segunda-feira, 10 de abril de 2023

TENSÃO CHINA/TAIWAN: Eis o armamento chinês mobilizado para manobras próximo de Taiwan

© Getty Images

POR LUSA   10/04/23 

A China, que desde sábado está a realizar manobras militares em torno de Taiwan, está a suar equipamentos militares com o objetivo de intimidar a ilha, um território que reivindica para si, noticiou hoje a imprensa internacional.

De acordo com a agência de notícias AFP, a operação, que deverá ser concluída hoje com exercícios com munição real, foi lançada em resposta a uma reunião na semana passada entre o Presidente taiwanês, Tsai Ing-wen, e um alto responsável dos Estados Unidos.

Eis o arsenal militar utilizado nestas manobras militares:

*** Navios de guerra ***

O exército chinês confirmou hoje que mobilizou o porta-aviões Shandong como parte desta operação, chamada "Joint Sword".

O Shandong é um dos dois porta-aviões da China, o único totalmente construído no país e entrou em serviço em dezembro de 2019.

De acordo com declarações realizada hoje por militares, esta é a primeira vez que o Shandong participa em manobras militares, que incluem o cerco de Taiwan.

A China também enviou contratorpedeiros e fragatas para Taiwan. O Ministério da Defesa taiwanês declarou hoje que detetou 11 navios chineses ao redor da ilha.

O arsenal chinês inclui contratorpedeiros 052C e fragatas 054A.

O modelo 054A é destinado ao combate antiaéreo e está equipado com mísseis terra-ar de médio alcance HQ-16, capazes de atingir alvos aéreos a 50 quilómetros de distância, de acordo com a Naval Technology, uma revista especializada em defesa.

Horas antes da reunião realizada na quarta-feira, na Califórnia, entre Tsai e o líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, a China já havia deslocado o seu porta-aviões Shandong para águas a sudeste de Taiwan, rumo ao Pacífico Ocidental.

*** Aeronaves ***

Pequim utilizou dezenas aeronaves no espaço aéreo em torno de Taiwan, incluindo caças J-16 e J-10C.

Os jatos J-16, modelos de última geração projetados pela Shenyang Aircraft Corporation, são capazes de transportar mísseis de combate de curto alcance, bem como mísseis ar-ar de longo alcance, de acordo com o jornal Global Times.

As aeronaves foram usadas no passado em incursões chinesas na Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan (ADIZ). Os jatos J-16 são os caças preferidos de Pequim para testar a defesa antiaérea da ilha, segundo os especialistas.

A operação lançada no sábado também inclui aviões de alerta e vigilância KJ-500, que têm cobertura de radar de 360 graus, de acordo com a empresa Janes.

Os meios de comunicação estatais chineses também noticiaram o deslocamento de aeronaves Y-8, que permite a deteção de submarinos, modelo já utilizado em patrulhas no Mar da China Oriental.

*** Mísseis ***

O exército chinês também utilizou nesta operação mísseis YJ-12B em exercícios a bordo de navios e em fogo simulado contra Taiwan.

Há poucas informações disponíveis sobre esse modelo, uma versão terrestre do míssil supersónico YJ-12, que tem alcance de 460 quilómetros e pode transportar ogivas nucleares e convencionais, segundo a Missile Defense Advocacy Alliance, um organismo sediado nos Estados Unidos.

Os mísseis balísticos DF-11 e DF-15, convencionais e de curto alcance, também foram mobilizados para estes exercícios.

Ambos os modelos estão em uso há décadas, com o mais novo DF-15 capaz de "atingir Taiwan, a Península Coreana e o norte da Índia a partir da China continental", de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington.

As forças armadas chinesas "simularam tiros de precisão conjuntos" sobre Taiwan no fim de semana, de acordo com a emissora estatal CCTV.


Leia Também: Taiwan condena manobras militares da China

Dalai Lama pediu a menino para lhe "chupar a língua". Líder já reagiu

© Reprodução / Twitter

Notícias ao Minuto   10/04/23 

Perante esta interação, classificada pelos internautas como "perturbadora", "inapropriada" e "nojenta", o gabinete do líder espiritual assegurou que o seu comportamento foi "inocente e brincalhão".

O chefe de Estado e líder espiritual do Tibete, Dalai Lama, pediu desculpa, esta segunda-feira, após um vídeo em que beija uma criança e pede que lhe chupe a língua ter ‘corrido’ as redes sociais.

O incidente terá ocorrido no final de fevereiro, no templo de Sua Santidade, em Dharamshala, na Índia, perante uma audiência de cerca de 100 estudantes que teriam terminado os estudos na M3M Foundation, relata o The Guardian.

Nas imagens, que 'incendiaram' as redes sociais, e que poderá assistir na galeria acima, Dalai Lama é interpelado por um menino, que lhe pergunta se o pode abraçar. O monge budista, de 87 anos, começa por gesticular para a bochecha. Depois, beija-o na boca, e diz-lhe que pode “chupar-lhe a língua”, colocando-a de fora, testa com testa com a criança. O menino replica o gesto, antes de se afastar, ao mesmo tempo que Dalai Lama o puxa para outro abraço, entre risos.

Perante esta interação, classificada pelos internautas como “perturbadora”, “inapropriada” e “nojenta”, o gabinete do líder espiritual assegurou que o seu comportamento foi “inocente e brincalhão”, pedindo desculpa ao menino e à sua família “pela dor que as suas palavras possam ter causado”.

“Sua santidade costuma provocar as pessoas que conhece de maneira inocente e divertida, mesmo em público e diante das câmaras. Ele lamenta o incidente”, lê-se, em comunicado emitido nas redes sociais.

Ainda assim, muitos questionaram o porquê de o comunicado não mencionar o pedido inusitado, reiterando que o comportamento de Dalai Lama foi “doentio” e “predatório”.

Foi, entretanto, criada uma petição intitulada ‘Salvem as crianças de Dalai Lama – vamos parar o abuso infantil’, na plataforma Change, que, à data deste artigo, conta com 433 assinaturas de um objetivo de 500.

De notar que mostrar a língua é uma saudação tradicional na cultura do Tibete, encarada como sinal de respeito.


China adverte que independência de Taiwan e paz são incompatíveis

© Reuters

POR LUSA   10/04/23 

O governo chinês afirmou hoje que a "independência de Taiwan e a paz e estabilidade" no Estreito da Formosa são incompatíveis, numa altura em que o exército chinês prossegue com manobras militares em torno da ilha.

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, disse que a questão de Taiwan é "um assunto puramente interno da China" e que a "maior ameaça à paz em Taiwan" são "atividades separatistas e o conluio com forças estrangeiras".

O porta-voz espera que a comunidade internacional "entenda a essência da questão de Taiwan", "respeite firmemente o princípio 'Uma só China'" e "se oponha a qualquer tipo de atividade separatista" na ilha.

Wang reiterou o que exército chinês disse no último sábado: "As manobras são um sério aviso para as forças separatistas taiwanesas e são necessárias para proteger a soberania nacional e a integridade territorial".

O exército chinês enviou dezenas de caças e navios de guerra para próximo de Taiwan, nos últimos dias, após o encontro entre a líder da ilha, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, na Califórnia.

A China disse ainda que mobilizou caças com "munição real" e o porta-aviões Shandong para executarem "ataques simulados" em alvos importantes de Taiwan.

O ministério da Defesa de Taiwan condenou as manobras da China, descrevendo-as como "um ato irracional que põe em risco a segurança e a estabilidade regional".

No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.


Leia Também: Manila garante que EUA não vão usar bases militares para atacar a China

INDONÉSIA: Brasileira de 19 anos pode ser executada em Bali por ter cocaína na mala... Jovem alega que foi enganada por um gangue, após ter sido apanhada com três quilos de droga na mala.

© Policia de Bali

Notícias ao Minuto   10/04/23 

Uma jovem brasileira pode ser condenada à pena de morte por esquadrão de fuzilamento, depois de ter sido apanhada em janeiro com cocaína na mala e de ser acusada de tráfico de estupefacientes pelas autoridades da Indonésia.

Manuela Farias, de 19 anos, partiu de Florianópolis e passou pelos aeroportos no Brasil e no Qatar sem qualquer interação com polícia, antes de, a 31 de janeiro, ser detida na chegada a Bali.

A Indonésia tem leis extremamente duras contra o tráfico de droga, punindo com pena de morte ou prisão perpétua indivíduos que sejam apanhados com estupefacientes, seja qual for a quantidade detetada. Neste caso, a acusação já pediu a pena de morte para a jovem.

A defesa de Manuela Farias diz que a mulher está a ser usada como "bode expiatório", com o seu advogado a contar ao site g1 que um gangue ajudou-a na viagem com a promessa que esta poderia rezar pela mãe num templo budista.

A mãe, acrescenta o advogado, está internada após ter sofrido um acidente vascular cerebral.

O gangue também terá prometido à jovem, cujo emprego é vender lingerie e perfumes, que esta teria aulas de surf quando chegasse a Bali, o famoso destino turístico na Indonésia.

As autoridades diplomáticas brasileiras na Indonésia garantiram que estão a acompanhar o caso enquanto falam com a justiça local. "O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local", disse o governo ao g1.

Entretanto, a família de Manuela Farias criou uma página de angariação de fundos, para que a jovem consiga recorrer a uma equipa de defesa mais forte e experiente.

Defesa aérea da Ucrânia pode esgotar-se em maio, segundo documentos secretos do Pentágono

 SIC Notícias  10/04/23 

Os Estados Unidos da América estão a avaliar os riscos para a segurança do país, na sequência da divulgação de documentos secretos na internet.

A Ucrânia pode ficar sem stock de munições para defesa aérea, em maio, segundo a informação divulgada num dos documentos secretos do Pentágono expostos na internet.

O documento, que é de fevereiro, diz que os mísseis S-300 constituem 89% do arsenal de defesa aéreo da Ucrânia e corre o risco de esgotar-se já no próximo mês.

A autenticidade destas informações está ainda por confirmar-se uma vez que vários documentos expostos na internet foram adulterados.

A Ucrânia acusa a Rússia de estar por trás desta fuga de informação.

EUA estão a avaliar riscos de fuga de documentos secretos

Os Estados Unidos estão a avaliar os riscos para a segurança do país, na sequência da divulgação de documentos secretos, incluindo relacionados com a invasão russa da Ucrânia, disse, no domingo, o Pentágono.

Os documentos, divulgados na semana passada por meios de comunicação social como o jornal New York Times, incluem avaliações e relatórios das agências de informações norte-americanas relacionados com a guerra na Ucrânia, mas também com os aliados dos EUA.

"A cooperação interagências foi iniciada para avaliar o impacto [que a fuga] destes documentos poderá ter na segurança do país e dos nossos aliados e parceiros", disse uma porta-voz do Pentágono Sabrina Singh.

Divulgados em redes sociais, os documentos podem mostrar-se valiosos para Moscovo, ao permitirem saber até que ponto os serviços secretos norte-americanos penetraram em partes do aparelho militar russo, de acordo com meios de comunicação social norte-americanos.

O Departamento de Justiça dos EUA, que abriu uma investigação no sábado, está a tentar identificar a fonte da fuga e ainda a examinar a validade dos documentos divulgados.

Por seu lado, o jornal Washington Post citou responsáveis para avançar que alguns documentos aparentam ter sido falsificados. Mas a maioria deles corresponde a relatórios da CIA (serviços secretos), presentes na Casa Branca, no Pentágono e no Departamento de Estado, disse a mesma fonte.


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Coreia do Norte não responde à vizinha do Sul há quatro dias. Porquê?

Soldados sul-coreanos vigiam Coreia do Norte na fronteira (Ahn Young-joon/AP)

Por cnnportugal.iol.pt   10/04/23

Comunicações são diárias há vários anos, mas decisão "unilateral" terá interrompido os canais. Exercícios com envolvimento dos Estados Unidos ou um relatório inédito podem ser a causa da interrupção

Já são quatro os dias de total isolamento da Coreia do Norte, que continua sem responder às chamadas de rotina da Coreia do Sul. O governo de Seul afirma que Pyongyang não responde às tentativas de comunicação habitualmente feitas por um canal criado para o efeito.

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul afirma que esta decisão “unilateral” cortou todas as linhas de comunicação desde quinta-feira, suspendendo uma tradição que pressupõe chamadas diárias entre os dois países às 09:00 e às 17:00, incluindo aos fins de semana.

“Enquanto monitoriza a situação, o governo está a analisar como responder [à decisão da Coreia do Norte]. Não vamos demorar muito a tomar uma posição oficial”, afirmou o porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul, Koo Byoung-sam, citado pela agência de notícias Yonhap, acrescentando que esta é a primeira vez que todos os canais de comunicação são cortados desde outubro de 2021.

Um relatório inédito

As autoridades sul-coreanas continuam sem perceber as razões para a falta de resposta por parte de Pyongyang, mas acredita-se que será uma forma de protesto contra os exercícios militares que têm sido conduzidos pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos. Outra hipótese é o silêncio norte-coreano ser uma resposta ao apoio sul-coreano a uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que condenou as violações de Direitos Humanos na vizinha do Norte.

Depois de cinco anos a ficar à margem desta condenação, Seul voltou a assinar um documento que é renovado anualmente desde 2003, com críticas a Pyongyang.

Em paralelo, o próprio Ministério da Unificação da Coreia do Sul publicou um relatório com 450 páginas em que critica a postura do país nos cinco anos anteriores. O regresso a uma lei de 2016 que previa a publicação de um documento deste género todos os anos, mas que o então primeiro-ministro sul-coreano, Moon Jae-in, decidiu nunca tornar público, alegando a proteção de testemunhos vindos do outro lado da fronteira.

"O objetivo desta lei é contribuir para a proteção e a melhoria dos Direitos Humanos dos norte-coreanos através da procura pelo direito à liberdade e o direito à vida como dito na Declaração Universal dos Direitos Humanos e outras convenções de Direitos Humanos", pode ler-se no primeiro artigo da referida lei.

Esse mesmo documento refere que a Coreia do Norte nega direitos básicos como as liberdades de expressão, reunião ou movimento, entre outros. É sublinhado ainda que Pyongyang desrespeita o valor da vida humana ao conduzir execuções públicas de menores e de adultos, além de utilizar pessoas para testes médicos.

No início do relatório, a própria Coreia do Sul reforça que esta publicação "é significativa porque é o primeiro relatório publicado de acordo com o Ato de Direitos Humanos dos Norte-coreanos", naquilo que o governo de Seul garante ser uma "demonstração da determinação para fazer esforços e melhorar substancialmente os Direitos Humanos dos norte-coreanos".

Já a ONU, num documento que também visa o Irão, a Bielorrússia e a Síria, afirma que "adotou uma resolução que decidiu continuar a fortalecer, por um período de dois anos, a capacidade do Alto-comissariado para permitir a implementação de recomendações relevantes na sequência do relatório".

A hipótese militar

A outra hipótese, de uma resposta militar, ganha força por causa dos exercícios realizados pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos nas águas de Jeju, e que levaram a Coreia do Norte a avisar Washington e o seu "Estado-fantoche" de que o perigo aumentava, afirmando mesmo que o arsenal nuclear estava pronto para ser utilizado e deter "movimentos de guerra maníacos e imprudentes".

As manobras, que incluíram operações anti-submarino e de busca e salvamento com um porta-aviões norte-americano, decorreram ao largo da costa sudoeste da Coreia do Sul.

Além do porta-aviões nuclear USS Nimitz, participaram nos exercícios dois contratorpedeiros norte-americanos (USS Wayne E. Meyer e USS Decatur), três sul-coreanos (ROKS Yulgok YiYi, ROKS Choe Yeong e ROKS Daejoyeong) e um japonês (JS Umigiri).

Os exercícios "foram organizados para melhorar as capacidades de resposta da República da Coreia [nome oficial do Sul], dos EUA e do Japão contra as ameaças submarinas cada vez mais avançadas da Coreia do Norte, incluindo mísseis balísticos submarinos [SLBM]", de acordo com uma declaração do ministério sul-coreano da Defesa.

Estas manobras surgiram pouco depois de Pyongyang ter anunciado dois testes de um drone submarino nuclear que pode alegadamente gerar tsunamis radioativos para atingir frotas e portos.

Estabelecidos para tentar evitar um escalar da situação na península coreana, os canais de comunicação foram interrompidos pela Coreia do Norte entre 2020 e 2021, depois de ativistas sul-coreanos terem enviado, através de balões, folhetos críticos do presidente norte-coreano, Kim Jong-un.

TAIWAN: Navio de guerra dos EUA em operação no mar da China. "Intrusão"

© Lusa

POR LUSA   10/04/23 

A Marinha norte-americana anunciou hoje que um dos seus navios está a realizar uma operação no mar do Sul da China, com Pequim, em manobras militares em torno de Taiwan, a denunciar "a intrusão" do contratorpedeiro.

"Esta operação de liberdade de navegação respeitou os direitos, liberdades e usos legais do mar", disse a Marinha dos Estados Unidos, numa declaração, acrescentando que o USS Milius tinha passado perto das ilhas Spratly.

O navio passou a menos de 12 milhas náuticas (22 quilómetros) do recife Mischief, reivindicado pela China e outros países da região, acrescentou a Marinha dos Estados Unidos.

"O contratorpedeiro lança-mísseis USS Milius entrou ilegalmente nas águas adjacentes ao recife Meiji [nome oficial chinês para o recife Mischief] nas ilhas Nansha [nome chinês das Spratly] da China, sem a autorização do Governo chinês", declarou o porta-voz do Comando do Teatro de Operações Sul do exército chinês Tian Junli.

A força aérea chinesa "seguiu e vigiou o navio de guerra", acrescentou em comunicado.

A passagem deste navio de guerra norte-americano numa zona contestada ocorreu quando a China realiza pelo terceiro dia consecutivo exercícios militares em redor de Taiwan, em protesto contra uma visita aos EUA da líder da ilha, Tsai Ing-wen.

A China disse hoje que mobilizou caças com "munição real" e o porta-aviões Shandong para executarem "ataques simulados" a alvos em Taiwan, após ter cercado o território com dezenas de aviões e navios de guerra.

"Vários grupos de caças H-6K com munição real realizaram vários ataques simulados em alvos importantes na ilha de Taiwan", informou o Comando do Teatro de Operações Oriental do Exército de Libertação Popular, especificando que o Shandong também "participou nos exercícios".

Pequim reivindica praticamente todo o mar do Sul da China, via comercial estratégica e rica em recursos energéticos e pesqueiros, mas Taiwan, Filipinas, Brunei, Malásia e Vietname também têm reivindicações.


Leia Também: A China disse esta segunda-feira que mobilizou caças com “munição real” e o porta-aviões Shandong para executarem “ataques simulados” a alvos em Taiwan, após ter cercado o território com dezenas de aviões e navios de guerra.


Leia Também: China mobiliza caças com munição real para "ataque simulado" a Taiwan

China mobiliza caças com munição real para "ataque simulado" a Taiwan

© Getty Images

POR LUSA    10/04/23 

A China disse hoje que mobilizou caças com "munição real" e o porta-aviões Shandong para executarem "ataques simulados" a alvos em Taiwan, após ter cercado o território com dezenas de aviões e navios de guerra.

"Vários grupos de caças H-6K com munição real realizaram vários ataques simulados em alvos importantes na ilha de Taiwan", informou o Comando do Teatro de Operações Oriental do Exército de Libertação Popular, especificando que o Shandong também "participou nos exercícios".

O exército chinês enviou dezenas de caças e 11 navios de guerra para próximo de Taiwan, na sequência do encontro entre a líder da ilha, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano, Kevin McCarthy, informou esta manhã o Ministério da Defesa de Taiwan.

Os militares chineses anunciaram anteriormente "patrulhas de prontidão de combate" para um período de três dias, num aviso a Taiwan. A decisão de enviar aviões e navios de guerra para próximo do território surgiu após o encontro entre Tsai e McCarthy, na Califórnia.

Este fim de semana, Tsai reuniu com uma delegação do Congresso dos EUA, depois de voltar a Taipé.

A China respondeu ao encontro entre Tsai e McCarthy com o aumento da atividade militar e a proibição de viagens e sanções contra entidades e pessoas associados à viagem de Tsai aos EUA.

Entre domingo e segunda-feira, 70 aviões cruzaram a linha mediana do estreito de Taiwan, uma fronteira não oficial que já foi tacitamente respeitada por ambos os lados, de acordo com o comunicado do Ministério da Defesa de Taiwan. Entre os aviões que cruzaram o espaço aéreo constam oito caças J-16, quatro caças J-1, oito caças Su-30 e aviões de reconhecimento.

Isto ocorreu depois de, entre sexta-feira e sábado, oito navios de guerra e 71 aviões chineses terem sido detetados perto de Taiwan, de acordo com o Ministério de Defesa da ilha.

O Ministério disse, em comunicado, que está a abordar a situação de uma perspetiva de "não escalar conflitos e não causar disputas".

Taiwan disse estar a monitorizar os movimentos chineses através dos sistemas de mísseis em terra e navios da Marinha.

Além das patrulhas de prontidão de combate, o Exército de Libertação Popular da China vai realizar exercícios com fogo real na baía de Luoyuan, na província de Fujian, que fica no leste da China e defronte a Taiwan, anunciou a Autoridade Marítima local no fim de semana.

Nos últimos anos, as incursões de jatos da Força Aérea chinesa no espaço aéreo de Taiwan intensificaram-se e, após a ex-presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA Nancy Pelosi ter visitado a ilha, em agosto passado, Pequim lançou exercícios militares numa escala sem precedentes, incluindo lançamento de mísseis e uso de fogo real.

A visita de Pelosi foi a de mais alto nível realizada pelos EUA em 25 anos.

No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.


Polícia israelita admite uso de demasiada força contra fiéis em Al-Aqsa

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POR LUSA   10/04/23 

O comandante da polícia israelita, Kobi Shabtai, reconheceu no domingo que os agentes utilizaram "demasiada força" para desalojar os fiéis barricados na mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém oriental, em pleno mês sagrado do Ramadão.

Os polícias empregaram violência na noite de terça para quarta-feira numa operação contra "desordeiros", mas as imagens mostraram-nos a bater em fiéis pacificamente sentados nas imediações da mesquita, o terceiro lugar mais sagrado da religião muçulmana.

As imagens deram a volta ao globo, desencadeando a condenação de muitos países do mundo árabe e islâmico, e os grupos armados serviram-se deste incidente para incitar à perpetração de ataques contra Israel.

Shabtai defendeu no domingo à noite, numa entrevista à televisão pública israelita Kan, a decisão de entrar na mesquita e sublinhou que havia cerca de 400 desordeiros entrincheirados com armas dentro do templo.

"A maioria das pessoas foi rezar e tem liberdade de culto, mas infelizmente um punhado de jovens conseguiu incendiar a zona, e respondemos em conformidade", argumentou, precisando ainda que aqueles que se encontravam no interior da mesquita tinham pirotecnia e pedras.

No entanto, reconheceu que os agentes utilizaram "demasiada força": "Estou satisfeito com as imagens? Não. Estamos a investigar o incidente. Vamos aprender com ele. Vamos entender o que aconteceu, porque afinal toda a gente viu um breve momento de um panorama mais abrangente, em que um enorme, enorme número de agentes entrou e atuou com respeito", sustentou Shabtai.

Outro alto responsável israelita constatou, em declarações ao Canal 12 a coberto do anonimato, o "enorme dano" que causaram a Israel essas imagens de polícias israelitas a bater em fiéis muçulmanos, mas argumentou que "não havia outra opção" além de entrarem na mesquita. Pediu, contudo, que se reveja o que aconteceu, uma vez que os polícias tinham sido advertidos para agirem com moderação.

O Crescente Vermelho palestiniano indicou ter tratado pelo menos 37 feridos e houve cerca de 350 detenções.

Os confrontos no interior da mesquita ocorreram quando os muçulmanos iam a meio do Ramadão e os judeus celebravam a Páscoa, num clima particularmente tenso entre israelitas e palestinianos desde o início do ano.

Em Jerusalém, a calma regressou à Esplanada das Mesquitas, onde se situa a de Al-Aqsa, e em cujas imediações se manteve um forte dispositivo de segurança da polícia israelita, a controlar as entradas.

Terceiro lugar santo do Islão, a Esplanada é igualmente o lugar mais sagrado para os judeus, que lhe chamam Monte do Templo, e situa-se em Jerusalém oriental, setor palestiniano da Cisjordânia ocupado por Israel em 1967 e anexado em 1981.


domingo, 9 de abril de 2023

"Sério aviso". China simula bombardeamentos contra Taiwan

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POR LUSA   09/04/23 

A China simulou hoje bombardeamentos contra Taiwan, no segundo dia do exercício "Cerco Total" programado para segunda-feira e apresentado como um "sério aviso" à ilha, após uma reunião da sua Presidente com um alto funcionário dos EUA.

A operação, denominada 'Joint Sword', foi denunciada por Taiwan e os Estados Unidos pediram "contenção" a Pequim, garantindo que mantiveram os seus canais de comunicação com a China "abertos".

Numa entrevista realizada antes das manobras e publicada no domingo, o Presidente francês Emmanuel Macron sublinhou a necessidade de não "entrar numa lógica bloco a bloco".

A Europa não deve "ser seguidora" dos Estados Unidos ou da China em Taiwan, disse Macron ao diário económico francês Les Echos.

As manobras chinesas foram lançadas após uma reunião, na quarta-feira, na Califórnia, entre a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.

Elas visam medir a capacidade da China em "assumir o controlo do mar, espaço aéreo e informação (...) a fim de criarem dissuasão e cerco total" de Taiwan, disse a televisão estatal chinesa no sábado.

Hoje, o Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detetado onze navios de guerra chineses e 70 aeronaves ao redor da ilha, uma armada semelhante à registada no sábado.

O ministério disse ainda que estava a responder aos exercícios chineses "de forma calma e composta", acrescentando que os aviões de guerra detetados até às 16:00 horas locais (08:00 GMT) eram aviões de combate e bombardeiros.

O exército chinês anunciou no sábado dois dias de manobras militares de "preparação para o combate" no estreito de Taiwan, na sequência da passagem da líder da ilha pelos Estados Unidos, afirmando ainda que na segunda-feira realizará exercícios com fogo real.

Em resposta a este anúncio, a líder da ilha, Tsai Ing-wen, afirmou que Taiwan está a enfrentar o "expansionismo autoritário" da China.

Entretanto, os Estados Unidos advertiram que qualquer ação unilateral da China sobre Taiwan representaria um perigo para a estabilidade global e instaram a China a mostrar "moderação" nos exercícios militares.


Leia Também: Taiwan não vai escalar conflito, mas responderá aos exercícios militares da China

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Ex-ministro das Finanças: “MUNDO RESPEITA-NOS HOJE COMO ESTADO, PORQUE ORGANIZAMOS E SUSTENTAMOS AS NOSSAS ELEIÇÕES”

JORNAL ODEMOCRATA   09/04/2023  

O antigo ministro das Finanças da Guiné-Bissau e atualmente Auditor Geral da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), João Alage Mamadu Fadia, afirmou que o mundo respeita hoje a Guiné-Bissau como um Estado, porque está a organizar e a sustentar as suas eleições com as contribuições ou impostos pagos pelos cidadãos guineenses, particularmente o imposto da democracia que, segundo a sua explicação, no período em que dirigia as finanças, o valor recolhido do imposto da democracia era avaliado na ordem de um bilião de francos cfa anualmente.   

“Quando lançámos os novos impostos, nomeadamente o imposto da democracia, as pessoas falaram muito. Hoje o mundo respeita-nos como um Estado, porque estamos a organizar e a sustentar as nossas eleições, o que até é uma imposição constitucional e democrática, organizar as eleições periodicamente, às quais os partidos e indivíduos possam concorrer. Mas não podemos escrever isso na nossa constituição!? Ficarmos à espera que alguém de fora venha dar-nos uma mãozinha, e se não der?”, questionou, lembrando que as pessoas fizeram muito barulho aquando da implementação dos novos impostos, para de seguida afirmar, neste particular, que “hoje o país tem algumas estradas feitas com recursos internos, sinais de desenvolvimento com recursos internos”.

O antigo governante fez essas afirmações na entrevista ao semanário O Democrata para falar do trabalho do Gabinete do Auditor Geral da CEDEAO que dirige em Abuja, capital da Nigéria, bem como do estado das dívidas dos países membros da organização que ultrapassam a barra dos 60 a 80 por cento do Produto Interno Bruto, como também da atual situação económica e financeira da Guiné-Bissau.

“O NOSSO TRABALHO É CERTIFICARMO-NOS SE AS CONTRIBUIÇÕES DOS ESTADOS MEMBROS SÃO BEM GERIDAS”

O Auditor Geral estava em Bissau para participar na reunião do Comité ministerial sobre o programa da moeda única da CEDEAO, reunido no passado dia 17 de março, cujo objetivo era procurar consensos sobre a maioria no quadro do pacto de convergência e estabilidade macroeconómica entre os Estados membros da sub-região para o lançamento da moeda única previsto para o dia 1 de janeiro de 2027. 

Fadia, que fez toda a sua carreira no banco central (BCEAO), foi indicado para ocupar a função do Auditor Geral da Comissão da CEDEAO em julho de 2022, pelo Presidente da República, igualmente presidente em exercício da Conferência de chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló.

O Gabinete de Auditoria Geral foi criado em 2018, como uma instituição especializada da organização, e foi-lhe atribuída a competência para auditar mais de 30 instituições da CEDEAO, por isso reporta ao Conselho de Ministros nas suas sessões periódicas e com o propósito de mostrar como estão a ser utilizados os recursos, que são afetados a todas as agências, centros, programas e projetos da organização.  

João Alage Mamadu Fadia disse que o trabalho do gabinete que dirige é certificar-se se as contribuições dos cidadãos dos países que constituem aquela organização comunitária e os recursos disponibilizados pelos parceiros internacionais estão a ser bem geridos.

“A CEDEAO funciona com base nas contribuições da comunidade, através dos impostos dos cidadãos da comunidade e dos apoios dos seus parceiros. O nosso trabalho é certificarmo-nos se esses recursos que anualmente são distribuídos na base da proposta do orçamento adotado ao mais alto nível são bem geridos. A intenção é assegurar a boa gestão destes recursos”, informou. 

Explicou que o gabinete que dirige tem duas direções, sendo uma a direção da auditoria encarregue da auditoria tradicional, que analisa os recursos dados às agências, centros, departamentos e se funcionam bem ou se são respeitados os controlos internos, a questão de gestão de recursos e como estão a ser implementados, sobretudo para precaver tudo o que são perdas, fraudes, desvios de regulamentos e ver se são respeitadas todas as regras.  

“Temos uma segunda direção que é a direção da auditoria do desempenho de programas, que para mim é hoje o coração do Gabinete da Auditoria, porque essa direção é que vai avaliar se os programas que a CEDEAO implementa ou os recursos disponibilizados para programas específicos estão bem executados ou ver se se atinge os resultados esperados.

A CEDEAO tem programas no setor da agricultura, pecuária, águas, juventude, mulheres, concorrência, controlo da zona marítima, eletricidade, energia solar, entre outros. Esses programas são espelhados em todos os países membros da organização ” assegurou, acrescentando que a CEDEAO é uma organização bem concebida na África, com programas que cobrem tudo o que permite a promoção de uma boa integração e o desenvolvimento dos países membros.

Afirmou que a parte ligada à auditoria do desempenho é crucial para o seu gabinete, lembrando que a CEDEAO leva a cabo uma reforma institucional que visa transformar a organização numa instituição de povos, não de uma associação de estados.

Questionado se o gabinete criado em 2018 conseguiu, apesar dos constrangimentos em virtude da pandemia do coronavírus, auditar alguma agência ou centros da CEDEAO, respondeu que o seu gabinete conseguiu fazer muitas auditorias, tendo recordado que a pandemia acabou em 2021 e que “na medida do possível, fez-se alguns controlos a distância”.

Acrescentou que o sistema operacional está informatizado, o que permitiu ao gabinete fazer o seu trabalho.

Informou que, com o fim das restrições impostas na vigência da pandemia e a partir de 1 de março, depois das planificações, foi colocada toda a equipa no terreno para correr atrás das comissões para auditar os vários departamentos da organização, de forma a colocar à disposição das autoridades informações úteis que permitam avaliar o desempenho dos seus departamentos. 

Solicitado a pronunciar-se sobre os desafios do seu trabalho de auditor geral numa organização dominada por anglófonos e francófonos, lembrou que a CEDEAO é uma instituição formada por 15 países e que tem como língua oficial de trabalho, o inglês, o francês e o português.

“Eu falo português quando quero. O grosso do staff com quem trabalho falamos em inglês e francês, mas as missões do trabalho elaboram os seus relatórios que são traduzidos para as três línguas de trabalho da CEDEAO. Graças a Deus, eu já vinha de uma experiência de trabalho numa instituição também da comunidade, embora a sua língua de trabalho seja o francês. Aqui tive que adaptar-me, mas não foi muito difícil”, notou.

Questionado ainda sobre os mecanismos que devem ser adotados, de acordo com a sua experiência, para ultrapassar as divergências registadas no comité ministerial sobre o programa da moeda única, no concernente ao consenso sobre a maioria no quadro do pacto de convergência e estabilidade macroeconómica entre os Estados membros, lembrou que geriu este dossiê enquanto ministro das Finanças e como membro do Conselho de Ministros e do comité de programa sobre a moeda única.

Assegurou que os países estão a ter alguma preocupação ou cuidado para quando aderirem e na eventualidade de perderem o privilégio de gerir a sua própria moeda, o que implica também perder a soberania sobre a gestão da sua moeda, “para que isso não venha a transformar-se num bicho de sete cabeças”.   

“É natural que haja toda essa manifestação de preocupações no início. Em boa verdade foram definidos critérios para a convergência e quem os cumprir entra no programa. O problema aqui é que os países  compreendam, talvez alguns se  sintam mais à vontade por respeitarem os critérios e outros por situações que enfrentam ou por dificuldades económicas não estejam muito à vontade como outros”, disse, lembrando que os oito países da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), organização  da qual a Guiné-Bissau faz parte, já estão habituados a respeitar um certo número de critérios que suscitam uma certa convergência nas políticas mais do que os restantes países que ainda não fazem parte de nenhuma união.

Recordou que estes países queriam criar no passado uma moeda e uma zona monetária que inclusive deram o nome “ZEMOA”, mas que infelizmente não conseguiram avançar e que cada país gere a sua moeda, sobretudo a sua política monetária e económica de forma independente. Acrescentou que largar tudo isso e aderir a uma moeda única, muitos países não se sentem à vontade, contudo afiançou que existe uma vontade política.

Na sua opinião, avança que é possível alcançar um resultado positivo com a vontade política que se constata no seio dos países membros.

Interrogado se as divergências registadas em torno da maioria sobre o consenso não ameaça o calendário para o lançamento da moeda, previsto para o 2027, respondeu que é bom tomar em conta a situação de incertezas que se regista no mundo, particularmente com o impacto causado pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia que, segundo a sua explicação, criou uma tensão inflacionista para todos os países e até aos países da zona euro, também os Estados Unidos de América estão a experimentar um período de tensão inflacionista.

“Nós, os países africanos e outros países no mundo confrontamo-nos com essa situação, porque também importamos alguma coisa, combustíveis, cereais e outros produtos. A inflação é um dos critérios de convergência, portanto nada garante aos restos dos países fora da UEMOA que vão conseguir respeitar esse critério, daí que o horizonte 2027 mantém-se para o lançamento da moeda única da CEDEAO, por isso convocou-se essa reunião do comité ministerial para analisar a situação e o que é preciso fazer para encontrar uma saída aos obstáculos”, referiu.  

Solicitado ainda a pronunciar-se sobre as dívidas dos países da CEDEAO que ultrapassam a barra de 60 a 80 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), reapondeu que a dívida é uma coisa normal nos Estados, acrescentando que mesmo as famílias ou indivíduos endividam-se para sustentar as suas necessidades.  Frisou que “a questão da dívida, desde que seja sustentável e que o estado devedor tenha a capacidade de reembolsar, não é um problema”.

“Os Estados Unidos da América, a primeira economia do mundo e seguida pela China, têm uma dívida enorme que ultrapassa, acho eu, o seu PIB. Na Europa, podemos encontrar países como Portugal com a dívida, se a memória não me trai, que ultrapassa o seu PIB. Cabo Verde, por exemplo, tem uma dívida que ultrapassa cem por cento do seu PIB”, disse, avançando que a dívida não é um problema e o grande problema é a qualidade da dívida, sobretudo onde é que vai se aplicar a dívida e a capacidade em termos da gestão da dívida e o reembolso.

“Cada país é um caso, portanto não podemos generalizar as coisas. Às vezes generalizámos as coisas para adotar critérios suscetíveis de nivelar um pouco o espaço para que todos andemos no mesmo comprimento de onda. Mas eu penso que os países precisam endividar-se, mas quando falha alguma coisa, é grave. Parece-me que o Gana está com problemas de dívida neste momento. Para mim, é um problema complicado, que deve ser gerido no dia-a-dia do país”, notou.

Questionado sobre a situação financeira da Guiné-Bissau que conseguiu aprovar o programa financeiro com o Fundo Mundial Internacional e o acordo com o Banco Mundial, disse que a aprovação do programa com o fundo monetário por si só, já é uma garantia.

Fadia assegurou que neste momento, a Guiné-Bissau deu um passo muito positivo com a aprovação do programa com o fundo, lembrando que desde 2018 que a Guiné não tem um programa com o fundo monetário. Afirmou, neste particular que, havendo já um programa com o fundo, a situação económica do país é avaliada positivamente, contudo alertou que a Guiné-Bissau continua a ter problemas sérios que têm a ver com as despesas.

“A nossa receita não chega para as despesas, porque uma boa parte das despesas correntes, desde salários até aos pequenos pormenores absorvem quase a totalidade das receitas. Isso é um grande problema na Guiné”, advertiu, apontando como solução o pagamento dos impostos pelos cidadãos.

Interrogado sobre o valor recolhido com o imposto da democracia no período em que dirigia as Finanças, frisou que não se lembra do valor  exato, mas assegurou que se situa acima de um bilião de francos CFA anualmente. Sublinhou que o dinheiro recolhido no âmbito do imposto da democracia é que está a financiar todo o processo do recenseamento eleitoral que “considero de qualidade”, porque “as máquinas são de qualidade reconhecida por todos os guineenses”.    

Por: Assana Sambú

O RITUAL CHINÊS DOS PÉS PEQUENOS

Um ritual milenar que ainda resiste no interior da China. Mulheres que, para serem consideradas bonitas, precisavam quebrar parte dos pés para deixá-los bem pequenos. 

Na velha China a beleza da mulher estava diretamente ligada com o tamanho dos pés. O ritual, também chamado de ritual dos pés de lótus, não é praticado mais mas ainda é possível encontrar sobreviventes de uma cultura bastante diferente. Esta é uma das reportagens exibidas na série China Exótica no Jornal da Record.👇

EUA alertam que China pode conquistar Taiwan em eleições "sem um só tiro"

© Lusa

POR LUSA  09/04/23 

Os Estados Unidos advertiram hoje de que a China poderá conquistar Taiwan "sem um só tiro", se o Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês, PNCh), próximo de Pequim, vencer as eleições presidenciais taiwanesas de 13 de janeiro de 2024.

"Aqui há um debate político com dois partidos diferentes: um partido quer falar com a China [o Kuomintang] e o partido da [atual] Presidente, Tsai Ing-Wen [o Partido Progressista Democrático, PPD], não quer ser parte da China", afirmou o presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, o republicano Michael McCaul, numa entrevista à estação televisiva NBC, em resposta a uma pergunta sobre se a população de Taiwan quer um confronto militar.

"Penso que as próximas eleições, em janeiro, vão ser de enorme importância, porque creio que, como o ex-presidente Ma [Ying Heou, do Kuomintang] está neste momento na China, a China vai tentar influenciar essas eleições e conquistar a ilha sem disparar um só tiro", sustentou McCaul, classificando o partido Kuomintang como pró-Pequim.

O congressista republicano participa num périplo por Taiwan, Coreia do Sul e Japão, iniciado após o encontro entre o presidente da Câmara de Representantes, o também republicano Kevin McCarthy, e a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-Wen, no Estado norte-americano da Califórnia, que tem sido alvo de protestos por parte de Pequim.

O próprio McCaul se reuniu hoje com Tsai e sublinhou que o que aconteceu em Hong Kong (onde Pequim impôs o seu controlo sobre o território) e a invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro do ano passado, iniciando uma guerra que dura há mais de um ano e não tem poupado infraestruturas ou população civis, "abriram os olhos" à população de Taiwan que, por isso, está "muito nervosa".

O congressista norte-americano sublinhou, assim, que a capacidade militar de Taiwan "não está ao nível a que precisa de estar" para responder a uma possível invasão chinesa.

"Não está ao nível a que precisam que esteja. Se vamos ter uma paz por dissuasão, necessitamos que as armas cheguem a Taiwan", explicou McCaul, referindo-se ao fornecimento de armamento norte-americano acordado entre ambas as partes em dezembro.

O Kuomintang tem defendido uma aproximação à China, embora rejeite ser favorável a Pequim: o partido frisou que existe a necessidade de "tentar reduzir a tensão no estreito [de Taiwan] para promover os interesses da população e que as partes possam iniciar uma nova era de forma amigável".

Trata-se do mesmo partido (o Kuomintang) que controlava o Governo chinês liderado por Chiang Kai-Shek e que foi derrotado na revolução maoista que culminou com a tomada do poder em 1949.

Na altura, o Governo pró-ocidental refugiou-se na ilha de Taiwan, cujo nome oficial é República da China, em contraste com a República Popular da China, com capital em Pequim.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa rebelde e, na realidade, só 12 países de todo o mundo reconhecem formal e diplomaticamente Taiwan como um Estado independente.

Contudo, os Estados Unidos e seus aliados mantêm relações informais e apoiam com armamento a independência 'de facto' daquele território.


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NO COMMENT!


Tensão China/EUA? Macron defende "estratégia de autonomia" para Europa

© Lusa

POR LUSA   09/04/23 

O Presidente francês, Emmanuel Macron, recomendou que a Europa estabeleça a sua própria "estratégia de autonomia" fora do padrão estabelecido pelos Estados Unidos e China, para evitar ser arrastada pelas tensões entre as duas potências.

"O pior que pode acontecer é que os europeus acreditem que têm que se tornar seguidores e adaptar-se ao ritmo americano e às reações exageradas da China", disse o chefe de Estado francês em entrevista ao jornal Les Echoes, publicada no regresso da sua visita à China.

Macron fez essa consideração à luz das atuais tensões entre Estados Unidos, China e Taiwan, neste momento palco de um exercício militar chinês sobre um bloqueio à ilha, em retaliação à visita da líder da ilha, Tsai Ing Wen, aos Estados Unidos.

"Por que devemos ir no ritmo escolhido por outros? Em algum momento, devemos perguntar-nos quais são os nossos próprios interesses", afirmou.

O Presidente francês explicou que a Europa pode acabar como uma "pinça" entre os Estados Unidos e a China se esse conflito se agravar.

"À medida que o conflito entre este duopólio se acelera, não teremos tempo nem meios para financiar a nossa autonomia estratégica e ficaremos vassalos", alertou.

Em vez disso, Macron defende a transformação da Europa num "terceiro polo" internacional, embora tenha advertido que a sua construção levará um tempo que talvez não haja.

"A autonomia estratégica deve ser a luta da Europa. Não queremos depender dos outros em questões críticas, porque no dia em que ficarmos sem margem de manobra em questões como energia, defesa, redes sociais ou inteligência artificial, o dia em que ficarmos sem a estrutura necessária sobre essas questões, ficaremos fora do ritmo da história", concluiu.


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Paz na Ucrânia e diálogo entre Israel e Palestina: a mensagem da Páscoa do Papa Francisco

Papa Francisco (AP Photo) 

Cnnportugal.iol.pt,   09/04/23

Cerca de 100.000 pessoas reuniram-se nas proximidades da Praça de São Pedro para ouvir a mensagem da Páscoa e receber a bênção do Papa

O papa expressou este domingo a sua preocupação com a violência nos últimos dias em Israel e na Palestina e apelou ainda à paz na Ucrânia durante a sua mensagem de Páscoa, durante a eucaristia na Basílica de São Pedro.

"Neste dia, confiamos a ti, Senhor, a cidade de Jerusalém, a primeira testemunha da tua ressurreição. Expresso a minha profunda preocupação pelos atentados destes últimos dias, que ameaçam o desejado clima de confiança e respeito recíproco, necessário para retomar diálogo entre israelitas e palestinianos, para que a paz reine na Cidade Santa e em toda a região", disse o papa Francisco.

Cerca de 100.000 pessoas, segundo fontes do Vaticano, reuniram-se nas proximidades da Praça de São Pedro para ouvir a mensagem da Páscoa e receber a bênção ‘Urbi et Orbi’, após a missa do domingo de Páscoa.

O papa Francisco fez ainda um novo apelo pela paz na Ucrânia durante a sua mensagem de Páscoa, na qual também pediu "luz" sobre o povo russo e rezou para que a comunidade internacional trabalhe "pelo fim do conflito".

"Ajude o amado povo ucraniano no caminho da paz e ilumine o povo russo com a luz da Páscoa. Conforte os feridos e aqueles que perderam os seus entes queridos na guerra e faça com que os prisioneiros voltem sãos e salvos com suas famílias", declarou o Papa.

"Abra os corações de toda a comunidade internacional para trabalhar pelo fim desta guerra e de todos os conflitos que mancham o mundo de sangue", disse o papa.

A tensão no Médio Oriente tem aumentado, após uma relativa acalmia no conflito israelo-palestiniano observada desde o início do Ramadão, mês sagrado dos muçulmanos que teve início em 23 de março.

A violência começou na quarta-feira com confrontos entre a polícia e fiéis muçulmanos na mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém.

Nos últimos dias, ocorreram ataques mútuos com foguetes e artilharia entre as forças de segurança israelitas e palestinianos, nomeadamente do grupo Hamas, que atingiram o território israelita, a Palestina e o sul do Líbano.

Nove formas simples de trabalhar o cérebro - sem grande esforço... Só irá melhorar a sua saúde cognitiva.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   09/04/23 

Diria que dormir é uma forma de trabalhar o cérebro? Pelo menos o neurologista Douglas Scharre refere que sim. E dá ainda outras dicas simples que pode fazer sem sair de casa para melhorar a sua saúde cognitiva.

Em declarações à revista Good Housekeeping refere que dormir, por exemplo, "ajuda a recuperação da memória, regula o metabolismo e reduz a fadiga mental". Deve conseguir dormir pelo menos sete horas para que este descanso e recuperação sejam bem feitos.

Na entrevista, aponta ainda outras formas de melhorar a saúde cerebral. Saiba tudo.

  • 1- Faça exercício;
  • 2- Seja mais social;
  • 3- Faça algumas contas;
  • 4- Aprenda um idioma;
  • 5- Faça jogos como palavras-cruzadas e quebra-cabeças;
  • 6- Toque um instrumento;
  • 7- Medite;
  • 8- Estimule os sentidos;
  • 9- Durma mais e melhor.


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CAMINHO DE MOÍSES - Onde fica, quando se forma e como chegar?

O Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, deseja Feliz Páscoa à todos os irmãos cristãos.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Chama-se Percy e é um coelho (mas também agente da polícia na Califórnia)

© Yuba City Police Department

Notícias ao Minuto   09/04/23 

Tudo aconteceu após um agente da polícia ter encontrado o animal, no ano passado, perdido numa avenida californiana - a Percy Avenue, em Yuba City.

Chama-se Percy e trata-se do mais recente elemento do Departamento de Polícia de Yuba City, na Califórnia, Estados Unidos. A diferença face a todos os outros é que, na verdade, trata-se de um... coelho.

Tudo isto aconteceu após um agente da polícia ter encontrado o animal, no ano passado, perdido numa avenida californiana - a Percy Avenue, em Yuba City.

O agente, Ashley Carson, dirigiu-se imediatamente para a estação policial local, tendo deixado o coelho aos cuidados dos serviços de controlo animal, que não conseguiram descobrir a sua proveniência.

Razão essa que levou um analista dos serviços policiais locais a adotar este animal, alegadamente "doce e amigável", e a chamar-lhe Percy.

O Departamento da Polícia de Yuba City anunciou, entretanto, que o animal foi promovido, passando a ocupar o cargo de "oficial do bem-estar", pouco dias antes da celebração do Domingo de Páscoa.

"O agente Percy passa os dias no departamento da polícia e é um animal de suporte para todos nós", escreveu a autoridade policial numa publicação veiculada, na quarta-feira, na rede social Facebook.

Índia afirma que não vai regular Inteligência Artificial... O governo do país considera que a tecnologia será um “facilitador cinético da economia digital”.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   09/04/23 

Nas últimas semanas temos assistido a diversos apelos de especialistas que defendem uma maior regulamentação da área da Inteligência Artificial (IA), apontando para potenciais riscos para a sociedade como a conhecemos. Todavia, parece que nem todos estão preocupados com esse risco.

Como conta o site Gizmodo, um comunicado partilhado pelo ministério de Eletrónica e Tecnologia de Informação da Índia indica que o governo do país “não está a considerar criar uma lei ou regulamentar o crescimento de Inteligência Artificial”.

Mais ainda, este ministério do governo indiano considera que a IA será sim um “facilitador cinético da economia digital” que deverá fortalecer o empreendedorismo e também desempenhar um papel estratégico na economia.


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Que esta Páscoa seja memorável e que o amor de Deus esteja presente em cada gesto de bondade e generosidade...

 Braima Camará 

Protestos em Marrocos contra subida de preços de bens essenciais

© Lusa

 POR LUSA   09/04/23 

Centenas de marroquinos protestaram, no sábado, em várias cidades do país, contra o aumento dos preços dos bens essenciais e para denunciar a gestão do atual governo.

"O povo quer que os preços baixem" e "porque somos pobres, porque somos governados por ladrões" foram alguns dos 'slogans' entoados por várias dezenas de manifestantes que se reuniram diante do Parlamento, em Rabat, no meio de uma discreta presença policial.

Em cartazes, podia ler-se: "o meu país tem costas, mas a sardinha é cara", "o meu país é agrícola, mas os legumes são caros para mim" ou "unidos contra o aumento dos preços".

'Slogans' semelhantes podiam ser ouvidos noutros protestos organizados em cidades como Kenitra, Salé, Marrakech, Larache, Tânger, Beni Melal, Juribga, Safi, Uchda, Nador e El Jadida, de acordo com vídeos divulgados nas redes sociais.

Os protestos foram convocados pela Frente Social Marroquina, que integra organizações não-governamentais (ONG), como a Associação Marroquina dos Direitos Humanos (AMDH), sindicatos, como a Confederação Democrática do Trabalho (CDT), e partidos de extrema esquerda como a Via Democrática e a Federação da Esquerda Democrática (FDT).

De acordo com um comunicado da Frente, foram convocados protestos em 57 cidades.

Os preços dos bens de primeira necessidade subiram nos últimos meses, coincidindo com o mês de jejum muçulmano do Ramadão, quando o consumo sobe em flecha.

Recentemente, o Ministro da Agricultura marroquino, Mohamed Sadiki, atribuiu o aumento dos preços dos alimentos aos efeitos da seca e da inflação global dos preços das mercadorias devido à guerra na Ucrânia, e acrescentou que os preços vão descer nas próximas semanas.

No final de fevereiro, a inflação em Marrocos situava-se em 10,1%, em comparação com o mesmo mês do ano passado, principalmente devido ao aumento dos preços dos alimentos, que aumentaram 20,1% em termos anuais.


China simula "ataques conjuntos de precisão" contra alvos em Taiwan

© Gallo Images / Orbital Horizon/Copernicus Sentinel Data 2019

POR LUSA  09/04/23 

A China simulou "ataques conjuntos de precisão" contra "alvos chave na ilha de Taiwan e águas circundantes" como parte das manobras militares em torno da ilha, informou hoje o canal estatal de televisão chinês CCTV.

Dezenas de aviões do exército foram destacados para "voar no espaço aéreo visado" e as forças terrestres efetuaram exercícios de "ataque de precisão com múltiplos alvos", acrescentou.

Entretanto, o Ministério da Defesa taiwanês disse ter detetado, no segundo dia de manobras militares chinesas no estreito de Taiwan, nove navios de guerra e 58 aviões chineses em redor da ilha.

O Ministério afirmou que estava a monitorizar os movimentos dos militares chineses através de um "sistema conjunto de informações e vigilância", afirmando que caças e bombardeiros estavam entre os aviões avistados a partir do meio-dia (05:00 em Lisboa).

As manobras militares chinesas foram anunciadas e lançadas depois de a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, se ter encontrado com o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia, na quarta-feira, reunião à qual Pequim prometeu responder com medidas "firmes e enérgicas".

Na segunda-feira, os exercícios no estreito de Taiwan vão incluir fogo real, de acordo com as autoridades de Fujian, província chinesa no leste do país, situada em frente à ilha.

O objetivo é estabelecer a capacidade da China de "assumir o controlo do mar, do espaço aéreo e da informação (...) a fim de criar uma dissuasão e um cerco total" de Taiwan, disse, no sábado, a televisão estatal chinesa.

As manobras "servem como um aviso sério contra a conivência entre forças separatistas que procuram a 'independência de Taiwan' e forças externas, bem como contra atividades provocatórias", advertiu um porta-voz do exército chinês, Shi Yi.

A China está descontente com a aproximação, nos últimos anos, entre as autoridades taiwanesas e os EUA, que, apesar da ausência de relações oficiais, fornecem à ilha apoio militar substancial.

Washington reconheceu a República Popular da China em 1979 e, em teoria, não deveria manter qualquer contacto oficial com a República da China (nome oficial de Taiwan), ao abrigo do "princípio de uma só China", defendido por Pequim.

A China considera Taiwan, com 23 milhões de habitantes e autónoma desde o fim da guerra civil chinesa em 1949, como uma província a reunificar com o resto do território.


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