terça-feira, 16 de julho de 2019
Santos Silva visita Guiné-Bissau no fim do mês para "retomar cooperação"
O ministro dos Negócios Estrangeiros português anunciou hoje que visitará no final deste mês a Guiné-Bissau, país com que Portugal espera retomar em breve os programas de cooperação.
"No dia a seguir [ao anúncio dos resultados] das eleições na Guiné-Bissau, telefonei para marcar uma visita imediata", explicou Augusto Santos Silva, durante uma audição pela comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
O chefe da diplomacia portuguesa adiantou que a sua deslocação à Guiné-Bissau decorrerá "entre os dias 25 e 27 deste mês" e terá como objetivo "retomar os programas de cooperação".
Santos Silva comentou que a cooperação com a Guiné-Bissau "esteve nos mínimos durante muito tempo".
As legislativas decorreram na Guiné-Bissau em 10 de abril, mas o Presidente da República, José Mário Vaz, só indigitou Aristides Gomes como primeiro-ministro quase quatro meses mais tarde e depois de ter recusado nomear para o cargo Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), vencedor das eleições.
O novo Governo foi nomeado a 03 de julho, quase quatro meses depois das eleições legislativas, e no último dia do prazo dado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
PMC/JH (MBA)// JH
Lusa/Fim
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Comunicado do Conselho de Ministros
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Candidatura de Carlos Gomes Júnior à Presidência da Guiné-Bissau pode causar cisões no PAIGC
Com o anúncio da candidatura independente de Carlos Gomes Júnior às presidenciais na Guiné-Bissau, está aberto o debate sobre uma eventual rutura no seio do PAIGC.
© DW/I. Danso Provided by Deutsche Welle
As ruturas têm sido recorrentes no Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) sempre que o assunto são as eleições presidenciais. Quando o partido escolhe um candidato, nem todos os militantes estão de acordo e, em diversas ocasiões, em detrimento do candidato indicado oficialmente, alguns preferem apoiar candidaturas independentes, como aconteceu em 2005, 2009, 2012 e em 2014.
Daí que já se discuta na Guiné-Bissau se a candidatura independente de Carlos Gomes Júnior, que liderou o PAIGC durante 12 anos (2002-2014), pode vir a causar alguma rutura no partido, cuja direção muitas vezes decide sancionar os militantes que desrespeitam a disciplina partidária.
"É uma possibilidade que não se pode descartar", diz o analista político Rui Semedo. "Carlos Gomes Júnior é uma figura que não só goza de popularidade a nível nacional, mas também a nível do próprio partido. Tudo vai depender do trabalho interno e do nível da fidelidade e da coesão interna do partido. Se isso vier a acontecer eu acho que também pode desgastar e muito as estratégias do partido", considera.
Rumo à estabilidade nacional?
A outra questão que se coloca é se, com uma eventual vitória eleitoral, Carlos Gomes Júnior, enquanto Presidente da República, será capaz de garantir a estabilidade almejada pelos guineenses. Rui Jorge Semedo tem algumas dúvidas, lembrando que "enquanto primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior não conseguiu fazer esse trabalho".
"Não sei se enquanto Presidente da República, realmente vai conseguir, tendo em conta uma relação de cumplicidade e de alguns atos, de conflitos com algumas lideranças militares. Isso pode ser um elemento fundamental, caso ele venha a ganhar as eleições", admite o analista.
Nas ruas de Bissau, muitos guineenses preveem mais divisões no seio do PAIGC, com a candidatura independente de Carlos Gomes Júnior.
"Eu acho que pode criar uma outra rutura em termos dos próprios militantes do partido que vão dispersar-se", afirma um estudante na capital guineense. Uma outra cidadã ouvida pela DW África considera, por sua vez, que Carlos Gomes Júnior "tem todas as condições para ganhar as eleições presidenciais, porque não lhe falta nada. A formação política tem suficiente, a postura e a conduta de um Presidente não lhe faltam".
Por outro lado, outro residente em Bissau fez questão de recordar um passado recente, desaconselhando a candidatura: "Ele é livre de se candidatar, mas recordando a situação que o fez sair da Guiné, acho que devia ponderar mais a questão da sua candidatura".
Recorde-se, que nas presidenciais de 2012, Carlos Gomes Júnior foi afastado, através de um golpe de Estado militar, quando se preparava para disputar a segunda volta do pleito, contra Kumba Ialá, entretanto já falecido.
Aguarda-se com muita expetativa a posição que será assumida pelo PAIGC, partido em que Carlos Gomes Júnior ainda é militante.
por:content_author: Iancuba Dansó (Bissau)
msn.com/pt-pt
© DW/I. Danso Provided by Deutsche Welle
As ruturas têm sido recorrentes no Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) sempre que o assunto são as eleições presidenciais. Quando o partido escolhe um candidato, nem todos os militantes estão de acordo e, em diversas ocasiões, em detrimento do candidato indicado oficialmente, alguns preferem apoiar candidaturas independentes, como aconteceu em 2005, 2009, 2012 e em 2014.
Daí que já se discuta na Guiné-Bissau se a candidatura independente de Carlos Gomes Júnior, que liderou o PAIGC durante 12 anos (2002-2014), pode vir a causar alguma rutura no partido, cuja direção muitas vezes decide sancionar os militantes que desrespeitam a disciplina partidária.
"É uma possibilidade que não se pode descartar", diz o analista político Rui Semedo. "Carlos Gomes Júnior é uma figura que não só goza de popularidade a nível nacional, mas também a nível do próprio partido. Tudo vai depender do trabalho interno e do nível da fidelidade e da coesão interna do partido. Se isso vier a acontecer eu acho que também pode desgastar e muito as estratégias do partido", considera.
Rumo à estabilidade nacional?
A outra questão que se coloca é se, com uma eventual vitória eleitoral, Carlos Gomes Júnior, enquanto Presidente da República, será capaz de garantir a estabilidade almejada pelos guineenses. Rui Jorge Semedo tem algumas dúvidas, lembrando que "enquanto primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior não conseguiu fazer esse trabalho".
"Não sei se enquanto Presidente da República, realmente vai conseguir, tendo em conta uma relação de cumplicidade e de alguns atos, de conflitos com algumas lideranças militares. Isso pode ser um elemento fundamental, caso ele venha a ganhar as eleições", admite o analista.
Nas ruas de Bissau, muitos guineenses preveem mais divisões no seio do PAIGC, com a candidatura independente de Carlos Gomes Júnior.
"Eu acho que pode criar uma outra rutura em termos dos próprios militantes do partido que vão dispersar-se", afirma um estudante na capital guineense. Uma outra cidadã ouvida pela DW África considera, por sua vez, que Carlos Gomes Júnior "tem todas as condições para ganhar as eleições presidenciais, porque não lhe falta nada. A formação política tem suficiente, a postura e a conduta de um Presidente não lhe faltam".
Por outro lado, outro residente em Bissau fez questão de recordar um passado recente, desaconselhando a candidatura: "Ele é livre de se candidatar, mas recordando a situação que o fez sair da Guiné, acho que devia ponderar mais a questão da sua candidatura".
Recorde-se, que nas presidenciais de 2012, Carlos Gomes Júnior foi afastado, através de um golpe de Estado militar, quando se preparava para disputar a segunda volta do pleito, contra Kumba Ialá, entretanto já falecido.
Aguarda-se com muita expetativa a posição que será assumida pelo PAIGC, partido em que Carlos Gomes Júnior ainda é militante.
por:content_author: Iancuba Dansó (Bissau)
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terça-feira, julho 16, 2019
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PAIGC lamenta posição "muito passiva" de Cabo Verde sobre a Guiné
O presidente da comissão política do PAIGC em Cabo Verde lamentou hoje a atuação "muito passiva" do país, considerando que Cabo Verde deveria ter uma "posição clara" sobre a crise política que a Guiné-Bissau viveu nos últimos cinco anos.
Para mim, Cabo Verde foi muito passivo em termos de intervenção, para apoiar claramente uma das posições, uma do lado do Presidente da República e outra do coletivo que alinha com o PAIGC. É opinião pessoal, mas senti que Cabo Verde devia ter uma posição clara sobre a situação da Guiné-Bissau nos últimos cinco anos", disse Pedro Barbosa Mendonça.
O presidente da comissão política do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em Cabo Verde falava em conferência de imprensa, na cidade da Praia, para manifestar apoio e incentivar a candidatura do líder do partido, Domingos Simões Pereira, às eleições presidenciais na Guiné-Bissau, marcadas para novembro próximo.
Sobre a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Pedro Barbosa Mendonça agradeceu a atuação, mas afirmou que a comunidade não poderia ir além do que tem feito até agora, explicando as leis e soberania da Guiné-Bissau não podem ser comprometidas.
"É nesta base que a CEDEAO, às vezes de uma forma morna, atua daquela forma, mas agradeço pessoalmente a CEDEAO como tem atuado até agora, ajudou e a última decisão levou com que o Governo tomasse posse depois de quadro meses das eleições legislativas", mostrou.
Mais de três meses após as eleições legislativas de 10 de março, o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, rejeitou indigitar como primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC.
O partido vencedor das eleições acabou por indicar Aristides Gomes, então chefe do Governo cessante, para o cargo, o que o chefe de Estado aceitou, mas sem nomear imediatamente o novo executivo.
O novo Governo foi nomeado a 03 de julho, quase quatro meses depois das legislativas, e no último dia do prazo dado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Na última crise política, o chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, também presidente em exercício da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), pediu prudência, sentido de responsabilidade e amor à pátria aos dirigentes guineenses.
O Presidente cabo-verdiano disse ainda que a comunidade internacional acompanhava a situação política na Guiné-Bissau "com toda atenção" e "com alguma preocupação", esperando que a "sabedoria" que o povo guineense tem demonstrado nos últimos tempos possa manter o país "calmo, tranquilo, estável e sem convulsões relevantes".
Uma grave crise política teve início da Guiné-Bissau em 2015 após o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter demitido das funções de primeiro-ministro o presidente do PAIGC, partido que venceu as legislativas em 2014, acusando-o de corrupção e nepotismo.
A crise levou ao encerramento do parlamento do país e, apesar da mediação da CEDEAO, o chefe de Estado nomeou sete primeiros-ministros, um dos quais duas vezes.
Por NAOM
Para mim, Cabo Verde foi muito passivo em termos de intervenção, para apoiar claramente uma das posições, uma do lado do Presidente da República e outra do coletivo que alinha com o PAIGC. É opinião pessoal, mas senti que Cabo Verde devia ter uma posição clara sobre a situação da Guiné-Bissau nos últimos cinco anos", disse Pedro Barbosa Mendonça.
O presidente da comissão política do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em Cabo Verde falava em conferência de imprensa, na cidade da Praia, para manifestar apoio e incentivar a candidatura do líder do partido, Domingos Simões Pereira, às eleições presidenciais na Guiné-Bissau, marcadas para novembro próximo.
Sobre a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Pedro Barbosa Mendonça agradeceu a atuação, mas afirmou que a comunidade não poderia ir além do que tem feito até agora, explicando as leis e soberania da Guiné-Bissau não podem ser comprometidas.
"É nesta base que a CEDEAO, às vezes de uma forma morna, atua daquela forma, mas agradeço pessoalmente a CEDEAO como tem atuado até agora, ajudou e a última decisão levou com que o Governo tomasse posse depois de quadro meses das eleições legislativas", mostrou.
Mais de três meses após as eleições legislativas de 10 de março, o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, rejeitou indigitar como primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC.
O partido vencedor das eleições acabou por indicar Aristides Gomes, então chefe do Governo cessante, para o cargo, o que o chefe de Estado aceitou, mas sem nomear imediatamente o novo executivo.
O novo Governo foi nomeado a 03 de julho, quase quatro meses depois das legislativas, e no último dia do prazo dado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Na última crise política, o chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, também presidente em exercício da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), pediu prudência, sentido de responsabilidade e amor à pátria aos dirigentes guineenses.
O Presidente cabo-verdiano disse ainda que a comunidade internacional acompanhava a situação política na Guiné-Bissau "com toda atenção" e "com alguma preocupação", esperando que a "sabedoria" que o povo guineense tem demonstrado nos últimos tempos possa manter o país "calmo, tranquilo, estável e sem convulsões relevantes".
Uma grave crise política teve início da Guiné-Bissau em 2015 após o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter demitido das funções de primeiro-ministro o presidente do PAIGC, partido que venceu as legislativas em 2014, acusando-o de corrupção e nepotismo.
A crise levou ao encerramento do parlamento do país e, apesar da mediação da CEDEAO, o chefe de Estado nomeou sete primeiros-ministros, um dos quais duas vezes.
Por NAOM
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PAICG em Cabo Verde incentiva candidatura presidencial de Simões Pereira na Guiné-Bissau
A comissão política do PAIGC em Cabo Verde manifestou hoje apoio a uma eventual candidatura de Domingos Simões Pereira às eleições presidenciais na Guiné-Bissau, considerando que o líder do partido tem melhores condições para liderar o "renascimento" do país.
"Na sequência das movimentações políticas na Guiné-Bissau, a comissão política do PAIGC em Cabo Verde vem, por este meio, manifestar publicamente o seu apoio ao engenheiro Domingos Simões Pereira, a quem encoraja a assumir a candidatura às próximas presidenciais, apresentando o seu projeto nas primárias do partido", manifestou em conferência de imprensa o presidente da comissão política do partido em Cabo Verde, Pedro Barbosa Mendonça.
O responsável político indicou que a comissão tomou a posição após recolher mais de 1.500 assinaturas de guineenses residentes em todo o país a apoiar uma eventual candidatura do líder do partido às eleições presidenciais, marcadas para novembro próximo.
Rodeado de outros membros do partido, Pedro Barbosa Mendonça disse que Domingos Simões Pereira é a pessoa que neste momento tem "melhores condições para liderar o renascimento do país", após cinco anos mergulhados em sucessivas crises políticas.
Apesar de ainda não ter manifestado intenção de se candidatar, Barbosa Mendonça disse que a comissão política incentiva Domingos Simões Pereira a avançar porque "acredita que poderá ajudar a resolver problemas candentes na Guiné-Bissau".
"O presidente do partido ainda não se posicionou definitivamente se vai candidatar ou não, é por isso que estamos a solicitar essa candidatura. Achamos que tem melhor projeto para a Guiné-Bissau", prosseguiu o dirigente partidário guineense residente em Cabo Verde.
Sobre o facto de o Presidente da Assembleia Nacional Popular e primeiro-vice-presidente do PAIGC, Cipriano Cassama ter já anunciado candidatura às presidenciais, Pedro Barbosa Mendonça afirmou que há "regras e princípios" dentro do partido e que quem vai decidir que candidato apoiar é o comité central, que é órgão máximo entre os congressos.
Quem também já anunciou a candidatura, mas como independente, é o antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, afirmando que quer "restituir a confiança" aos cidadãos, das instituições do Estado e ainda a credibilidade internacional do país.
Após a nomeação de um novo governo, o líder do PAIGC em Cabo Verde disse todos os guineenses acreditam que "é desta vez" que o país vai avançar.
"Chegou o momento que os guineenses devem pôr a mão na consciência e trabalhar para o desenvolvimento do país e os sinais que estão chegando demonstram que os guineenses estão a consciencializar-se nesta perspetiva, de fazer um trabalho em conjunto para o bem do país e não para interesse pessoal", disse.
Uma grave crise política teve início da Guiné-Bissau em 2015 após o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter demitido das funções de primeiro-ministro o presidente do PAIGC, partido que venceu as legislativas em 2014, acusando-o de corrupção e nepotismo.
A crise levou ao encerramento do parlamento do país e, apesar da mediação da CEDEAO, o chefe de Estado nomeou sete primeiros-ministros, um dos quais duas vezes.
noticias.sapo.ao
"Na sequência das movimentações políticas na Guiné-Bissau, a comissão política do PAIGC em Cabo Verde vem, por este meio, manifestar publicamente o seu apoio ao engenheiro Domingos Simões Pereira, a quem encoraja a assumir a candidatura às próximas presidenciais, apresentando o seu projeto nas primárias do partido", manifestou em conferência de imprensa o presidente da comissão política do partido em Cabo Verde, Pedro Barbosa Mendonça.
O responsável político indicou que a comissão tomou a posição após recolher mais de 1.500 assinaturas de guineenses residentes em todo o país a apoiar uma eventual candidatura do líder do partido às eleições presidenciais, marcadas para novembro próximo.
Rodeado de outros membros do partido, Pedro Barbosa Mendonça disse que Domingos Simões Pereira é a pessoa que neste momento tem "melhores condições para liderar o renascimento do país", após cinco anos mergulhados em sucessivas crises políticas.
Apesar de ainda não ter manifestado intenção de se candidatar, Barbosa Mendonça disse que a comissão política incentiva Domingos Simões Pereira a avançar porque "acredita que poderá ajudar a resolver problemas candentes na Guiné-Bissau".
"O presidente do partido ainda não se posicionou definitivamente se vai candidatar ou não, é por isso que estamos a solicitar essa candidatura. Achamos que tem melhor projeto para a Guiné-Bissau", prosseguiu o dirigente partidário guineense residente em Cabo Verde.
Sobre o facto de o Presidente da Assembleia Nacional Popular e primeiro-vice-presidente do PAIGC, Cipriano Cassama ter já anunciado candidatura às presidenciais, Pedro Barbosa Mendonça afirmou que há "regras e princípios" dentro do partido e que quem vai decidir que candidato apoiar é o comité central, que é órgão máximo entre os congressos.
Quem também já anunciou a candidatura, mas como independente, é o antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, afirmando que quer "restituir a confiança" aos cidadãos, das instituições do Estado e ainda a credibilidade internacional do país.
Após a nomeação de um novo governo, o líder do PAIGC em Cabo Verde disse todos os guineenses acreditam que "é desta vez" que o país vai avançar.
"Chegou o momento que os guineenses devem pôr a mão na consciência e trabalhar para o desenvolvimento do país e os sinais que estão chegando demonstram que os guineenses estão a consciencializar-se nesta perspetiva, de fazer um trabalho em conjunto para o bem do país e não para interesse pessoal", disse.
Uma grave crise política teve início da Guiné-Bissau em 2015 após o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter demitido das funções de primeiro-ministro o presidente do PAIGC, partido que venceu as legislativas em 2014, acusando-o de corrupção e nepotismo.
A crise levou ao encerramento do parlamento do país e, apesar da mediação da CEDEAO, o chefe de Estado nomeou sete primeiros-ministros, um dos quais duas vezes.
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terça-feira, julho 16, 2019
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ÁLCOOL E DROGAS COM IMPACTO DEVASTADOR NAS CRIANÇAS GUINEENSES
Um estudo sobre saúde e bem-estar da juventude na Guiné-Bissau publicado recentemente revela uma influência negativa das crianças e adolescentes no consumo de álcool, cigarro, drogas e outras substâncias nas escolas
O estudo, (primeiro realizado na Guiné-Bissau desde a independência), teve início em 2011 no qual foram envolvidos alunos de diferentes escolas públicas e privadas da capital Bissau, sendo desenvolvido por três instituições, nomeadamente, a Universidade da Islândia, a Universidade JAN-PEAGET e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP).
De acordo com os dados, concluiu-se que, em diferentes escolas envolvidas na pesquisa, as crianças dos 9 anos de idade já se envolveram no consumo de álcool ou em outras substâncias.
O mesmo estudo, segundo Alaje Baldé, reitor da Universidade JAN PEAGET, chama atenção as autoridades no sentido de tomarem as decisões baseadas nas evidências para um efeito desejável para todos.
Alaje Baldé chama ainda atenção aos pais e encarregados de educação para acompanharem o processo do ensino / aprendizagem dos seus educandos. Contudo, salientou a pertinência do estudo ser realizado nas escolas.
Um total de dois terços da população guineense tem idade compreendida entre os 15 e os 24 anos, conforme consta no relatório.
No entanto, Geier Gunnlaugsson, Pediatra e Professor da Saúde Global na Universidade da Islândia, é da opinião que deve ser pensado a forma de ajudar os jovens apontados, através do trabalho a ser desenvolvido para prepará-los para um futuro melhor.
“A juventude, muitas vezes, é esquecida”, sustenta.
Para o Sociólogo e Pesquisador do INEP, o guineense Zeca Jandi, o estudo visa ajudar as escolas a terem elementos para desenvolver programas para proteger os estudantes.
De acordo com os dados, em todas as escolas submetidas ao estudo ao nível da capital Bissau, o número de rapazes e raparigas envolvidos em consumo de droga, cigarros, vinho e outras substâncias é quase idêntico em termos percentuais.
Depois dos estudos ao nível da capital Bissau, o projecto pretende estender nos próximos tempos ao nível das escolas do interior da Guiné-Bissau.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Amade Djuf Djalo
Radiosolmansi.net
O estudo, (primeiro realizado na Guiné-Bissau desde a independência), teve início em 2011 no qual foram envolvidos alunos de diferentes escolas públicas e privadas da capital Bissau, sendo desenvolvido por três instituições, nomeadamente, a Universidade da Islândia, a Universidade JAN-PEAGET e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP).
De acordo com os dados, concluiu-se que, em diferentes escolas envolvidas na pesquisa, as crianças dos 9 anos de idade já se envolveram no consumo de álcool ou em outras substâncias.
O mesmo estudo, segundo Alaje Baldé, reitor da Universidade JAN PEAGET, chama atenção as autoridades no sentido de tomarem as decisões baseadas nas evidências para um efeito desejável para todos.
Alaje Baldé chama ainda atenção aos pais e encarregados de educação para acompanharem o processo do ensino / aprendizagem dos seus educandos. Contudo, salientou a pertinência do estudo ser realizado nas escolas.
Um total de dois terços da população guineense tem idade compreendida entre os 15 e os 24 anos, conforme consta no relatório.
No entanto, Geier Gunnlaugsson, Pediatra e Professor da Saúde Global na Universidade da Islândia, é da opinião que deve ser pensado a forma de ajudar os jovens apontados, através do trabalho a ser desenvolvido para prepará-los para um futuro melhor.
“A juventude, muitas vezes, é esquecida”, sustenta.
Para o Sociólogo e Pesquisador do INEP, o guineense Zeca Jandi, o estudo visa ajudar as escolas a terem elementos para desenvolver programas para proteger os estudantes.
De acordo com os dados, em todas as escolas submetidas ao estudo ao nível da capital Bissau, o número de rapazes e raparigas envolvidos em consumo de droga, cigarros, vinho e outras substâncias é quase idêntico em termos percentuais.
Depois dos estudos ao nível da capital Bissau, o projecto pretende estender nos próximos tempos ao nível das escolas do interior da Guiné-Bissau.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Amade Djuf Djalo
Radiosolmansi.net
Centrais sindicais indignadas com nomeação de 22 conselheiros do primeiro-ministro
Bissau,16 Jul 19 (ANG) – As duas centrais sindicais do país, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB), manifestaram suas indignações com a nomeação dos 22 conselheiros e assessores do primeiro-ministro Aristides Gomes.
A informação consta num comunicado de imprensa enviado hoje à ANG .
A UNTG e CGSI-GB dizem que o ato demonstra claramente que este executivo está em condições de responder as exigências reivindicativas constantes no seu pré-aviso de greve.
“Tendo em conta o atraso no pagamento de salário e outras regalias aos servidores públicos, as centrais sindicais questionam onde irá o governo encontrar fundos para honrar o compromisso com estes assessores e conselheiros afectos ao gabinete do primeiro-ministro”, questionaram.
As centrais sindicais apelam aos trabalhadores a se manterem firmes e determinados a volta das suas estruturas sindicais, porquanto ser único caminho para obterem a dignidade, respeito sócio laboral, em defesa dos seus interesses legítimos e promoção dos direitos aos estatutos.
O Primeiro-ministro nomeou recentemente 13 conselheiros e sete assessores para diferentes áreas mas desdramatizou as criticas dizendo que a maioria dos nomeados não vai auferir de salário por ser beneficiário de pensão vitalícia, justificação que entretanto não convence aos seus críticos.
ANG/JD/ÂC//SG
Secretário geral da UNTG |
A UNTG e CGSI-GB dizem que o ato demonstra claramente que este executivo está em condições de responder as exigências reivindicativas constantes no seu pré-aviso de greve.
“Tendo em conta o atraso no pagamento de salário e outras regalias aos servidores públicos, as centrais sindicais questionam onde irá o governo encontrar fundos para honrar o compromisso com estes assessores e conselheiros afectos ao gabinete do primeiro-ministro”, questionaram.
As centrais sindicais apelam aos trabalhadores a se manterem firmes e determinados a volta das suas estruturas sindicais, porquanto ser único caminho para obterem a dignidade, respeito sócio laboral, em defesa dos seus interesses legítimos e promoção dos direitos aos estatutos.
O Primeiro-ministro nomeou recentemente 13 conselheiros e sete assessores para diferentes áreas mas desdramatizou as criticas dizendo que a maioria dos nomeados não vai auferir de salário por ser beneficiário de pensão vitalícia, justificação que entretanto não convence aos seus críticos.
ANG/JD/ÂC//SG
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terça-feira, julho 16, 2019
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Reação do Grupo Parlamentar do Partido da Renovação Social PRS, através duma Conferência de Imprensa na Sede Nacional dos Renovadores.
Para o Grupo Parlamentar do PRS, estes atos administrativos de nomeação por excesso de 22 Conselheiros e Assessores bem como afetação de 23 agente de segurança violam sobremaneira os princípios da razoabilidade e da racionalidade, pressupostos basilares de uma boa governação.
O PAIGC deve compreender, uma vez por toda, de que este País não é propriedade privada dele, e que deve ser viabilizado através de boas práticas administrativas ao contrário do comportamento dos titulares de órgão de soberania dirigentes do PAIGC.
Ancelmo Mendes / Prs Bissau
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terça-feira, julho 16, 2019
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Ordinários a falar em número de conselheiros?
Apenas na Aviação Civil Tudo isto, feito por gente ilegal, sem escrúpulos e especialistas em roubar o Estado da Guiné-Bissau e bardamerda...
Por ditaduraeconsenso.blogspot.com
Mais uma justificativa, desta vez pelo “Porta Voz Oficial” do Governo da República da Guiné Bissau! O Aly “porta disparates” Silva, indivíduo que confunde a profissão de “Mercenarismo com jornalismo”. Foram buscar um documento sem data/assinatura/ carimbo de ninguém ou instituição, com nomes de pessoas que supostamente teriam sido pagas por serviços prestados à Agência da Aviação Civil Da Guiné-Bissau, num total de Xof 7 milhões!
Ele, Aly “porta disparates” Silva, que regozija- se e insulta outros quando denota erros na escrita do Português, como se fosse o Luis de Camões em pessoa, nem reparou que “Agência de Aviação não é Agência de Avião! Energúmenos de Primeira classe.
Tentativas de justificar o Injustificável, só provam o quão errado estão.
REVOGUEM OS DESPACHOS JÁ!
Por ditaduraeconsenso.blogspot.com
Mais uma justificativa, desta vez pelo “Porta Voz Oficial” do Governo da República da Guiné Bissau! O Aly “porta disparates” Silva, indivíduo que confunde a profissão de “Mercenarismo com jornalismo”. Foram buscar um documento sem data/assinatura/ carimbo de ninguém ou instituição, com nomes de pessoas que supostamente teriam sido pagas por serviços prestados à Agência da Aviação Civil Da Guiné-Bissau, num total de Xof 7 milhões!
Ele, Aly “porta disparates” Silva, que regozija- se e insulta outros quando denota erros na escrita do Português, como se fosse o Luis de Camões em pessoa, nem reparou que “Agência de Aviação não é Agência de Avião! Energúmenos de Primeira classe.
Tentativas de justificar o Injustificável, só provam o quão errado estão.
REVOGUEM OS DESPACHOS JÁ!
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CAUSA E EFEITO - O sociólogo Tamilton Teixeira e a ativista Dara Fonseca Ramos comentam o novo governo da Guiné-Bissau
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Vladimir Deuna, alto dirigente do Madem G15 anuncia candidatura independente às eleições presidenciais 24 novembro
Em conferência de imprensa, esta manhã, Vladimir Deuna, disse ter inspirado no líder Koumba Yalá, e desafiou os comerciantes para seguirem o comércio, deixando a política para os politicos.
Vladimir Deuna, membro do Comissão Política do Madem G15, decidiu assim lançar a sua candidatura numa altura em que o Madem G15 criou uma Comissão para preparar o Perfil do futuro candidato às presidenciais.
A comissão chefiada pelo deputado Júlio Balde ainda não deu resposta a direção superior do Madem G15, mas Deuna apresenta-se como candidato independente as presidencais.
Vladimir Deuna é um dos dissidentes do Paigc que segundo as informações, esteve ao lado da Aliança Politica que conduziu Domingos Simões Pereira à presidência do Paigc no congresso de Cacheu.
Aliu Cande
Vladimir Deuna, membro do Comissão Política do Madem G15, decidiu assim lançar a sua candidatura numa altura em que o Madem G15 criou uma Comissão para preparar o Perfil do futuro candidato às presidenciais.
A comissão chefiada pelo deputado Júlio Balde ainda não deu resposta a direção superior do Madem G15, mas Deuna apresenta-se como candidato independente as presidencais.
Vladimir Deuna é um dos dissidentes do Paigc que segundo as informações, esteve ao lado da Aliança Politica que conduziu Domingos Simões Pereira à presidência do Paigc no congresso de Cacheu.
Aliu Cande
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Universidade propõe erradicar paludismo em São Tomé com mosquito geneticamente modificado
Num workshop realizado esta segunda-feira na capital são-tomense, peritos da universidade norte-americana defenderam a introdução, no arquipélago, de um mosquito geneticamente modificado como solução mais sustentável de combate à doença.
“O que a Universidade da Califórnia está a propor é uma abordagem inovadora para o controlo da malária em São Tomé e Príncipe e não só”, disse aos jornalistas João Pinto, professor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) da Universidade Nova de Lisboa, em Portugal, que está em São Tomé a colaborar com elementos da universidade norte-americana.
Segundo os especialistas, trata-se de “uma nova esperança” para, de forma sustentável e com baixo custo, erradicar totalmente o paludismo no país.
João Pinto explicou que a experiência é “baseada na modificação das populações dos mosquitos que transmitem o parasita do paludismo de modo a que eles deixem de transmitir esse parasita e, assim, eliminar de vez com a malária”.
O mosquito geneticamente modificado com a tecnologia mais avançada neste momento no mundo foi a solução apresentada às autoridades de São Tomé e Príncipe durante o workshop, presidido pelo ministro são-tomense da Saúde, Edgar Neves.
A primeira fase de estudo nos laboratórios determinou o sucesso na introdução de ADN no mosquito modificado, que bloqueia a 100 por cento a transmissão do parasita ao ser humano, referiu o professor do IHMT, sem avançar data para a introdução do teste em São Tomé.
“Ainda não existe previsões concretas. Para já o que se está a propor é uma colaboração com as autoridades de saúde de São Tomé de modo a que se possa fazer um estudo de dois anos para se avaliar a biologia e a ecologia da população dos mosquitos locais, para então tomarmos uma decisão se é ou não para avançar”, acrescentou João Pinto.
São Tomé e Príncipe e Comores são ilhas que a Universidade da Califórnia acredita serem favoráveis para esse novo estudo que servirá de experiência para a eliminação total do paludismo em África.
O professor do IHMT salientou que “estudos preliminares já feitos são promissores e demonstram que as populações de mosquitos são suficientemente isoladas das populações do continente, o que é um dado favorável”.
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esses tipos de estratégias sejam iniciadas em populações de mosquitos suficientemente isoladas, pelo que existe esperança de que, de facto, as condições que nós vamos encontrar em São Tomé e Príncipe nos permite fazer um estudo que não só contribua para a resolução do problema da malária neste país, mas que sirva de exemplo que nos permita tirar conclusões sobre a possibilidade de aplicar esta nova estratégia no continente africano”, explicou João Pinto.
O ministro da Saúde, Edgar Neves, numa reunião recente com os diretores da Rádio Nacional (emissora oficial), televisão são-tomense e presidentes das câmaras distritais, revelou que nos últimos meses o índice de paludismo aumentou no país, incluindo na região autónoma do Príncipe, onde a doença já se encontrava em fase de erradicação.
Por isso, o Governo encara a proposta da Universidade de Califórnia como de “extrema importância”, pois “trará um complemento importante na luta integrada contra o vetor e, consequentemente, na eliminação do paludismo”.
“Importa referir que a estratégia de modificação populacional dos mosquitos pela Universidade da Califórnia pode constituir um contributo muito importante para a eliminação da doença no nosso país”, reconheceu Edgar Neves.
interlusofona.info
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terça-feira, julho 16, 2019
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MADEM-G15 critica nomeações de conselheiros e assessores do primeiro-ministro, Aristides Gomes
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terça-feira, julho 16, 2019
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Fome afetou mais de 821 milhões de pessoas no mundo em 2018
A fome no mundo está a crescer há três anos consecutivos, tendo afetado 821,6 milhões de pessoas em 2018, contra as 811 milhões registadas no ano anterior, segundo um relatório assinado por várias agências da ONU hoje divulgado.
Em termos mais precisos, uma em cada nove pessoas no mundo não tinha o suficiente para comer em 2018, segundo os dados do relatório anual 'O estado da segurança alimentar e nutrição no mundo', documento assinado, entre outras agências, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Após várias décadas em queda, o flagelo da fome começou novamente a ganhar dimensão a partir de 2015, referiram as agências signatárias do relatório, apontando que a desnutrição continua a persistir em vários continentes: Ásia (513,9 milhões de pessoas, mais de 12% da população afetada), África (256,1 milhões de pessoas, cerca de 20% da população afetada) e América Latina e Caraíbas (42,5 milhões de pessoas, menos de 7% da população afetada).
O relatório, coassinado também pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) e pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD), estimou ainda que, durante 2018, mais de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo, das quais 8% vivem na América do Norte e na Europa, não tiveram um acesso regular a alimentos suficientes, seguros e nutritivos, ou seja, viveram numa situação de insegurança alimentar moderada ou grave.
A perspetiva de ter um mundo sem pessoas desnutridas até 2030, um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável inscritos na Agenda 2030 da ONU, apresenta-se como "um enorme desafio", apontou o relatório.
"Para preservar a segurança alimentar e nutricional, é essencial aplicar políticas económicas e sociais que consigam compensar a todo o custo os efeitos de ciclos económicos adversos, evitando a redução de serviços essenciais como os cuidados de saúde e a educação", frisou o documento.
Apelando a uma "transformação estrutural" que seja verdadeiramente inclusiva ao nível dos mais pobres, as agências da ONU defendem que todas as preocupações relacionadas com a segurança alimentar e a nutrição sejam integradas "nos esforços para a redução da pobreza" no mundo, ao lado de outros assuntos igualmente prioritários como a desigualdade de género ou a exclusão de grupos sociais.
O documento também apontou que os progressos para reduzir para metade o número de crianças com atrasos no crescimento, outras das metas da Agenda 2030, têm sido insuficientes.
Atualmente, a nível mundial, cerca de 149 milhões de crianças com menos de cinco anos têm um crescimento deficitário. E um em cada sete bebés no mundo, cerca de 20,5 milhões, nasceu, em 2018, com baixo peso.
Paradoxalmente, o relatório observou que o excesso de peso e a obesidade também continuam a aumentar em todas as regiões do mundo, especialmente entre os menores em idade escolar e nos adultos.
No ano passado, cerca de 338 milhões de crianças e adolescentes em idade escolar apresentavam sinais de excesso de peso e um em cada oito adultos no mundo (672 milhões de pessoas) eram obesos.
NAOM
Em termos mais precisos, uma em cada nove pessoas no mundo não tinha o suficiente para comer em 2018, segundo os dados do relatório anual 'O estado da segurança alimentar e nutrição no mundo', documento assinado, entre outras agências, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Após várias décadas em queda, o flagelo da fome começou novamente a ganhar dimensão a partir de 2015, referiram as agências signatárias do relatório, apontando que a desnutrição continua a persistir em vários continentes: Ásia (513,9 milhões de pessoas, mais de 12% da população afetada), África (256,1 milhões de pessoas, cerca de 20% da população afetada) e América Latina e Caraíbas (42,5 milhões de pessoas, menos de 7% da população afetada).
O relatório, coassinado também pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) e pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD), estimou ainda que, durante 2018, mais de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo, das quais 8% vivem na América do Norte e na Europa, não tiveram um acesso regular a alimentos suficientes, seguros e nutritivos, ou seja, viveram numa situação de insegurança alimentar moderada ou grave.
A perspetiva de ter um mundo sem pessoas desnutridas até 2030, um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável inscritos na Agenda 2030 da ONU, apresenta-se como "um enorme desafio", apontou o relatório.
"Para preservar a segurança alimentar e nutricional, é essencial aplicar políticas económicas e sociais que consigam compensar a todo o custo os efeitos de ciclos económicos adversos, evitando a redução de serviços essenciais como os cuidados de saúde e a educação", frisou o documento.
Apelando a uma "transformação estrutural" que seja verdadeiramente inclusiva ao nível dos mais pobres, as agências da ONU defendem que todas as preocupações relacionadas com a segurança alimentar e a nutrição sejam integradas "nos esforços para a redução da pobreza" no mundo, ao lado de outros assuntos igualmente prioritários como a desigualdade de género ou a exclusão de grupos sociais.
O documento também apontou que os progressos para reduzir para metade o número de crianças com atrasos no crescimento, outras das metas da Agenda 2030, têm sido insuficientes.
Atualmente, a nível mundial, cerca de 149 milhões de crianças com menos de cinco anos têm um crescimento deficitário. E um em cada sete bebés no mundo, cerca de 20,5 milhões, nasceu, em 2018, com baixo peso.
Paradoxalmente, o relatório observou que o excesso de peso e a obesidade também continuam a aumentar em todas as regiões do mundo, especialmente entre os menores em idade escolar e nos adultos.
No ano passado, cerca de 338 milhões de crianças e adolescentes em idade escolar apresentavam sinais de excesso de peso e um em cada oito adultos no mundo (672 milhões de pessoas) eram obesos.
NAOM
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terça-feira, julho 16, 2019
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Ucrânia aprova castração química para abusadores sexuais de crianças
Quem abusar sexualmente de menores da Ucrânia vai ser punido com mais tempo de prisão efetiva e com castração química. A lei aplica-se a pedófilos com entre 18 e 65 anos.
Nova emenda foi aprovada depois da morte de Daria Lukyanenko, de 11 anos
NurPhoto via Getty Images
O Parlamento ucraniano aprovou uma lei que prevê a castração química para os abusadores sexuais de crianças que tenham entre 18 e 25 anos, noticiou a Ukrinform, uma agência noticiosa ucraniana. Quem cometa crimes contra “um jovem, um menor ou uma pessoa que ainda não chegou à puberdade”, sobretudo em casos de violação ou abuso sexual, sujeita-se a uma punição de castração através de químicos antiandrógenos, que bloqueiam a hormona esteroide controladora da líbido e da atividade sexual nos homens.
A emenda acrescentada ao Código Criminal da Ucrânia foi aprovada no Conselho Supremo da Ucrânia por 247 dos 450 deputados do parlamento do país. Segundo as novas regras, quem for libertado após ter cumprido uma pena pelos crimes de “violação de um menor ou jovem, violação de maneira não natural contra um menor, relações sexuais com uma pessoa que não tenha atingido a puberdade ou abuso de menores” continuará a ser supervisionado pelo Estado para controlar as suas aproximações a menores fora da cadeia.
O Parlamento ucraniano também aprovou o aumento da pena para violações em grupo ou violações de menores. Esses crimes eram punidos com penas de prisão efetiva de entre sete e 12 anos, mas a pena aumentou para até 15 anos de prisão. Além disso, a lei prevê o estabelecimento de um registo público de pessoas que foram condenadas à prisão por violação de crianças. Segundo a Ukrinform, essa lista deve estar disponível nos próximos dois meses.
Estas novas medidas surgem depois de a Ucrânia ter visto um aumento de casos de agressão sexual contra menores no país. Entre 2010 e 2014, a polícia ucraniana contabilizou mil casos — e prevê-se que o número real seja muito maior, conta o espanhol ABC. Só em 2017, por exemplo, foram feitas 320 queixas.
Na última semana, pelo menos cinco crianças foram violadas em menos de 24 horas, em pontos diferentes da Ucrânia. “Estes são os crimes que os pais denunciaram à polícia, apesar do medo e ansiedade de fazê-lo. Podemos apenas imaginar quantos crimes sexuais latentes contra crianças temos no país”, explicou Vyacheslav Abroskin, chefe da polícia nacional ucraniana, citado pelo Daily Mail.
Um dos casos mais recentes de pedofilia na Ucrânia é o de Daria Lukyanenko, uma menina de 11 anos natural de Odessa que foi encontrada sem vida numa fossa ao fim de seis dias de buscas. Daria foi atacada por Nikolay Tarasov, um jovem de 22 anos, amigo da família Lukyanenko, mas foi morta por ter resistido.
Depois de o caso ter sido tornado público, Oleg Lyashko, líder do Partido Radical, sugeriu a castração química aos pedófilos como forma de punição: “A lei ucraniana não tem uma pena vital ou pena de morte para crimes sexuais contra crianças. E é muito improvável que o violador não retorne àquilo que costuma fazer depois de ser libertado da prisão”, justificou o político. Foi essa a emenda que foi aprovada a 11 de julho, na última quinta-feira, na Ucrânia.
observador.pt
Nova emenda foi aprovada depois da morte de Daria Lukyanenko, de 11 anos
NurPhoto via Getty Images
O Parlamento ucraniano aprovou uma lei que prevê a castração química para os abusadores sexuais de crianças que tenham entre 18 e 25 anos, noticiou a Ukrinform, uma agência noticiosa ucraniana. Quem cometa crimes contra “um jovem, um menor ou uma pessoa que ainda não chegou à puberdade”, sobretudo em casos de violação ou abuso sexual, sujeita-se a uma punição de castração através de químicos antiandrógenos, que bloqueiam a hormona esteroide controladora da líbido e da atividade sexual nos homens.
A emenda acrescentada ao Código Criminal da Ucrânia foi aprovada no Conselho Supremo da Ucrânia por 247 dos 450 deputados do parlamento do país. Segundo as novas regras, quem for libertado após ter cumprido uma pena pelos crimes de “violação de um menor ou jovem, violação de maneira não natural contra um menor, relações sexuais com uma pessoa que não tenha atingido a puberdade ou abuso de menores” continuará a ser supervisionado pelo Estado para controlar as suas aproximações a menores fora da cadeia.
O Parlamento ucraniano também aprovou o aumento da pena para violações em grupo ou violações de menores. Esses crimes eram punidos com penas de prisão efetiva de entre sete e 12 anos, mas a pena aumentou para até 15 anos de prisão. Além disso, a lei prevê o estabelecimento de um registo público de pessoas que foram condenadas à prisão por violação de crianças. Segundo a Ukrinform, essa lista deve estar disponível nos próximos dois meses.
Estas novas medidas surgem depois de a Ucrânia ter visto um aumento de casos de agressão sexual contra menores no país. Entre 2010 e 2014, a polícia ucraniana contabilizou mil casos — e prevê-se que o número real seja muito maior, conta o espanhol ABC. Só em 2017, por exemplo, foram feitas 320 queixas.
Na última semana, pelo menos cinco crianças foram violadas em menos de 24 horas, em pontos diferentes da Ucrânia. “Estes são os crimes que os pais denunciaram à polícia, apesar do medo e ansiedade de fazê-lo. Podemos apenas imaginar quantos crimes sexuais latentes contra crianças temos no país”, explicou Vyacheslav Abroskin, chefe da polícia nacional ucraniana, citado pelo Daily Mail.
Um dos casos mais recentes de pedofilia na Ucrânia é o de Daria Lukyanenko, uma menina de 11 anos natural de Odessa que foi encontrada sem vida numa fossa ao fim de seis dias de buscas. Daria foi atacada por Nikolay Tarasov, um jovem de 22 anos, amigo da família Lukyanenko, mas foi morta por ter resistido.
Depois de o caso ter sido tornado público, Oleg Lyashko, líder do Partido Radical, sugeriu a castração química aos pedófilos como forma de punição: “A lei ucraniana não tem uma pena vital ou pena de morte para crimes sexuais contra crianças. E é muito improvável que o violador não retorne àquilo que costuma fazer depois de ser libertado da prisão”, justificou o político. Foi essa a emenda que foi aprovada a 11 de julho, na última quinta-feira, na Ucrânia.
observador.pt
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terça-feira, julho 16, 2019
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Combate a desflorestação: ONG ESPANHOLA ENTREGA DUZENTOS MIL VIVEIROS AO GOVERNO GUINEENSE
A Organização Não Governamental – “Bosque y Comunidad” do Reino de Espanha que opera no país, entregou esta segunda-feira, 15 de julho de 2019, à direcção-geral das Florestas e Fauna, o Viveiro Florestal e Central instalado na aldeia de Embunhe, setor de Bissorã, região de Oio no norte da Guiné-Bissau. A cerimónia da entrega contou com a presença das autoridades setoriais, delegados regionais da floresta, dos representantes da ONG “Bosque y Comunidad” e do Embaixador do Reino de Espanha na Guiné-Bissau.
O viveiro florestal e central de Embunhe dispõe 200 mil diferentes espécies de plantas, desde o Bissilão, Pau de Conta, Pau de Carvão, Farroba, entre outros. As 200 mil espécies foram todos recolhidos localmente, nas diferentes regiões do país, através das estruturas da delegacia regional da floresta e serão distribuídas para a repovoação florestal em todo o território nacional a partir de 17 de julho, perspetivando-se replantar quatro a seis hetares em cada região.
O viveiro ocupa uma área de cerca de três hectares e meio e encontra-se vedado com arrame para protegê-lo da entrada de animais ou de pessoas estranhas, a fim de não estragar as sementes. Dispõe igualmente de um furo de água para irrigar as plantas através de um sistema de irrigação aérea.
Presidindo a cerimónia da entrega, o Embaixador do Reino de Espanha no País, Marcos Rodrigues Canteiro, disse que o seu país está disponível a trabalhar com as autoridades guineenses para a implementação de projetos de conservação do ambiente e florestas bem como do desenvolvimento sustentável.
Assegurou que a reconstrução da floresta sustentável é um trabalho que considera muito complicado e requer esforço de todos, em particular da comunidade e dos técnicos para o seu desenvolvimento.
O diretor-geral das Florestas e Fauna, Augusto Fernandes Cabi, explicou na sua declaração aos jornalistas que o executivo, através daquela direcção-geral engajou-se a fazer a replantação das arvores em todas as áreas consideradas degradas e zonas afectadas drasticamente pelos cortes.
“Lembro que já tinha frisado aos técnicos depois da minha nomeação em 2018 que não podíamos fazer a replantação de arvores naquele ano devido a falta de condições e que deveríamos prepararmo-nos para este ano. Defendi a ideia naquela altura que não era normal continuarmos a comprar plantas (viveiros) ao Senegal, porque temos melhores condições para fazer o viveiro e avançar para replantação. Decidi não comprar plantas e criar condições necessárias para a implementação dos projetos de viveiros e depois seguimos para a identificação dos campos e trabalhar. Hoje é uma realidade. O que estamos a ver aqui gracas ao apoio dos nossos parceiros e graças aos esforços de todos, vamos avançar para a replantação no próximo dia 17 de julho”, espelhou.
Informou ainda que conseguiram ampliar o viveiro que antes tinha sete mil metros quadrados. Atualmente conta com três hectares e meio e dispõe de outros viveiros em Coli (Quebo) e Pirada (Gabú), que segundo ele, foram criados no quadro da descentralização dos viveiros para cada província do país. Acrescentou que no próximo ano perspetiva-se produzir um milhão de plantas.
Para o coordenador da ONG “Bosque y Comunidad”, Inácio Merceles, a população de Embunhe merece louvor pela colaboração e disponibilidade para a efectivação do projeto que consolidou o Viveiro Florestal e Central, tendo acrescentado que a população beneficiou de vários apoios através de projetos de desenvolvimento comunitário devido à sua colaboração e disponibilidade.
“Não estamos aqui para tomar conta dos Viveiros, mas para apoiar tecnicamente as autoridades no sentido de melhorar algumas condições. O viveiro é do governo da Guiné-Bissau, por isso apelamos ao novo governo que tenha em conta a importância do viveiro”, aconselhou.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S
OdemocrataGB
O viveiro florestal e central de Embunhe dispõe 200 mil diferentes espécies de plantas, desde o Bissilão, Pau de Conta, Pau de Carvão, Farroba, entre outros. As 200 mil espécies foram todos recolhidos localmente, nas diferentes regiões do país, através das estruturas da delegacia regional da floresta e serão distribuídas para a repovoação florestal em todo o território nacional a partir de 17 de julho, perspetivando-se replantar quatro a seis hetares em cada região.
O viveiro ocupa uma área de cerca de três hectares e meio e encontra-se vedado com arrame para protegê-lo da entrada de animais ou de pessoas estranhas, a fim de não estragar as sementes. Dispõe igualmente de um furo de água para irrigar as plantas através de um sistema de irrigação aérea.
Presidindo a cerimónia da entrega, o Embaixador do Reino de Espanha no País, Marcos Rodrigues Canteiro, disse que o seu país está disponível a trabalhar com as autoridades guineenses para a implementação de projetos de conservação do ambiente e florestas bem como do desenvolvimento sustentável.
Assegurou que a reconstrução da floresta sustentável é um trabalho que considera muito complicado e requer esforço de todos, em particular da comunidade e dos técnicos para o seu desenvolvimento.
O diretor-geral das Florestas e Fauna, Augusto Fernandes Cabi, explicou na sua declaração aos jornalistas que o executivo, através daquela direcção-geral engajou-se a fazer a replantação das arvores em todas as áreas consideradas degradas e zonas afectadas drasticamente pelos cortes.
“Lembro que já tinha frisado aos técnicos depois da minha nomeação em 2018 que não podíamos fazer a replantação de arvores naquele ano devido a falta de condições e que deveríamos prepararmo-nos para este ano. Defendi a ideia naquela altura que não era normal continuarmos a comprar plantas (viveiros) ao Senegal, porque temos melhores condições para fazer o viveiro e avançar para replantação. Decidi não comprar plantas e criar condições necessárias para a implementação dos projetos de viveiros e depois seguimos para a identificação dos campos e trabalhar. Hoje é uma realidade. O que estamos a ver aqui gracas ao apoio dos nossos parceiros e graças aos esforços de todos, vamos avançar para a replantação no próximo dia 17 de julho”, espelhou.
Informou ainda que conseguiram ampliar o viveiro que antes tinha sete mil metros quadrados. Atualmente conta com três hectares e meio e dispõe de outros viveiros em Coli (Quebo) e Pirada (Gabú), que segundo ele, foram criados no quadro da descentralização dos viveiros para cada província do país. Acrescentou que no próximo ano perspetiva-se produzir um milhão de plantas.
Para o coordenador da ONG “Bosque y Comunidad”, Inácio Merceles, a população de Embunhe merece louvor pela colaboração e disponibilidade para a efectivação do projeto que consolidou o Viveiro Florestal e Central, tendo acrescentado que a população beneficiou de vários apoios através de projetos de desenvolvimento comunitário devido à sua colaboração e disponibilidade.
“Não estamos aqui para tomar conta dos Viveiros, mas para apoiar tecnicamente as autoridades no sentido de melhorar algumas condições. O viveiro é do governo da Guiné-Bissau, por isso apelamos ao novo governo que tenha em conta a importância do viveiro”, aconselhou.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S
OdemocrataGB
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terça-feira, julho 16, 2019
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“MANIFESTO DE ASPIRAÇÃO”
Por bambaramdipadida.blogspot.com
Será que a história se repete? O martirizado povo guineense não vislumbra, para já, em termos de estabilidade política, para os tempos vindouros, luz ao fundo do túnel.
Em Março de 2005, estávamos a três meses das eleições presidenciais marcadas para 19 de Junho daquele ano, altura, justamente, em que o ex-Chefe de Estado, “Nino” Vieira, exilado em Portugal desde 1999, é anunciado seu regresso ao país, através do empresário português Manuel Macedo. Estava-se em fase dos preparativos e contactos quer com Lisboa quer com Bissau para que o antigo chefe de Estado guineense pudesse regressar, na segunda semana de Abril, com segurança ao país.
O regresso do ex-Presidente, em data das eleições presidenciais, parecia pensado com minúcia. Na altura, ninguém quis adiantar nada a respeito. Dizia-se que o objectivo não visava "perturbar" o momento político no país.
O empresário Manuel Macedo, seu “amigo de peito” dizia, inclusivamente, que o regresso do ex-presidente à Guiné-Bissau, não tinha qualquer conotação política. E que "Nino" Vieira não guardava rancores nem ressentimentos de ninguém e que perdoava a todos os que estiveram contra ele no contexto da altura (conflito militar de 1998/99"). Ainda afirmava que Nino Vieira não pensava no passado, só pretendia olhar para o futuro e "tomar conta da mãe, que está muito doente”.
Carlos Gomes Júnior., repetiu praticamente as mesmas palavras, sem ter, contudo, mencionado a necessidade de “tomar conta da mãe”.
Os principais promotores do “Movimento Aspiração” destinado a recolher assinaturas para o regresso de "Nino" Vieira ao país, na pessoa do senhor Jorge Pinto e Alice Ferreira, anunciaram ter sido recolhidas mais de 30.000 assinaturas, o que para eles significava prova da vontade do povo guineense no regresso de “Nino” Vieira ao país, para se integrar ao processo de reconciliação em curso do qual não podia estar ausente. O Movimento de Apoio ao Carlos Gomes Júnior também recolheu assinaturas, mas não as divulgou até a presente data.
Com o crescente número de subscritores, começou a fazer sentido para os promotores do movimento “Manifesto de Aspiração”, candidatura de “Nino” Vieira, tratando-se de um cidadão de pleno direito.
Jorge Pinto que coordenava o “Manifesto” dizia, preto no branco, que, "Nino" Vieira não constituía qualquer perigo para a unidade nacional, uma vez que nada pende na Justiça sobre o ex-presidente. Até chegar ao país, o ex-Chefe de Estado não se posicionou se seria ou não candidato às eleições presidenciais de 19 de Junho de 2005. Mas, isso não impediu que o “Manifesto” o considerasse como um potencial candidato e que nada o podia impedir, como cidadão, de se apresentar na corrida.
Garantido pelo Procurador-Geral da República, Dr. Octávio Alves, de que não existia qualquer acção judicial (motivos jurídicos) que impedissem o regresso de “Nino” Vieira, o Coordenador do “Manifesto”, Jorge Pinto, afiançava que a eventual candidatura do ex-chefe de Estado nunca iria colidir com a escolha de Malam Bacai Sanhá, feita pelo PAIGC, como candidato a apoiar na votação de 19 de Junho daquele ano.
Contudo o “Manifesto” admitia a existência de algumas pessoas que não desejavam o regresso do ex-presidente, nomeadamente dentro do próprio PAIGC, tal como dizem os boatos hoje. Pois alegavam que a decisão de candidatura do ex-Chefe de Estado podia pôr em causa a estabilidade nacional e "abalar" a estratégia do partido governamental (PAIGC) delineada, na altura, pelo seu líder e primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. Ironia do destino: hoje, quem está na pele de Carlos Gomes Júnior é o Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira.
"DONA MARIANA
TÉ PA BU BINBA KOBRA
MINDJOR BU BINBA MANHOKA
MANHOKA BOKA MOLE
KOBRA MITINU MEDU..."
Será que a história se repete? O martirizado povo guineense não vislumbra, para já, em termos de estabilidade política, para os tempos vindouros, luz ao fundo do túnel.
Em Março de 2005, estávamos a três meses das eleições presidenciais marcadas para 19 de Junho daquele ano, altura, justamente, em que o ex-Chefe de Estado, “Nino” Vieira, exilado em Portugal desde 1999, é anunciado seu regresso ao país, através do empresário português Manuel Macedo. Estava-se em fase dos preparativos e contactos quer com Lisboa quer com Bissau para que o antigo chefe de Estado guineense pudesse regressar, na segunda semana de Abril, com segurança ao país.
O regresso do ex-Presidente, em data das eleições presidenciais, parecia pensado com minúcia. Na altura, ninguém quis adiantar nada a respeito. Dizia-se que o objectivo não visava "perturbar" o momento político no país.
O empresário Manuel Macedo, seu “amigo de peito” dizia, inclusivamente, que o regresso do ex-presidente à Guiné-Bissau, não tinha qualquer conotação política. E que "Nino" Vieira não guardava rancores nem ressentimentos de ninguém e que perdoava a todos os que estiveram contra ele no contexto da altura (conflito militar de 1998/99"). Ainda afirmava que Nino Vieira não pensava no passado, só pretendia olhar para o futuro e "tomar conta da mãe, que está muito doente”.
Carlos Gomes Júnior., repetiu praticamente as mesmas palavras, sem ter, contudo, mencionado a necessidade de “tomar conta da mãe”.
Os principais promotores do “Movimento Aspiração” destinado a recolher assinaturas para o regresso de "Nino" Vieira ao país, na pessoa do senhor Jorge Pinto e Alice Ferreira, anunciaram ter sido recolhidas mais de 30.000 assinaturas, o que para eles significava prova da vontade do povo guineense no regresso de “Nino” Vieira ao país, para se integrar ao processo de reconciliação em curso do qual não podia estar ausente. O Movimento de Apoio ao Carlos Gomes Júnior também recolheu assinaturas, mas não as divulgou até a presente data.
Com o crescente número de subscritores, começou a fazer sentido para os promotores do movimento “Manifesto de Aspiração”, candidatura de “Nino” Vieira, tratando-se de um cidadão de pleno direito.
Jorge Pinto que coordenava o “Manifesto” dizia, preto no branco, que, "Nino" Vieira não constituía qualquer perigo para a unidade nacional, uma vez que nada pende na Justiça sobre o ex-presidente. Até chegar ao país, o ex-Chefe de Estado não se posicionou se seria ou não candidato às eleições presidenciais de 19 de Junho de 2005. Mas, isso não impediu que o “Manifesto” o considerasse como um potencial candidato e que nada o podia impedir, como cidadão, de se apresentar na corrida.
Garantido pelo Procurador-Geral da República, Dr. Octávio Alves, de que não existia qualquer acção judicial (motivos jurídicos) que impedissem o regresso de “Nino” Vieira, o Coordenador do “Manifesto”, Jorge Pinto, afiançava que a eventual candidatura do ex-chefe de Estado nunca iria colidir com a escolha de Malam Bacai Sanhá, feita pelo PAIGC, como candidato a apoiar na votação de 19 de Junho daquele ano.
Contudo o “Manifesto” admitia a existência de algumas pessoas que não desejavam o regresso do ex-presidente, nomeadamente dentro do próprio PAIGC, tal como dizem os boatos hoje. Pois alegavam que a decisão de candidatura do ex-Chefe de Estado podia pôr em causa a estabilidade nacional e "abalar" a estratégia do partido governamental (PAIGC) delineada, na altura, pelo seu líder e primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. Ironia do destino: hoje, quem está na pele de Carlos Gomes Júnior é o Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira.
"DONA MARIANA
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MINDJOR BU BINBA MANHOKA
MANHOKA BOKA MOLE
KOBRA MITINU MEDU..."
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terça-feira, julho 16, 2019
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PM guineense desdramatiza nomeações de assessores criticadas pela sociedade civil
O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, desdramatizou as críticas à nomeação de 13 conselheiros e sete assessores para o seu gabinete, salientando que a medida não representa grandes encargos para os cofres do Estado.
“Quero garantir que na maior parte [das nomeações] são pessoas que têm já o seu salário ou a sua pensão de reforma”, declarou Aristides Gomes à chegada ao país, vindo da Costa do Marfim, onde esteve a participar numa cimeira da União Económica de Estados da África Ocidental (UEMOA).
Organizações da sociedade civil, nomeadamente o Movimento dos Cidadãos Inconformados, exigem ao primeiro-ministro a revogação das nomeações, ameaçando sair à rua em manifestações de repúdio por aquilo que consideram ser nepotismo e sobrecarga aos cofres do Estado.
O primeiro-ministro afirmou que a maioria das pessoas nomeadas são funcionários públicos, que quase todas foram apenas oficializadas nos cargos que já exerciam e que a sua indigitação “não trará incidência particular sobre o orçamento” do Estado.
Aristides Gomes garantiu que haverá mais nomeações de pessoas que irão apoiar a governação e que está em curso um plano para reorientar os fundos à disposição do gabinete integrado das Nações Unidas para consolidação da paz na Guiné-Bissau (Uniogbis) para o pagamento aos assessores do Governo.
Gomes disse ter feito aquela sugestão ao Conselho de Segurança da ONU, que aceitou o pedido.
O primeiro-ministro guineense considerou ainda que a Guiné-Bissau “mais do que nunca” tem toda necessidade de colocar pessoas capazes na administração estatal, tendo em conta a situação em que se encontra o país.
“É preciso compenetrarmo-nos de uma realidade, de uma vez por todas, na Guiné-Bissau, nós estamos numa situação em que temos que reconstruir o Estado peça por peça”, declarou Aristides Gomes.
“Comparativamente aos outros países da sub-região, o nosso Estado está realmente de joelhos”, sublinhou Aristides Gomes.
O responsável disse ainda ser com agrado que constata a preocupação da sociedade guineense com a forma como o erário público é gerido, mas salientou que já mostrou responsabilidade nesse campo, ao dirigir a administração estatal até aqui [no mandato no anterior Governo] sem ajuda externa.
Por interlusofona.info
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terça-feira, julho 16, 2019
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