sábado, 25 de maio de 2024

A República Centro-Africana (RCA) tornou-se o primeiro país do mundo a receber uma nova vacina contra a malária, a R21/Matrix-M, aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em outubro passado, informou a agência da ONU.

© Lusa
Por Lusa  25/05/24 

 RCA torna-se primeiro país a receber nova vacina contra a malária
A República Centro-Africana (RCA) tornou-se o primeiro país do mundo a receber uma nova vacina contra a malária, a R21/Matrix-M, aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em outubro passado, informou a agência da ONU.


Bangui, 25 mai 2024 (Lusa) -- A República Centro-Africana (RCA) tornou-se o primeiro país do mundo a receber uma nova vacina contra a malária, a R21/Matrix-M, aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em outubro passado, informou a agência da ONU.

Num comunicado divulgado na noite de sexta-feira, a OMS afirmou que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) entregou nesse mesmo dia mais de 43.000 doses por via aérea à capital centro-africana, Bangui, devendo chegar mais de 120.000 nos próximos dias.

"[A RCA é] o primeiro país a receber a vacina contra a malária 'R21' para uso na imunização infantil de rotina, marcando mais um passo em frente na prevenção da doença e salvando a vida das crianças", disse a organização.

Em 2021, a OMS já recomendava o uso da vacina 'RTS,S/AS01', mais conhecida por 'Mosquirix', em áreas de transmissão moderada e alta da malária.

Desde 2019, num programa coordenado pela OMS, o Gana, o Quénia e o Maláui administraram a vacina a mais de dois milhões de crianças, registando uma queda de 13% nas mortes e uma redução substancial da malária grave.

Em 2023, o organismo aprovou o lançamento da 'Mosquirix', além da aprovação de uma segunda vacina, a 'R21/Matrix-M'. Agora, a RCA é o primeiro país a receber a vacina para uso de rotina.

"Com dois produtos agora disponíveis para os países, o aumento do fornecimento de vacinas contra a malária é um ponto de viragem para a sobrevivência e a saúde das crianças", afirmou a diretora da Divisão de Abastecimento da UNICEF, Leila Pakkala.

A malária é uma das doenças mais letais do mundo, matando cerca de meio milhão de crianças com menos de cinco anos todos os anos em África.

A RCA tem uma das taxas de incidência de malária mais elevadas do mundo.

A OMS estima que, em 2022, foram registados no país pouco mais de 1,7 milhões de casos de malária, provocando 5.180 mortes.

A República Centro-Africana, juntamente com o Chade, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Moçambique, Nigéria, Sudão do Sul e Uganda estão a preparar-se para receber remessas de R21/Matrix-M.

A malária é uma doença causada por parasitas transmitidos aos seres humanos através da picada de mosquitos 'Anopheles' infectados.

A África é a principal fonte mundial de infeção por malária, sendo responsável por cerca de 95% das mortes por paludismo a nível mundial e 94% dos casos até 2022.

Leia Também: Fundo Global alarga apoio à luta contra malária, HIV e tuberculose em Angola  



Sem comentários:

Enviar um comentário