quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Encontro entre os Presidentes Úmaro Sissoco Embaló e Vlodomyr Zelensky.

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República da Guiné-Bissau e Comandante Supremo das Forças Armadas na sua missão de bons ofícios na sua qualidade de Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO manteve esta manhã um tete-a-tete com o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky.

A exemplo do que sucedeu ontem em Moscovo, o Presidente Sissoco Embaló procurou oferecer os bons préstimos dos Chefes de Estado da  CEDEAO ao Presidente Zelensky no sentido de se encontrar uma solução urgente e honrosa que possa conduzir ao fim do arrasador conflito russo-ucraniano.





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 VOA Português

Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau (esq) e Volodymir Zelenskyy, Presidente da Ucrânia (dir), Kyiv, 26 Outubro 2022

Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau (esq) e Volodymir Zelenskyy, Presidente da Ucrânia (dir), Kyiv, 26 Outubro 2022

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O Chefe de Estado da Guiné-Bissau e Presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) recebeu palavras de elogio do seu homólogo da Ucrânia num encontro em Kyiv nesta quarta-feira, 26.

Úmaro Sissoco Embaló manifestou na ocasião a vontade da África de servir de ponto de diálogo entre os “dois irmãos”, segundo ele.

Ontem, Sissoco Embaló foi recebido em Moscovo pelo Presidente russo, Vladimir Putin, a quem entregou um pedido da CEDEAO por diálogo entre a Rússia e Ucrãnia.

“É o primeiro líder de um país africano que visita a Ucrânia desde 24 de Fevereiro e tem a oportunidade de ouvir a verdade sobre a situação no nosso país e que está a ter influência em todos os outros países do mundo", disse Volodymir Zelenskyy, em declarações aos jornalistas, e pediu a todos os “líderes conscientes” que se unam para fazer frente à “segurança” comum colocada em causa pela "guerra criminosa desencadeada pela Rússia" que, segundo ele, piorou as condições sociais e políticas em muitos países.

"Milhões de pessoas na Ásia, África e Europa estão numa situação mais difícil devido à agressão russa", sublinhou Zelenskyy, que agredeceu o voto do Governo da Guiné-Bissau na resoluçãoda Assembleia Geral das Nações Unidas que condenou a anexação de quatro regiões da Ucrânia pela Rússia,

O Presidente ucraniano manifestou seu interesse em desenvolver relações de cooperação com os países africanos e admitiu a realização de uma cimeira Ucrânia/África no seu país e potenciar a cooperação com a CEDEAO.

O Presidente guineense fez o mesmo pedido que endereçou a Putin ao defender um "diálogo direto" entre a Rússia e a Ucrânia, "dois países irmãos", e disse que a CEDEAO e a Africa querem “reaproximar os dois países para que encontrem verdadeiramente um caminho para a paz".

E ele disse ter uma mensagem de Putin: “Ontem estive na Rússia com o Presidente Putin que me encarregou de transmitir-lhe essa mensagem. Ele (Putin) pensa que é muito importante o estabelecimento do diálogo directo entre os dois países”.

Sissoco Embaló afirmou que Zelenskyy pode estar seguro de que não é por causa de fertilizantes ou cereais que a África está a precisar, mas a África é portadora hoje de uma mensagem de paz e deseja aproximar os dois países irmãos para que possam encontrar um caminho da paz”.

O Presidente guineense disse também que vai pedir à Rússia para libertar os 182 barcos ucranianos que "estão sob custódia russa".

Sissoco Embaló disse ter ficado chocado com a destruição que viu e as valas comuns, “triste esta situação”.

"Eu sou o porta-voz de todo o continente africano que está preocupado com a estabilidade na vossa região", afirmou o Presidente guineense em retribuição à afirmação de Zelenskyy de que ele é o primeiro líder africano a visitar a Ucrânia desde o início da invasão russa.

O Chefe de Estado guineense fez questão de frisar que a visita a Moscovo e Kyiv foi realizada em nome da CEDEAO.


Depois de visitar algumas das zonas da capital ucraniana com evidentes vestigios dos bombardeamentos, o Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO visitou um dos locais onde foram postados fotos de vitimas que a guerra russo-ucraniana causou, o Presidente Úmaro Sissoco Embaló assinou um Livro de Honra onde expressou na sua mensagem, pesar pelas vitimas deste conflito e a sua esperança em conseguir-se alcançar paz e segurança nesta região.


Sua Excelência Senhor Presidente da República da Guiné-Bissau e Comandante Supremo das Forças Armadas, General Úmaro Sissoco Embaló, em missão de bons ofícios como Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo chegou esta manhã à capital ucraniana Kiev para, tal como sucedeu com o Presidente da Federação da Rússia, manter conversações com o Presidente Zelensky.

A sua chegada, o General Úmaro Sissoco Embaló e a delegação que o acompanha visitaram algumas zonas da capital ucraniana atingidas pela guerra.



Ministro do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Soares Cassama desloca-se amanhã ao Egipto para participar na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), que decorrerá entre os dias 6 e 18 de novembro e, segmento de Alto Nível nos dias 7 e 8 , destinado a Chefes de Estado e de Governo.


Radio Voz Do Povo

UCRÂNIA: Kyiv anuncia exumação de mais mil corpos em territórios reconquistados

© Christopher Furlong/Getty Images

Por LUSA  26/10/22 

As autoridades ucranianas anunciaram hoje que já exumaram cerca de mil corpos nos territórios recuperados durante a contra-ofensiva contra as forças invasoras russas.

O Ministério para a Reintegração de Territórios Ocupados Temporariamente deu conta desta descoberta na sua conta da rede social Telegram, explicando que o comissário do departamento responsável pelas pessoas desaparecidas, Oleg Kotenko, ficou responsável pela deteção de valas comuns na região.

"Como parte da busca, cerca de mil corpos de heróis e civis mortos já foram exumados", informou o Ministério.

Quase metade dos corpos agora exumados, 450, foram encontrados numa vala comum em Izium, na província de Kharkiv, depois de esta cidade ter sido reconquistada pelas forças ucranianas, em 10 de setembro.

"Entre os mortos não estão apenas militares, mas também civis, adultos e crianças. Os dados exatos só serão conhecidos após a conclusão dos exames", referiu o Governo ucraniano.

A contra-ofensiva ucraniana lançada no início de setembro no leste do país permitiu que Kiev recuperasse centenas de cidades ocupadas pelo exército russo, nas províncias de Kharkiv e Donetsk.

O ministro ucraniano da Administração Interna, Denys Monastyrsky, já tinha informado, em 17 de outubro, da exumação de um total de 600 mortos na região de Kharkiv - incluindo as sepulturas de Izium.

Quatro dias depois, a polícia ucraniana anunciou que, após a conclusão dos trabalhos de exumação em Lyman, os corpos de 111 civis e 35 soldados foram recuperados nesta cidade da região de Donetsk.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Estação Espacial realizou manobras de emergência para evitar colisão... A NASA foi obrigada a ativar os propulsores da estação durante pouco mais de cinco minutos.

© NASA

Notícias ao Minuto  26/10/22 

A NASA informou que a Estação Espacial Internacional - que conta com sete astronautas a bordo - foi obrigada a realizar manobras de emergência na segunda-feira, dia 24, de forma a evitar colidir com detritos espaciais.

Diz a agência espacial norte-americana que os propulsores da estação espacial foram ativados durante pouco mais de 5 minutos, o que permitiu evitar a trajetória de detritos espaciais à deriva na órbita da Terra.

Estudos sobre a existência de detritos espaciais (com origem em satélites desativados e em outras missões) indicam que há vários milhões de pedaços à deriva na órbita da Terra, o que pode colocar riscos não só à Estação Espacial como também aos satélites que proporcionam a rede de comunicações de que desfrutamos.

Quase metade da pesca ilegal no mundo é praticada por África

© iStock

Por LUSA  26/10/22 

Quase metade dos navios industriais e semi-industriais envolvidos na pesca ilegal operam em África, e a maioria têm origem chinesa e europeia, segundo um relatório divulgado pela Financial Transparency Coalition (FTC).

A prática não só contribui para a pesca excessiva, como também afeta os países em desenvolvimento, que perdem "milhares de milhões de dólares" em "fluxos de dinheiro ilícito" ligados à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INDNR, sigla em espanhol) todos os anos.

A análise recorda que a INDNR leva a que mais de 90% dos 'stocks' mundiais de peixe sejam "totalmente explorados, sobre-explorados ou esgotados", de acordo com as estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) relatadas pela FTC.

Além disso, esta prática, o crime "mais lucrativo" contra os recursos naturais depois da madeira e da mineração, representa um quinto das capturas pesqueiras do mundo com um valor que pode atingir os 23,5 mil milhões de dólares (23,43 mil milhões de euros).

"A pesca ilegal é uma indústria maciça que ameaça diretamente a subsistência de milhões de pessoas na América Latina e no resto do mundo, especialmente as que vivem em comunidades costeiras em países em desenvolvimento já afetados pela pandemia da covid-19, o custo de vida e o impacto das alterações climáticas", afirmou Matti Kohonen, diretor executivo da FTC, num comunicado.

O responsável lembrou ainda que os proprietários dos navios continuam a operar com "imunidade total" devido, entre outras coisas, a "estruturas empresariais complexas", que dificultam a sua identificação e julgamento pelas autoridades.

O relatório da FTC, que reúne 11 organizações não-governamentais (ONG), concluiu que a Argentina e a África, por exemplo, perdem, anualmente, 2 mil milhões (2,25 mil milhões de euros) e até 11,49 mil milhões de dólares (11,46 mil milhões de euros), respetivamente, como resultado da pesca INDNR.

O documento, intitulado "Redes suspeitas: descobrindo as empresas e indivíduos por detrás da pesca ilegal em todo o mundo", indica que as "dez maiores empresas envolvidas" representam quase 25% de todos os casos denunciados.

Oito destas empresas são da China, uma da Colômbia e uma de Espanha, de acordo com a FTC.

O relatório da FTC afirma, ainda, que 54,7% da pesca INDNR é realizada por navios industriais e semi-industriais "com bandeira asiática", enquanto 16,1%, 13,5% e 12,8% utilizam bandeiras de países da América Latina, África e Europa, respetivamente. 

Guiné-Bissau: Frente Social em Conferência de Imprensa

 Radio Voz Do Povo 

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Guiné-Bissau: Comerciantes, consumidores e operadores económicos mauritanianos foram convocados pelo Ministério do Comércio, para em conjunto, encontrar saídas face a subida de preços dos produtos de primeira necessidade.

Por Radio Voz Do Povo

Ucranianos alegam que russos prepararam "ato terrorista" em Zaporijia

© Reuters

Por LUSA  25/10/22 

A operadora de energia nuclear da Ucrânia disse hoje que responsáveis russos realizaram trabalhos secretos na última semana na central nuclear ocupada de Zaporijia, com o alegado intuito de preparar um "ato terrorista".

De acordo com a Energoatom, os oficiais russos que controlam a zona não dão acesso à equipa ucraniana que administra a central ou a monitores do órgão de vigilância da Organização das Nações Unidas (ONU) para ver o que os militares estão a fazer.

A entidade estatal que controla as quatro centrais termoelétricas da Ucrânia adiantou que "presume" que os russos "estão a preparar um ato terrorista, usando materiais nucleares e resíduos radioativos armazenados" em Zaporijia.

A Energoatom indicou que há 174 contentores combustível usado na instalação de armazenamento. Cada um dos contentores contêm 24 conjuntos de combustível nuclear usado.

"A destruição desses contentores como resultado de uma explosão poderá levar a um acidente de radiação e contaminação por radiação de várias centenas de quilómetros quadrados do território adjacente", disse a empresa.

A Energoatom encorajou a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) a avaliar o que aconteceu.

O Conselho de Segurança da ONU debateu hoje à porta fechada as acusações da Rússia, que afirma que a Ucrânia fabricou uma 'bomba suja', alegações rejeitadas por Kiev e pelo Ocidente.

O debate foi pedido pela Rússia, cujo embaixador, Vassili Nebenzia, enviou uma carta ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral da ONU, António Guterres, em que insiste nas acusações à Ucrânia.

No final, o embaixador britânico junto da ONU, James Kariuki, disse hoje que as alegações russas de desenvolvimento pela Ucrânia de 'bombas sujas' são apenas um novo capítulo na prolongada desinformação e propaganda Rússia.

Após uma reunião à porta fechada no Conselho de Segurança para debater as acusações russas, o diplomata do Reino Unido apresentou à imprensa alguns dos detalhes do encontro, indicando que ele, juntamente com os representes da França e dos Estados Unidos na ONU, "foram claros nas suas posições de que tudo não passam de alegações falsas" de Moscovo.

"São alegações falsas. Desinformação como a que vimos antes. Não foi apresentada nenhuma prova. A Ucrânia tem sido clara de que não tem nada a esconder e inspetores da Organização Internacional de Energia Atómica (OIEA) estão a caminho", disse Kariuki.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Guiné-Bissau: Cipriano Cassama espera que o governo assuma as responsabilidades para realização atempada das eleições

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Radio TV Bantaba

Encontro no Kremlin entre Putin e Sissoco Embaló

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República da Guiné-Bissau e Comandante Supremo das Forças Armadas, General Úmaro Sissoco Embaló, manteve esta manhã na sua qualidade de Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO um encontro de trabalho no Kremlin, com o Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin.

A reunião entre os dois Estadistas ficou marcada pela clara demonstração das excelentes relações de amizade existente entre a Rússia e a Guiné-Bissau.

O Presidente Putin começaria o encontro expressando as boas-vindas ao Presidente Embaló, tendo referido que no momento em que da parte dos guineenses há um nítido esforço na edificação de um Estado, a Rússia pode fazer mais e melhor em matéria de cooperação, dando particular enfâse ao sector da educação, onde se regista uma cooperação muito positiva.

De seguida, o Presidente Vladimir Putin teceu considerações elogiosas e positivas pela dinâmica imprimida pela actual Presidência exercida pelo General Úmaro Sissoco Embaló como Presidente em Exercício da CEDEAO, que na perspectiva do líder russo, uma zona muito importante com os seus 400 milhões de habitantes, que pode representar uma relação dinâmica e proveitosa em matéria de cooperação e para a qual a Rússia tem particular interesse, facto que a exemplo do que aconteceu em 2019, pretende voltar a realizar em 2023, uma nova Cimeira Rússia-África.

Antes de terminar, o Presidente Putin disse estar muito feliz com a visita do Presidente Ùmaro Sissoco Embaló e que ele era um hóspede bem-vindo à Rússia.

Por seu turno em resposta ao seu homólogo russo, o Presidente Sissoco Embaló considerou que a reunião no Kremlin era um encontro entre irmãos e velhos aliados, recordando que eles tiveram início muito antes da nossa independência, nos primórdios da nossa gloriosa Luta de Libertação Nacional na época da ex-União Soviética e mesmo muito antes do seu próprio nascimento.

Contudo, o Presidente Úmaro Sissoco Embaló deixou bem claro que a sua missão era na sua qualidade de Presidente em Exercício da CEDEAO e que vinha com um expresso mandato dos 15 Presidentes da República da nossa organização regional, para tentar discutir com as autoridades russas o actual conflito que opõe dois países irmãos e que não vinha somente discutir as questão do escoamento dos produtos agrícolas dos portos ucranianos, bem como de outros graves problemas que têm estado a bloquear o mundo, mas principalmente o de saber de que forma poderá sair de Moscovo com uma proposra concreta que possibilite aos dois países irmãos, em conflito, sentarem-se para, na base de um diálogo construtivo, estabelecerem mecanismos que conduzam a paz e porem fim a uma guerra fratricida.

O Presidente Sissoco Embaló disse claramente ao Presidente Putin que gostaria de saber o que o líder russo deseja que a Presidência em Exercício da CEDEAO faça e que possa conduzir a uma solução urgente para se pôr fim a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

O General Úmaro Sissoco Embaló na sua intervenção inicial disse que a África e em particular a CEDEAO não podiam abandonar a Rússia neste momento e em particularmente a Guiné-Bissau que mantém com este país relações de quase um século de grande amizade e que a própria posição assumida pelo conjunto dos países africanos demonstra de forma inequívoca do que os africanos pensam sobre o papel que a Rússia pode e deve desempenhar no mundo.

Outra questão colocada pelo Presidente em Exercício da CEDEAO ao Presidente Putin versou questões actuais de segurança ao nível da nossa zona regional africana, que tem causado alguma preocupação ao nível de muitos países membros da CEDEAO, isto partindo do princípio que a Rússia está presente com as suas Embaixadas em quase toda à África e do papel que a liderança russa pode jogar no mundo.

A terminar o Presidente da República da Guiné-Bissau e Comandante Supremo das Forças Armadas e na sua qualidade de Presidente em Exercício da CEDEAO nesta sua missão, disse ao Presidente Putin que a sua presença em Moscovo era de um amigo e irmão e de um emissário de paz.



GUINÉ-BISSAU: PJ guineense apreende cinco quilogramas de cocaína no aeroporto de Bissau

© Lusa

Por LUSA  25/10/22 

A Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau deteve sábado no aeroporto de Bissau duas pessoas e apreendeu cinco quilogramas de cocaína, disse hoje à Lusa fonte da força de investigação criminal.

Segundo a mesma fonte, um dos detidos pretendia viajar para Lisboa no voo da TAP com a cocaína, enquanto o outro, um funcionário do aeroporto, foi detido por auxílio à passagem da droga.

No total, a PJ apreendeu 5,6 quilogramas distribuídos em cinco pacotes, que o detido, que pretendia viajar, levava como bagagem de mão numa mochila.

A droga estava enrolada numa toalha dentro da mochila.

Os dois detidos foram hoje presentes a tribunal, tendo ficado em prisão preventiva.


IRÃO: Morreu "o homem mais sujo do mundo". Não tomou banho durante décadas... Amou Haji não tomava banho por ter medo de "ficar doente". Tinha 94 anos.

© Getty Images

Notícias ao Minuto  25/10/22 

Amou Haji, conhecido por ser “o homem mais sujo do mundo”, morreu aos 94 anos no Irão, segundo revela, esta terça-feira, a agência de notícias Reuters, que cita a estatal iraniana IRNA.

O homem, que passou décadas sem tomar banho, morreu no domingo, na aldeia de Dejgah, na província de Fars, localizada no sul do Irão.

A IRNA revelou que Amou Haji era solteiro e não tomava banho por ter medo de “ficar doente”. No entanto, “há alguns meses, pela primeira vez, alguns cidadãos levaram-no a uma casa de banho para se lavar”.

A vida do “homem mais sujo do mundo” foi tema de um documentário, emitido em 2013, intitulado ‘The Strange Life of Amou Haji’ [‘A vida estranha de Amou Haji’]. 

“Não é sensível ao frio nem ao calor, nunca esteve doente, e embora passe a maior parte do dia e da noite entre o lixo e os animais mortos, os testes que lhe são feitos mostram que está de boa saúde”, escreveu, em 2014, a agência de notícias iraniana Mehr.

Já a IRNA contou que “quando os aldeões tentaram levá-lo para se lavar, colocando-o numa carrinha, ele fugiu”.

Caminhos para Urbanização Sustentável, "Sem deixar Ninguém e Nenhum Lugar para Trás"

Caminhos para Urbanização Sustentável, "Sem deixar Ninguém e Nenhum Lugar para Trás" é o lema das discussões que colaboram para nova Programação do UN-Habitat voltada a construção de Cidades Verdes, Sem deixar Ninguém e Nenhum Lugar para Trás.

 Radio TV Bantaba

A problemática do crédito malparado constitui preocupação na Guiné-Bissau. Por isso, a Jornada de Reflexão sobre Banca e Justiça já na sua terceira edição, debate a "cobrança de créditos".

@Radio Voz Do Povo


Hoje, o Primeiro Magistrado de Nação Guineense, igualmente Presidente em exercício da CEDEAO General do Exército Umaro Sissoco Embaló, teve encontro com seu homologo Russo, Vladimir Putin.

@RTnews  Putin and Guinea-Bissau's Embalo hold meeting in Moscow ☝

 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional  Moscovo 25 de Outubro de 2022.

Governo recebe viaturas doadas pela Câmara Municipal de OEIRAS de Portugal.


Radio Voz Do Povo

UNICEF: Ondas de calor. Unicef pede adaptações para 560 milhões de crianças

© Instagram/UNICEF

Por LUSA  25/10/22 

Quase 560 milhões de crianças são atualmente expostas a ondas de calor mais frequentes e o fenómeno vai aumentar, afirmou hoje a Unicef, sublinhando a urgência de se adaptarem os serviços essenciais para os mais jovens.

O relatório "O ano mais frio do resto das suas vidas: proteger as crianças dos impactos crescentes das ondas de calor", hoje divulgado, revela que, mesmo que o aquecimento global seja limitado a níveis mais baixos, "será inevitável que, em apenas três décadas, as crianças de todo o mundo vivam ondas de calor com maior frequência".

Num ano em que as ondas de calor atingiram números recorde, tanto no hemisfério sul como no norte, o relatório realça os extensos efeitos deste fenómeno nas crianças, sublinhando que as ondas de calor são particularmente nocivas para os mais novos, uma vez que estes têm menos capacidade para regular a temperatura corporal.

"Quanto mais ondas de calor as crianças passarem, maior é a probabilidade de sofrerem problemas de saúde como doenças respiratórias crónicas, asma e doenças cardiovasculares", adverte o estudo, sublinhando que, no caso dos bebés e das crianças pequenas, o calor aumenta muito o risco de morte.

"As ondas de calor também podem afetar o ambiente, a segurança, a nutrição e o acesso à água, bem como a educação e a subsistência futura das crianças", acrescenta a análise publicada pelo Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O estudo alerta ainda que 624 milhões de crianças estão expostas a um de três outros indicadores utilizados nestas análises: ondas de calor mais longas, ondas mais severas ou períodos de temperaturas extremas.

O relatório, desenvolvido em colaboração com o 'The Data for Children Collaborative' e divulgados em parceria com a embaixadora da Boa Vontade da Unicef, Vanessa Nakate, e o Movimento Rise Up, sediado em África - sublinha a urgência de se adaptarem os serviços essenciais para as crianças, como forma de reagir proativamente às consequências do aquecimento global.

"A duração das ondas de calor afeta atualmente 23% das crianças de todo o mundo" e "este número aumentará para 1,6 mil milhões de crianças até 2050 se o aquecimento [médio do planeta aumentar] 1,7° Celsius, e para 1,9 mil milhões de crianças se o aquecimento for de 2,4°C", refere.

Por isso, é crucial que sejam tomadas medidas urgentes e drásticas de mitigação das emissões e de adaptação, a fim de conter o aquecimento global e proteger vidas.

"Até 2050, quase metade de todas as crianças em África e na Ásia estarão expostas a temperaturas extremamente elevadas constantes", avisam os investigadores, adiantando que atualmente, há 23 países que registam o mais alto nível de exposição infantil a temperaturas extremamente elevadas.

No entanto, "este número aumentará para 33 países em 2050 num cenário de emissões reduzidas, ou para 36 países num cenário de emissões muito elevadas", adianta o estudo, sublinhando que Burkina Faso, Chade, Mali, Níger, Sudão, Iraque, Arábia Saudita, Índia e Paquistão estão entre os países que deverão permanecer na categoria mais elevada em ambos os cenários.

"As crises climáticas de 2022 deixaram um forte aviso do perigo crescente que enfrentamos", lembrou a ativista do clima e embaixadora da Boa Vontade da Unicef, Vanessa Nakate.

"As ondas de calor são um exemplo claro. Por mais quente que este ano tenha sido em quase todo o mundo, este será provavelmente o ano mais frio do resto das nossas vidas. O termómetro está a subir no nosso planeta e, no entanto, os líderes mundiais ainda não transpiraram. A única opção é continuarmos a pressioná-los para corrigir o curso em que nos encontramos", concluiu.

Burkina Faso: Dezenas de mortos em confrontos do exército com extremistas

Dw.com 25.10.2022

Confrontos entre soldados burquinabês e fundamentalistas islâmicos na cidade de Djibo, norte do país, provocaram pelo menos 28 mortos, dez dos quais soldados governamentais, anunciaram as forças armadas.

"O saldo provisório inclui dez soldados mortos durante os confrontos e cerca de 50 feridos. Do lado inimigo, foram contabilizados, pelo menos, 18 terroristas durante as operações de limpeza, ainda em curso", segundo um comunicado das forças armadas, divulgado na noite desta segunda-feira (24.10).

Os confrontos ocorreram depois de elementos fundamentalistas islâmicos terem atacado hoje de manhã a base militar em Djibo. Devido ao elevado número de atacantes, as forças armadas enviaram apoio aéreo e terrestre para ajudar a repelir o ataque e para as operações de contra-ataque.

A cidade de Djibo está sujeita a um bloqueio há três meses por extremistas islâmicos, que cortaram os principais eixos que ligam à cidade, incluindo a dinamitação de pontes.

Situação crítica

Testemunhos falam de uma situação crítica nesta cidade de 300.000 habitantes - incluindo muitos deslocados -, capital da região do Sahel sem litoral no norte de Burkina e onde a fome é uma ameaça.

Em 26 de setembro, uma coluna com mantimentos que ia para Djibo foi atacada por homens armados. O ataque, reivindicado pela Al-Qaida, matou oficialmente 37 pessoas, incluindo 27 soldados. Setenta camionistas continuam desaparecidos, de acordo com o seu sindicato.

Este ataque serviu de catalisador para o golpe de 30 de setembro, perpetrado pelo capitão Ibrahim Traoré, que derrubou o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba.

Foi o segundo golpe de Estado no Burkina Faso em oito meses, com os golpistas a justificarem as ações com a deterioração da situação de segurança no país, palco há sete anos da violência extremista islâmica.

Empossado em 21 de outubro como Presidente da transição pelo Conselho Constitucional, o capitão Traoré assegurou que os seus "objetivos não são outros que a reconquista do território ocupado pelas hordas de terroristas".

Grupos extremistas controlam aproximadamente 40% do território burquinabê.

Ibrahim Traoré assumiu a liderança do Burkina Faso na semana passada

Espiral de violência

O Burkina Faso está mergulhado numa espiral de violência desde 2015, cujos principais atores são movimentos extremistas ligados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico (EI).

Esses ataques regulares, inicialmente concentrados no norte antes de se espalharem para o resto do país, particularmente o leste, causaram milhares de mortes e forçaram cerca de dois milhões de pessoas a fugir das suas áreas de residência.

Também hoje, a Brigada de Defesa e Vigilância Patriótica, uma força paramilitar de voluntários alistados no combate ao fundamentalismo islâmico, lançou um novo apelo ao recrutamento de 15.000 novos membros desta milícia.

Os candidatos devem ser cidadãos do Burkina Faso, "serem patrióticos e com bom caráter", ter mais de 18 anos e "estar em boa forma física e psicológica". 

"O registo final será decidido apenas no final de uma investigação de moralidade", alerta a organização em comunicado.

ITÁLIA: Meloni quer travar saídas de migrantes irregulares em África

© Getty Images

Por LUSA  25/10/22 

A nova primeira-ministra italiana defendeu hoje, no seu primeiro discurso perante o parlamento, que o Governo pretende "travar as saídas ilegais" de migrantes de África com destino à Itália, adiantando que vai pedir ajuda à União Europeia.

Este Governo "quer acabar com as saídas ilegais [de África] e acabar com o tráfico de pessoas" no Mediterrâneo, defendeu Giorgia Meloni, explicando que vai pedir à União Europeia (UE) que recupere a operação naval Sophia, através da qual foi feito, entre 2015 e 2020, um patrulhamento regular do Mediterrâneo por aviões europeus com vista a desmantelar redes de traficantes de seres humanos.

"A nossa intenção é recuperar a proposta original da missão naval Sophia da União Europeia, que, na terceira fase, previa, embora isso nunca tenha acontecido, o bloqueio de saídas de navios do Norte de África", explicou.

"Pretendemos propô-lo a nível europeu e implementá-lo de acordo com as autoridades norte-africanas, acompanhado da criação, em África, de centros de identificação, geridos por organismos internacionais, onde seja possível analisar os pedidos de asilo e distinguir quem tem o direito de ser aceite na Europa".

A nova primeira-ministra italiana assegurou que não pretende, "de forma alguma, questionar o direito de asilo daqueles que fogem da guerra e da perseguição", mas antes travar os traficantes.

Meloni criticou a "terrível incapacidade de encontrar soluções adequadas para as várias crises migratórias" do passado e lembrou que "muitos homens, mulheres e crianças encontraram a morte no mar na tentativa de chegar à Itália".

Por isso, declarou, "este Governo quer seguir um caminho até agora pouco percorrido: travar as saídas ilegais e acabar finalmente com o tráfico de seres humanos no Mediterrâneo".

A questão da migração, uma das mais polémicas em Itália, já que o país tem sido, nos últimos anos, uma das principais portas de entrada de migrantes irregulares para a Europa, fez parte da apresentação do programa de Governo de Giorgia Meloni à Câmara dos Deputados, que irá, ainda hoje, votar uma moção de confiança.

A questão é ainda mais relevante pelo facto de um dos líderes dos partidos da coligação governamental, no caso Marreo Salvini, do Liga, ter sido um opositor fervoroso à imigração quando foi ministro do Interior.

Salvini enfrenta atualmente um julgamento por sequestro e abuso de poder por ter proibido o desembarque de 147 migrantes resgatados no Mar Mediterrâneo pelo navio organização Open Arms, em agosto de 2019.

Durante a campanha eleitoral, Salvini chegou a dizer que a Itália era um país mais seguro quando estava no poder e defendeu que os pedidos de asilo passassem a ser realizados em centros de migração no norte de África e não nos países de destino.

Presidente da Guiné-Bissau leva hoje "mensagem de paz" a Putin

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Por LUSA  25/10/22 

O Presidente da Guiné-Bissau e líder em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, reúne-se hoje em Moscovo com o homólogo russo, Vladimir Putin, a quem pretende transmitir uma "mensagem de paz".

O chefe de Estado guineense declarou, antes de deixar Bissau, que viajava para a Rússia e a Ucrânia "com uma mensagem de paz" e que ia aconselhar o Presidente russo a encontrar-se e dialogar com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky - o que nunca aconteceu desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro.

Umaro Sissoco Embaló é o segundo chefe de Estado africano a deslocar-se à Rússia, depois do Presidente senegalês, Macky Sall, que esteve em Moscovo, em junho, como presidente em exercício da União Africana.

"É preciso falarmos de paz, porque o mundo anda atormentado", realçou Umaro Sissoco Embaló.

O embaixador russo em Bissau, Oleg Ozerov, declarou à agência russa TASS que "Moscovo está entre os parceiros prioritários" da Guiné-Bissau e que "as relações bilaterais se têm desenvolvido historicamente num clima de amizade".

"Na Guiné-Bissau é altamente apreciada a contribuição do nosso país na recuperação da independência e reforço do Estado guineense", adiantou o diplomata russo.

O mesmo embaixador disse esperar que, durante a reunião de alto nível de hoje na capital russa, Putin e Sissoco Embaló troquem opiniões "sobre várias questões, nomeadamente, relacionadas com a cooperação bilateral, com os problemas internacionais, pan-africanos e regionais e a preparação da II Cimeira Rússia-África, em 2023, em São Petersburgo".

Oleg Ozerov sublinhou que a "cooperação bilateral privilegia a formação de quadros, a extração de minérios e a economia piscatória" e que o "diálogo político entre os dois países tem um carácter regular".

Em março deste ano, Mikhail Bogdanov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, visitou a Guiné-Bissau.

Em junho, o primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, esteve no XXIV Fórum Económico Internacional de São Petersburgo; em outubro, Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros, e a sua homóloga, Suzi Barbosa, mantiveram consultas em Moscovo, "como iniciativas preparatórias da reunião de alto nível" de hoje.

Oleg Ozerov afirmou que a "parte russa espera que a maioria dos Estados africanos marquem presença naquele fórum internacional".