Nos últimos dias, o chefe de Estado tinha prometido que ia convocar os líderes dessas formações políticas para uma concentração com objetivo de apreciar possíveis soluções para nova composição da Comissão Nacional das Eleições (CNE).
Nos últimos dias, o chefe de Estado tinha prometido que ia convocar os líderes dessas formações políticas para uma concentração com objetivo de apreciar possíveis soluções para nova composição da Comissão Nacional das Eleições (CNE).
© Getty Images
Notícias ao Minuto 30/11/22
A comissão de supervisão da polícia de São Francisco, no estado norte-americano da Califórnia, aprovou na terça-feira o uso de robôs com capacidade de fogo letal em situações de emergência, numa medida que tem causado alguma apreensão em organizações cívicas sobre a ideia de dar ferramentas mais agressivas às autoridades policiais.
Numa conferência de imprensa, citada pela ABC News, a supervisora Connie Chan disse que, apesar de compreender as hesitações, as autoridades devem ter todos os meios à sua disposição. Mas admitiu que "não é uma discussão fácil".
Segundo a medida aprovada, a polícia só pode mobilizar robôs depois de terem sido esgotados todos os meios alternativos, e o uso destes dispositivos estará apenas à disposição de oficiais de alta patente. De momento, a polícia da cidade de São Francisco tem uma série de robôs, usados primariamente para investigar potenciais explosivos.
Em comunicado, a polícia de São Francisco, através da porta-voz Allison Maxie, garantiu que não tem robôs previamente armados nem planeia dar armas a robôs, mas vincou que o departamento pode mobilizar robôs com explosivos para "contactar, incapacitar ou desorientar suspeitos violentos, armados e perigosos".
A discussão em torno dos métodos letais pela polícia norte-americana não é recente. A morte de George Floyd, em maio de 2020, reacendeu e escalou um debate em torno do financiamento excessivo das forças policiais que, em algumas cidades, desde as mais pequenas às grandes metrópoles, têm à sua disposição armas e veículos de cariz militar para lidar com protestos pacíficos (argumentando que são necessários para lidar com a criminalidade em zonas perigosas).
Em São Francisco, uma zona conhecida pela sua raiz progressista no que diz respeito a direitos cívicos, as autoridades têm tentado pedir mais recursos e, na terça-feira, o debate em torno do uso de robôs durou mais de duas horas.
O presidente da comissão, Shamann Walton, que votou contra a proposta, alertou que a disponibilização de recursos excessivos afetará sempre as comunidades mais desfavorecidas, especialmente a comunidade afroamericana.
"Pedem-nos constantemente para fazer coisas em nome do aumento de armamento de oportunidades para interações negativas entre os departamentos policiais e pessoas de diversas etnias. Esta é uma dessas coisas", argumentou.
Também o escritório do procurador-geral de São Francisco salientou que dar a capacidade de matar pessoas por via remota vai contra os direitos dos cidadãos e os valores progressistas da cidade.
Por outro lado, o supervisor Rafael Mandelman, que votou a favor da medida, insurgiu-se contra aquilo que considera ser um discurso de desconfiança em torno da atividade policial nos Estados Unidos.
A possibilidade de a polícia norte-americana usar robôs controlados remotamente para usar força tem sido abordado desde o mandato de Barack Obama mas, depois de imagens preocupantes de polícias a afastarem manifestantes antirracistas com equipamentos militares, o então presidente recuou nessas medidas. Donald Trump, um fervoroso adepto de militarizar a polícia com todos os meios armados à sua disposição, voltou a pedir que o programa avançasse.
Para além do lado humano, enquanto militante é endereçado à vítima a solidariedade de todos os camaradas do MADEM-G15, em partícular na base de Prabis, secção de Queset, onde o mesmo é coordenador.
É preciso por fim a qualquer tipo de violência, é o vibrante apelo deixado pela Ministra !
© ShutterStock
Notícias ao Minuto 30/11/22
Uma equipa de investigadores da universidade de Duke, nos Estados Estados, pode estar perto de descobrir uma vacina contra as infeções urinárias. São mais comuns em mulheres e se não bem forem tratadas podem gerar outras complicações e acabar por ser fatais.
Esta vacina, em forma de comprimido solúvel, é capaz de atacar a Escherichia coli, a bactéria responsável pelas infeções do trato urinário (ITU). A investigação foi publicada na revista científica Science Advances.
O estudo foi feito em ratos e coelhos, mas revelou-se bastante promissor. Segundo o portal Medical Xpress, este tipo de infeções é tratada com recurso a antibióticos. Se as infeções forem recorrentes, torna-se um problema continuar a passar este tipo de fármacos. Podem matar bactérias saudáveis do intestino e causar problemas intestinais.
Esta vacina desenvolvida pelos investigadores tem a capacidade de atacar diretamente a Escherichia coli. Irá ainda conseguir 'treinar' o sistema imunológico para reconhecer e combater a bactéria.
Ainda serão necessários mais testes para perceber a eficácia deste tratamento em humanos.
© Getty Images
Notícias ao Minuto 30/11/22
O responsável acusou ainda a entidade de se esquecer do "fornecimento de armas para toda a ralé e regimes extremistas", assim como da "impunidade dos líderes da Aliança do Atlântico Norte pelas atrocidades cometidas".
O antigo presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, ameaçou, esta quarta-feira, que caso a NATO forneça sistemas de mísseis de defesa antiaérea Patriot à Ucrânia, a organização será “um alvo legítimo” para as forças armadas russas.
As declarações surgiram depois de o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, ter revelado, na terça-feira, que o fornecimento à Ucrânia de sistemas Patriot, pedidos pelo ministro das Relações Exteriores ucraniano à chegada da reunião em Bucareste, se encontra em “discussão”.
“Se, como sugeriu Stoltenberg, a NATO fornecer aos fanáticos de Kyiv sistemas Patriot, tornar-se-ão imediatamente um alvo legítimo para as nossas forças armadas. Espero que entendam isso”, disse Medvedev, na sua página da rede social Telegram.
O antigo presidente russo apontou ainda que, segundo o secretário-geral da NATO, “a Ucrânia vencerá como um estado independente soberano”, mas que o responsável “não disse nada sobre a sua integridade territorial”.
Nessa linha, Medvedev considerou que o país poderá sair vitorioso “nos novos limites bastante reduzidos da sua independência”, que serão determinados “na mesa de negociação”, ecoando as declarações de Stoltenberg, que afirmou que “maioria das guerras termina na mesa de negociação [e] muito provavelmente esta guerra vai também terminar na mesa de negociações”.
Contudo, este “progresso” fica ‘manchado’ pelo facto de “os novatos arrogantes da NATO se esquecerem facilmente dos golpes de estado cometidos pela sua organização em países soberanos em todo o mundo, dos chefes de estado depostos que foram legitimamente eleitos e das dezenas de milhares de civis assassinados - idosos, mulheres, crianças”.
O responsável acusou ainda a entidade de se esquecer do “fornecimento de armas para toda a ralé e regimes extremistas”, assim como da “impunidade dos líderes da Aliança do Atlântico Norte pelas atrocidades cometidas”.
“Afinal, desde o momento de sua formação, a NATO provou repetidamente a sua essência corporativa puramente fechada, agindo no interesse de um punhado de países anglo-saxões e dos seus capangas. Ao mesmo tempo, não mais do que 12% da população mundial vive em países da NATO”, disse, razão pela qual atirou que “o mundo civilizado não precisa desta organização”, que se deve “dissolver como entidade criminosa”.
“Nem mesmo o Pontífice máximo será capaz de absolvê-los dos seus pecados”, lançou.
Lançada em 24 de fevereiro, a ofensiva russa na Ucrânia já causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram 6.655 civis desde o início da guerra e 10.368 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
Os sucessivos casos de violência que têm ocorrido, constituem uma ameaça à paz social no nosso país, razão pela qual o Presidente da República exorta a Polícia Judiciária e o Ministério Público a investigar com maior brevidade possível o ocorrido.
Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
© Getty Images
POR LUSA 29/11/22
O Qatar vai fornecer gás natural liquefeito (GNL) à Alemanha a partir de 2026, num acordo de 15 anos assinado esta terça-feira e numa fase em que Berlim procura substituir o fornecimento de gás russo.
Os valores deste negócio não foram divulgados, mas o Qatar irá enviar dois milhões de toneladas de gás para a Alemanha através de terminal que se encontra em construção em Brunsbuettel, noticiou a agência Associated Press (AP).
O acordo envolve a Qatar Energy, empresa estatal do país, e a ConocoPhillips, que tem participações no campo 'offshore' de gás natural do Qatar no Golfo Pérsico, que partilha com o Irão.
Com as sanções aplicadas pelos países europeus à Rússia pela invasão da Ucrânia em fevereiro, Moscovo cortou o fornecimento de gás natural utilizado para aquecer casas, gerar eletricidade e alimentar a indústria.
Esta situação gerou uma crise de energia que tem contribuído para a inflação e o aumento da pressão sobre as empresas, à medida que os preços aumentam.
A Alemanha, que obtinha mais da metade do seu gás da Rússia antes da guerra, não recebe gás russo desde o final de agosto.
Os alemães estão a construir cinco terminais de GNL, como parte fundamental do seu plano para substituir o fornecimento russo. Os primeiros devem entrar em operação em breve.
Grande parte do atual fornecimento de gás da Alemanha vem ou passa pela Noruega, Países Baixos e Bélgica.
O esforço da Alemanha para evitar uma crise energética a curto prazo também inclui a reativação temporária de antigas centrais a carvão e petróleo e a extensão da vida útil das três últimas centrais nucleares do país, que deveriam ser desligadas no final deste ano, até meados de abril.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, que visitou o Qatar em setembro, saudou este acordo, realçando que o controlo de longo prazo é importante para a segurança energética da Alemanha.
"No geral, iremos garantir que temos muitos países diferentes a garantir o nosso suprimento de energia. Como tal, estou confiante de que este é mais um importante bloco de construção para uma casa que já construímos em grande parte", sublinhou Olaf Scholz.
Por: Carolina Djeme JORNAL ODEMOCRATA 29/11/2022
O vice-chefe de Estado-Maior da Força Aérea, Brigadeiro general, Mama Sálio Embaló, disse que a força que dirige enfrenta enormes dificuldades, tendo assegurado que a mesma está carenciada de meios aéreos, o que a torna muito frágil e sem condições para controlar o país, sobretudo a parte marítima.
Embaló fez essas observações na sua intervenção esta terça-feira, 29 de novembro de 2022, durante a cerimónia de comemoração do 47º aniversário da Força Aérea da Guiné-Bissau, criada a 29 de novembro de 1975.
“Esta data simboliza a resistência e os esforços dos quadros da força aérea, bem como deve servir de uma reflexão profunda do que se fez até aqui e a perspetiva para o futuro da força aérea”, disse o vice-chefe de Estado-Maior da Força Aérea.
Explicou que se a força aérea fosse equipada, estaria à altura de controlar rigorosamente o mar da Guiné-Bissau.
“Não permitiremos que o nosso mar seja invadido por ninguém que não tenha autorização do Estado”.
Apelou ao governo para criar as condições para o funcionamento das estruturas da força aérea que poderiam ser rentáveis para o país, se fossem criadas as condições para ela operar e salvaguardar os recursos haliêuticos nacionais.
Presente na cerimónia, o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biaguê Na N’Tan, advertiu na sua intervenção que é preciso organizar as forças armadas para que possam estar ao mesmo nível de capacidade de trabalho com as forças armadas de outros países.
Apelou à unidade no seio da força aérea para a sua própria valorização, lembrando que “é uma força criada pelos jovens talentosos no momento da receção de aviões militares”.
© Getty Images
Notícias ao Minuto 29/11/22
Maria Kolesnikova, dirigente da oposição da Bielorrússia, atualmente em prisão preventiva, foi internada nos cuidados intensivos, na segunda-feira. Ainda não são conhecidos os motivos.
Segundo o seu advogado, citado pelo La Vanguardia, Víktor Babariko, uma ambulância levou Kolésnikova ao hospital e, no local, não foi autorizado a visitá-la.
O jornal independente Zérkalo.io garante também que a dirigente da oposição da Bielorrússia deu entrada numa unidade cirúrgica do hospital, tendo depois sido encaminhada para os cuidados intensivos.
Kolesnikova foi uma das líderes dos protestos que, em 2020, contestavam à reeleição do Presidente da Bielorrússia, Alexandre Lukashenko, e está a cumprir uma pena de prisão de 11 anos por ter provocado distúrbios nos protestos.
Svetlana Tijanóvskaya, hoje líder da oposição bielorrussa, publicou uma mensagem de apoio a Kolesnikova, no Twitter, esta terça-feira: "Extremamente preocupante. Maria Kalesnikava foi hospitalizada nos cuidados intensivos por razões desconhecidas. O seu advogado não foi autorizado a vê-la".
© Shutterstock
POR LUSA 29/11/22
Os chefes da diplomacia da NATO comprometeram-se hoje a apoiar a Ucrânia enquanto repara a sua infraestrutura energética atingida pelos bombardeamentos russos e permitir que a população enfrente o inverno em melhores condições.
"Os aliados vão ajudar a Ucrânia enquanto repara a sua infraestrutura energética e protege a sua população dos ataques com mísseis", indicaram os ministros na declaração aprovada no final do seu primeiro dia de reunião em Bucareste.
No texto sublinha-se que a "agressão" da Rússia, incluindo os seus "persistentes e desmedidos ataques às infraestruturas civis e energéticas ucranianas" estão "a privar milhões de ucranianos dos serviços básicos".
Em simultâneo, os aliados asseguraram permanecer "decididos a apoiar os esforços a longo prazo da Ucrânia no seu caminho de reconstrução e reformas" no pós-guerra, para que o país possa "assegurar um futuro livre e democrático, modernizar o seu setor da defesa, fortalecer a interoperacionalidade a logo prazo e dissuadir futuras agressões".
Numa referência ao apoio concedido até ao momento, os MNE dos 30 Estados-membros da NATO assinalaram que ajudarão a Ucrânia a "reforçar a sua capacidade de resiliência, proteger a sua população e contrariar as campanhas de desinformação e as teses mentirosas da Rússia".
Em paralelo, dizem que continuarão a reforçar a sua associação com a Ucrânia à medida que o país "concretize as suas aspirações euro-atlânticas".
A declaração ministerial de Bucareste sublinha o facto de se terem reunido "perto das margens do mar Negro", cenário de tensão devido a um conflito do qual Moscovo é "plenamente responsável".
"As ações inaceitáveis da Rússia, incluindo as atividades híbridas, a chantagem energética e a temerária retórica nuclear, perturbam a ordem internacional assente em regras", sublinharam.
No documento, os ministros dos Negócios Estrangeiros da aliança militar ocidental também expressam a sua "solidariedade" com a Polónia após a "incidente" da queda de um míssil no seu território em 15 de novembro, que provocou a "trágica perda" de duas vidas "como resultado dos ataques com mísseis da Rússia contra a Ucrânia".
"Condenamos a crueldade da Rússia contra a população civil da Ucrânia e as violações e abusos dos direitos humanos, como as deportações forçadas, a tortura e o tratamento bárbaro a mulheres, crianças e pessoas em situação vulnerável", frisaram, para assegurar que "todos os responsáveis de crimes de guerra, incluindo a violência sexual relacionada com o conflito, devem prestar contas".
Os ministros aliados, que hoje se reuniram com o seu homólogo ucraniano Dmitro Kuleba à margem da cimeira -- para contornar o veto húngaro que impede a participação formal da Ucrânia das cimeiras da NATO --, destacaram a "heroica defesa" do povo ucraniano pelo seu território e garantiam que manterão "o apoio político e prático" a país "durante o tempo que seja necessário".
Em simultâneo, destacaram a participação da Finlândia e Suécia nesta reunião na qualidade de países convidados oficialmente a aderirem à organização militar, uma situação ainda dependente da formalização da adesão pela Hungria e Turquia.
"A sua adesão vai torná-los mais seguros, uma NATO mais forte e uma área euro-atlântica mais segura. A sua segurança é de importância direta para a Aliança, inclusivamente durante o processo de adesão", advertiram, mesmo que não possa ser invocado o artigo 5º da Aliança sobre defesa coletiva pelo facto de Estocolmo e Helsínquia ainda não serem membros efetivos.
Ao recordarem que os Balcãs ocidentais e o mar Negro são regiões de "importância estratégica" para a Aliança, os ministros também destacaram a intenção da NATO em apoiar da forma necessária a Bósnia-Herzegovina, Geórgia e Moldova, parceiros do aliados e que consideram em risco, para que possam "construir a sua integridade e resiliência, desenvolver as suas capacidades e manter a sua independência política".
"Mantemos firmemente o nosso compromisso com a política de portas abertas da Aliança", asseguraram, para também reafirmarem as decisões adotadas na cimeira da NATO de Bucareste em 2008, e onde por sugestão dos Estados Unidos foi sugerido que a Geórgia e a Ucrânia se tornariam no futuro membros permanentes da organização.
Por último, condenaram o terrorismo e solidarizaram-se com a Turquia pela "perda de vidas após os recentes e horríveis atentados".
"Estamos confrontados, em todos os eixos estratégicos, com desafios e ameaças provenientes de atores autoritários e competidores estratégicos. (...) Vamos pôr em prática o novo quadro que definimos para a nossa postura de dissuasão e defesa, reforçando-a sensivelmente e desenvolvendo antes de tudo a gama de capacidades e de forças adequadas e prontas para combater", concluíram os ministros aliados.
Diamantino Domingos Lopes diz que, ao abrigo desse despacho, só pode haver duas rádios a funcionar no país.
O Secretário-geral da Sinjotecs falava esta terça-feira à Agência de Notícias da Guiné-ANG em reação ao despacho tornado público no decurso da passada segunda-feira e assinado pelo ministro da Comunicação Social, Fernando Mendonça e o das Finanças Ilídio Vieira Té.
Para Diamantino Lopes, a medida é insustentável e inconsequente porque “é como uma medida que desconhece totalmente a realidade onde se inserem tais decisões”, e diz que, quando é assim “ vai limitar o exercício da liberdade de expressão e consequentimente a liberdade de imprensa”.
Lopes disse que os preços que estão no despacho se for analisado o contexto socioeconómico dos órgãos de comunicação social sobretudo das rádios, “de um certo modo é impraticável, porque não há nenhuma rádio no país que tem condições de pagar 10 milhões de franco cfa para ter uma licença e cuja renovação determina o pagamento de dois milhões e meio de fcfa,de dois em dois anos”.
"Antes de qualquer medida é preciso fazer uma sondagem no mercado da comunicação social, neste caso para saber qual é a receita numeral e como as rádios conseguem angariar os recursos para pagar salários dos seus funcionários”, disse .
Sustenta que, além de mais, o Governo não dá subvenções à estas instituições de comunicação social pelo serviço público que prestam, por isso acha que é uma “medida inconsequente”.
Disse que ninguém vai pagar porque ninguém tem recursos para pagar.
Para as rádios comunitárias, o Alvará passa a custar três milhões de fcfa.
Para a autorização de filmagens tem que se pagar um milhão e meio de francos cfa e Diamantino diz que são medidas que não refletem a realidade do país, e cita televisões comunitárias que para terem licenças devem agora pagar 50 milhões de franco cfa e 12 milhões de CFA para renovação de licenças.
Diamantino Lopes disse que é muito estranho essa madida, pelo que é necessário repensá-la, “porque, é como uma lei que quando é impraticável não deve ser assumida nem respeitada e isso apela, de um certo modo, à uma desobdiência cívil”.
"Os proprietários das rádios deviam ser os primeiros a posicionarem face a esta situação, porque são eles que vão pagar. Enquanto sindicato da classe estamos preocupados, porque se as rádios não têm dinheiro para pagar vão fechar e isso vai mexer com o interesse dos seus associados. Precisam posicionar para pôr cobro à esta situação, para exigir a justiça sobre esta matéria”, disse Lopes.
O referido despacho conjunto, estipula que de atribuição de licenças para televisão de cobertura nacional é de 500 milhões de francos CFA e a sua renovação é de 125 milhões, para os jornais a licença custa 2 milhões e a sua renovação é de 500 mil francos CFA.
O Seminário de capacitação dos Atores sobre o quadro jurídico e atendimento sensível à criança, decorre em Bissau com duração de dois, junta 23 entidades. Entre quais, magistrados, polícias de ordem pública, parlamento infantil e demais.
Durante abertura dos trabalhos, a Ministra da tutela, Teresa Alexandrina da Silva enalteceu os esforços do governo na sensibilização para a mudança de "paradigma"
Rádio Jovem Bissau
© Getty Images
POR LUSA 29/11/22
As autoridades da República Centro-Africana abriram uma investigação após um jato ter largado explosivos perto de uma base para mercenários russos que trabalhavam com os militares do país.
O ataque teve lugar nas primeiras horas de segunda-feira na base de Cotenaf, em Bossangoa, onde testemunhas disseram que tanto a base utilizada pelo Grupo Wagner, da Rússia, como as casas circundantes, tinham sido atingidas.
"Os paramilitares russos mostraram a sua indignação, disparando para o ar das 5h00 às 6h00. De momento, a cidade está tranquila, as lojas ainda não estão abertas e as pessoas têm medo de fazer negócios", disse Robert Faradanga, um jornalista comunitário local.
Não ficou imediatamente claro quem foi o responsável pela aeronave que lançou os explosivos.
O ministro da Informação, Serge Ghislain Djorie, disse numa declaração que a aeronave desconhecida se dirigiu para norte após o incidente, antes de deixar o espaço aéreo do país.
"Este ato desprezível perpetrado pelos inimigos da paz não ficará impune", avisou Djorie.
Na República Centro-Africana, os mercenários do grupo Wagner percorrem a capital Bangui em veículos militares sem marca e guardam as minas de ouro e diamantes do país. Ajudaram a manter os grupos rebeldes armados e o Presidente Faustin-Archange Touadera no poder.
Contudo, o grupo mercenário também tem sido acusado de cometer violações dos direitos humanos.
Um relatório divulgado no início deste ano pelo perito independente da ONU sobre a situação dos direitos humanos na República Centro-Africana citou uma série de ataques que alegadamente foram efetuados sob as ordens das forças armadas do país e dos seus aliados do Grupo Wagner.
Num caso, mercenários russos impediram as forças de manutenção da paz da ONU de aceder a uma aldeia onde as forças armadas do país e os russos tinham, "alegadamente, aberto fogo sobre civis indiscriminadamente".
Num dos ataques alegadamente ordenados pelos russos, os militantes foram à aldeia de Boyo e mataram 19 civis. O relatório de Yao Agbetse, o perito independente da ONU, também declarou que os feridos tinham sido enterrados vivos.
© Getty Images
POR LUSA 29/11/22
O número de trabalhadores mortos no Qatar durante a preparação para o Mundial de futebol ficou entre "400 e 500", um número drasticamente maior do que anteriormente anunciado, admitiu um responsável do Qatar.
De acordo com a Associated Press, as declarações de Hassan al-Thawadi, secretário-geral do Comité Supremo para Entrega e Legado do Qatar, foram feitas durante uma entrevista com o jornalista britânico Piers Morgan.
Os comentários de Al-Thawadi poderão aumentar as críticas feitas pelos grupos de direitos humanos sobre o custo para os trabalhadores migrantes do país sediar o primeiro Mundial de Futebol no Médio Oriente, quando 200 mil milhões de dólares (19,3 mil milhões de euros) foram gastos em estádios, linhas de metro e novas infraestruturas necessárias para o torneio.
O Comité Supremo e o Governo do Qatar ainda não responderam a um pedido de comentário feito hoje pela AP sobre as declarações de Al-Thawadi.
Na entrevista - em trechos já publicados por Piers Morgan na internet -, o jornalista britânico pergunta a Al-Thawadi: "Qual é o número honesto, totalmente realista de trabalhadores migrantes que morreram, como resultado do trabalho que estão a fazer para o Mundial de Futebol, na totalidade?".
"A estimativa é de cerca de 400, entre 400 e 500", respondeu Al-Thawadi.
"Não tenho o número exato. Isso é algo que tem sido discutido", referiu o responsável.
Entretanto, esse número não foi anteriormente discutido publicamente. Os relatórios do Comité Supremo datados de 2014 até ao fim de 2021 incluem apenas o número de mortes de trabalhadores envolvidos na construção e reforma dos estádios que hoje sediam o Mundial de futebol.
O número total de mortes divulgado pelo Governo do Qatar foi de 40. Estes dados incluem 37 que as autoridades locais descrevem como incidentes não relacionados com trabalho, como ataques cardíacos, e três de incidentes no local de trabalho. Num outro relatório também surge separadamente a morte de um trabalhador devido ao novo coronavírus durante a pandemia de covid-19.
Desde que a FIFA concedeu o torneio ao Qatar em 2010, o país tomou algumas medidas para reformular as práticas de emprego. Isso incluiu a eliminação do chamado sistema de emprego 'kafala', que prendia os trabalhadores aos seus empregadores, que podiam decidir se os funcionários poderiam deixar os seus empregos ou até mesmo o país.
O Qatar também adotou um salário mínimo mensal de 1.000 riais do Qatar (275 dólares ou 265 euros) para os trabalhadores e exigiu subsídios de alimentação e moradia para funcionários que não recebem esses benefícios diretamente dos seus empregadores. Também atualizou as suas regras de segurança para os trabalhadores para evitar mortes.
"Uma morte é uma morte a mais. Puro e simples", acrescentou Al-Thawadi na entrevista.
Ativistas pediram a Doha que faça mais, principalmente quando se trata de garantir que os trabalhadores têm os salários em dia e são protegidos de empregadores abusivos.
O comentário de Al-Thawadi também renova as questões sobre a veracidade dos relatórios de Governos e das empresas privadas sobre ferimentos e mortes de trabalhadores nos Estados do Golfo Pérsico, cujos prédios foram construídos por trabalhadores de países do sul da Ásia, como Índia, Paquistão e Sri Lanka.
Mustafa Qadri, diretor executivo da Equidem Research, uma consultoria sobre trabalho que publicou relatórios sobre o custo da construção para os trabalhadores migrantes, disse que ficou surpreso com a observação de al-Thawadi.
"Para ele, vir agora e dizer que há centenas [de mortos], é chocante. Eles não têm ideia do que está a acontecer", declarou Qadri à AP.
© Lusa
POR LUSA 29/11/22
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO iniciam hoje o primeiro de dois dias de reunião, em Bucareste, capital da Roménia, na qual deverão acordar formas de aumentar o apoio à Ucrânia e analisar "os desafios colocados pela China".
Esta reunião do Conselho do Atlântico Norte, principal organismo de decisão política da NATO, que vai juntar ministros dos Negócios Estrangeiros no Palácio do Parlamento, vai contar com a presença do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, para debater as necessidades mais urgentes do país e o apoio da NATO a longo prazo.
No centro da agenda do encontro -- no qual vai participar o chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, - estará o conflito na Ucrânia, numa altura em que a Federação Russa tem aproveitado a chegada do inverno para aumentar a sua ofensiva.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, já antecipou que a Aliança "não vai recuar" e prometeu apoio às autoridades ucranianas durante "o tempo que for necessário", reconhecendo um "início horrível do inverno" naquele país.
Stoltenberg espera que os ministros dos Negócios Estrangeiros concordem em aumentar o apoio "não letal".
Quanto à China, o secretário-geral da NATO sublinhou que esta potência "não é um adversário" mas "está a intensificar a modernização militar, aumentando a sua presença, do Ártico aos Balcãs Ocidentais, do espaço para o ciberespaço, e procurando controlar as infraestruturas críticas dos aliados da NATO".
Stoltenberg alertou para o facto de a guerra na Ucrânia ter demonstrado "a perigosa dependência" face ao gás russo e quer os Aliados a avaliar as suas dependências "de outros regimes autoritários, principalmente da China".
Foram também convidados a participar nos trabalhos os ministros dos Negócios Estrangeiros da Finlândia e da Suécia, dois países que em maio deste ano apresentaram uma proposta conjunta para aderir à NATO, abandonando décadas de não-alinhamento militar, mas cujo processo ainda não está finalizado, faltando a ratificação da Turquia e Hungria.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Bósnia-Herzegovina, Geórgia e Moldávia também vão estar presentes e o secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Antony Blinken.
A reunião decorre na Roménia, país fronteiriço com a Ucrânia, onde Portugal tem presença militar, no âmbito da NATO.
Em outubro, partiram para a Roménia 166 militares portugueses (a 2ª Força Nacional Destacada) para participar nas "enhanced Vigilance Activities" da NATO, que têm como objetivo contribuir para o esforço de dissuasão e defesa da Aliança no seu flanco sudeste.
Veja Também:
Radio Voz Do Povo
© Reuters
POR LUSA 28/11/22
Um general iraniano reconheceu hoje a morte de mais de 300 pessoas durante os protestos que decorrem em todo o país em defesa dos direitos humanos, sendo as primeiras declarações oficiais sobre o número de baixas em dois meses.
Esta estimativa é consideravelmente menor do que o número relatado pela organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights, um grupo com sede nos EUA que acompanha de perto os protestos desde que estes eclodiram após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia da chamada polícia da moral em Teerão, por ter legalmente violado o código rígido de imposto de vestuário às mulheres na República Islâmica.
O grupo ativista refere que 451 manifestantes e 60 elementos das forças de segurança foram mortos desde o início dos choques e que mais de 18.000 pessoas foram detidas.
Os protestos em todo o país foram desencadeados pela morte desta jovem, mas rapidamente se transformaram em apelos à queda da teocracia islâmica que governa o Irão desde a revolução de 1979.
O general Amir Ali Hajizadeh, comandante da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária, corpo paramilitar do Irão, adiantou a um 'site' próximo desta força de segurança interna que mais de 300 pessoas foram mortas, incluindo "mártires", uma aparente referência às forças de segurança.
A mesma fonte também sugeriu que muitos dos mortos eram iranianos comuns não envolvidos nos protestos.
Hajizadeh não forneceu um número exato ou revelou quais os dados que sustentam a sua estimativa.
Este comandante reiterou a alegação oficial de que os protestos foram fomentados por inimigos do Irão, incluindo países ocidentais e a Arábia Saudita, sem fornecer provas.
No entanto, os manifestantes dizem estar fartos de décadas de repressão social e política e negam ter qualquer agenda estrangeira.
Os protestos se espalharam por todo o país e atraíram o apoio de artistas, atletas e outras figuras públicas.
A sobrinha do líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, pediu recentemente às pessoas que pressionem os seus governos a cortar os laços com Teerão por causa da violenta repressão às manifestações.
Num vídeo divulgado 'online' pelo seu irmão que mora na França, Farideh Moradkhani instou "pessoas conscientes do mundo" a apoiar os manifestantes iranianos.
O vídeo foi partilhado esta semana, após a alegada detenção de Moradkhani em 23 de novembro, de acordo com o grupo ativista.
Os protestos, agora no seu terceiro mês, enfrentaram uma repressão brutal das forças de segurança iranianas que utilizaram munições reais, balas de borracha e gás lacrimogéneo para reprimir as manifestações.
O Governo do Irão anunciou hoje que não vai cooperar com a missão independente das Nações Unidas que se prepara para investigar as violações contra as liberdades fundamentais no país após a morte do jovem Mahsa Amini.
"O Irão não vai cooperar de nenhuma forma com a missão sobre certos problemas com os direitos humanos", disse em conferência de imprensa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani.
"Teerão condena o uso impulsivo das questões sobre direitos humanos contra nações independentes", sublinhou o porta-voz diplomático iraniano.
A resolução estabelece a criação de uma missão independente de investigação que vai ter como objetivo "recolher e analisar provas" de violação dos direitos humanos na sequência da repressão.