quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Greve na saúde - Secretário-geral da UNTG culpabiliza a classe governante pelas mortes ocorridas


Bissau, 22 Set 21 (ANG) – O Secretário- geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG)Júlio Mendonça aponta a classe governante como únicos culpados pelas mortes que possam  houver no Hospital Nacional Simão Mendes e em todos centros de saúde do país durante a greve dos técnicos de saúde, por tempo indeterminado, em curso desde  segunda feira.

Mendonça falava, esta quarta-feira, em conferencia de imprensa, em reação as declarações do porta-voz do governo e ministro do Turismo e Artesanato, Fernando Vaz que, segundo as quais o governo pondera mover uma queixa crime contra os técnicos  em greve no sector de saúde.

Disse que, o que o sindicato está a exigir não é, nem o pagamento de oito meses de dívida salarial, porque isso não consta no pré-aviso que entregaram, mas sim a organização do sistema de saúde e capacitação dos técnicos para melhor resposta junto da população, uma iniciativa que deveria  ser do próprio governo e não do sindicato.

ʺEstamos a chamar a atenção desde 2016, de que as coisas estão no limite e não podemos mais tolerar”, disse Mendonça
Aquele responsável sindical afirmou que a corrupção que existe neste momento no país não pode salvar vida das pessoas no hospital, e que estão prontos para responder na justiça porque estão tranquilos e confiantes na justiça.

Acrescentou que o pessoal de saúde em greve entregou, na hora, o pré-aviso, e diz que  ninguém se recusosu a prestar o serviço mínimo, que também se negoceia, conforme a lei.

Mendonça disse que ultimamente os serviços de saúde são prestados de forma normal porque se entendia que o governo ia pôr  a mão na consciência e voltar atrás para sentar a mesa com o sindicato mais. “Mas, pior de tudo, descontaram o salário dos técnicos”, referiu.
Alega que  é por causa da corrupção que as pessoas estão a morrer nos hospitais, porque não se pode comprar equipamentos de  diagnósticos das doenças, e ter fábrica de oxigénio.

Disse ter todos os elementos para provar a garantia de serviço mínimo no hospital Simão Mendes e ao nível nacional, e diz ainda existir um plano de serviço mínimo que foi anunciado pelos directores de diferentes  serviços do HNSM,e que o actual director de HNSM sabe muito bem que seus colegas médicos nunca deram costas à prestação de serviços mínimos.

ʺOntem quando estávamos a falar, não tínhamos conhecimentos de que militares foram colocados no hospital para trabalhar, e existem técnicos que foram para prestar serviços mínimos mas foram impedidos de entrar no hospital pelos seguranças”, informou.
Questionado se há algum  contado por parte do governo, Mendonça disse até aquela altura não, mas que na segunda-feira tinha recebido garantias da parte do governo, de enviar uma convocatória aos grevistas para uma reunião, o que não se verificou.

Médicos e enfermeiros do país observam uma paralisação que   declaram ser um “boicote”, não uma greve, e a situação  tem estado fora de controlo com pacientes a fugirem do hospital à procura de assistência noutras instituições hospitalares.

Houve mortes por falta de asistência em consequência da paralisação. 

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Guineense,
Após a conferência de imprensa hoje, mostra claro de que Júlio Mendonça é um político, para um observador atento, é exatamente o que parece- mais uma lamentável situação. 

Mais uma vez, não há de verdade nessa insinuação. 

As máscaras caem cada vez mais com os argumentos fracos de Júlio Mendonça, o objetivo é tentar ajudar o partido derrotado fazer oposição. 

É de lembrar de que, sou apoiante das vossas reivindicações nos primeiros momentos, mas agora as palavras lançadas por Júlio Mendonça mostra claramente aos cidadãos atentos de que o UNTG não marchava apenas contra os salários atrasados e os "subsídios milionários. Como também, é falsa de que estão a tentar ajudar o Governo, a concessão de créditos que UNTG tem hoje no País, é um papel vergonhoso e, igualmente falso a vossa posição pública. Na referida conferência de imprensa, a UNTG adotou medidas radicais contra o atual regime. E encarregar-se de partido político na oposição, com expressão antidemocrático, arrogância e de prepotência sem restruturar os seus argumentos. 

Falta de coerência na sua comunicação permitiu expor ao público as suas incongruências. Pondo em frente os seus argumentos radicais, os trabalhadores não podem contribuir para o bem estar -SOCIAL coletivo na Guiné-Bissau. Nestes casos – e, mais uma vez, só vergonha histórica, a UNTG não pode constituir a única possibilidade de um ato de capacidade psicológica, de humanismo na Guiné-Bissau. Por outro lado, compreende-se mal que vocês têm razão, imediatamente face as  exigências que eu pensava são importantes para o país. 

Da próxima vez saiba de que os seus argumentos podem ser efetivamente considerandos como vergonha da pátria, cuidado tens que fundamentar as suas declarações nas leis e devem ser  bem elaboradas.

Finalmente não resisto de questionar o seguinte: quando Aristides Gomes era Primeiro Ministro a UNTG teve o mesmo papel e os salários estavam em dia?
 Este sim, é que é um verdadeiro fraude institucional por via da política da UNTG.

 Pessoalmente sou testemunho disso, então a partir de hoje vão enganar maliciosamente os leitores fanáticos do PAIGC. 

Afirma o Democrata em ação.

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