sábado, 8 de fevereiro de 2025

"Ataques violentos". Trump ordena congelamento da ajuda à África do Sul

© ROBERTO SCHMIDT/AFP via Getty Images  Lusa   07/02/2025

O presidente dos EUA assinou hoje uma ordem executiva, que formaliza uma decisão já anunciada, e que visa congelar a assistência à África do Sul, devido a uma lei que a Casa Branca diz que discrimina a minoria branca no país.

"Enquanto a África do Sul continuar a apoiar os maus atores no palco mundial e a permitir ataques violentos a agricultores inocentes de minorias desfavorecidas, os Estados Unidos suspenderão a ajuda e a assistência ao país", declarou a Casa Branca, resumindo a ordem executiva. 

A Casa Branca indicou ainda que Trump vai também anunciar um programa para reinstalar agricultores sul-africanos brancos e as suas famílias como refugiados, escreve a Associated Press (AP).

A decisão da administração liderada por Donald Trump surge em resposta a uma nova lei na África do Sul que dá ao Governo poderes para, em alguns casos, expropriar terras de cidadãos. A Casa Branca aponta que a lei "discrimina de forma flagrante a minoria étnica Afrikaners".

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, promulgou, em 23 de janeiro, uma lei que visa facilitar a expropriação de terras no interesse público por parte dos organismos estatais - autoridades locais, provinciais e nacionais - desde que seja paga uma indemnização justa.

O objetivo é resolver alguns dos erros da era racista do apartheid sul-africano, um regime de segregação racial.

Elon Musk, um aliado próximo de Trump e diretor do novo Departamento de Eficiência Governamental, fez referência a esta nova lei nas redes sociais, apresentando-a como uma ameaça para a minoria branca da África do Sul.

A ordem executiva faz também referência ao papel da África do Sul na apresentação de acusações de genocídio contra Israel perante o Tribunal Internacional de Justiça.


Leia Também: Os Estados Unidos aprovaram a venda de bombas, munições e mísseis no valor de 7,4 mil milhões de dólares (7,2 mil milhões de euros) a Israel, que utilizou armas norte-americanas na guerra na Faixa de Gaza, divulgou hoje Washington.  


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