Francisco de Fátima Frederico Barros - Traficante procurado pelos EUA |
Em nota enviada aos líderes do congresso na passada sexta-feira, 30, Obama colocou Barros no denominado Kingpin Act, juntamente com um salvadorenho e um colombiano, também considerados perigosos traficantes de droga.
Francisco de Fátima Frederico Barros nasceu na Praia, Cabo Verde, e as autoridades americanas revelam que, nos documentos, apresenta duas datas de nascimento: 13 de Maio de 1967 e 6 de Junho de 1970.
Conhecido também com o nome de Lucio Francisco Barros Frederico e o diminutivo de Chico Barros, tem passaporte cabo-verdiano e guineense, bem como bilhete de identidade de Cabo Verde.
Chico Barros foi incluído no Kingpin Act, que em tradução literal pode-se entender como lei de barões da droga, juntamente com o salvadorenho Jose Adan Salazar Umaña e o colombiano Victor Ramón Navarro Cerrano.
A partir de agora, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos vai aplicar uma série de sanções, entre elas, o bloqueio de todos os bens dos acusados nos Estados Unidos e até onde chegar a jurisdição americana.
Kingpin Act foi aprovada pelo presidente Bill Clinton a 3 de Dezembro de 1999.
Ao que conseguirmos apurar, Francisco de Fátima Frederico Barros deixou Cabo Verde há muito tempo e não terá desenvolvido qualquer actividade legal ou criminosa no arquipélago.
Radicado em Portugal, foi lá que Barros conheceu o antigo presidente da Guiné-Bissau Nino Vieira que, após o seu regresso ao país, o convidou a investir em Bissau.
Barros recebeu o passaporte da Guiné-Bissau em Abril de 2006.Dois anos antes criou a empresa Auto Volante, que se dedicava a vender acessórios para carros, principalmente ao Estado.
Após a morte de Nino Vieira, Francisco Barros caiu em desgraça, foi preso e expulso para Guiné-Conakry, onde passou 10 meses na prisão.
A nota do presidente Barack Obama a que a VOA teve acesso não indica as actividades de Barros, mas algumas das nossas fontes acreditam que ele possa estar ligado à rede de tráfico dominada por militares na Guiné-Bissau, entre eles o antigo chefe da Marinha Bubo na Tchuto, actualmente preso nem Nova Iorque.
Recorde-se que em Abril passado, os dois colaboradores de Na Tchuto, Tchamy Yala e Papis Djeme, admitiram integrar uma organização criminosa que traficava droga cokm destino à Europa e Estados Unidos.
Yala e Djeme fizeram um acordo com a justiça americana segundo o qual, a troco de informações que podem incriminar Bubo na Tchuto e todos os integrantes da rede, receberão uma pena menor.
Refira-se que, por agora, desconhece-se, o paradeiro de Francisco Barros.
VOA