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sábado, 20 de abril de 2024
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu hoje aos palestinianos unidade contra Israel, no final da sua reunião com o líder do grupo islamita Hamas, Ismail Haniyeh, em Istambul.
© REUTERS/Bernadett Szabo
Por Lusa 20/04/24
Erdogan pede unidade contra Israel após reunião com líder do Hamas
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu hoje aos palestinianos unidade contra Israel, no final da sua reunião com o líder do grupo islamita Hamas, Ismail Haniyeh, em Istambul.
"É vital que os palestinianos atuem em unidade neste processo. A resposta mais forte a Israel e o caminho para a vitória é através da unidade e da integridade", disse Erdogan, de acordo com um comunicado de imprensa da presidência turca.
Após as recentes tensões militares entre Israel e o Irão, Erdogan sublinhou que "o que aconteceu não deve fazer Israel ganhar terreno e que é importante agir de uma forma que mantenha o foco em Gaza", afirma o texto, aludindo à guerra que se prolonga há mais de seis meses entre as forças de Telavive e o Hamas no enclave palestiniano.
Segundo o comunicado de imprensa, o chefe de Estado garantiu também que a Turquia "continuaria a sua ajuda humanitária à Palestina, a fim de aliviar tanto quanto possível o sofrimento" da população da Faixa de Gaza.
A Turquia, que é um dos principais países a prestar ajuda à população do território palestiniano, já enviou 45 mil toneladas de alimentos e medicamentos para a região.
Erdogan também lembrou que o seu país tomou "uma série de sanções contra Israel, incluindo restrições comerciais", estas últimas desde 09 de abril.
O Presidente turco avisou que "um dia Israel pagará o preço pela opressão que inflige aos palestinianos" e lembrou que o seu país, que não reconhece o Hamas como uma organização terrorista, "continuará a denunciar os massacres [de Israel]em Gaza em todos os fóruns".
Da mesma forma, assegurou que a Turquia está a fazer "todos os esforços para estabelecer o Estado independente da Palestina, fundamental para trazer a paz permanente à região", dois dias após os Estados Unidos terem vetado no Conselho de Segurança um pedido de integração plena nas Nações Unidas.
O encontro de mais de duas horas entre Erdogan e o líder palestiniano acontece logo após um alegado ataque israelita ao Irão, numa aparente retaliação pela ofensiva há uma semana de Teerão, que lançou centenas de 'drones' e mísseis contra solo israelita, maioritariamente intercetados.
Esta ação militar foi, por sua vez, uma resposta ao bombardeamento de instalações consulares de Teerão em Damasco em 01 de abril, que matou várias pessoas, incluindo dois oficiais superiores da Guarda Revolucionária iraniana.
A tensão entre Israel e o Irão aumentou significativamente desde a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, que se seguiu ao ataque do grupo palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023.
O Irão apoia o Hamas, que é qualificado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, bem como outros movimentos hostis a Telavive, incluindo o grupo xiita libanês Hezbollah e os Huthis do Iémen.
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Forças ucranianas lançam ataques contra oito regiões russas
© Lusa
Por Lusa 20/04/24
A Ucrânia lançou 'drones' contra oito regiões russas na madrugada de hoje, atingindo um depósito de combustível e três subestações de eletricidade, disse uma fonte da defesa ucraniana.
"Pelo menos três subestações elétricas e um depósito de combustível foram atingidos e incendiaram-se", disse a fonte à agência francesa AFP.
A mesma fonte declarou que o ataque visou "as infraestruturas energéticas que abastecem o complexo militar-industrial russo".
O ataque resultou de uma operação conjunta do Serviço de Segurança da Ucrânia, do serviço de informações do Ministério da Defesa e das Forças de Operações Especiais das Forças Armadas, segundo a agência ucraniana Ukrinform.
O Ministério da Defesa russo disse que as defesas antiaéreas intercetaram 50 aeronaves sem tripulação lançadas pelas forças ucranianas contra oito regiões da Rússia, incluindo Moscovo.
Foram destruídos 26 'drones' na região fronteiriça de Belgorod, 10 em Bryansk, oito em Kursk, dois em Tula e um em cada uma das regiões de Smolensk, Ryazan, Kaluga e Moscovo, precisou o ministério, citado pela agência oficial TASS.
O ministério russo não referiu se outros 'drones' atingiram alvos.
Numa outra notícia da TASS, o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, disse que uma mulher grávida morreu num bombardeamento ucraniano contra a aldeia de Novaya Tavolzhanka.
"Os médicos fizeram todos os possíveis para salvar a mãe e a criança. Mas, para nossa grande tristeza, a mulher e o bebé por nascer morreram devido aos ferimentos", escreveu Gladkov nas redes sociais.
"Mais três pessoas ficaram feridas", acrescentou.
Desconhece-se se se trata do mesmo ataque referido pelo Ministério da Defesa russo e anunciado pela Ucrânia.
A Ucrânia, que enfrenta uma ofensiva russa há dois anos, intensificou os ataques contra a Rússia nas últimas semanas, visando sobretudo as infraestruturas de petróleo e de gás.
Kiev prometeu levar os combates para solo russo como retaliação pelos numerosos bombardeamentos no seu território.
O governador da região ocidental de Smolensk tinha dito anteriormente que a Ucrânia tinha lançado 'drones' contra "uma instalação petrolífera e energética" na madrugada de hoje, mas que a unidade não tinha sido encerrada.
"As forças de defesa aérea abateram os veículos aéreos. No entanto, como resultado da queda de detritos, um tanque contendo combustível e lubrificantes pegou fogo", disse Vasily Anokhin, citado pela AFP.
A guerra em curso, com um número de vítimas por contabilizar, foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro de 2022.
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PAIGC DENUNCIA PAGAMENTO DE SOMAS AVULTADAS A EMPRESA ADG COMERCIAL
O DEMOCRATA /Notabanca / Gervasio Silva Lopes 19/04/2024
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou que recentemente, o Ministério das Finanças terá efetuado pagamentos de somas avultadas à empresa ADG Comercial SARL, no valor de quatrocentos milhões de francos CFA, supostamente destinados ao pagamento da dívida de aquisição de 8000 toneladas de arroz, alegadamente importadas anteriormente, e à companhia SONNIG INTERNACIONAL PRIVATE JET LIMITED no valor de um milhão e duzentos mil euros para o fretamento do avião para viagem do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
Em comunicado com a data de 18 de abril de 2024, consultado pelo O Democrata, o PAIGC afirma que “a saga de ordens superiores” está a ganhar forma na administração das Finanças Públicas, sobrepondo-se ao regulamento para levantamentos que, segundo o partido, previamente, requer a anuência do Conselho de Ministros ou autorização do Comité de Tesouraria e a realização de concursos públicos.
“De sublinhar o fato de todos esses pagamentos configurarem negócios duvidosos, em benefício do regime de Umaro Sissoco Embaló, em contraste com a grave crise que se assiste na Guiné-Bissau, com o aumento dos níveis de precariedade, evidenciados no aumento galopante do preço dos produtos básicos, nomeadamente o arroz, nas greves em setores sociais chaves como saúde e educação, associados aos riscos de um novo fracasso da campanha de comercialização da castanha de cajú, com todos os reflexos no agravamento da vida da população guineense” lê-se no comunicado.
O Partido vencedor das últimas eleições legislativas que, neste momento, está na oposição, exige do Ministério Público a instauração de mecanismos de inquéritos ou averiguação para a sustentabilidade das operações de pagamento feitos pelo governo e consequentemente acionar as medidas adequadas nos termos da Lei e da Constituição da República.
“Condenar este uso irresponsável e abusivo do erário público por parte deste executivo e do Ministro das Finanças, que não dispõe de Orçamento e tem realizado despesas em duodécimos, obedecendo estritamente a ordem superior, em prol dos interesses ou benefícios do atual regime” condenou, repudiando e condenando o facto de continuarem detidos 2 membros do governo de PAI TERRA RANKA, “alegadamente por terem efetuado pagamentos a um grupo de empresas com as quais o Estado tinha contraído dívidas, e exige “a soltura imediata” de Suleimane Seide, ex- Ministro da Economia e Finanças, António Monteiro, ex- Secretário de Estado do Tesouro, enquanto se aguarda pelo julgamento.
Por fim, o PAIGC acusa o atual regime de ter sido permeável e cúmplice na gestão “danosa dos fundos públicos, com agravamento de, em alguns casos, obstruir o trabalho das instâncias judiciais”.Por: Tiago Seide
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