terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Machete confiante que Guiné-Bissau regressa à normalidade constitucional após eleições de Março

Machete abriu o Seminário Diplomático, no Parlamento, ao lado de Assunção Esteves
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros mostrou-se confiante esta segunda-feira que as eleições de 16 de Março a Guiné-Bissau permitam o regresso à normalidade constitucional.

O chefe da diplomacia portuguesa falava na sessão de abertura do tradicional Seminário Diplomático que, em Janeiro de cada ano, reúne em Lisboa os embaixadores e altos funcionários do MNE.

“A situação é preocupante, mas as eleições de 16 de Março deverão garantir o regresso à normalidade constitucional e a subordinação dos militares ao poder civil”, disse Machete. Em nenhum momento, o ministro se referiu ao caso dos 74 cidadãos sírios embarcados sob pressão em Bissau rumo a Lisboa, que levou a a TAP a suspender as ligações aéreas entre as duas capitais.

Guiné-Bissau: Abudu Mané desviou 23 mil euros do Tesouro Público

Bissau - O Procurador-Geral da República, Abudu Mané, desviou 23.135 euros do Tesouro Público guineense, valor que o Ministério do Interior restituiu junto do Ministério das Finanças a 4 de Abril de 2013.
Conforme revelou à PNN fonte do Ministério das Finanças, o valor em causa é resultante de uma apreensão efectuada no Aeroporto 
Internacional Osvaldo Vieira pelas autoridades policiais da Guiné-Bissau, que estava na posse de um cidadão oriundo da Guiné-Conacry.

Ban Ki-moon - Carlos Gomes Junior pede para concorrer às eleições na Guiné

Carlos Gomes Junior
O ex-primeiro-ministro da Guiné Bissau, Carlos Gomes Junior, pediu segunda-feira ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que "garanta e assegure" o seu direito a concorrer às eleições presidenciais, previstas para 16 de março próximo.

Em carta dirigida a Ban Ki-moon, a que a agência Lusa teve hoje acesso, Carlos Gomes Junior "apela" ao uso dos "bons ofícios e capacidades" do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon para "promover todas as medidas necessárias, justas e apropriadas que permitam garantir a segurança e a verdadeira democraticidade dos importantes atos eleitorais que se avizinham na República da Guiné-Bissau".

Nestes atos, salientou, inclui-se a sua "própria candidatura e campanha eleitoral".

Carlos Gomes Junior venceu a primeira volta das eleições presidenciais de 18 de março de 2012, mas uma intervenção militar em 13 de abril impediu a realização da segunda volta, que deveria começar no dia seguinte, mas em que se recusava a participar o segundo candidato mais votado na primeira, Kumba Ialá.

Na sua missiva, acusou "as ditas autoridades de transição, em conluio com as autoridades militares golpistas", de constituírem "obstáculos sérios e recorrentes a um processo eleitoral verdadeiramente livre, justo e inclusivo".

Carlos Gomes Junior manifesta ainda uma "crescente inquetação quanto ao degradado ambiente político e socioeconómico hoje vivido pela Guiné-Bissau e pelo seu povo, por demais evidenciado pelas reiterads violaçõe dos direitos humanos, de intimidação psicológica, de violência física contra opositores ou simples vozes dissonantes, por uma notória repressão e opressão dos fundamentais direitos e liberdades de expressão e de manifestação".

O político exemplifica a situação da Guiné-Bissau "com os últimos acontecimentos inaceitáveis de prepotência e arbitrariedade ocorridos no passado dia 17 de janeiro, com a invasão de várias instalações e bens das Nações Unidas por elementos das Forças Armadas e de segurança", alegando conhecimento da sua presença [de Carlos Gomes Júnior] naquelas instalações, com o intuito de o prenderem.

"Estas ações patenteiam, uma vez mais, a arbitrariedade da conduta das autoridades de transição e os muitos sérios riscos de segurança para a defesa da minha candidatura no terreno, bem como para a perspetiva de uma eleições gerais verdadeiramente livres, justas e inclusivas", 

http://www.noticiasaominuto.com/mundo/165246/carlos-gomes-junior-pede-para-concorrer-as-eleicoes-na-guine#.UudqghDnbIU