de 20 anos, denunciou ainda ameaças de morte que disse ter recebido, numa outra acusação contra o presidente do partido Pastef - Os Patriotas, terceiro candidato mais votado nas eleições presidenciais de 2019.

Em relação a esta acusação, o Ministério Público pediu um ano de prisão. Foi ainda reclamado a Sonko e a Ndèye Khady Ndiaye, proprietária do salão de beleza, o pagamento de 1,5 mil milhões de francos CFA (2,3 milhões de euros).

Sonko, de 48 anos, admitiu ter ido receber uma massagem para aliviar uma dor crónica nas costas, mas sempre negou as acusações nos casos de alegada violação e difamação e afirmou que o Governo está a conspirar para o manter fora das eleições presidenciais de 2024.

Temendo pela sua segurança, o político anunciou que deixaria de responder às convocatórias do tribunal sem uma garantia do Estado para a sua integridade física. O Estado não deu qualquer sinal de ter cedido a esta exigência.

Presume-se que Sonko se encontre em Ziguinchor, a cidade de que é presidente da câmara e para onde se retirou há vários dias, a centenas de quilómetros de Dacar.

Os apoiantes mantêm uma guarda apertada à volta da casa para evitar qualquer tentativa de deter Sonko e de o obrigar a comparecer em tribunal.


SERGIY KYSLYTSYA: Russos só reconhecerão atrocidades após invasão, diz embaixador ucraniano

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POR LUSA    24/05/23 

O embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, disse à Lusa que os russos perceberão apenas no final da invasão da Ucrânia as atrocidades cometidas no país-vizinho, uma "catarse" semelhante à dos alemães após o domínio nazi.

Tendo em conta a falta de liberdade de imprensa na Rússia e a disseminação de propaganda do Kremlin em alguns meios de comunicação, Kyslytsya acredita que será preciso tempo para que a população russa se aperceba da gravidade e dimensão dos ataques à Ucrânia, tal como aconteceu na Alemanha nazi.

"Não posso falar em nome da população russa, até porque há muitos anos que não vou à Rússia. Mas acho que há um paralelo muito claro entre o comportamento da população russa e o comportamento da população alemã durante o domínio nazi", disse o embaixador.

À margem da conferência anual de jornalistas ucranianos na América do Norte, focada no "jornalismo e desinformação em tempos de guerra", Kyslytsya disse à Lusa que os russos terão de ser levados aos locais onde ucranianos foram torturados para verem com os seus próprios olhos as atrocidades que lá foram cometidas.

"Até a Alemanha ter sido derrotada militarmente e os alemães levados para ver os campos de concentração [de judeus], muitos deles sinceramente não acreditavam... ou fingiam não acreditar. Por isso, acho que quando a guerra acabar, quando uma comissão for criada e quando tivermos a possibilidade de levar os russos às câmaras de tortura nos territórios anteriormente ocupados da Ucrânia, como Mariupol, Bucha... isso será parte da catarse para a nação russa", avaliou Kyslytsya.

Para o representante ucraniano, a propaganda russa vai além do seu próprio território e tem sido difundida em palcos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o seu Conselho de Segurança - onde Moscovo tem um assento permanente e direito de veto.

Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, vários países ocidentais têm acusado a Rússia de abusar do seu assento no Conselho de Segurança, ao qual acusam Moscovo de recorrer para disseminar desinformação e propaganda, assim como para tentar desviar as atenções dos ataques que comete contra a Ucrânia.

De acordo com o diplomata, as táticas russas têm-se tornado "mais loucas e até mais obscenas", com o tempo.

Contudo, não acredita que as narrativas apresentadas por Moscovo tenham um impacto crescente na perceção dos outros Estados-membros do Conselho de Segurança ou da própria Assembleia Geral sobre a invasão.

Prova disso, segundo Kyslytsya, é a postura dos mais variados atores regionais que procuram formas de acabar com a guerra.

Em abril passado, a Rússia deteve a presidência mensal rotativa do Conselho de Segurança da ONU, posição que foi amplamente contestada por Kyslytsya, mas sem sucesso.

À Lusa, o embaixador afirmou que "ter criminosos de guerra a presidir o Conselho de Segurança é como ter um pedófilo responsável por um jardim de infância".

Embora reconhecendo que impedir a Rússia de presidir ao órgão máximo da ONU seria um movimento inédito e "mais complicado do que possa parecer", o diplomata argumentou que o histórico de ações de Moscovo é incompatível não apenas com a presidência, como também com a sua permanência no Conselho.

"Se a Rússia continuar a ser a Rússia depois desta guerra, acho que isso deveria fazer parte de uma discussão mais ampla sobre qual o papel da Federação Russa na arquitetura do pós-guerra, inclusive a nível global... mas também se o assento permanente da Rússia [no Conselho de Segurança] deveria ser transferido para outros países", apontou o representante de Kiev.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais, uma ofensiva que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).