segunda-feira, 30 de setembro de 2024

A Costa do Marfim aumentou o preço de compra do quilo de cacau aos agricultores para 1.800 francos CFA (2,7 euros), valor recorde, num ano de máximos históricos nos preços mundiais, anunciou hoje o ministro da Agricultura.

© Lusa  Notícias ao Minuto  30/09/24 

 Costa do Marfim aumenta preço do quilo de cacau para nível recorde

A Costa do Marfim aumentou o preço de compra do quilo de cacau aos agricultores para 1.800 francos CFA (2,7 euros), valor recorde, num ano de máximos históricos nos preços mundiais, anunciou hoje o ministro da Agricultura.

"O Governo decidiu um aumento de 20%", afirmou Kobenan Kouassi Adjoumani, numa cerimónia em Abidjan, capital da Costa do Marfim, país que é o primeiro produtor mundial de cacau. 

Em abril, o preço de compra da colheita intermédia - que se prolongou até setembro - foi fixado em 1.500 francos CFA (2,3 euros), um montante já histórico. Em 2023, o preço era de 1.000 francos CFA (1,8 euros) por quilo.

A Costa do Marfim vende as suas sementes de cacau antecipadamente e o preço de compra é fixado pelo Governo. Este facto torna-o menos vulnerável às flutuações do mercado - tanto para cima como para baixo - do que noutros países, como os Camarões, um produtor mais pequeno, onde o sistema é liberalizado.

O cacau da Costa do Marfim representa 45% da produção mundial (mais de 2 milhões de toneladas) e 14% do PIB daquele país da África Ocidental.

No Gana, país vizinho e segundo maior produtor mundial, onde o preço também é fixado pelo Governo, as autoridades colocaram igualmente o preço em cerca de 1.800 francos CFA em meados de setembro, o que representa um aumento de 45% para a campanha de 2024/2025, visando, nomeadamente, combater o contrabando.

Os preços mundiais do cacau dispararam ao longo do ano passado, ultrapassando os 10.000 dólares (cerca de 9.000 euros) por tonelada em Nova Iorque no início do ano. Em Londres, o preço para entrega em setembro de 2024 aumentou cerca de 170% no espaço de um ano.

A principal razão para este aumento é a queda da produção mundial de cacau, que se deve, na Costa do Marfim e no Gana, a condições climatéricas desfavoráveis, que afetaram as colheitas.

Hoje, o ministro da Agricultura da Costa do Marfim anunciou também um aumento do preço de compra do café, fixado em 1.500 francos CFA (2,3 euros), contra 900 francos (1,3 euros) no ano passado.

Adjoumani acrescentou que os produtores de cacau e de café beneficiarão igualmente de uma cobertura sanitária universal gratuita (CMU), paga pelo Conseil Café-Cacao (Conselho do Café-Cacau), organismo responsável pela regulamentação destes dois setores.

Segundo o Governo, o setor do cacau na Costa do Marfim assegura cerca de um milhão de empregos e a subsistência de 5 milhões de pessoas.


Guiné-Bissau. Presidente Sissoco recebe partidos políticos

 Por: Rádio Capital Fm

Bissau - (30.09.2024) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebe esta terça-feira, 1 de Outubro, em audiência, os partidos políticos com assento parlamentar, sem especificar o teor da agenda.

Na agenda na posse da CFM, Sissoco recebe Domingos Simões Pereira, líder da Coligação PAI-TERRA RANKA, Adja Satu Camará, líder  de uma ala do MADEM-G15, Félix Nandunguê, líder também de uma da ala do Partido da Renovação Social, Botche Candé, do PTG, Nuno Gomes Nabiam, de APU-PDGB, e representante do Partido Unido Social Democrática.

As Direções do MADEM-G15 e do PRS lideradas pelo Braima Camará e Fernando Dias, respetivamente, não foram convocadas para o encontro desta terça-feira.

Licença definitiva: FÓRUM DOS ÓRGÃOS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL CONSIDERA “DESENQUADRO” O VALOR DE DEZ MILHÕES DE F.CFA FIXADO PELO GOVERNO

Por  O DEMOCRATA  30/09/2024 

O secretário executivo do Fórum dos órgãos de comunicação social privados do país, Casimiro Jorge Cajucam, afirmou que o valor estipulado pelo governo guineense de dez milhões de francos CFAs para emissão de licenças aos órgãos de comunicação social privados “está desenquadrado da realidade económica dos órgãos privados”.

O Fórum dos órgãos de comunicação social da Guiné-Bissau foi recebido, esta segunda-feira, 30 de setembro de 2024, em audiência, pelo ministro da comunicação social, Florentino Dias, com quem disse ter analisado a medida do governo guineense para a emissão de licenças aos órgãos no país.

A saída do encontro, Casimiro Jorge Cajucam frisou que o Fórum está satisfeito com a abertura do ministro de tutela, que disse ter prometido criar facilidades para que esse caso não seja um problema aos órgãos de comunicação social.

“O ministro Florentino Dias foi muito aberto e cordial com o Fórum. Evocou as razões por que essa medida foi adotada, mas garantiu criar facilidades para que essa decisão não seja um problema aos órgãos de comunicação. Garantiu-nos que o executivo está a ponderar fazer um retoque no valor fixado”, precisou, realçando a disponibilidade e abertura do ministro para que os órgãos privados possam, pelo menos, no futuro funcionar já com um Alvará definitivo e estarem juridicamente protegidos pela lei   no exercício das suas funções     

Casimiro Jorge Cajucam disse acreditar no bom senso do governo e espera que a decisão que vai ser tomada não vai dificultar, nem o governo, nem os órgãos de comunicação social, razão pela vai o Fórum deverá nos próximos dias reportar aos diretores de diferentes órgãos os consensos os sinais encontrados no primeiro encontro com o novo ministro.

“Nos próximos tempos, faremos uma comunicação formal que será entregue ao ministro para que, junto com a sua equipa  e o governo no seu todo, possam fazer um trabalho eficaz  e que não prejudique nenhuma parte”, prometeu.

O secretário executivo do Fórum dos órgãos de comunicação social privados do país lamentou o valor fixado, uma vez que muitos órgãos não conseguem garantir nem sequer subsídios aos seus colaboradores, que por sinal trabalham em regime de voluntariado.

“Significa que nem todos órgãos estarão em condições de arcar com esse valor, porque tudo e mais alguma ginástica que possam fazer será apenas no sentido de angariar fundos para pagar os dez milhões de francos CFAs”, sublinhou.

O governo determinou que, doravante, os órgãos de comunicação social privados devem requerer as licenças de emissão no valor de dez milhões de francos CFAs.

Por: Filomeno Sambú

Morreram sete altos comandantes e oficiais do Hezbollah. Quem são eles?

© ATTA KENARE/AFP via Getty Images    Por  Notícias ao Minuto  30/09/24 

Em pouco mais de uma semana, a intensificação dos ataques israelitas no Líbano provocou a morte de sete comandantes e oficiais do grupo militante do Líbano Hezbollah, incluindo o líder do grupo - Hassan Nasrallah.

A ofensiva israelita sob o Líbano já causou cerca de 1.000 mortes. Entre elas estiveram sete membros com cargos de notoriedade no Hezbollah, aponta a Associated Press. Quem são eles? 

Hassan Nasrallah (na foto). Era líder do Hezbollah desde 1992 e viu o grupo crescer até se tornar uma das principais forças paramilitares no Médio Oriente. O Hezbollah entrou na arena política do Líbano e, ao mesmo tempo, participou em vários conflitos locais. O grupo teve um papel fulcral na manutenção do presidente sírio Bashar Al Assad no poder.

Nabil Kaouk. O anterior  chefe adjunto do Conselho Central do Hezbollah, morreu no sábado passado num ataque aéreo de Israel. Juntou-se ao grupo nos seus primórdios, na década de 1980, tendo servido como comandante militar no sul do Líbano de 1995 a 2010.

Ibrahim Akil. Era um alto comandante que dirigia as Forças Radwan - elite do Hezbollah - e era também membro do mais alto órgão militar - o Conselho da Jihad -. Há anos que constava na lista de procurados pelos Estados Unidos por fazer parte do grupo que levou a cabo o atentado de 1983 contra a Embaixada dos EUA em Beirute e orquestrou um sequestro de reféns alemães e americanos.

Ahmad Wehbe. O ex-comandante das Forças de Radwan desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do grupo desde a sua formação há quase duas décadas. Morreu juntamente com Akil num ataque aéreo israelita nos subúrbios do sul de Beirute.

Ali Karaki. Liderou a frente sul do Hezbollah, desempenhando um papel central no conflito que está hoje em curso. Os Estados Unidos descreveram-no como uma figura importante na liderança do Hezbollah.

Mohammad Surour. Era o chefe da unidade de drones do Hezbollah, que foi usada pela primeira vez no atual conflito com Israel. Sob o seu comando, o Hezbollah conseguiu enviar drones explosivos e de reconhecimento em Israel.

Ibrahim Kobeissi. Liderava a unidade de mísseis do Hezbollah. O exército israelita afirma que Kobeissi planeou o rapto e o assassínio de três soldados israelitas na fronteira norte em 2000, cujos corpos foram devolvidos numa troca de prisioneiros com o Hezbollah quatro anos mais tarde.

Leia Também: A agência da ONU para os refugiados palestinianos disse que um importante comandante do Hamas morto no Líbano hoje era um dos seus funcionários, suspenso desde que surgiram alegações das suas ligações ao grupo em março.

Leia Também: Telavive lançou fortes bombardeamentos e ataques aéreos em várias cidades e aldeias do sul do Líbano, perto da fronteira com Israel. Mais cedo Israel tinha pedido aos residentes de Dahiyeh para abandonarem as suas casas.

Leia Também: O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que não há "nenhum lugar no Médio Oriente" que não possa ser alcançado por Israel, enquanto o seu Exército bombardeia alvos do Hezbollah no Líbano.

Putin promulga recrutamento de mais 130.000 pessoas para o Exército

© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images   Por Lusa  30/09/24 

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto que ordena o recrutamento de cerca de 133 mil pessoas para o serviço militar, entre outubro e dezembro, para reforçar a preparação militar da população em plena guerra.

"De 01 de outubro a 31 de dezembro de 2024, 133 mil cidadãos da Federação Russa com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, que não estejam na reserva e estejam sujeitos ao serviço militar, serão convocados para o serviço militar", refere o documento hoje assinado pelo Presidente russo.

O vice-chefe da Direção Principal de Organização e Mobilização do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas, Vladimir Tsimlyanski, esclareceu que estes recrutas não serão enviados para a área da "operação militar especial", um eufemismo pelo qual Moscovo se refere à invasão da Ucrânia.

O período de treino militar na Rússia é de 12 meses.

Durante a campanha de recrutamento da primavera passada, cerca de 150 mil russos foram convocados para o serviço militar obrigatório, segundo a agência russa Interfax.

No final de fevereiro de 2022, o Presidente Putin ordenou a invasão da Ucrânia, iniciando assim uma guerra cujo desfecho permanece incerto e na qual os avanços de ambos os lados parecem estar estagnados nas mesmas posições quase desde o início das hostilidades.



Guiné-Bissau. Colectivo de Advogados de PAIGC em Conferência de Imprensa "sobre o "Processo Resgate".

Por Lusa / Radio Voz Do Povo    30/09/24 

O coletivo de advogados do PAIGC considerou hoje que a reabertura do chamado "Processo Resgate" aos bancos visa apenas impedir o presidente do partido, Domingos Simões Pereira, de concorrer às eleições que se avizinham na Guiné-Bissau.

O secretário do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) juntou hoje o coletivo de advogados numa conferência de imprensa, em Bissau, para reagir à reabertura do processo anunciada a 26 de setembro pelo Procurador-Geral da República.

Em causa está um empréstimo de cerca de 36 mil milhões de francos cfa (cerca de 55 milhões de euros), contraído pelo Governo, em 2015, quando Domingos Simões Pereira era primeiro-ministro da Guiné-Bissau.

O caso foi alvo de vários processos em tribunal que resultaram em arquivamento, sendo que apenas um deles chegou a julgamento, tendo como arguido o então ministro das Finanças, Geraldo Martins, que foi absolvido.

Para Octávio Lopes, do coletivo de advogados do PAIGC, "esta tentativa de reabertura do processo não se pode dissociar do momento e do contexto político" com a aproximação de eleições, nomeadamente legislativas anunciadas para 24 de novembro e presidenciais reclamadas para este ano, mas que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que termina o mandato em fevereiro, só quer marcar para o final de 2025.

"Era necessário reabilitar, ressuscitar algum instrumento, sob a capa de processo, que pudesse permitir essa decisão final de o impedir de participar nas eleições", afirmou o advogado para quem "o modo inconfesso, a razão não assumida deste processo, o fim último visado deste processo é tão e só impedir o engenheiro Domingos Simões Pereira de se apresentar como candidato presidencial nas próximas eleições presidenciais".

Os advogados consideraram que "é pouco expectável que assim seja, porque, independentemente de alguns atos isolados de magistrados identificados", creem e mantêm "a confiança no poder judicial no seu todo".

Para o jurista, trata-se de "um processo 'kafkiano', em que o visado nunca foi notificado, não tem conhecimento técnico deste processo, foi investigado, foi julgado e condenado sem que nunca tivesse qualquer intervenção no processo".

Os advogados do PAIGC entendem que o empréstimo que deu origem a este processo, que se arrasta há anos pelos tribunais guineenses, foi uma "medida política para que, resultado dessa maior disponibilidade financeira e de tesouraria, o Governo estivesse em condições de melhor atender aos setores sociais de maior fragilidade, quer seja a educação, quer seja a saúde".

"É esta a orientação política que o primeiro-ministro dá ao ministro das Finanças, em estrito cumprimento do programa do Governo. O que sucede é que o Ministério Público avoca a si a competência de proceder à fiscalização política do mérito da decisão de orientação do primeiro-ministro", argumentou.

A intervenção do Ministério Público é interpretada pelos advogados como uma "violação do princípio da separação de poderes" e, por isso, inconstitucional, na medida em que pretende exercer "funções de fiscalização política que a Constituição confere ao parlamento".

O que disseram entender como a "judicialização das questões políticas", o que terá como resultado o que denominam de "um governo de juízes".

"Vão acabar por ser os juízes, o poder judicial no seu todo, a manter-se esta prática inconstitucional, a decidir sobre o mérito das questões políticas, se o investimento na educação é oportuno ou é conveniente, se o investimento na saúde é prioritário, se o investimento nas infraestruturas deve anteceder ou suceder ao investimento na Justiça", concretizou Octávio Lopes.

"Não é esta a função do poder judicial, não é este o mandato constitucional do poder judicial e muito menos atribuições e funções constitucionais do Procurador-Geral da República", afirmou.


Leia Também: A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana afastou hoje o cenário de "enchimento de urnas" nas eleições gerais de outubro, como receia a oposição, assinalando que partidos e eleitorado estão atentos à forma como vai decorrer o escrutínio. 

"O Hezbollah tem de decidir o que quer ser: um partido político no Líbano ou um grupo terrorista"

 O comentador Francisco Pereira Coutinho diz que as próximas semanas vão ser decisivas, sobretudo para o Hezbollah, uma vez que tem de tomar uma decisão no que concerne à sua posição face a Israel


Leia Também:  As forças armadas israelitas confirmaram hoje que mataram o líder do movimento islamita palestiniano Hamas no Líbano durante a noite, onde está a realizar ataques contra o Hezbollah libanês.


Direção-Geral do hotel Malaica, em conferência de imprensa...


 Radio TV Bantaba

Partido dos Trabalhadores Guineenses PTG, integra a Coligação Eleitoral, PLATAFORMA REPUBLICANA "NÔ CUMPU GUINÉ".

Radio Voz Do Povo 

Estudo. Proteínas na urina das grávidas podem prever doenças cardiovasculares... A conclusão é de um estudo divulgado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

© Shutterstock   Por Lusa   30/09/24  

A presença de determinadas proteínas na urina das grávidas pode ajudar a identificar as que correm maior risco de desenvolver problemas cardíacos no pós-parto, indica um estudo hoje divulgado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

O trabalho, que foi publicado no final de junho na Scientific Reports (grupo Nature), analisou as proteínas presentes na urina (proteoma) de 59 grávidas, das quais 32 eram saudáveis e 27 tinham pelo menos um fator de risco cardiovascular.

Em comunicado, a FMUP descreve que foram realizadas medições durante o terceiro trimestre de gravidez e seis meses após o parto.

Tendo em conta que a gravidez obriga o corpo da mulher a adaptar-se ao crescimento e desenvolvimento do feto e que o coração é um dos órgãos que sofrem ajustes, como um aumento da massa do ventrículo esquerdo, o principal objetivo deste estudo era a identificação do perfil de proteínas na urina de mulheres sem fatores de risco e com fatores de risco, nomeadamente obesidade e/ou hipertensão e/ou diabetes tipo 2 ou gestacional.

Entre as 342 proteínas presentes na urina consideradas, a investigação identificou 17 proteínas relacionadas com alterações cardíacas persistentes após o parto, nomeadamente com o aumento da massa do ventrículo esquerdo.

Os autores concluíram que as proteínas identificadas na urina podem indicar como o coração se readapta após a gravidez.

Algumas dessas proteínas sinalizam "uma recuperação mais lenta do ventrículo esquerdo, enquanto outras indicam um retorno mais rápido à condição normal", é descrito na síntese enviada à Lusa.

Assim, estas proteínas poderão funcionar como biomarcadores, refletindo as mudanças estruturais e funcionais que ocorrem no coração durante e após a gravidez, ou seja poder-se-á sinalizar grávidas com maior probabilidade de desenvolver alterações cardiovasculares, nomeadamente uma remodelagem cardíaca incompleta, que parece ser precursora do desenvolvimento das doenças cardiovasculares a longo prazo.

"Esta abordagem salienta a pertinência de um acompanhamento mais próximo dessas mulheres principalmente após a gravidez", alertam os investigadores, citados no comunicado da FMUP.

Distinguido com o Prémio Saúde Cardiovascular da Mulher pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia conjuntamente com a Organon no Congresso Português de Cardiologia 2024, este estudo é parte integrante do projeto PERIMYR, uma iniciativa que visa aprofundar o conhecimento sobre os riscos cardiovasculares durante a gravidez e no período pós-parto.

Participaram neste estudo Inês Falcão Pires, António Barros, Ana Ferreira, Fábio Trindade, Juliana Morais, Sílvia Diaz, Francisca Saraiva, Carla Sousa, Carla Ramalho, Rui Vitorino e Adelino Leite-Moreira, da FMUP e UnIC@RISE/RISE-Health, Ana Paula Machado, da ULS de São João, Maria João Azevedo, da University of Amsterdam e Vrije Universiteit Amsterdam, Thibaut Douché e Mariette Matondo, da Proteomic Platform, Mass Spectrometry for Biology Unit, Institut Pasteur, Université Paris Cité.


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O movimento islamita palestiniano Hamas anunciou hoje que o líder do grupo no Líbano, Fatah Sharif Abu Al Amin, foi morto, num ataque aéreo contra o sul do Líbano, atribuído a Israel.

© Lusa    Por Lusa  30/09/24 

 Líder do Hamas no Líbano morto num ataque aéreo

O movimento islamita palestiniano Hamas anunciou hoje que o líder do grupo no Líbano, Fatah Sharif Abu Al Amin, foi morto, num ataque aéreo contra o sul do Líbano, atribuído a Israel.

"O comandante Fatah Sharif morreu hoje de madrugada após uma operação terrorista e criminosa de assassínio num ataque aéreo que teve como alvo toda a sua família na sua casa no campo de refugiados de Al Bass, no sul do Líbano" disse o Hamas.

Num comunicado, o grupo disse que o alegado ataque israelita vitimou, além de Fatah Sharif, descrito como membro da liderança do Hamas no estrangeiro, a esposa, o filho e a nora.

A agência de notícias oficial libanesa ANI avançou um ataque aéreo contra o campo, situado junto à cidade de Tiro, no sul do país.

O exército israelita anunciou que aviões de combate atingiram dezenas de alvos do Hezbollah na região de Bekaa, no leste do Líbano, durante a madrugada, incluindo "dezenas de lançadores e edifícios onde as armas foram armazenadas".

Israel "continuará a atacar à força, a danificar e a degradar as capacidades militares e as infra-estruturas do Hezbollah", acrescentaram as forças armadas.

Os ataques contra o leste do Líbano causaram pelo menos 105 mortos, de acordo com um balanço oficial.

Horas antes, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) anunciou a morte de três dirigentes num ataque que visou um edifício residencial no centro de Beirute, atribuindo a ação a Israel.

"Mohammad Abdel-Aal (...), chefe do departamento de segurança militar, Imad Odeh, membro do (...) comando militar no Líbano, e Abdelrahmane Abdel-Aal morreram mártires após um cobarde assassínio perpetrado por um avião sionista de ocupação em Cola", um bairro predominantemente sunita de Beirute, indicou a FPLP, logo após o ataque, num comunicado divulgado no portal oficial do movimento.

A FPLP, uma organização palestiniana secular de esquerda, descrita como terrorista por Israel e pela União Europeia, tem apoiado as operações do movimento xiita libanês Hezbollah contra o norte de Israel, desde outubro de 2023, em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas.

Uma fonte da segurança do Líbano disse que pelo menos quatro pessoas morreram hoje num ataque de um 'drone' israelita, uma aeronave não tripulada, que visou um edifício residencial em Beirute.

Caso se confirme a autoria do ataque, trata-se da primeira incursão israelita no centro da capital libanesa desde o ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023.

Segundo a fonte, citada pela agência de notícias francesa France--Presse, o apartamento alvo do ataque pertence à Jamaa Islamiya.

Formado em 1960, este grupo islamita libanês -- um ramo da organização islâmica radical Irmandade Muçulmana no Líbano - tem também apoiado as operações do Hezbollah contra o norte de Israel.

Israel respondeu com ataques aéreos que já mataram o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.


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Hezbollah nega eleição de Hashem Safi al-Din como novo líder

O grupo xiita libanês Hezbollah negou esta segunda-feira que o clérigo Hashem Safi al-Din tenha sido eleito como novo secretário-geral do movimento político e armado da organização.


Aqueles que não possui nem demonstra honestidade, que tem a intenção de ludibriar serão deixados sozinhos... Aqueles que são honesto serão martelados...

 

Proibidos telemóveis e máquinas nas cabines de voto em Moçambique

© Lusa     Por Lusa   30/09/24  

O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) de Moçambique proibiu o uso de telemóvel e máquinas fotográficas nas cabines de voto das eleições gerais de 09 de outubro.

De acordo com uma instrução, é decidida a proibição do uso do telemóvel e máquinas fotográficas nas cabines, bem como o "porte de carteiras, mochilas e outros objetos similares, durante as operações eleitorais, por parte dos sete membros da mesa da assembleia de voto".

Além disso, num outro artigo, é definida a proibição "para todos os cidadãos" do "uso do telemóvel, máquinas fotográficas, porte de carteiras, mochilas e outros objetos similares nas cabines".

"O uso do telemóvel deve ser feito fora da sala onde foi constituída e funciona a mesa da assembleia de voto, de modo a não perturbar o decurso normal das operações eleitorais", lê-se ainda no documento, de 26 de setembro, sendo que apenas se admite a exceção do uso do telemóvel pelo presidente da assembleia de voto, "sempre que tiver necessidade de estabelecer contacto" com o STAE.

A instrução visa a materialização de uma deliberação da Comissão Nacional de Eleições, sobre a "restrição do uso de telefone, proibição de porte de carteiras, mochilas e outros objetos similares durante as operações eleitorais" nas mesas das assembleias de voto.

Moçambique realiza em 09 de outubro as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, de acordo com dados da Comissão Nacional de Eleições.

Concorrem à Presidência da República Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido mais representado no parlamento, e Venâncio Mondlane, ex-membro e ex-deputado da Renamo, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), movimento sem representação parlamentar.


Leia Também: O candidato presidencial Venâncio Mondlane avisou este domingo em Montepuez, norte de Moçambique, que após "50 anos de humilhação e de roubo", o "tsunami" pós eleições gerais de 09 de outubro "vai rebentar com tudo", porque "desta vez acabou".

Pelo menos 193 pessoas morreram no Nepal na sequência de inundações e deslizamentos de terras provocados por chuvas torrenciais, nomeadamente na capital Katmandu, de acordo com um novo balanço oficial hoje divulgado.

© Getty Images    Por Lusa   30/09/24  

 Cheias e inundações causam pelo menos 193 mortos no Nepal

Pelo menos 193 pessoas morreram no Nepal na sequência de inundações e deslizamentos de terras provocados por chuvas torrenciais, nomeadamente na capital Katmandu, de acordo com um novo balanço oficial hoje divulgado.

Um anterior balanço, divulgado no domingo, dava conta de 170 vítimas mortais e várias dezenas de pessoas desaparecidas.

Num comunicado, a polícia do Nepal referiu que 31 pessoas ainda estavam desaparecidas e 96 pessoas ficaram feridas em todo o país dos Himalaias, onde os esforço de busca e salvamento foram intensificados.

Muitas das mortes ocorreram em Katmandu, que sofreu fortes chuvas, inundando grande parte do sul da capital.

Pelo menos três autocarros com destino a Katmandu, que tinham ficado presos em engarrafamentos numa autoestrada a sul da cidade, foram soterrados por um deslizamento de terras que matou pelo menos 35 pessoas.

As três autoestradas que ligam a capital ao resto do país foram bloqueadas por deslizamentos de terras.

"A nossa prioridade é a busca e o salvamento, incluindo as pessoas que estão presas nas estradas", disse à agência de notícias France-Presse o porta-voz do Ministério do Interior, Rishi Ram Tiwari.

O exército nepalês indicou já ter realizado mais de quatro operações de retirada de pessoas, nomeadamente com recurso a helicópteros, lanchas e botes salva-vidas.

Bulldozers e outras máquinas de escavação foram utilizadas para limpar as estradas.

A paralisação da rede rodoviária provocou a escassez de produtos hortícolas na capital, cujos preços aumentaram significativamente.

"Normalmente recebemos 600 a 700 toneladas de legumes todos os dias, ontem [domingo] só recebemos 156 toneladas", disse Binay Shrestha, um grossista num dos principais mercados de Katmandu.

"A produção está disponível, mas está bloqueada pelo estado das estradas", acrescentou.

Grandes zonas do leste e do centro do país foram atingidas por cheias desde sexta-feira, tal como distritos inteiros de Katmandu.

De acordo com o Departamento de Hidrologia e Meteorologia, uma estação no aeroporto de Katmandu registou 240 milímetros de chuva, o nível mais elevado desde 2002.

O tempo melhorou a partir de domingo, depois de três dias de chuvas de monção, facilitando os trabalhos de resgate e limpeza.

Os voos domésticos foram retomados na manhã de domingo de e para Katmandu, depois de terem sido totalmente suspensos a partir da noite de sexta-feira. Mais de 150 voos foram cancelados.

O Governo nepalês anunciou o fecho de escolas e universidades no país durante três dias.

A época das monções começou em junho e geralmente prolonga-se até meio de setembro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, transmitiu no domingo ao homólogo do Nepal uma mensagem de condolências e "profunda solidariedade" pelas "trágicas consequências" provocadas pelas cheias, refere uma breve nota publicada no portal da Presidência.


Leia Também: O furacão Helene causou pelo menos 93 mortos no leste e sudeste dos Estados Unidos, incluindo na Carolina do Norte, onde as autoridades declararam o estado de calamidade para facilitar a assistência à população afetada.