domingo, 27 de agosto de 2023

CPLP renova mandato de Zacarias da Costa como secretário-executivo

© Getty Images

POR LUSA   27/08/23 

Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reconduziram hoje, para um segundo mandato como secretário-executivo, o timorense Zacarias da Costa, que se comprometeu a concretizar os objetivos da presidência são-tomense.

Reunidos na 14.ª cimeira da CPLP, que decorre hoje em São Tomé, os nove Estados-membros reconduziram "com satisfação, o secretário-executivo da CPLP, Dr. Zacarias Albano da Costa, indicado pela República Democrática de Timor-Leste, para o segundo mandato (2023-2024)", lê-se na declaração final.

Dirigindo-se aos líderes lusófonos, o secretário-executivo renovou o seu "compromisso de servir" a CPLP, bem como de "trabalhar no sentido de promover os objetivos e ações que contribuam para a realização do tema proposto por São Tomé e Príncipe", durante os próximos dois anos - "Juventude e Sustentabilidade".

Zacarias da Costa declarou ainda o seu "empenho pessoal" e a "total disponibilidade do secretariado-executivo para apoiar e concretizar os desígnios da presidência são-tomense" da organização lusófona.

O responsável transmitiu também um "sincero e profundo reconhecimento pela honra" de ser reeleito e agradeceu às autoridades timorenses "pelo voto renovado da confiança".

A CPLP, que integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, realiza hoje a 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo, em São Tomé e Príncipe, sob o lema "Juventude e Sustentabilidade".


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Guiné-Bissau assume próxima presidência rotativa da CPLP

© Lusa

POR LUSA    27/08/23 

Vai suceder a São Tomé e Príncipe, onde decorre a 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP.

A Guiné-Bissau vai assumir a próxima presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entre 2025 e 2027, sucedendo a São Tomé e Príncipe, que assumiu hoje a liderança da organização.

O anúncio foi feito pelo Presidente da República de São Tomé, Carlos Vila Nova, na 14.º conferência de chefes de Estado e de Governo, que decorre hoje naquele país.


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Jose Carlos Macedo Monteiro, deputado da nação círculo 16_Gabú, está em conferência de imprensa



Por Radio Voz Do Povo 

O Presidente da Associação Nacional de Retalhistas, Aliu Saide está em confêrencia de imprensa.



 Radio Voz Do Povo 

DISCURDO PRESIDENTE DA REPÚBLICA GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ NA CIMEIRA DA CPLP - SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Fonte:  Presidência da República da Guiné-Bissau

CIMEIRA DA CPLP - SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE 

Excelentíssimos Senhores Chefes de Estado e de Governo,

Senhores Primeiros-Ministros,

Distintos Ministros,

Minhas Senhoras e meus Senhores

Permitam-me, antes de mais, agradecer o Senhor Carlos Manuel Vila Nova, Presidente da República de São Tomé e Príncipe, pela receção calorosa que me foi reservada a mim e à minha delegação, e também pelas excelentes condições de trabalho que foram criadas para a realização e o sucesso desta Décima Quarta Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP.   Apresento-lhe ainda as minhas felicitações pela sua eleição como Presidente da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, formulando votos de muitos sucessos.

Felicito igualmente o senhor Presidente da República de Angola João Lourenço, Presidente cessante da Conferência dos Chefes de Estado da CPLP pelo excelente trabalho desenvolvido durante o mandato que acaba de terminar.

Senhor Presidente,

Há 27 anos, no mês de julho de 1996, nascia a CPLP com a aprovação da sua Declaração Constitutiva.

Desde então, a nossa Comunidade cresceu.

 Tornou-se internamente mais próxima dos cidadãos e mais presente na comunidade internacional. Os nossos Governos e parlamentos conceberam e aprovaram mais e mais instrumentos de uma cooperação multifacetada e estreita entre os nossos países.

A concertação política e diplomática entre os Estados-membros da CPLP tornou-se uma prática perfeitamente normalizada. Enfim, a promoção internacional da Língua Portuguesa - a veia histórica e cultural que nos liga -, é uma constante que se reforça.

Ainda a propósito dessa dimensão linguística internacional, importa salientar o seguinte: na organização sub-regional da África Ocidental, a CEDEAO, foi quebrada definitivamente aquela perceção de uma certa ‘anormalidade lusófona’ no âmbito da CEDEAO, uma situação que não podia continuar.

Como Chefe de Estado da Guiné-Bissau, assumi desde o início da minha magistratura, a determinação  de trazer algo de novo na maneira de assumir  a Presidência da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), função que exercemos no período de 2022 a 2023 e que culminou com a realização, em Bissau, da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO. Foi, pois, a primeira presidência lusófona da CEDEAO desde 1975, facto esse que representou, sem dúvida, uma projeção nova da diplomacia praticada em língua portuguesa.

Senhor Presidente,

Escolher a “Juventude e a sustentabilidade da CPLP” como tema central desta Cimeira, é de uma pertinência indiscutível.  De facto, não há nenhuma sustentabilidade que resista à prova do tempo – da CPLP como de qualquer outro empreendimento humano -, se não contar com o suporte e, mais ainda, com a apropriação por parte da própria juventude –, até porque é ela a única e verdadeira portadora do futuro.

Na Guiné-Bissau, 20% da população concentra-se na faixa dos 15 aos 24 anos. Dos 15 aos 30 anos, atinge quase 29%. Dos 15 aos 34 anos eleva-se a 34% da população guineense. Em África, uma dinâmica demográfica como a guineense está longe de representar uma exceção. Mas mesmo noutros países com um quadro demográfico diferente, nenhuma circunstância questiona a importância crucial da juventude na construção sustentada de um futuro melhor.    

Penso como teria sido interessante contar com um encontro da juventude da CPLP, como evento que tivesse precedido esta nossa Cimeira! Um evento que, hoje trouxesse, até nós, o olhar jovem, a visão ambiciosa e inovadora dos jovens empreendedores nos setores crucias para o nosso futuro: nas tecnologias indispensáveis para configurar nos nossos países uma verdadeira economia de desenvolvimento sustentável.

Particularmente para os países africanos, o problema de construção de um futuro de paz, prosperidade e vida digna para os seus povos tem sido posto em termos de investimento prioritário na juventude para capitalizar o dividendo demográfico que ela representa. De facto, é este o caminho a seguir.

Creio poder afirmar que ao anunciar uma orientação política para a juventude em prol da sustentabilidade, esta Cimeira marca a agenda da CPLP e indica o rumo para o futuro.  

Muito obrigado.

Níger. Centenas queimam bandeira francesa e exigem retirada de tropas

© Lusa

POR LUSA    27/08/23 

Centenas de manifestantes nigerinos queimaram hoje a bandeira de França num protesto perto da base militar francesa em Niamey, próximo do aeroporto da capital, para exigir a retirada daquelas tropas do país.

Os manifestantes, na sua maioria jovens, concentraram-se perto da base aérea 101, nas imediações do aeroporto de Diori Hamani, onde a força aérea francesa está instalada, desde 2013, para apoio ao dispositivo francês antiterrorista de Barkhane, em conformidade com acordos assinados com o antigo exército nigeriano, conforme a EFE constatou no local.

Os participantes no protesto exigiram a retirada "imediata" das tropas francesas do país e a expulsão do embaixador francês em Niamey, Sylvain Itté, poucas horas antes do final do período de dois dias concedido ao diplomata pela junta militar golpista no poder para deixar o território nigeriano.

Os manifestantes também entoaram palavras de ordem contra a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que impôs duras sanções económicas contra o Níger e ameaça com ação militar contra os líderes do golpe, caso se recusem a restaurar a ordem constitucional.

Um forte dispositivo de segurança foi implantado no local, há várias semanas, e as tropas nigerinas impediram vários manifestantes que tentavam escalar os muros para aceder ao complexo militar.

"A França é uma sanguessuga que suga o sangue dos nigerinos", lia-se nalgumas mensagens escritas pelos manifestantes que também hastearam as bandeiras da Rússia, do Burkina Faso e do Mali, países que rejeitam a intervenção militar no Níger.

Antiga potência colonial, a França tem importantes interesses económicos no país africano e destacou 1.500 soldados no âmbito da cooperação antiterrorista entre os dois países.


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O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas chegou ontem ao princípio da tarde à capital são-tomense para participar nos trabalhos da 14ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP.

 Presidência da República da Guiné-Bissau


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O Presidente da República de S. Tomé e Principe, Carlos Vila Nova, país anfitrião da 14ª Cimeira da CPLP, deslocou-se à residência do Presidente da República, General Úmaro Sissoco Embaló para uma visita de cortesia.

Marcelo defende que Guiné-Bissau deve assumir próxima presidência da CPLP

Por  SIC Notícias    27/08/23

O Presidente da República considerou que "é isso que está decidido e é isso que deve ser consagrado nesta cimeira", recusando uma alteração das regras da presidência da CPLP.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou no sábado que deve ser a Guiné-Bissau a assumir a próxima presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) por um mandato de dois anos.

"É muito simples. O que estava definido desde a cimeira de Luanda era que a Guiné-Bissau fosse o país escolhido e votado nesta cimeira", afirmou o chefe de Estado português à chegada a São Tomé e Príncipe, onde vai participar na cimeira da CPLP, este domingo.

Questionado pelos jornalistas sobre o apoio manifestado pelo primeiro-ministro, António Costa, à presidência da Guiné-Bissau da CPLP, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que "foi isso que foi objeto de consenso".

"Não vejo razão para deixar de ser, deve ser na Guiné-Bissau e por dois anos", defendeu.

O Presidente da República considerou que "é isso que está decidido e é isso que deve ser consagrado nesta cimeira", recusando uma alteração das regras da presidência da CPLP.

Marcelo Rebelo de Sousa viajou para São Tomé e Príncipe num avião da TAP e aterrou poucos minutos antes das 18:00 hora local (menos uma hora do que em Lisboa).

O chefe de Estado considerou que a realização desta cimeira em São Tomé e Príncipe constitui "uma grande vitória do povo e das autoridades" daquele país e disse esperar "uma grande reunião, cheia de sucesso".

"As conclusões são muito boas sobre o tema da juventude, o tema do desenvolvimento sustentável, sobre a importância que tem o clima, a redução da pobreza e das desigualdades, o aumento do emprego, a mobilidade, a transição na energia, a aproximação entre povos da CPLP, dentro da comunidade, e da comunidade em relação ao exterior", elencou, apontando que esta organização está "presente em todos os continentes".

Marcelo Rebelo de Sousa destacou também que existem "quatro chefes de Estado que foram entretanto eleitos entre a cimeira de Luanda e esta cimeira", nomeadamente do Brasil (Lula da Silva), Cabo Verde (José Maria Neves), São Tomé (Carlos Vila Nova) e Timor-Leste (José Ramos-Horta).

O Presidente da República realçou ainda o caso do Brasil que, "regressa em cheio a uma presença nas cimeiras da CPLP", depois de terem existido reuniões "em que a representação não esteve ao mais alto nível".

Sobre a juventude, o Presidente português apontou que em Portugal a sociedade está "muito envelhecida", ao contrário do que acontece noutros dos países da organização, mas apontou que muitos dos problemas com que todos estes jovens se veem confrontados "são os mesmos", sendo necessário encontrar em conjunto, nesta cimeira, uma "forma de corresponder aos seus anseios".

O primeiro-ministro, António Costa, expressou o apoio de Lisboa à presidência da Guiné-Bissau da CPLP, admitida pelo homólogo guineense, Geraldo Martins.

O chefe de Governo português, que chegou a São Tomé poucos minutos depois do Presidente da República, viajou no Falcon e fez uma escala técnica naquele país para cumprimentar o novo primeiro-ministro guineense.

Opinião: AUTÓPSIA, UMA NECESSIDADE URGENTÍSSIMA NA GUINÉ-BISSAU

  O DEMOCRATA  27/08/2023 

Nos últimos três anos, têm-se registado mortes repentinas de pessoas na Guiné-Bissau, sobretudo de jovens lúcidos e competentes, com visão técnico-científica, aptos para contribuírem para a elaboração de políticas públicas capazes de desenvolver o país. 

A essas “N” mortes não se fizeram autópsias nenhumas para se saber as causas das mortes. Não é admissível que a Juventude, a força motriz do nosso país, esteja a morrer “misteriosamente”, sem que as autoridades nacionais tomem a iniciativa de saber a verdade sobre as causas das mortes. 

Os nossos políticos dizem que não há, no concerto das Nações, um Estado pequeno. Aceito estas teorias baratas que só cabem na cabeça desses políticos. Um Estado que não é pequeno é aquele que consegue resolver o básico: garantir a saúde e a educação de qualidade para os seus cidadãos, igualdade social, criação de condições para investimento nacional e estrangeiro com vista a criação de emprego para o povo, sobretudo para a camada juvenil, etc. 

A pergunta que eu faço é a seguinte: será que o nosso Estado consegue garantir o mínimo à população?! Responde quem lê.

Nos países “grandes”, aqui prefiro referenciar apenas o país que cantamos todos os dias que nos deve a independência, Cabo Verde, nenhuma morte violenta, nomeadamente por acidente de trânsito ou de trabalho, homicídio ou suicídio, morte suspeita ou misteriosa, etc., que dê entrada no hospital sai sem a realização do exame necroscópico. O nosso vizinho, o Senegal, faz o exame necroscópico até nas regiões longínquas da capital Dakar, Ziguinchor por exemplo. 

Como é possível, passados quase meia centena de anos da independência, que a Guiné-Bissau não consiga até hoje equipar o único hospital de referência, Simão Mendes, com materiais sofisticados e a altura de diagnosticar uma doença e/ou morte súbita?

Falta-nos o sentido patriótico e de bem servir. Se não fosse isso, os nossos políticos que alguma vez dirigiram este país, não esbanjariam recursos em todas as campanhas eleitorais, compra de casas na Europa, construção de mansões em diferentes bairros da capital Bissau, cada vez que assumem funções no aparelho do Estado, sem que, pelo menos, tivessem piedade do povo, oferecendo-se para comprar materiais para equipar os nossos hospitais.

Governo e Parlamento, calhou-vos a sorte de fazer diferente. Não vejo o Presidente da República a opor-se a esse desígnio nacional. É preciso que nesta décima primeira legislatura, os deputados façam a lei sobre o exame necroscópico (a autópsia),  e, se for necessária a sua promulgação,  que o chefe de Estado vote SIM. Outrossim, é preciso que o atual governo atribua bolsas de estudo para a especialização dos nossos médicos, com vista a criação não só de um Instituto da Medicina legal, mas também de um Serviço de Verificação de Óbitos que se encarregará de executar os exames em corpos de pessoas que morram sem assistência médica nos nossos hospitais. 

Por: Tiago Seide 

Professor e Jornalista