terça-feira, 27 de outubro de 2020

Senado confirma Amy Coney Barrett juiza do Supremo Tribunal e é empossada pela Presidente

Amy Coney Barrett jura na Casa Branca

Por VOA

Posse aconteceu logo após aprovação no Senado

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira, 26, a juíza Amy Coney Barrett para o Supremo Tribunal.

Como esperado, foram 52 votos a favor e 48 contra, dos quais 47 democratas, que tiveram o apoio de uma senadora republicana.

A oposição democrata argumentou, sem sucesso, que a nomeação de Barrett era uma manobra para que republicanos ampliarem a maioria de juizes conservadores no órgão supremo da justiça americana e que o Presidente a ser eleito no dia 3 escolhesse a juiza para vaga deixada pela morte de Ruth Bader Ginsburg no mês passado.

Os republicanos tiveram outro entendimento e apoiaram a decisão do Presidente Donald Trump.

Barrett passou nas últimas semanas por várias audiências no Senado.

Logo a seguir à votação no Senado, a juiza foi empossada na Casa Branca, numa cerimónia em que o Presidente Donald Trump agradeceu aos senadores republicanos pelo processo que permitiu a nomeação da juíza,

"Hoje, a juíza Barrett é a primeira mulher mãe de crianças em idade escolar a ocupar o Supremo Tribunal", destacou Donald.

Em seguida, a juíza prestou juramento diante do juiz Clarence Thomas, o mais antigo do Supremo Tribunal.

Ao discursar, a magistrada disse que o trabalho de uma juíza se difere da actuação do senador porque, enquanto o parlamentar elabora políticas a partir de suas convicções, um juiz não pode agir da mesma forma.

"Eu vou fazer o meu trabalho sem medo ou favorecimentos, e vou fazer isso de maneira independente dos outros poderes políticos e de minhas próprias preferências", prometeu Barrett.

Com a nova juíza, serão seis conservadores contra três liberais.

A juiza

De 48 anos de idade e mãe de 7 filhos, sendo dois adoptados, Barrett é católica e tende a ter visão conservadora em temas como a legalização do aborto, casamentos homossexuais e cuidados de saúde.

Ela trabalhou para Antonin Scalia, juiz do Supremo Tribunal, falecido em 2016 e a quem a juíza considera um mentor.

Ele também era católico e considerado uma das vozes mais proeminentes do conservadorismo americano no tribunal.

A juíza ocupou Tribunal de Apelações do 7º Circuito de Chicago, cargo para o qual a magistrada também recebeu indicação de Trump.


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Rota para a presidência apresenta-se mais díficil mas ainda possível para Trump

Donald Trum em campanha na Pensilvania estado vital para vencer as presidenciais

A uma semana das eleições americanas as sondagens continuam a indicar vantagem para o candidato democrata Joe Biden. Mas a possibilidade de uma vitória para Donald Trump não pode ser posta de parte.

Convém recordar aqui que as eleições presidencias americanas não são feitas à escala nacional. São feitas estado a estado para escolher representantes para um Colégio Eleitoral em que o número de delegados é de 538 e 270 é o numero de delegados necessários para se vencer. Cada estado tem representantes no Colégio Eleitoral de acordo com a sua população.

Certos estados são dados como certos para um ou outro candidato. Por exemplo a Califórnia com 55 delegados é certamento um estado que vai dar os seus delegados a Biden, o Texas é quase uma certeza para Donald Trump com os seus 38 delegados.

Isto faz com que a campanha eleitoral esteja centrada naquilo que os americanos chamam de “swing states” ou “battle grounds states”, estados que podem mudar de eleição para eleição ou estados de batalha.

Biden com mais opções

Biden tem neste momento várias vias para se alcançar os 270 delegados porque as sondagens indicam que ele pode vencer em muitos estados ganhos por Donald Trump em 2016 e isso tornará tudo mais fácil

Biden está por exemplo em boa posição na Florida, Carolina do Norte e Arizona. Está também a criar dificuldades no Ohio, Iowa e Georgia e mesmo no Texas Biden estava a ter bom apoio pelo menos até ao último debate quando afirmou que está pronto a elimianr a indússtria petrolífera, algo de importante na economia do Texas

De qualquer modo Biden tem muitas opções para angariar os 270 votos mas fontes do Partido Democrata dizem que a etratégia mais lógica e segura para vencer passa pela Pensilvania, Michigan e Wisconsin.

Trump não pode perder estados que ganhou em 2016

Para Trump ganhar há que assumir que ele não perde nenhium dos estados ganhos em 2016 (e muitos como vimos estão em risco) porque se isso acontecer basta lhe vencer apenas um desses tres estados.

Na noite das eleições um estado a tomar em atenção contudoé a Florida com 29 delegados e sempre um estado muito renhido .Se Trump perde na Florida tuda fica quase que impossivel.

Corey Lewandowski é um dos directores da campanha de Donald Trump e disse estar confiante numa vitória na Florida.

“Quando Trump vencer por grande margem a Florida na noite das eleições isso vai marcar o caminho paa o resto da noite”, disse

É contudo uma possibilidade que Trump possa perder alguns dos estados que ganhou em 2016 como o Arizona, a Carolina do norte e mesmo a Georgia eé por isso que as sodanges indicamque poderá ser uma noite dificil para Trump se perder algun desse estados.

Jonathan Swan é correspondente na Casa Branca do portal Axios e diz que a campanha de Trump pensa que pode vencer

"O que a campnha de Trump está a pensar é que precisam de manter estados como o Texas, Florida, Carolina do Norte, Iowa, Ohio, Georgia e depois vencer um dos estados da parte norte do mid west e os dois estados onde eles estao a concetrar-se são a Pensilvânia e Michigan”, disse .

“ Eles não dizem isso em público mas práticamente desistiram de Wisconsin”, acrescentou Swan.

Trump precisa de grande afluência às urnas no dia 3

Na verdade Trump precisa de garantir uma grande afluência às urnas no dia das eleições porque milhões de americanos já votaram antecipadamente e à boca das urnas confirma-se que é quase o dobro de eleitores Democratas que votaram antecipadamente ate agora.

Para além disso e como dissemos as sondagens indicam vantagens de Biden não só à escala nacional mas mesmo nos “estados de batalha”.

Frank Luntz um especialista em sondagens disse que Trump reduziu nos últimos dias a vantagem que Biden contava mas acescentou ter dúvidas que isso seja o suficiente.

“Mas veja se as sondagens vierem a demosnrar estar errada e que Donald Trump está correcto e as sondagens estão erradas então pessoas como eu vão ter que encontrar outra profissão,” disse o especialista.

“Mas como as coisas estão agora posso dizer que Trump esteve bem no debate mas não sei se foi o suficiente”, acrescentou.

Na próxima terça-feira vamos a ver se as sodagens estão certas ou se com em 2016 estão erradas e Luntz terá que, como ele disse, procurar outro emprego

Guine Bissau - Atualidade nacional - RTP Africa

O Ministro de Defesa Nacional, Sandji Fati visitou hoje o Estado maior da Marinha de guerra Nacional


O Ministro de Defesa Nacional, Sandji Fati visitou hoje o Estado maior da Marinha de guerra Nacional.

Tenente general Sandji Fati, acompanhado pelo vice chefe do Estado-maior das Forças Armadas, declarou que o governo está determinado em construir infraestruturas militares. O ministro Sandji Fati destacou a questão de recrutamento de jovens  no âmbito do serviço  militar obrigatório, mas aproveitou para desmentir as informações que Guiné-Bissau teria introduzido armas na Guineé-Conakry.

Aliu Cande RTB Bissau

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Secretário Estado dos Desportos: “GUINÉ-BISSAU NÃO FOI ÚNICA RESPONSÁVEL PELAS FALHAS DO JOGO CONTRA A ANGOLA”


O Secretário de Estado da Juventude e dos Desportos, Florentino Dias, defendeu esta segunda-feira, 26 de outubro de 2020, que a Guiné-Bissau não foi a única responsável pela falha do jogo amistoso entre as seleções “Palancas Negras” de Angola e “Djurtus” da Guiné-Bissau. Para o governante, houve falha de comunicação entre as duas federações de futebol, pelo que ambas as partes devem arcar com as responsabilidades.

Florentino Dias falava numa conferência de imprensa, realizada no palácio do governo para fazer o balanço da sua visita de uma semana a Portugal e França. Na ocasião, Dias disse que a não realização de jogos são situações que acontecem em qualquer percurso e espera que Federação de Futebol guineense continue a trabalhar para que a situação de género não volte a acontecer.

O governante assegurou que, de acordo com a informação que recebeu da federação guineense, foram observadas as regras da CAF, assim como as de Portugal em relação ao teste da Covid-19 e os angolanos estavam a exigir algo que, a luz do entendimento da federação guineense, não se podia exigir visto que as regras foram absolutamente observadas. Adiantando que se não tivesse havido problemas da comunicação e de interpretação dos regulamentos, não teria havido dificuldades para a realização do jogo.

Questionado sobre a abertura da nova época desportiva, Florentino Dias informou que os trabalhos com o Alto Comissariado para a Covid-19 já estão muito avançados e que no início do mês de novembro proceder-se-á a abertura da época desportiva, para a retoma da prática do desporto individual e coletivo em dezembro.

Sobre os preparativos para o jogo contra a seleção do Senegal, Dias sublinhou que os mesmos estão a evoluir muito bem, incluindo a criação de condições para que o jogo tenha lugar na data marcada porém, espera a mesma dinâmica da parte técnica, o que tem a ver com a responsabilidade da federação de futebol.

Sobre a sua visita de uma semana a Portugal e França, Florentino Dias disse que a missão visou estabelecer laços de cooperação e aprofundar amizade com os dois países, desde as entidades governamentais, municipais, ONG’s e a comunidade guineense. O governante contou que durante a sua estada em Portugal, teve encontro de trabalho com o seu homólogo português, duas câmaras municipais, a faculdade de desportos, a federação portuguesa de futebol e Sporting Clube de Portugal e em Paris a delegação encontrou-se com duas ONG’s que trabalham na mobilização de recursos para investir na modernização e desenvolvimento de infraestruturas desportivas em Africa.

O Democrata

44 PORCENTO DAS CRIANÇAS COM IDADE DE FREQUENTAR ESCOLA ESTÃO FORA DO ENSINO


O Parlamento Nacional Infantil entregou esta segunda-feira 26 de Outubro de 2020 ao Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló o relatório que espelha a atual situação das crianças guineenses. No relatório destaca-se os problemas ligados Educação, Saúde e Proteção.

De acordo com Júnior Sebástião Tamba, no setor educativo, 44 porcento das crianças com idade de frequentar escola estão fora do ensino, em relação a saúde o relatório adianta um elevado número de taxa de mortalidade materno infantil, aliás, um dos piores ao nível da África, pode-se ler também no documento na posse do chefe de Estado que, os problemas ligados a práticas tradicionais nefastas, mutilação genital feminina e casamento, constituem preocupação das crianças guineenses.

Na audiência com o chefe de Estado no palácio da República o presidente da organização cuja missão é promover e defender os direitos e bem-estar das crianças Júnior Sebastião Tamba, disse que o objectivo da entrega do documento ao chefe de Estado visa permiti-lo usar a sua magistratura de influência com vista a melhoria dos dados que consideram de preocupantes.

” Apelamos ao chefe de estado em quanto primeiro magistrado da nação, para quando da tomada de qualquer decisão pensar sempre nas crianças e nos ver como fator da unidade nacional”. Disse para de seguida assegurar que o maior sonho do parlamento infantil é ver as crianças da Guiné-Bissau a desenvolver as suas potencialidades num clima de paz.

Questionado sobre qual foi a resposta do Presidente Embaló, o representa das crianças guineenses, disse ter recebido garantias e total disponibilidade por parte do chefe de estado em trabalhar com o governo com vista a melhoria dos dados constantes no documento e consequente avanço da vida das crianças guineenses.

Com/CGB

Atualidade Nacional e a situacao Guiné Conacry crise pós-eleitoral A situação

Economia da Guiné-Bissau em risco de entrar em ‘default’

Por  LUSA  26/10/2020 

O analista económico Aliu Soares Cassamá disse hoje que é possível prever que a Guiné-Bissau entre em incumprimento financeiro, tendo em conta o elevado nível de dívida externa, que ronda os 80% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para Aliu Soares Cassama, economista, a situação da Guiné-Bissau “tende a degradar-se” à luz dos próprios critérios de convergência da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), que determina que nenhum país pode ter dívida pública superior a 70% do seu PIB.

Quadro sénior de um banco comercial em Bissau, o economista entende que “ou o país inicia rapidamente a renegociação da sua dívida ou o seu perdão ou então corre risco de vir a entrar em ‘default’ (incumprimento financeiro)”, observou.

Aliu Soares Cassamá comentou para a Lusa a situação na Zâmbia, declarada na semana passada pela agência de notação financeira Standard & Poor’s como o primeiro país africano a entrar em incumprimento financeiro devido à pandemia de covid-19.

O economista explicou que um país entra em ‘default’ quando a sua dívida pública dispara de forma exponencial ao mesmo tempo que tem as Finanças Públicas em degradação acentuada.

No caso da Guiné-Bissau, Aliu Soares Cassamá disse que o quadro existe, a que acresce ainda, refere, uma flexibilidade “cada vez mais reduzida” de o país conseguir financiamento externo, com a visível queda das receitas coletadas internamente.

Aliu Soares Cassamá apontou que neste momento a receita interna da Guiné-Bissau “caiu em 50%” e que dessa coleta 76% são destinados para o pagamento de salários aos servidores públicos e os restantes 24% “nem chegam para pagar dívidas ou fazer investimentos”, frisou.

O caminho para evitar o colapso, destacou Cassamá, seria produzir mais, desenvolver o setor industrial, promover reformas no ensino e no quadro fiscal, evitar “o endividamento irracional” e sair da dependência de uma economia baseada sobretudo na castanha do caju, notou.

“A Guiné-Bissau corre sérios riscos de entrar em incumprimento financeiro devido ao elevado serviço de dívida e forte dependência das receitas da castanha do caju”, observou o analista.

Em resumo, disse Soares Cassamá, o quadro atual de dependência de toda a economia guineense na castanha do caju caracteriza-se pelo baixo nível de crescimento e uma acentuada instabilidade macroeconómica.

O analista prevê também que a economia guineense “vai sofrer ainda mais”, dada a sua fragilidade e exposição ao chamado choque externo, sobretudo quando, disse, começar a aparecer o verdadeiro impacto provocado pela covid-19.

Até porque, sublinhou Aliu Soares Cassamá, os principais credores do país “vão estar à espera”.

Soares Cassama explicou que os credores a que se refere são Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Banco de Desenvolvimento da África Ocidental, Banco Africano de Desenvolvimento e União Económica e Monetária da África Ocidental.

O Ministério das Finanças da Guiné-Bissau está a tentar estabelecer um novo programa com o Fundo Monetário Internacional, com o apoio do Banco Mundial, com o objetivo de “equacionar a sustentabilidade” da dívida do país.

O Conselho de Ministros da Guiné-Bissau deliberou, na quinta-feira, adiar a discussão do Orçamento do Estado de 2021 por causa das “negociações em curso com as instituições de Bretton Woods”, segundo o comunicado divulgado à imprensa.

Num relatório, divulgado na semana passada, o Fundo Monetário Internacional prevê que a economia guineense cresça 3% em 2021.

Guiné-Bissau - Populares denunciam novas invasões dos madeireiros clandestinos nas matas do país.

Fonte: Rádio Sol Mansi

Várias denúncias estão a ser feitas por populares de diferentes zonas do país dando conta de novas actividades de cortes clandestinas nas matas.

Facto mais alarmante está acontecer no sector de Bigene, de acordo com uma fonte que pediu anonimato à Radio Sol Mansi, as cortes retomaram neste sector concretamente na tabanca de Capal, sendo que a espécie de (pó de sangue) é a mais visada.

De acordo com a fonte, o facto é de conhecimento das autoridades florestais que, no entanto dizem não poderem intervir devido a cumplicidade de próprias autoridades superiores.

O grupo em acção no terreno é composto de cidadãos estrangeiros provavelmente da vizinha república do Senegal, o que vem confirmar segundo a nossa fonte a cumplicidade das autoridades nacionais, uma vez que estes cidadãos não conhecem o território e nem as matas da aquela zona

Estes relatos começaram a circular semanas depois de o governo ter apresentado uma proposta para abertura de um regime especial” de cinco anos na moratória que proíbe o corte de árvores no país.

O facto tem dividido a opinião dos activistas, ambientalistas e a sociedade em geral apontando que caso o presidente da república venha a promulgar um decreto proposto pelo executivo, os madeireiros que operam no sector florestal guineense poderão voltar abater árvores, que não podiam fazer desde 2015.

Antes mesmo que se concretize a proposta do governo, a pressão voltou as matas do país, entretanto os dados do Governo, sobre corte feita nas matas do país durante o período de 2015 apontam que, naquele período, cerca de 900 mil metros cúbicos da floresta guineense foram abatidos por madeireiros


Se a Guiné-Bissau, o Senegal, a Nigéria, a Gâmbia, o Cabo Verde, o Níger e muitos outros países em África começarem a seguir os recentes modelos "constitucionais" de extensão ou de perpetuação no poder, tais como os verificados na Guiné-Conacri, na Costa do Marfim (Cotê d'Ivoire), no Togo, no Congo-Brazzaville, nos Camarões, assistiremos uma regressão democrática inquietante e alarmante no continente.

Um tal preâmbulo nebuloso de revisões constitucionais não será menos que o regresso às ditaduras, desta vez, com uma impingida dose democrática... Indigna de se celebrar.

A União Africana precisa de ter a coragem de reexaminar os seus esforços para a imposição de um limite de dois mandatos aos presidentes africanos, de acordo com o projecto da Carta Africana sobre a Democracia, as Eleições e a Governação.

Um esforço idêntico tinha sido iniciado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para estabelecer um limite de dois mandatos, mas que entretanto fora arquivado em 2015.

Se os países (líderes) verdadeiramente democráticos do continente não agirem prontamente, a África só pode esperar por mais recuos democráticos que serão difíceis de travar e de sanear.

--Umaro Djau

26 de Outubro de 2020

NIGÉRIA 🇳🇬 - DAVIDO: “É doloroso ver que o que começou como um protesto pacífico foi sequestrado e se transformou em anarquia completa, com total desrespeito àqueles que perderam suas vidas durante o protesto pacífico; nenhuma forma de homenagear aqueles que perderam suas vidas em protestos pacíficos. 

O que há a ganhar em queimar e saquear empresas privadas que fornecem empregos para nosso próprio povo?

O que você ganha invadindo ou incendiando casas pertencentes a cidadãos inocentes ?!  Ou incendiar ônibus dos quais nosso próprio povo depende para ter transporte para trabalhar e ganhar a vida?

Por que incendiar delegacias, quando uma de nossas reivindicações era melhor proteção e treinamento dos policiais ???

Por favor, pare, pare, pare!  Isso não faz nenhum sentido !!  Se você conhece alguém que está envolvido nisso, diga-lhe para parar!  "

AVNI


Ministério da Agricultural e Desenvolvimento Rural

"GOVERNAÇÃO DE CAMPO"

               "LABUR I BALUR"

O ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural procedeu este domingo (25-10-2020) o balanço de quatro dias da visita nas províncias Sul e Leste.

O balanço dos trabalhos teve lugar no setor de Cumtubuel, região de Bafatá.

Na sua Comunicação Abel da Silva Gomes assegurou que a "Revolução Verde na Guiné-Bissau" só será uma realidade com a mecanização agrícola.

"Não podemos pensar numa Revolução Verde sem a mecanização da agricultura, com a produção familiar não se pode combater a fome, o governo tem que encontrar Soluções para a mecanização agrícola" afirmou Abel da Silva Gomes.

O titular da pasta de Agricultura sublinhou que o governo, através do ministério de Agricultura, vai tudo fazer para implementar a produção da época Seca no início do próximo ano (2021).

"Para combatermos a fome e a pobreza devemos produzir na época seca, o Desenvolvimento do país deve ser a tarefa de todos nesta nova fase de governação do país" disse Abel da Silva.

O governante prometeu enviar uma equipa Multidisciplinar para o levantamento dos dados concretos da produção do presente ano agrícola em todo o território nacional.

Da Silva Gomes apelou uma mudança de Paradigma em todos os setores com medidas sérias e contundentes para o avanço do país.

Finalmente o ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural agradeceu os esforços do presidente da República, General Umaro Sissokó Embaló, do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian e dos parceiros internacionais na dinamização do setor agrícola.

A visita de constatação e de perspetivas para a primeira Campanha Agrícola na Época Seca, para além dos técnicos de agricultura, contou com a presença do representante do BOAD na Guiné-Bissau, o senegalês PAP INDJAI, que prometeu colaborar, ainda mais, com o governo nos projetos de Desenvolvimento.

O assessor 

MB

Coitadi população Guineense cu ta bai Centro de Saúde de Belém é ta bai Odja é Fitcha. Gossi Gora i cuma Serviço Minimo dos Minimos ca tem? Ou Greve i pa Djintis Murri?

i Cuma gora? punta nam só pa sibi kkk 



Pa Deus abençoa Guiné Bissau Guiné Bissau.

Bxo 26/10/2020

By: Tony Goia

Especialista em agricultura: “CAJU E O ARROZ SÃO BONS, MAS DEVEMOS APOSTAR NUMA DIVERSIFICAÇÃO BEM SÉRIA”

26/10/2020 / Jornal Odemocrata 

[ENTREVISTA_outubro 2020] O especialista em matéria agrícola e quadro sénior do ministério de Agricultura, Rui Jorge Alves da Fonseca, alertou ao executivo guineense que é urgente pensar num programa de diversificação de produtos agrícolas, porque “caju e o arroz são bons, mas devemos apostar numa diversificação bem séria” que, segundo a sua explicação, passa pela aposta também em outras culturas como a batata doce, que pode ser produzida no país e exportada para países vizinhos como tem acontecido ultimamente, hortaliças, frutas e em gergelim (Benô), que apareceu ultimamente e tem sido procurado e ganhou o seu espaço no mercado.

Fonseca que também chegou a desempenhar a função do Coordenador do Programa do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), fez estas advertências durante uma entrevista exclusiva ao nosso semanário para falar das medidas urgentes que o governo deve acionar para minimizar os prejuízos e as consequências das inundações das bolanhas  causadas pelas chuvas e que deixou centenas de agricultores em situações de aflição. O especialista assegurou que a recuperação das bolanhas é difícil neste momento, porque a água está num nível bastante elevado e não será possível avançar com nenhuma obra da recuperação.   

“Sabemos que na Guiné-Bissau, o trabalho nas bolanhas é feito pela população manualmente. A força do homem não é capaz de fazer um trabalho que impeça a entrada da água”, contou para de seguida aconselhar os agricultores que devem apostar, como a alternativa, no aspeto ligado à produção de hortaliças que começa no próximo mês novembro.

Sobre o orçamento de dois por cento que o governo de Nuno Nabian atribuiu ao setor de Agricultura, o que viola a convenção de Maputo e a recomendação da União Africana que define que os Estados assinantes devem conceder 10 por cento do Orçamento Geral de Estado ao setor de agricultura, Rui Fonseca disse que os dois por cento são pouco e que servem apenas para o pagamento de salários e tudo o que diz respeito ao funcionamento do ministério é essencialmente o pagamento de salários.

“Agora se pergunta sobre o investimento!? Quer dizer as obras, se esse  valor vai chegar para as obras, não! O investimento é coberto através dos projetos financiados pelos nossos parceiros internacionais. E não podemos continuar neste caminho. O ministério de Agricultura tem vários instrumentos que foram elaborados e o último que foi aprovado no ano passado é o Programa Nacional de Investimento Agrícola”, referiu.

O Democrata (OD): De há alguns anos para cá regista-se o problema da insuficiência das chuvas, mas este ano a chuva provocou inundações com enormes estragos nas bolanhas. As organizações e administrações locais alertam que é urgente a intervenção do governo para evitar calamidades e fome. Na qualidade do técnico de agricultura, o que é preciso fazer urgentemente, entre a recuperação de bolanhas inundadas ou apoio à produção de sementes do ciclo curto?

Rui Fonseca (RF): Uma das causas da degradação das nossas bolanhas é precisamente o corte de algumas árvores que protegem toda a parte do litoral das bolanhas, portanto o que nós chamamos a cabeça das bolanhas. Como não têm as árvores para proteger e quando chove arrasta toda a areia que está na parte do planalto que vai descendo e como não encontra barreiras de árvores para pará-la, toda essa areia vai para as bolanhas e provoca o aumento de segmentação. A areia aumenta na bolanha e isso poderá provocar a diminuição das profundezas das bolanhas, portanto esta é uma das causas que poderá estar na base dessas inundações.

A recuperação das bolanhas é difícil neste momento, porque a água está num nível bastante elevado e não será possível avançar com nenhuma obra da recuperação. Sabemos que na Guiné-Bissau o trabalho das bolanhas é feito pela população manualmente. Ora, a força do homem não será capaz de fazer um trabalho que impeça a entrada de água. Neste momento, não é possível fazer nenhum trabalho de reabilitação de bolanhas.  No próximo ano talvez sim. É bom que o ministério de Agricultura comece desde já a pensar nas obras e nos sítios que vão ser reabilitados. Essas obras devem partir dos estudos topográficos dos solos e hidráulicos para se começar já a trabalhar nas bolanhas destruídas pelas inundações e ver quais são as outras cujos diques podem ser reforçados para evitar não só a sua destruição mas também que sejam inundadas.

Para além dessas inundações, há também o fenómeno da entrada das águas salgadas. Os diques não estão bem compactados, a água salgada pode invadir a bolanha facilmente, provocando a diminuição da produção. Sabemos que, nas bolanhas de água salgada, primeiro constroem viveiros nas tabancas e depois esses viveiros são transplantados para as bolanhas salgadas. Se a água baixar ainda é possível fazer o transplante, e caso continue a chover com essa intensidade não será possível fazer o transplante. Por isso devemos apostar, como a alternativa, no aspeto ligado à produção das hortaliças que começa no próximo mês  novembro.

Em relação à zona da região de Bafatá, onde as pessoas cultivam na época da seca, é possível aproveitar o nível de água que vai baixando e aproveitar também a água que existe em certas zonas e começar a produção na  época seca. É evidente que precisamos ter um sistema de produção e de abastecimento de sementes de qualidade e sementes adaptadas a essas situações climáticas. O conselho que posso deixar aos agricultores é começarem a utilizar cada vez mais sementes de ciclo curto que possam estar adaptadas a essas alterações climáticas que têm ocorrido nos últimos tempos.

OD: Quais são essas sementes capazes de adaptar-se às alterações climáticas?

RF: Há várias variedades que o Instituto Nacional da Pesquisa Agrária (INPA) conhece perfeitamente bem. Os próprios agricultores conhecem várias variedades do arroz que o INPA já testou nas bolanhas e que podem ser produzidas. É preciso que seja reforçada a capacidade do INPA e que comece a responder às necessidades dos agricultores face a esses problemas das mudanças climáticas, ver quais são as sementes que podem estar mais adaptadas à situação que estamos a atravessar. Pode ser que este ano cessem estas inundações ou que continuem no próximo, ninguém sabe. É sempre necessário que o INPA comece a estar disponível e reforçado para que possa responder às preocupações dos agricultores.

OD: Recomendou a aposta na produção de hortaliças como alternativa para os agricultores, mas na zona do sul do país e outras localidades não se regista com frequência a horticultura, além da falta de sementes. Será que esta solução é viável?

RF: A falta de sementes de hortaliças é geral na Guiné-Bissau! Toda a semente hortícola é importada, mas neste momento as mulheres estão a cultivar hortaliças em quase todas as regiões, embora umas mais ativas que outras. Estou a dizer que, para alternativa ou para que haja rendimento e que as pessoas possam ter o mínimo de dinheiro e comprar arroz para comer, então a horticultura pode ser alternativa; ou apostam na criação de animais de ciclo curto, porque a grande verdade é que neste momento a produção de arroz vai ser bastante baixa.

No sul, como referes, há bolanhas que são da água salgada. Como eu disse no início, se baixar a água é possível que as pessoas façam transplante do arroz e, consequentemente, salvar parte da produção. Mas tudo vai depender do nível da água. A alternativa que estou a sugerir é uma alternativa para que as pessoas consigam ter algo para satisfazer as suas necessidades, durante certo período de tempo. É evidente que o governo tem que lançar um programa de emergência, dependendo do grau das perdas ou dos hectares que desaparecerem, por causa das inundações, mas, sobretudo dependendo do número de famílias afetadas ou que serão afetadas pelas inundações.

O governo tem que lançar um apelo de urgência para apoiar as famílias afetadas em géneros alimentares e arroz, mas não sou apologista de apoio alimentar… defendo mais apoios que permitam que as mulheres possam cultivar hortaliças e dar kit’s para que criem animais e possam sentir-se mais responsáveis do que estão a ser. Se houvesse, na verdade, situação da calamidade eu defenderia uma tese como a da distribuição de arroz para a alimentação.

OD: A Guiné-Bissau assinou a convenção de Maputo e da União Africana, que recomenda aos assinantes consagrar, no mínimo, 10 por cento do Orçamento Geral de Estado à agricultura. Na qualidade de expert neste setor, como interpreta o bolo de dois por cento atribuídos ao ministério de Agricultura no OGE do executivo de Nuno Nabian?  

RF: Desde que houve a declaração de Maputo (Moçambique) e de Malabo (Guiné-Equatorial), a Guiné-Bissau nunca conseguiu atingir os dez por cento recomendados para o setor da agricultura e lembro-me que há alguns anos, o orçamento de agricultura chegou aos quatro por cento, não recordo em que o governo. Há tempos que foi zero vírgula e alguma coisa e dois por cento agora.  Repara esses dois por cento que para uns é pouco vão apenas para o pagamento de salários.  

Agora se pergunta do investimento!? Quer dizer obras.  Será que este valor vai chegar para as obras, não! O investimento é coberto através dos projetos financiados pelos nossos parceiros internacionais. Não podemos continuar nesse caminho. O ministério de Agricultura tem vários instrumentos que foram elaborados e o último aprovado no ano passado foi o Programa Nacional de Investimento Agrícola (PNIA). Agora esta segunda geração passou a ser chamada de Programa Nacional de Investimento Agrícola, Segurança Alimentar e Nutricional. Portanto, se este instrumento fosse aplicado, evidentemente com a contribuição dos nossos parceiros, poderíamos chegar a dez por cento definido na convenção do Maputo. Mas é muito difícil na situação em que nós estamos, porque não há investimento do setor privado no setor agrícola.  

OD: Não havendo a possibilidade financeira de atingir os 10 por cento definidos na convenção de Maputo pela União Africana, na sua opinião, qual seria a percentagem necessária para a sustentabilidade do setor agrícola?

RF: Não foi em vão que os chefes de Estado decidiram em Maputo atribuir os dez por cento ao setor da agricultura, porque a maior parte dos países africanos vive da agricultura e a Guiné-Bissau não é uma exceção e nem pode sê-la agora e nem nunca. Os chefes de Estado entenderam que, para ter uma agricultura sustentável e para que as populações sintam que estão a beneficiar desta agricultura, os Estados contribuiriam com esses dez por cento. Acho que esse poderia ser o plafond ideal para que saíssemos desta situação, através do investimento do Estado e ao mesmo tempo da abertura do próprio setor privado.

Incentivar parcerias público-privadas, porque os nossos Estados não têm capacidades de investir sozinhos, é preciso que haja empresas interessadas em trabalhar juntamente com o Estado e que de uma forma conjunta invistam no setor, porque o Estado sozinho, não conseguiria, sem um investimento bem forte e sem parcerias privadas, sozinho atingir esses 10 por cento. Defendo sempre um investimento ou uma parceria publico-privada para que o bolo de agriculta possa chegar aos 10 por cento do Orçamento Geral de Estado.

OD: Alguns técnicos defendem que o país precisa atrair os investidores privados para este setor, exemplo da AGROGEBA, em Bafatá. É possível motivar as empresas à investir na agricultura, o que deve ser feito para atrair investimentos do setor privado?

RF: É possível motivar o investimento privado para o setor da agricultura, mas isso depende da conjuntura nacional. É preciso diminuir a instabilidade política e institucional que tem corroído ultimamente a Guiné-Bissau. Quando o país começa a entrar no eixo há sempre algo que o impede de avançar. Se um país é instável será difícil o empresário investir o seu dinheiro nesse país. Para atrair o investimento do setor privado é preciso que todo o aparato estatal trabalhe e crie as condições necessárias  para um investimento seguro. Por exemplo, é preciso que haja as condições para o seguro e que garantam aos empresários assegurar o seu investimento contra as queimadas e essas situações climáticas.

A lei fundiária ou regulamento da lei deve funcionar. Há elementos dentro da lei e do regulamento que foi promulgado pelo antigo Presidente da República, José Mário Vaz. É preciso que a lei comece a ser aplicada para que o investidor se sinta seguro que há uma lei que está a ser aplicada, que lhe dá garantia para investir o seu dinheiro num determinado setor. Outra questão é a necessidade da criação de um ambiente dos negócios capaz de motivar os empresários, bem como criar uma equipa capaz de fazer lobbyingpara vender a imagem positiva da Guiné-Bissau no exterior.

OD: Para além da instabilidade política, será que a falta de infraestruturas rodoviárias e de micro-barragens condicionam o investimento do setor privado?

RF: Exatamente, sobretudo a questão das rodovias, porque nota-se que até os nossos pequenos agricultores deparam-se com problemas de evacuação dos seus produtos. O objetivo final do empresário é evacuar os seus produtos, mas se está numa zona em que não estão  criadas as condições   para a  evacuação de produtos agrícolas para os  principais mercados do país é evidente que se  sentirá desmoralizado e acabará por abandonar aquela produção.

As próprias instituições têm que estar à altura e o INPA também têm que estar à altura de, quando um investidor quiser uma determinada variedade de semente, responder à necessidade deste investidor. O ministério de Agricultura também deve estar em condições de dar conselhos técnicos aos investidores, sobre como fazer uma ou outra cultura ou como produzir para ter mais rendimentos.

OD: O Senhor é um técnico superior do ministério de Agricultura, mas trabalhou vários anos como Coordenador do Programa do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação na Guiné-Bissau. A FAO é um parceiro tradicional do governo. Acha que o país poderia beneficiar mais com esta organização na execução de grandes programas agrícolas, para além de apoios pontuais do fundo?

RF: Penso que sim, porque a FAO é a parceira incontornável do setor agrário da Guiné-Bissau. Penso que a Guiné-Bissau poderia aproveitar mais da FAO, porque a FAO tem um leque enorme de temas que trabalha. É uma organização que tem vários técnicos em todos os domínios, é preciso apenas que a Guiné-Bissau seja um pouco mais “agressiva” para que possa aproximar-se da FAO. Porque é uma agência que também apoia na mobilização de recursos. Ela não é uma agência executora, apenas apoia na mobilização dos recursos.  

A FAO vai buscar fundos juntamente com o governo para serem aplicados no país, então é aí que a Guiné-Bissau devia aproximar-se mais da FAO e, quiçá, talvez fazer um programa conjunto de mobilização dos recursos. É por isso que defendo que o ministério de Agricultura tem  de estar à altura e capaz de dar respostas, porque não é a FAO que vai produzir fichas do projeto para o governo, mas tem que ser o ministério da Agricultura a propor ações que conjuntamente possam ser realizadas com a FAO.

Evidentemente, como a FAO tem enorme capacidade de mobilizar recursos, através dos parceiros internacionais que tem e ao mesmo tempo ver o que é possível fazer com a Guiné-Bissau no que concerne ao investimento no setor agrícola. Penso que nós temos que apresentar propostas ou ações concretas a FAO e juntamente ver como fazer a mobilização.

OD: A crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19 limitou a capacidade dos doadores internacionais que financiavam o funcionamento da maioria dos projetos ligados à agricultura, por exemplo, a PEASA, PRESAR e entre outros. Na sua opinião, a FAO pode ocupar essas lacunas para redinamizar os projetos e já que o governo sempre tem dificuldades de avançar com alguma comparticipação para o seu funcionamento…  

RF: Sei que os projetos que estão no terreno ainda continuam a funcionar. PRESAR e PEASA já acabaram, mas temos agora o PDCV, PADEC e o PASA que praticamente estão a finalizar. Esses projetos estão a funcionar, apesar de toda a preocupação em termos da pandemia de coronavírus. O que sei é que há um programa urgência financiado pelo Banco Mundial, precisamente para mitigar os efeitos prejudiciais da pandemia da Covid-19.

Parece que ronda uns dez milhões de dólares norte-americanos. Há um projeto de urgência do Banco Mundial, inclusive terá sido a FAO a intermediária, para apoio à agricultura face à pandemia da coronavírus. Eu sei que também houve negociações com o Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) para o financiamento de um programa de urgência face à pandemia, mas não tenho informações exatas sobre o assunto. Acho que, mesmo com as condições da pandemia da Covid-19 e agora com este problema de inundações, nós temos que apresentar programas concretos e bem elaborados para que os doadores e a FAO e outros parceiros possam apoiar a Guiné-Bissau.   

OD: Há quem defenda que a Guiné-Bissau não tem uma política agrária consistente capaz de atrair investimento estrangeiro?

RF: A Guiné-Bissau tem, sim, uma política agrária. A carta da política agrária foi atualizada em 2002. O que se poderá fazer nos próximos tempos é a revisão dessa carta. O Programa Nacional de Investimento Agrário (PNIA) baseou-se, exatamente, na carta da política agrária, portanto não vejo a necessidade de afirmar que o país não tem uma política agrária capaz de atrair investimento estrangeiro. Existe, sim, política agrária. Talvez o contexto atual da Guiné-Bissau seja o maior estrangulamento desses investimentos.  

OD: Podemos falar dos principais eixos dessa carta da política agrária?

RF: Existem quatro objetivos principais: primeiro garantir a segurança alimentar e nutricional da população, o segundo eixo tem a ver com a preservação dos recursos agro-silvo pastoris,todos os recursos naturais. O terceiro objetivo é a melhoria da condição da vida da população e o quarto eixo tem a ver com o apostar na diversificação da exportação agrícola, porque continuam a ser temas de atualidade.

O país ainda pode debater para que esses eixos possam ser atingidos. Porque para garantir a segurança alimentar, melhorar a condição da vida da população e diversificar a exportação agrícola, o país terá que preservar os seus recursos e ter uma agricultura sustentável. Para mim, o grande desafio agora é aplicar, efetivamente, essa política e todos outros instrumentos que se derivaram dela, nomeadamente: a PNIA, um programa que o governo da Guiné-Bissau trabalha neste momento.       

OD: A agricultura guineense é altamente tradicional e arcaica. Escava-se a terra com pequenos utensílios para preparar o solo. Experts nacionais defendem um investimento pesado para transformar a agricultura numa verdadeira alavanca para impulsionar a economia nacional. Comunga desta ideia? Que tipo de investimento deveria ser feito e em que área começaria ou aplicaria mais investimento para revolucionar o setor?

RF: Isso dependerá do tipo de investimento, mas com a atual agricultura manual não vamos avançar para lado nenhum. Para revolucionar o setor agrícola, será necessário apostar na agricultura mecanizada com máquinas que se adequem a cada tipo de solo, zona ou sítio, não vir com tratores, máquinas pesadas ou similares, porque, às vezes, destroem o ecossistema. Ou seja, mediante o ecossistema ver que tipos de máquinas podem ser utilizadas e trabalhar mais e mais com os métodos de conservação da água, não apenas com tratores. Porque trabalhando com esses métodos poderemos ter duas colheitas anuais.

Temos zonas de cultivo de arroz que, a partir de dezembro, começam a secar. Aplicando os métodos de conservação da água podemos, não só ter duas colheitas anuais como também aumentar a nossa produção, garantir a sustentabilidade alimentar e evitar que a população enfrente a fome. Podemos, sim, utilizar pequenos tratadores, pequenas moto cultivadoras. Mas onde investir? A grande questão é essa. É verdade que temos a região de Bafatá que tem pequenas zonas bastante ricas, onde se pode utilizar o sistema de irrigação, se o país tivesse utilizado os métodos de conservação da água. Mas temos um problema, o Rio Geba está a assorear, daí a necessidade de acompanharmos todo o processo ligado à dragagem do Rio Geba, porque é um dos grandes rios e que inunda praticamente todas as outras nossas bolanhas.

Mas porque não pensar também que talvez todas essas inundações possam derivar-se da falta da drenagem do Rio Geba? Porque como o rio está assoreado, a água transborda e vai para as bolanhas que estão à volta.  Na zona sul, por exemplo, com solo mais mole, não se pode utilizar tratores ou máquinas pesadas para praticar a agricultura. Aliás, a proteção dos mangais que fazem parte do sistema ecológico das bolanhas locais surge como um dos elementos que condiciona a utilização de tratores e máquinas pesadas de agricultura naquela zona.

OD: A floresta da Guiné-Bissau foi duramente atacada no passado e ainda hoje registam-se cortes de árvores em algumas regiões do país. Que medidas devem ser implementadas para a conservação e gestão da floresta nacional?

RF: A questão das nossas florestas é extremamente delicada de ponto de vista de recursos, o fato de este ano registarmos muita floresta degradada provocou também arrasto de grande volume de águas pluviais que vinham das zonas mais altas e que desceram diretamente para as bolanhas. As árvores, para além de dar a fotossíntese e melhorar a questão da natureza, algumas têm raízes que protegem o solo, quando se cortam extensões de florestas, a ação destes cortes vai arrastar toda a areia do planalto para a parte mais baixa, as bolanhas. Com o corte das árvores, a temperatura aumentou, o que resultou também na grande intensidade das chuvas neste ano.

O que se pode fazer neste momento é explorar, de forma racional, as nossas florestas, não atacá-las de forma abusiva e sem controlo, sobretudo as árvores que podem render, economicamente, muito dinheiro ao país. Ou seja, temos que ter o hábito de reflorestar quando cortamos as árvores, definir uma política de reflorestação que deve ser remetida às empresas exploradoras e obrigá-las a fazer a repovoação da floresta. Também é urgente fazer um inventário florestal para descobrir quantas espécies ainda existem e as quantidades que temos em toda a extensão territorial.

Estamos a explorar as nossas matas sem ter em conta do potencial que temos. Fala-se em três milhões de hectares de florestas, mas na verdade não temos a noção do potencial das florestas que temos e o que já foi degradado. Outra iniciativa que não deve ser esquecida são as campanhas anuais de reflorestação que devem ser contínuas e ver que medidas técnicas devem ser aplicadas, as ações que as projetam para garantir que não sequem, em suma, melhorar o crescimento dessas árvores, não plantá-las apenas para plantar e depois virar as costas.

Temos que apostar nas espécies de árvores que são boas para a produção do carvão natural, as existências florestais que podem ser boas para as lenhas, bem como as que podem ser aproveitadas ou que tenham importância económica como: Pau Sangue, Pau Conta e o Cibe.

Relativamente a ultima espécie, o Cibe, não tem havido nenhuma ação ou campanha, salvo ações pontuais de algumas ONG´s, de repovoamento de Cibes na Guiné-Bissau. A direção-geral das florestas tem planos diretores e leis… Que devem ser aplicados. São essas ações que devemos ter em conta, não esquecendo sempre que é urgente fazer um inventário florestal. Acarreta muitos custos financeiros, é verdade, mas vamos ter benefícios. Porque o inventário que temos, salvo erro, deve ser dos anos oitenta.

OD: O maior problema do agricultor guineense é o fato de depender da monocultura (cajú e arroz), não obstante o solo guineense oferecer condições para diversificar a agricultura. O que aconselharia aos agricultores, sobretudo os que foram afetados pelas inundações?

RF: O caju e o arroz são bons, mas devemos apostar numa diversificação bem séria, o que passa por apostar também em outras culturas como a batata doce, que pode ser produzida no país e exportada para os países vizinhos como tem acontecido ultimamente, apostar na produção de hortaliças, frutas e em gergelim (benô), que apareceu ultimamente e tem sido procurado e ganhou o seu espaço no mercado. Podemos produzir muitas coisas, se identificarmos bem os períodos em que os diferentes produtos podem ser plantados ou cultivados. É evidente que um país como o nosso, com certos problemas do desenvolvimento agrícola, não podemos competir ou concorrer com grandes países, mas podemos identificar períodos em que os nossos produtos podem ter valor no mercado.

OD: Que papel o governo podia jogar para influenciar os agricultores a diversificarem as suas produções?

RF: Primeiro ter informações dos produtos noutros mercados. Temos um vasto mercado sub-regional e regional, portanto é preciso apostar muito no mercado da sub-região e na região africana. É exatamente o que devemos fazer. Só depois é que poderemos sonhar com os mercados europeus. Limitar um pouco a produção de pomares de cajueiros, promover mais as campanhas de vulgarização agrícola de outros produtos, mostrando aos agricultores as vantagens que podem ter se produzirem um determinado produto em detrimento do caju, mas isso requer conhecer bem o mercado e ter as informações necessárias.

Foi o que se fez com o caju e o seu valor económico no mercado internacional. Portanto, devemos elaborar programas agrários para permitir o desenvolvimento da agricultura e implementar todos os instrumentos que o Ministério da Agricultura tem relativamente ao setor.

Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú

Singapore halts use of flu vaccines after 48 die in South Korea

A woman wearing a face mask gets a flu shot at the Korea Association of Health Promotion in Seoul - Newsis
By: The Telegraph Mon, October 26, 2020

Singapore has temporarily halted the use of two influenza vaccines as a precaution after some people who received them in South Korea died, becoming among the first countries to publicly announce a halt of the vaccines' usage.

South Korea reported that 48 have died as of Saturday after getting flu shots, but said it would carry on with the state-run vaccination programme as they found no direct link between the deaths and the shots.

No deaths associated with influenza vaccination have been reported in Singapore to date, but the decision to halt the use of SKYCellflu Quadrivalent and VaxigripTetra was precautionary, the health ministry and the Health Sciences Authority (HAS) said in a statement late on Sunday.

The HSA is in touch with the South Korean authorities for further information as they investigate to determine if the deaths are related to influenza vaccinations.

SKYCellflu Quadrivalent is manufactured by South Korea's SK Bioscience and locally distributed by AJ Biologics, while VaxigripTetra is manufactured by Sanofi and locally distributed by Sanofi Aventis.

Two other influenza vaccines that have been brought into Singapore for the Northern Hemisphere 2020/21 influenza season may continue to be used, Singapore health authorities said.

25 Out Of The 1900 Inmates Who Escaped From Edo Prisons Return To Correctional Centre

October 26, 2020 Wisdom Nwedene  9newsng.com

A total of 25 inmates, out of the 1,900 inmates, who escaped from Oko and Sapele Road Correctional Centre popularly called White House, Benin last Monday when hoodlums masquerading as #EndSARS protesters stormed the two prisons, have voluntarily surrendered themselves to the authorities.

One of the inmates, who gave his name as Alex Ose, 40, a taxi driver, said that he has been awaiting trial since 2014 when he was arrested for armed robbery in the Edo State capital of Benin.

Ose, from Esan, Edo State and a father of four said that he decided to heed the call of Edo State Governor Godwin Obaseki and surrender himself because he is innocent of the charges against him and was supremely sure that he will be vindicated by the court.

The awaiting trial inmate, one of the 1,900 escapees who spoke with Tribune Online, however, confessed that the escape provided him a perfect opportunity to be home with his wife and children, adding that he ran in the ensuing bedlam when the protesters stormed the correctional centre and ordered them to escape.

The inmate pleaded: “I am innocent of the allegations against me. I was framed up. I am appealing to Governor Obaseki to look into my case. I have every opportunity to run but chose to surrender myself because I am not guilty. The governor should please look seriously into my case. I am innocent.”

A source at Sapele Road Correctional Centre who would not want his name in print said that one of the escaped prisoners was shot on the leg and caught on Wednesday when he was sighted near the correctional centre but took to his heels when he was ordered to surrender himself to the authorities.

The source disclosed that two out of the 25 inmates who returned were from Oko Medium Correctional Centre along Airport Road, Benin, assuring that they will be returned to Oko when the situation returns to normal.

According to him, the Department of State Security (DSS), the police and officials of the Nigerian Correctional Services (NCS) will soon commence a massive manhunt for the runaway inmates once Governor Obaseki one week grace for them to return expires.

He reminded that those who escaped from lawful prison custody risked being sentenced for extra seven years if caught while those who willingly surrendered themselves will be shown mercy as promised by Governor Obaseki.

The NCS officer said: “We have a way of arresting runaway prisoners. We will swing into action once the protest calms down. The earlier they return on their own, the better for them. Those who are re-arrested will be retried and sentenced to extra seven years if convicted. So, it is in their own interest to return as the governor has given them an extra one week of grace to return.”

António Guterres apela ao diálogo na Guiné-Conacri

Antes do anúncio dos resultados, a polícia reforçou a sua presença nas ruas de Conacri. 21 de Outubro de 2020. AP Photo/Sadak Souici

Texto por: Carina Branco com RFI

O secretário-geral da ONU quer uma “solução pacífica” e “diálogo” para responder à crise pós-eleitoral na Guiné-Conacri. António Guterres pediu ao presidente reeleito Alpha Condé e ao seu adversário Cellou Dalein Diallo, que contesta os resultados,para impedirem a violência.

Face aos confrontos registados depois de a comissão eleitoral ter anunciado a reeleição de Alpha Condé, o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, pediu uma “solução pacífica” através do “diálogo”. Guterres apelou para que o presidente reeleito Alpha Condé e o seu adversário Cellou Dalein Diallo – que contesta os resultados – impeçam a violência.

“Ele lança um apelo sobretudo ao Presidente da República da Guiné e ao chefe da oposição para convencerem os seus apoiantes a acabarem imediatamente com a violência e a começarem um diálogo construtivo para encontrar uma solução pacífica à crise pós-eleitoral”, pode ler-se no comunicado divulgado este sábado.

Por outro lado, “o secretário-geral exorta os líderes de opinião e a imprensa a acabarem com todos os discursos incendiários e com os apelos à dissensão de inspiração étnica”.

Este sábado, a comissão eleitoral anunciou a vitória do Presidente cessante de 82 anos, Alpha Condé, com 59,49% dos votos, contra 33,5% para o opositor Cellou Dalein Diallo, de 68 anos. Diallo não reconhece os resultados e denuncia a “indiferença” da comunidade internacional face ao que chama de “repressão selvagem”.

Depois do anúncio dos resultados, houve novos confrontos e, pelo menos, três pessoas morreram, elevando para 18 o número de vítimas da violência pós-eleitoral depois do escrutínio de 18 de Outubro. Porém, a oposição fala em cerca de 30 vítimas mortais.

Entretanto, uma “missão de diplomacia preventiva” é aguardada em Conacri para tentar acalmar os ânimos e deve ser composta por membros da CEDEAO, da União Africana e das Nações Unidas.

A decisão de Alpha Condé se candidatar a um terceiro mandato de cinco anos, depois de uma reforma constitucional em Março, foi altamente criticada pelos seus adversários. A reforma acabou com a limitação de dois mandatos sucessivos dos presidentes e os adversários denunciaram um "golpe de Estado constitucional". No ano passado, já a possibilidade de Alpha Condé se candidatar a um terceiro mandato gerou uma grande contestação e várias dezenas de pessoas também morreram.

Alpha Condé foi o primeiro chefe de Estado eleito democraticamente em 2010, após décadas de regimes autoritários na Guiné-Conacri. Cellou Dalein Diallo foi derrotado por Condé nas presidenciais de 2010 e de 2015, tendo proclamado a sua vitória a 19 de Outubro com base nos dados recolhidos pelos seus partidários nas assembleias de voto.

Lekki Shooting Survivor Steals Nurse's Phone After Free Treatment

Fashola Discovers Mystery Camera At Lekki Toll Gate During Inspection

By: Afrolic
The Minister for Works and Housing, Mr Babatunde Fashola on Sunday, discovered a hidden camera at the Lekki Toll Gate, Admiralty Circle, in Lagos. 

Fashola, led a Federal Government delegation on the directive of  President Muhammadu Buhari to commiserate with the Lagos State Governor, Babajide Sanwo-Olu over the loss of lives and destruction of properties in the violence that rocked the state last week. Those in the FG’s entourage include: Ministers of Interior, Ogbeni Rauf Aregbesola, Mines and Industries, Olamilekan Adegbite, Niyi Adebayo, Trade and Investments and Olorunnibe Mamora, Health state. Also, some South West Governors such as: Ekiti, Ondo, Oyo, and Lagos States, Kayode Fayemi, Arakunrin Rotimi Akeredolu, Seyi Makinde, Babajide Sanwo-Olu, respectively, were on the inspection tour in the company of newsmen.

Fashola who discovered the camera during an on the spot assessment at the Lekki Toll Gate, subsequently, handed it over to Lagos State Governor, Babajide Sanwo-Olu for forensic analysis and further investigation. Fashola said the camera must have been planted by some subversive elements priory to the reported shootings for ulterior motives. The minister, who picked up the camera with an aid of a handkerchief, handed it over to Sanwo-Olu, sating, “I think this will help with the ongoing investigations into the shootings at the  Lekki Toll Gate. “It requires forensic analysis and could be used in the investigations to unravel the mystery surrounding the shootings at the Toll Gate, I believe.”

ALIMENTOS - Como os ovos contribuem para o reforço do sistema imunitário

© Shutterstock
Por Noticiasaominuto

Os ovos têm uma concentração notável de vitaminas A, D e E.

Beber um copo de sumo de laranja não é a única maneira de prevenir uma constipação. Os ovos também podem reforçar as defesas do corpo.

Os ovos têm uma concentração notável de vitaminas A, D e E, todas as quais são essenciais para manter o funcionamento adequado do sistema imunitário.

De acordo com o nutricionista Paul Claybrook, citado pela Eat This, Not That!, os ovos também são ricos em selénio - um poderoso antioxidante que atua como um estimulador imunológico.

"Antioxidantes como o selénio também têm um efeito anti-inflamatório, reduzindo a necessidade de envolvimento do sistema imunitário", diz Claybrook. 

NIGÉRIA - Autoridades da Nigéria tentam travar saques a armazéns de alimentos

© Getty Images
Por LUSA

As autoridades da Nigéria tentaram hoje pôr fim ao saque de armazéns de alimentos, que continuam a aumentar no país, apesar de ter sido decretado recolher obrigatório, face aos protestos populares que começaram há duas semanas.

De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), vários populares saquearam hoje suprimentos alimentares na cidade de Jos, no centro do país.

No sábado, o chefe da polícia da Nigéria ordenou a mobilização imediata de todas as unidades operacionais na tentativa de retomar o controlo da situação.

Os governadores de vários estados aplicaram uma medida de recolher obrigatório da população, no seguimento de saques a reservas de alimentos que deveriam ser distribuídos durante o bloqueio criado para combater a pandemia de covid-19.

Milhares de jovens, inicialmente mobilizados via redes sociais, foram para as ruas das grandes cidades da Nigéria, há duas semanas, para denunciar a violência policial e a ineficácia e corrupção do poder central, através de manifestações pacíficas.

Na terça-feira, porém, a repressão violenta das autoridades contra milhares de manifestantes em Lagos causou pelo menos 12 mortes, segundo a Amnistia Internacional, e indignou o país e a comunidade internacional.

Os dias seguintes foram marcados por saques, incêndios e distúrbios em Lagos, uma cidade com 20 milhões de habitantes.

Segundo a AFP, hoje a situação estava calma em Lagos, onde o recolher obrigatório imposto na terça-feira, para tentar conter a escalada da violência, foi amenizado no sábado.

A Amnistia Internacional adianta, ainda, que pelo menos 56 pessoas foram mortas em todo o país nas últimas duas semanas.

O Presidente Muhammadu Buhari, um ex-general golpista na década de 1980, entretanto eleito democraticamente em 2015 e em 2019, lamentou as "muitas vidas perdidas", mas não avançou com números oficiais de vítimas até ao momento.

Num discurso transmitido na televisão, na noite de quinta-feira, o Presidente advertiu que não permitiria que ninguém "colocasse em risco a paz e a segurança do Estado" e lamentou ter sido "muito fraco" durante as duas últimas semanas de protesto.


Autárquicas em Cabo Verde: Abstenção marca forte presença e PAICV recupera seis câmaras

Cidade da Praia, Cabo Verde

Por VOA

Oposição recupera duas câmaras importantes e partido do Governo mantém maioria das autarquias

O MpD, partido no poder em Cabo Verde, perdeu quatro câmaras municipais e o PAICV, na oposição ganhou seis, enquanto a abstenção marcou uma forte presença nas eleições autárquicas de domingo, 24.

A pandemia da Covid-19, que já provocou 94 mortes e 8.332 casos, pode estar na origem da elevada abstenção, que, pelos primeiros resultados, pode ter rondado os 41,7% a nível nacional.

Mas na capital, por exemplo, a taxa chegou a 55 por cento.

Com a quase totalidade dos votos contabilizados, a nota de destaque foi a perda da principal câmara municipal do país, a da Praia na capital, pelo MpD, que dirigia a edilidade desde 2008.

Francisco Carvalho, do PAICV, sociólogo de profissão, derrotou Óscar Santos, que assumiu a autarquia depois de Ulisses Correia e Silva deixar a edilidade para concorrer nas legislativas de 2016, nas quais foi eleito primeiro-ministro.

O PAICV também recupera o seu tradicional bastião na ilha do Fogo, a cidade de São Filipe, que tinha perdido, pela primeira vez, em 2016.

Os resultados provisórios indicam que o partido liderado por Janira Hopffer Almada conquistou mais seis câmaras, mantendo no total 8 autarquias.

O MpD, partido que desde a instauração do poder local em 1992 dominou quase sempre as câmaras municipais, manteve 14 edilidades, nomeadamente em São Vicente e Santa Catarina de Santiago, o segundo e o terceiro maior centro urbanos do país, mas tudo aponta que vai ter de partilhar a gestão com outros partidos.

Janira Hopffer Almada, presidente do PAICV, agradeceu "a todos os cabo-verdianos pela confiança demonstrada" e lembrou que "a campanha foi uma luta desigual".

Por seu lado, o coordenador da campanha do MpD, Auntónio Maurício dos Santos, disse que “a democracia funcionou a democracia, perdemos algumas câmaras e ganhamos outras".

Estas são as oitavas eleições autárquicas no país e acontecem a seis meses das eleições legislativas e a um ano das presidenciais.

Guiné-Conacry: Cellou Dalein “impedido” de realizar conferência de imprensa


CONAKRY- Embora tivesse convidado a imprensa para uma conferência neste domingo, 25 de outubro de 2020, no início da tarde, Cellou Dalein Diallo finalmente não conseguiu falar. O autoproclamado líder que ganhou as eleições presidenciais foi impedido de se encontrar com os jornalistas que vieram em grande número para seguir sua mensagem.

Os jornalistas receberam ordens das forças de segurança implantadas no local para deixarem os arredores de sua casa.Informado desta situação, Cellou Dalein Diallo saiu a fim de se encontrar com a mídia para entregar sua mensagem. Mas ele foi rapidamente bloqueado no corredor que levava à sua casa pela polícia.

Um jornalista do Africaguinee.com que estava presente no local viu o fortalecimento do sistema de segurança ao deixar o local.

Cellou Dalein Diallo foi “sequestrado” em sua casa por quase uma semana, por um impressionante dispositivo de segurança.Seus escritórios e a sede de seu partido político foram fechados por alguns dias.

Por Africaguinee

Costa do Marfim prepara-se para presidenciais por entre violência e contestação

Boletim de voto na Costa do Marfim para as eleiçōes de 31 Outubro 2020 9Photo by Issouf SANOGO / AFP)

VOA outubro 25, 2020

A Costa do Marfim destacou cerca de 35 mil policias e forças de segurança da Costa do Marfim para a eleição presidencial da próxima semana, após incidentes de violência mortal terem prejudicado a campanha eleitoral, segundo disseram responsáveis à AFP.

Cerca de 14 mil policiais, 14 mil gendarmes e 7 mil soldados vão garantir a segurança no dia da votação, no próximo sábado, em operação apelidada de "tromba do elefante", uma referência ao símbolo nacional da Costa do Marfim, de acordo com a fonte policial.

As forças vão garantir a segurança das 22 mil assembleias de voto.

No poder desde 2010, o presidente Alassane Ouattara concorre a um polémico terceiro mandato, considerado "inconstitucional" pela oposição, que apelou à "desobediência civil" e a um "boicote ativo" à eleição.

Incidentes e confrontos mortais deixaram cerca de 30 mortos desde agosto. São grandes os temores de violência pós-eleitoral, após uma crise em 2010 em que 3 mil pessoas morreram, depois que Laurent Gbagbo se recusou a reconhecer a sua derrota para Ouattara.