sexta-feira, 23 de setembro de 2022
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS, PRESIDENTE DA CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CEDEAO E PRESIDENTE DA ALIANÇA DOS LIDERES AFRICANOS CONTRA A MALÁRIA (ALMA) DISCURSOU NESSA QUALIDADE DURANTE A 77ª DA ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS.
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, discussou hoje na assembleia geral das nações unidas, em Nova Iorque.
quinta-feira, 22 de setembro de 2022
UCRÂNIA/RÚSSIA: UE mantém ajuda militar à Ucrânia e vai aumentar sanções à Rússia
© Getty Images
Por LUSA 22/09/22
A UE vai manter a ajuda militar à Ucrânia e aumentar as sanções à Rússia, anunciou hoje o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, no final de uma reunião de emergência em Nova Iorque.
O conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, reunido de emergência em Nova Iorque, "decidiu manter a ajuda militar à Ucrânia e aumentar as sanções económicas, setoriais e individuais à Rússia", disse Borrell aos jornalistas no final do encontro.
"Foi uma decisão tomada rapidamente nesta reunião de emergência do conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros e que demonstra a determinação da União Europeia [UE] em continuar a ajudar a Ucrânia a enfrentar a agressão russa", salientou.
Borrell remeteu para mais tarde as medidas detalhadas, referindo que só poderão ser definidas numa reunião formal, e manifestou-se certo de que será alcançado "um acordo unânime para as novas sanções".
O alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros adiantou apenas que há a intenção de afetar setores tecnológicos russos e deu como certo que "vai haver uma nova lista de pessoas" abrangidas pelas sanções a adotar.
"Compreendo que gostariam de saber quem são as pessoas, quais são os setores, quais são os montantes, mas isso é algo que não podia ser feito hoje. Hoje foi a decisão política", reforçou.
A UE quis com esta decisão enviar "uma mensagem política forte" horas depois do discurso de Putin, afirmou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, participou "na primeira parte da reunião" dos ministros da UE "para informar acerca dos últimos desenvolvimentos", referiu Borrell.
"As referências a armas nucleares não abalam a nossa determinação, resolução e unidade em ficar ao lado da Ucrânia e o nosso apoio alargado à capacidade da Ucrânia de defender a integridade territorial e soberania, demore o que demorar. Mais ainda, a UE reafirma o compromisso de maior apoio à resiliência dos parceiros orientais e Balcãs ocidentais", de acordo com uma declaração divulgada no final do encontro dos responsáveis da UE.
"A UE mantém-se inabalável no apoio à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia e exige que a Rússia retire imediata, completa e incondicionalmente todas as tropas e equipamento militar de todo o território da Ucrânia, nas fronteiras reconhecidas internacionalmente", pode ler-se no documento.
Na quarta-feira, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a mobilização de reservistas, referendos para a anexação de territórios ucranianos e prometeu recorrer a "todos os meios ao seu dispor", numa alusão ao armamento nuclear, acrescentando: "isto não é bluff".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
Leia Também: Putin? "A UE não pode aceitar este tipo de atitude", diz Gomes Cravinho
“A Rússia quer guerra, mas não será capaz de parar o curso da história", Zelensky discursa na Assembleia-geral da ONU
Agência Lusa, 22/09/22
Presidente ucraniano intitulou ainda o país invasor como um "Estado terrorista" que "sobre negociações, mas anunciam uma mobilização militar"
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, afirmou hoje que a decisão russa de mobilizar reservistas demonstra que Moscovo está longe de pensar em negociações para pôr fim aos quase sete meses de guerra.
Num discurso feito por videoconferência durante os trabalhos da 77.ª Assembleia Geral da ONU, que decorre desde terça-feira na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Zelensky insistiu que a Ucrânia irá sair vencedora na guerra contra a Rússia e que vai obrigar os soldados russos a deixar o país.
“Podemos voltar a hastear a bandeira ucraniana em todo o nosso território"
“Podemos voltar a hastear a bandeira ucraniana em todo o nosso território. Podemos fazer isso com a força das armas. Mas precisamos de tempo”, afirmou o Presidente ucraniano.
O decreto aprovado hoje de manhã por Putin sobre a mobilização foi escasso em pormenores. As autoridades russas, através do Ministério da Defesa, disseram que podem ser mobilizados cerca de 300.000 reservistas.
Aparentemente, refere a agência noticiosa Associated Press (AP), as medidas de Putin são um “esforço para ganhar um novo impulso para combater a contraofensiva ucraniana” que, ao longo das últimas semanas, reconquistou vastas áreas do território que o exército russo tinha tomado.
Mas a primeira convocatória do género na Rússia desde a Segunda Guerra Mundial (1939/45) também traz a luta para o próprio país, correndo-se o risco, sustenta a AP, de “atiçar a ansiedade e a antipatia domésticas em relação à guerra”.
Logo após o anúncio de Putin, lembra a AP, os voos para fora do país foram rapidamente preenchidos e centenas de pessoas foram presas em manifestações antiguerra.
Um dia antes, as partes controladas pelos russos no leste e sul da Ucrânia anunciaram planos para a realização de referendos sobre a integração na Rússia.
Os líderes ucranianos e os aliados ocidentais consideram que os referendos serão ilegais.
"Falam sobre negociações, mas anunciam uma mobilização militar"
Zelensky não discutiu os desenvolvimentos ao pormenor, mas sugeriu que qualquer conversa russa sobre negociações é apenas uma “tática de adiamento”, em que as ações de Moscovo “falam mais alto do que as palavras”.
“Eles [russos] falam sobre negociações, mas anunciam uma mobilização militar. Eles falam sobre as negociações, mas anunciam pseudo-referendos nos territórios ocupados da Ucrânia”, sustentou.
A Rússia ainda não falou na Assembleia Geral da ONU, estando previsto que o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, discurse no próximo sábado.
O discurso de Zelensky foi marcante não apenas pelo conteúdo, mas também pelo contexto. Aconteceu após o anúncio da mobilização anunciada por Putin.
Por outro lado, foi a primeira vez que o Presidente ucraniano, trajando a habitual camisola verde, se dirigiu aos líderes mundiais desde a invasão da Rússia em fevereiro.
Zelensky defendeu que Moscovo esta a preparar as suas tropas para uma nova invasão no inverno e a preparar fortificações enquanto mobiliza mais tropas no maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
“A Rússia quer guerra, mas não será capaz de parar o curso da história”
“A Rússia quer guerra. É verdade. Mas a Rússia não será capaz de parar o curso da história”, disse Zelensky, acrescentando que “a humanidade e a lei internacional são mais fortes” do que o que considerou ser um “Estado terrorista”.
Estabelecendo várias “pré-condições para a paz” na Ucrânia, que às vezes chegam a prescrições mais amplas para melhorar a ordem global, o Presidente ucraniano pediu aos líderes mundiais que retirem à Rússia o voto nas instituições internacionais, bem como o poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, argumentando com o facto de os “agressores precisam ser punidos e isolados”.
A luta já provocou alguma movimentação contra a Rússia em vários órgãos das Nações Unidas.
Em março, a assembleia votou esmagadoramente pela condenação da agressão russa à Ucrânia, exigiu um cessar-fogo imediato e a retirada de todas as forças russas, pedindo ainda proteção para milhões de civis.
No mês seguinte, em abril, membros de um número menor, mas ainda dominante, votaram pela suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Mas, como membro permanente do principal órgão da organização, o Conselho de Segurança da ONU, a Rússia tem vetado qualquer exigência para que ponha termo ao ataque à Ucrânia.
O discurso de Zelensky foi um dos mais aguardados numa reunião que se centra este ano sobre a guerra na Ucrânia.
Mas não foi a primeira vez que o Presidente ucraniano, que cumpre o primeiro mandato, esteve no centro das atenções na reunião anual da assembleia.
Na Assembleia Geral do ano passado, Zelensky comparou a ONU a “um super-herói aposentado que há muito se esqueceu de quão grandes já foram”, ao repetir apelos para confrontar a Rússia sobre a anexação da península da Crimeia na Ucrânia, em 2014, e apoio de Moscovo aos separatistas.
quarta-feira, 21 de setembro de 2022
77 ASSEMBLEA DAS NAÇÕES UNIDAS: As MNE de Guiné-Bissau e França fizeram uma declaração conjunta hoje, 21/09/2022, após o encontro de conselho de segurança onde discutiram sobre os conflitos no golfo da Guiné e Sahel.
GUERRA NA UCRÂNIA: Washington "leva a sério" a ameaça nuclear de Putin
© SAUL LOEB/AFP via Getty Images
Por LUSA 21/09/22
O presidente russo, Vladimir Putin, mobilizou hoje centenas de milhares de reservistas para relançar a ofensiva na Ucrânia e brandiu com a ameaça de recorrer a armas nucleares, algo que os Estados Unidos disseram que "levam a sério".
Mas o anúncio da mobilização parcial de reservistas provocou manifestações improvisadas em pelo menos 38 cidades russas, que levaram à prisão de pelo menos 1.332 pessoas, constituindo-se como os maiores protestos na Rússia desde os que se seguiram ao anúncio da ofensiva de Moscovo na Ucrânia no final de fevereiro.
Ao discursar na Assembleia Geral da ONU, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por sua vez, atacou a Rússia, também membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, acusando-a de ter "violado descaradamente" os princípios das Nações Unidas com a ofensiva militar na Ucrânia.
Depois de Putin ter ameaçado usar armas atómicas, o Presidente norte-americano respondeu: "uma guerra nuclear é impossível de se vencer e não deve ser travada".
Poucas horas antes, num discurso à nação, Putin disse estar pronto para usar "todos os meios" do arsenal russo contra o Ocidente, que acusou de querer "destruir" a Rússia, garantindo que as suas palavras "não são 'bluff'".
A mobilização de reservistas foi descrita na Europa como uma "admissão de fraqueza" por Moscovo, cujo exército sofreu sérios reveses nas últimas semanas na resposta à contraofensiva das forças ucranianas.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) vão realizar uma reunião informal de emergência na noite de hoje em Nova Iorque (madrugada de quinta-feira em Lisboa) sobre a Ucrânia.
A questão das novas sanções à Rússia estará "na mesa", segundo o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
A semana de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas começou na terça-feira, na sede da ONU em Nova Iorque, e irá prolongar-se até à próxima segunda-feira, com a presença de dezenas de chefes de Estado e de Governo.
Esta é a primeira Assembleia Geral desde o início da guerra na Ucrânia e a primeira em formato presencial desde o início da pandemia.
O evento decorre sob o tema "Um momento divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interligados", e terá como foco a guerra na Ucrânia e as crises globais a nível alimentar, climático e energético.
EX-PRESIDENTE JOMAV SOLICITA MILITÂNCIA NO MADEM-G15
O antigo Presidente da República, José Mário Vaz (JOMAV), solicitou a sua militância e de toda a estrutura do “Movimento JOMAV” no Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15).
Em carta dirigida ao Coordenador do Madem-G 15, Braima Camará a que a redação de O Democrata teve acesso, JOMAV pediu que seja acolhido na qualidade de militante do partido.
“Tenho a honra e o prazer de comunicar o Sr. Coordenador do MADEM-G15, Braima Camará, que, em meu nome pessoal, e quanto cidadão, da minha livre e espontânea vontade, venho manifestar total disponibilidade de ser acolhido na qualidade de militante do Modem-G15”, pode ler-se na carta com a data de 19 de setembro de 2022.
José Mário Vaz disse na carta que tudo fará e incentivará, com total apoio e sem reservas, o Movimento de apoio a JOMAV, enquanto patrono, a convergir a sua militância em todas as estruturas do MADEM-G15.
Porém, o quarto candidato mais votado na primeira volta das presidenciais de 2019, recomendou ao Braima Camará que trabalhe com o movimento JOMAV e defina o formato de militância dos elementos dessa estrutura política.
Contactado para reagir a essa informação, um alto dirigente próximo do coordenador do MADEM confirmou a informação.
A fonte do partido disse que terá havido uma resposta favorável da direção ao pedido de José Mário Vaz e que em breve será realizado um evento para formalização da sua militância e consequente entrega de cartão do partido.
Por: Filomeno Sambú
Após anúncio da militância do ex-presidente da república José Mário Vaz a Madem-G15! Que logo recebeu felicitação de nada mais e nada menos que o atual presidente da república General Umaro Sissoco Embaló
O general di povo, considera decisão de Jomav de “Sabia”
RÚSSIA: Mais de mil detidos em protestos na Rússia contra mobilização parcial
© Reuters
Por LUSA 21/09/22
As forças de segurança russas detiveram já mais de 1.000 pessoas nos protestos nacionais hoje convocados por um movimento pacifista contra a mobilização parcial de reservistas para combater na Ucrânia, anunciada pelo Presidente, Vladimir Putin.
Às 18:36 TMG (19:36 de Lisboa), já havia mais de 1.113 pessoas detidas em 38 cidades", indicou a organização independente de defesa dos direitos cívicos OVD-Info, que monitoriza detenções e foi declarada "agente externo" na Rússia.
O número de detenções está a aumentar rapidamente: a organização registou detidos em Moscovo, São Petersburgo, Yekaterimburgo, Perm, Ufa, Krasnoyarsk, Cheliabinsk, Irkutsk, Novosibirsk, Yakutsk, Ulan-Ude, Arkhangelsk, Korolev, Voronezh, Zheleznogorsk, Izhevsk, Tomsk, Salavat, Tiumen, Volgogrado, Petrozavodsk, Samara, Surgut, Smolensk, Belgorod e outras cidades.
O ministério público de Moscovo advertiu de que punirá com até 15 anos de prisão a organização e participação em ações ilegais.
Também será punida administrativa ou criminalmente a difusão de convocatórias para participar em ações ilegais ou para realizar outros atos ilegais nas redes sociais, bem como fazer apelos a menores de idade para participarem em atos ilegais.
What protests in #russia are doing? #RussiaIsATerrorristState pic.twitter.com/Awye5nzQUM
— Mariia Kramarenko (@KramarenkoMari3) September 21, 2022
Na capital, houve pelo menos 409 detidos, e em São Petersburgo, pelo menos 444, segundo a mesma fonte.
No centro de Moscovo, onde se concentraram centenas de manifestantes na rua Arbat (talvez a mais famosa artéria moscovita e a mais antiga, datada do século XV), onde historicamente se reuniam escritores, artistas plásticos e músicos), as detenções por parte da polícia antimotim começaram assim que o protesto começou.
Os manifestantes gritavam "Não à guerra", entre aplausos, e "Putin para as trincheiras". Um manifestante com um cartaz de protesto foi detido logo a seguir pelos agentes policiais, que o arrastaram dali para fora, enquanto outros manifestantes gritavam "A polícia é a vergonha da Rússia".
In Russia’s Krasnoyarsk, groups of anti-war activists are walking the central street holding up their smartphones with torches on. About the most radical form of protest most Russians allow themselves these days pic.twitter.com/B14ORiYCVk
— Matthew Luxmoore (@mjluxmoore) September 21, 2022
"Por que é que estão a fazer isto se vocês, amanhã mesmo, também vão ser mandados para a guerra da Ucrânia?", perguntaram alguns a agentes das forças de segurança.
"Morrer por quê, por causa de quê?", acrescentaram.
Entre as palavras-de-ordem, também se ouvia "Vida para os nossos filhos", numa referência às declarações do chefe da comissão de Defesa da Duma ou Câmara de Deputados, Andrei Kartapolov, de que os primeiros mobilizados serão suboficiais na reserva com menos de 35 anos e oficiais com menos de 45 anos.
Os cidadãos tentaram formar cadeias humanas para impedir as detenções, enquanto os polícias criavam cordões para impedir a passagem dos manifestantes, cuja intenção era descer a rua Arbat até chegar ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Pouco depois, as forças da ordem começaram a dispersar os manifestantes e a empurrá-los de volta até ao início da rua pedonal.
O decreto de Putin estipulou que o número de pessoas convocadas para o serviço militar ativo seria determinado pelo Ministério da Defesa, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse numa entrevista televisiva que 300.000 reservistas com experiência relevante de combate e serviço serão inicialmente mobilizados.
#Moscow. Putin's punishers brutally detain people. pic.twitter.com/gKLfUbrL6m
— NEXTA (@nexta_tv) September 21, 2022
Além da convocação de protestos, a Rússia tem também assistido a um acentuado êxodo de cidadãos desde que Putin ordenou que o exército invadisse a Ucrânia, há quase sete meses.
No discurso que hoje de manhã proferiu ao país, em que anunciou uma mobilização parcial dos reservistas, o Presidente russo também fez uma ameaça nuclear velada aos inimigos russos do Ocidente.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 210.º dia, 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Somam-se as detenções nos protestos contra mobilização parcial na Rússia
PAM apoia Cabo Verde com 1,5 ME para reforço da alimentação escolar
© Lusa
Por LUSA 21/09/22
O Programa Alimentar Mundial (PAM) apoiou Cabo Verde com 1,5 milhões de dólares para o reforço da alimentação escolar no país, que beneficiou mais de oito mil crianças com uma refeição durante as férias, revelou hoje fonte oficial.
As informações foram avançadas pelo ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, em conferência de imprensa conjunta na cidade da Praia, para fazer o balanço das medidas de mitigação adotadas pelo Governo no setor agroalimentar, revelando que o apoio do PAM foi de 1,5 milhões de dólares (aproximadamente o mesmo valor em euros), para o fornecimento de géneros alimentícios.
Segundo a mesma fonte, alguns desses produtos já chegaram ao país e nos próximos dias as duas partes vão assinar um memorando de entendimento para distribuição nas escolas.
O PAM deixou de apoiar as cantinas escolares de Cabo Verde em 2010, depois de mais de 30 anos, mas o programa das Nações Unidas regressa ao país para apoiar com géneros alimentícios e ajudar a mobilizar recursos para enfrentar as crises.
Desde março que o país está a fazer face aos efeitos da guerra na Ucrânia e tomou várias medidas de mitigação no setor agroalimentar, entre elas o reforço do programa de alimentação escolar durante as férias.
O programa permitiu o acesso a uma refeição quente diariamente e/ou uma cesta básica para crianças em idade escolar, em vários municípios do país, e foram beneficiadas 8.369 crianças, correspondendo a 12% do total dos alunos das escolas do ensino básico (do 1.º ao 8.º ano).
"Com impacto na segurança alimentar e nutricional das nossas crianças", salientou o ministro, referindo que com o início das aulas na segunda-feira todos os alunos vão continuar a ter esse apoio.
No setor agroalimentar, o Governo tomou outras medidas, como o aumento do 'stock' de cereais a granel - milho -- que passou de 14 mil toneladas para 31 mil toneladas, a bonificação em 30% sobre o preço da ração para monogástricos, a abertura de trabalho público, assistência alimentar às famílias e estabilização da atividade pecuária.
O ministro disse que o Governo vai manter as medidas e vai reformular as suas ações tomadas para mitigar os efeitos da guerra na Ucrânia, nomeadamente nas cantinas escolares e depois da avaliação do ano agrícola que está com "bom andamento".
Em 20 de junho, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, declarou a situação de emergência social e económica no país devido aos impactos da guerra na Ucrânia, anunciando mais medidas de mitigação.
Um dos objetivos com a declaração da situação de emergência é mobilizar 8,8 mil milhões de escudos (80 milhões de euros) até ao final deste ano junto de parceiros internacionais para implementar as medidas de mitigação dos efeitos das crises alimentar e energética.
O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, revelou também durante a conferência de imprensa que o Governo já mobilizou metade desse valor junto de parceiros internacionais e não descartou a possibilidade de vir a tomar novas medidas e conseguir mais recursos, em função da evolução do quatro nacional e internacional.
O país vive ainda uma profunda crise económica, após uma recessão de quase 15% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, face à ausência de turismo provocada pela pandemia de covid-19, setor que garante 25% do PIB e do emprego.
O Governo cabo-verdiano admite que a economia possa ter crescido entre 6,5 e 7,5% em 2021, impulsionada pela retoma da procura turística, e prevê 6% de crescimento em 2022, que foi revisto para 4%, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia.
UMARO SISSOCO EMBALÓ: Presidente da CEDEAO adverte na Guiné-Conacri para "pesadas sanções"
© Lusa
Notícias ao Minuto 21/09/22
O presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Umaro Sissoco Embaló, advertiu hoje a junta militar no poder na Guiné-Conacri que poderá enfrentar "pesadas sanções" se insistir em permanecer no poder por mais três anos.
"Isso é inaceitável para a CEDEAO. Inaceitável e inegociável", afirmou o também Presidente da Guiné-Bissau, em entrevista à RFI e à France24, na véspera de uma cimeira da organização à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Em julho, o presidente em exercício da CEDEAO afirmou ter convencido a junta militar, que chegou ao poder através de um golpe de Estado, em setembro de 2021, a reduzir o período de transição do poder para os civis para 24 meses, mas autoridades nunca confirmaram e mantêm os 36 meses.
"Estive na Guiné-Conacri. Discutimos. Chegamos a um consenso [segundo o qual] não podemos ultrapassar 24 meses", reafirmou Embaló.
Segundo o Presidente da Guiné-Bissau, país que faz fronteira com a Guiné-Conacri, se a junta militar mantiver os três anos haverá sanções, "pesadas mesmo".
Desde 2020, que a região da CEDEAO tem assistido a uma onda de golpes de Estado, nomeadamente no Mali, Guiné-Conacri e Burquina Faso e alarmada com o risco de contágio a outros países da região tem multiplicado as mediações e pressões para o regresso do poder aos civis naqueles países.
O líder da junta militar no poder na Guiné-Conacri, o coronel Mamady Doumbouya, realiza hoje uma visita ao seu homólogo do Mali, o coronel Assimi Goita. Esta é a sua primeira visita a um país estrangeiro.
A junta da Guiné-Conacri solidarizou-se com o Mali e manteve as fronteiras abertas quando a CEDEAO impôs um severo embargo comercial e financeiro ao Mali, em janeiro, para sancionar o plano da junta de permanecer no poder mais cinco anos.
As sanções já foram levantadas, mas o Mali e a Guiné-Conacri continuam suspensos dos órgãos da CEDEAO.
O destino de 46 soldados da Costa do Marfim detidos em meados de julho no Mali também será analisado na cimeira da CEDEAO em Nova Iorque.
A junta militar no poder no Mali descreve os soldados como "mercenários", enquanto a Costa do Marfim garante que estavam em missão para a ONU e denuncia uma "tomada de reféns".
Umaro Sissoco Embaló disse que os soldados não são mercenários, relembrando as afirmações do secretário-geral da ONU, António Guterres, que disse que deveriam ser libertados.
Leia Também: Líder da junta no poder em Conacri chega ao Mali para cimeira da CEDEAO
Guiné-Bissau: Alfândegas coloca em leilão viaturas sem documentação legal.
De acordo com a RDN, as alfândegas põe mais de cem viaturas apreendidas, os serviços de contenciosos da direcção-geral das Alfandegas anunciou esta quarta-feira (21-09), que está a venda 27 viaturas cujos processos da documentação já expirou desde 20 de setembro.
De acordo com os responsáveis, os proprietários dessas viaturas não se dignaram em resolver os problemas ligados as documentações, facto que está na origem da decisão de abertura para a venda pública destas viaturas a partir desta quarta-feira.
Perante a oferta, os serviços de contencioso lança um vibrante apelo para as pessoas interessadas no sentido de comparecerem nessa instituição para o negocio que qualificam de vantajoso.
Braima Camará: É com elevada estima e sentido de responsabilidade que recebo esta missiva, de Sua Exa. Senhor Dr. José Mário Vaz, ex-Presidente da República, agora camarada do Partido Movimento para Alternância Democrática G15.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO, GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ, CONTINUA A DESENVOLVER UMA GRANDE ACÇÃO POLÍTICA E DIPLOMÁTICA À MARGEM DA 77ª ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS.
Esta manhã, o Chefe de Estado Guineense recebeu em audiência o Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, com o qual discutiu diferentes questões, desde a cooperação guineense-alemã, como a actualidade política africana e internacional.
Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
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O Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO recebe a Representante Permanente dos EUA nas Nações Unidas, acompanhada do seu staff.
A Embaixadora Linda Thomas-Greenfield ocupa como Representante dos Estados Unidos nas Nações Unidas*, o cargo diplomático de maior destaque dos EUA depois de secretário de Estado.
Linda Thomas-Greenfield é a 31ª pessoa a liderar a Missão dos EUA nas Nações Unidas desde a criação da missão em 1947 por meio de um ato do Congresso. Ela leva décadas de experiência acumulada no Serviço de Relações Exteriores dos EUA para o trabalho de representar os interesses dos EUA no Conselho de Segurança das Nações Unidas e na Assembleia Geral das Nações Unidas nas seguintes questões: políticas, construção da paz pós-conflito, assistência humanitária e direitos humanos.
Durante a audiência ficou reforçada os excelentes laços de amizade e cooperação entre a Guiné-Bissau e os Estados Unidos da América.
O Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO recebe o Presidente da Comissão da CEDEAO, Alieu Touray, presente igualmente em Nova Iorque, onde a organização regional se reunirá à margem dos trabalhos da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
O General Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da República da Guiné-Bissau recebeu o Secretário Executivo da Comunidade dos Estados Sahelianos (CEN-SAD), Brigi Rafini, com o qual analisou os problemas relacionados, quer com em relação ao estado actual da organização, como igualmente de alguns dos Estados membros.