domingo, 18 de dezembro de 2016

ABUJA: O IMPORTANTE FICOU-SE NO PELELÉ DE GATO

Ussumane Grifom Camara Matchom

Mais uma vez a nossa classe política e governativa se deram no direito de esfaquear a dignidade deste povo. 

Dizia eu, que não bastava a palhaçada de Bissau (Acordo de Bissau); não bastava o circo de Conacry (Acordo de Conacry); não bastava o carnaval antecipado de Cipriano Cassama e sua azia de se mandarem à Conacry para exigir de Alpha Condé o esclarecimento do acordo por ele lido e assinado; não bastava a agonia de esperar o dia 17 (ontem) para segundo o Cipriano o Alpha Condé, enquanto mediador da CEDEAO anunciar o dito consenso tido em relação à uma figura que devia (e não foi, no entender de uns) ser nomeado ao posto de PM e, o mais insultuoso, é que depois de tudo, depois de tanto torturar a paciência e honra deste povo, voltaram de Abuja sem o tal relatório/ata na qual consta(va) o tal nome consensual e muito menos esse (relatório/ata) foi apresentado na cimeira, ou seja, mais uma vez o importante para - segundo meu mandjua Carlos Sambu - saída desta crise ficou-se no pelelé de gato.

O mais triste é rever cada um tocar e dançar a música - o comunicado da CEDEAO - à sua maneira, coisa típica da nossa classe política e governativa. Meu francês não vai um metro se quer por isso não vou debruçar sobre o comunicado final da cimeira até ler a versão oficialmente traduzida em português, mas discordo plenamente com acoloção trazidas por uns para fundamentar que a CEDEAO não reconheceu o atual governo, porque, segundo eles os Chefes dos Estados não felicitaram ao José Mário Vaz pela nomeação do governo (e o comunicado da CEDEAO lida nas rádios felicitando a nomeação?) e o primeiro-ministro não assinar o comunicado final a cimeira. Deste quando o primeiro-ministro assina diante do seu Chefe de Estado?

Eu creio que enquanto não nos desarmamos essa intenção de nos esmagar politica, quiça, fisica ou moralmente; enquanto não nos questionámos seriamente pelo que lutamos e (re)juramos nosso compromisso para com a Guiné-Bissau e os guineenses nenhuma mediação, nenhun acordo mesmo que fosse patrocinado pelo Vaticano nos tirarão dessa crise. Precisamos perder, mas que a Guiné-Bissau e os guineenses ganhem!

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