© Leon Klein/Anadolu Agency via Getty ImagesNotícias ao Minuto 29/04/22
No início deste mês, o diretor da Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA) salientou que, apesar de não ter provas quanto ao uso de armas nucleares por parte da Rússia, essa possibilidade não pode ser encarada de ânimo leve.
Os Estados Unidos não acreditam que exista algum perigo de a Rússia levar as suas ameaças avante no que toca o uso de armas nucleares, apesar da retórica de Moscovo.
“Continuamos a monitorizar as capacidades nucleares [da Rússia] todos os dias o melhor que podemos, e não identificámos qualquer ameaça quanto ao uso de armas nucleares, nem qualquer ameaça ao território da NATO”, disse um oficial da Defesa dos EUA à Reuters, que permaneceu anónimo.
Recorde-se que Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, alertou na segunda-feira para o “perigo real” de uma III Guerra Mundial, criticando a posição da Ucrânia durante as negociações de paz, numa entrevista do governante a agências de notícias russas.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, reagiu a estas declarações na quarta-feira, classificando-as como “irresponsáveis”, não sendo “o que se deveria esperar de um poder nuclear moderno”.
Dois dias depois da ofensiva militar ter começado, o próprio presidente russo, Vladimir Putin, lembrou que tem armamento nuclear disponível, que poderá ser usado caso alguém ousar utilizar meios militares para tentar impedir a invasão russa da Ucrânia.
Ainda assim, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse esta semana que não esperava que os ‘falhanços’ militares russos na Ucrânia levassem aquele país a usar armas nucleares, acrescentando que o líder russo ainda tem oportunidade de colocar um ponto final ao conflito e retirar-se de solo ucraniano.
No início deste mês, William Burns, diretor da Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA), salientou que, apesar de não ter provas quanto ao uso de armas nucleares por parte da Rússia, essa possibilidade não pode ser encarada de ânimo leve.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva russa na Ucrânia já matou mais de 2.700 civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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