terça-feira, 26 de março de 2013
Secretário executivo da CPLP encontra-se em Bissau
O secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o moçambicano Isaac Murargy, está em Bissau desde madrugada desta segunda-feira.
É a sua primeira deslocação à Guiné Bissau para contactos com as estruturas nacionais e internacionais sedeadas no país de Murargy depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
O secretário executivo da CPLP está no país em missão de paz e de contactos com as autoridades de transição, corpo diplomático, a sociedade civil e partidos políticos a fim de se inteirar da situação actual e saber que apoio a sua organização pode dar para a resolução da crise resultante do golpe militar que derrubou o governo eleito de Carlos Gomes Júnior.
Numa entrevista a um órgão de imprensa internacional, Isaac Murargy falou na necessidade de o país adotar um governo de inclusão, que poderá preparar as eleições gerais previstas ainda para este ano.
Em declarações recolhidas pela agência Lusa, Ramos-Horta afirmou ter ido à Guiné-Bissau “numa missão de paz e de amizade da CPLP, trazer a nossa solidariedade para com a Guiné-Bissau e conhecer melhor a situação neste momento e ver em que medida a CPLP pode ajudar a encontrar a paz e estabilidade. Esse é o objetivo, conhecer a situação real do país”, afirmou Murargy naquela que é a sua primeira visita à Guiné-Bissau. “Do nosso lado, a porta está aberta”, garante o novo secretário-executivo da organização.
Esta visita de Isaac Murargy acontece numa altura em que quer o Presidente de Transição quer o seu Primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, estão todos ausentes do país
Rádio Bombolom-FM com Lusa (Terça-feira, 26 de Março de 2013)
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terça-feira, março 26, 2013
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Eleições na Guiné-Bissau este ano e sem interferências ou ameaças, defende Ramos-Horta
O representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, defendeu que as eleições no país têm de ser este ano e sem interferências nem ameaças, que serão inaceitáveis para a comunidade internacional.
Em declarações aos jornalistas durante o fim de semana em Cacheu (norte), que hoje foram divulgadas, José Ramos-Horta disse ser muito importante que cada político e militar guineense ganhe a consciência de que “não poderá haver mais deferimento do prazo das eleições” e de que as mesmas “terão de ser muito transparentes, sem interferências dos militares e sem ameaças”.
“Porque nenhum de nós, os atores internacionais, vai aceitar que a comunidade internacional invista aqui, que queira ajudar, e que no entanto seja testemunha de possíveis ameaças, de violência, antes ou depois das eleições”, justificou.
José Ramos-Horta disse ainda que os guineenses têm de entender que para convencer a União Europeia a levantar algumas sanções tem de haver na Guiné-Bissau “um respeito escrupuloso pelos princípios da democracia, dos direitos humanos e da justiça”.
“Porque estamos no século XXI e África também está no século XXI. Já não estamos na década de 60, quando se faziam golpes e se matava com impunidade”, salientou.
O responsável pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) considerou que o país vive talvez a única e última “janela de oportunidade” para que as elites política e militar se entendam, “depois de décadas de problemas, conflitos, ódios e desconfianças, que arruinaram o país”.
A comunidade internacional, disse, apoiará a Guiné-Bissau se houver uma vontade política séria de que haja eleições este ano e que seja constituído um governo credível e legítimo, seguindo-se depois uma também séria reorganização das Forças Armadas e de todo o Estado guineense.
O momento atual é “a grande oportunidade. Se essa oportunidade se perder as elites guineenses é que saberão explicar ao mundo e terão de tentar convencer para mais uma oportunidade, e mais outra. Mas do que eu sei da comunidade internacional esta é a última janela de oportunidade”, acentuou Ramos-Horta.
O responsável admitiu que tem sido difícil defender a Guiné-Bissau junto da comunidade internacional, de Abuja (Nigéria) a Bruxelas, de Lisboa a Nova Iorque, porque há “uma enorme falta de crença em relação à Guiné-Bissau”, embora alguns concordem que é necessário “dar outra oportunidade” ao país.
“Estou convencido de que vão dar, mas depende do que vai acontecer nos próximos meses”, disse.
Lusa (Terça-feira, 26 de Março de 2013)
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terça-feira, março 26, 2013
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PRT Manuel Serifo Nhamajo extende a sua estada no estrangeiro para exames médicos de rotina – Nota de Imprensa
O Gabinete da comunicação social da Presidência da República da Guiné-Bissau emitiu hoje, segunda-feira, uma nota de imprensa para esclarecer as razões da extensão do período de estada do PRT no exterior.
O Presidente da República de Transição deslocou-se na última quarta-feira, 20 de Março, à Abuja, capital política da Nigéria, para consultas com o Presidente daquele país, Goodluck Jonathan, na qualidade de coordenador do grupo de contacto da CEDEAO.
Entretanto, Manuel Serifo Nhamajo depois de ter efectuado as mesmas consultas políticas “viu-se na necessidade de prolongar a sua estada no estrangeiro por mais alguns dias, de forma a submeter-se a alguns exames médicos de rotina”, explica a nota do Gabinete da comunicação social da Presidência da República.
O Diretor do Gabinete da Comunicação Social e porta-voz da Presidência, Lamine Djatá escreve que a mesma nota foi ainda emitida “sem querer manifestar quaisquer sinais de preocupação com relação ao estado de saúde do Presidente Serifo Nhamajo”, sublinhando, no entanto, a necessidade de “informar o país sobre os reais motivos que proporcionam a extensão do período de estada do Presidente da República de Transição no exterior”.
Terça-feira, 26 de Março de 2013
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