sexta-feira, 22 de dezembro de 2023
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Resolução do Conselho de Segurança da ONU é "insuficiente", diz Hamas
© MOHAMMED ABED/AFP via Getty Images
POR LUSA 22/12/23
O movimento palestiniano Hamas considerou insuficiente a resolução aprovada hoje pelo Conselho de Segurança da ONU que exige a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza em "grande escala" e "sem obstáculos".
"Consideramos que a resolução 2722 adotada hoje pelo Conselho de Segurança e que apela para a expansão da entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza (...) é uma medida insuficiente e não responde à situação catastrófica criada pela máquina de guerra sionista", disse o movimento islamita palestiniano em comunicado, numa referência a Israel.
Para o Hamas, a administração dos Estados Unidos "trabalhou arduamente para esvaziar esta resolução da sua essência e emiti-la nesta fórmula fraca", e o texto "permite à ocupação fascista completar a missão de destruição, massacre e terrorismo na Faixa de Gaza, desafiando a vontade da comunidade internacional".
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje, após uma semana de intensas negociações e de adiamentos sucessivos, uma resolução exigindo o envio para a Faixa de Gaza de ajuda humanitária "em grande escala".
A resolução, com caráter jurídico vinculativo e apresentada pelos Emirados Árabes Unidos (EAU), teve de ser reescrita várias vezes ao longo da semana devido a objeções dos Estados Unidos, que têm poder de veto no organismo e que o exerceram em anteriores votações.
Hoje Washington absteve-se, assim como a Rússia (também com poder de veto), permitindo a passagem com 13 votos favoráveis da resolução, que ao contrário das primeiras versões não apela a um cessar-fogo imediato.
O texto pede ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que designe um coordenador especial para monitorizar e verificar o envio de ajuda humanitária ao enclave palestiniano, alvo de constantes bombardeamentos desde o início da guerra entre Israel e o grupo palestiniano, em 07 de outubro.
Israel declarou guerra ao Hamas, em retaliação ao ataque de 07 de outubro perpetrado pelo grupo em território israelita, que fez 1.139 mortos, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades israelitas.
Cerca de 250 pessoas foram também sequestradas nesse dia e levadas para Gaza, 128 das quais se encontram ainda em cativeiro pelo movimento, considerado uma organização terrorista pela União Europeia, pelos Estados Unidos e por Israel.
A ofensiva israelita por terra, mar e ar já provocou mais de vinte mil mortos, entre os quais oito mil crianças e 6.200 mulheres, e 52.600 feridos, de acordo com números das autoridades locais controladas pelo Hamas, e cerca de 1,9 milhões de deslocados, segundo a ONU.
Desde o início da guerra, os combates na Faixa de Gaza só foram interrompidos durante uma semana - entre 24 e 30 de novembro - durante uma trégua mediada pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, que incluiu a libertação de 105 reféns detidos pelo Hamas em troca de 240 prisioneiros palestinianos e a entrada de ajuda humanitária no enclave.
Cerca de 130 reféns permanecem em cativeiro no território palestiniano, onde a população deslocada sobrevive em tendas em pleno inverno e numa profunda crise humanitária, devido ao colapso dos hospitais, ao surto de epidemias e à escassez de água potável, alimentos, medicamentos, eletricidade e combustível.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reafirmou na quarta-feira que Israel continuará "a guerra até ao fim", diluindo as esperanças de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, no dia em que era esperado o reatamento de negociações com o Hamas.
"Continuamos a guerra até o fim. Ela continuará até que o Hamas seja eliminado, até à vitória", insistiu Netanyahu numa mensagem de vídeo.
O Hamas e outras fações palestinianas rejeitaram na quinta-feira a possibilidade de iniciar conversações sobre a libertação de pessoas raptadas durante os ataques de 07 de outubro, a menos que haja "uma cessação da agressão" israelita.
Países Baixos vão enviar 18 caças F-16 a Kyiv apesar de ameaças russas
© Lusa
POR LUSA 22/12/23
O Governo neerlandês anunciou hoje que vai entregar 18 F-16 à Ucrânia, apesar de Moscovo ter alertado, na semana passada, que vai retaliar se for atacada por estes caças ao serviço da Ucrânia a partir de bases da NATO.
A ministra da Defesa neerlandesa, Kajsa Ollongren, enviou uma carta ao parlamento a descrever o plano de doação dos jatos sofisticados, que foi apresentado pela primeira vez no verão, explicando que a medida "permite que pessoal e orçamento sejam alocados para preparar os dispositivos".
Apesar do anúncio de hoje, a ministra não adiantou quando é que os caças serão entregues.
"Com os F-16, a Ucrânia pode defender-se melhor contra os ataques russos", afirmou Ollongren, em comunicado, acrescentando que os aviões são "extremamente importantes porque a agressão russa em curso não dá sinais de acabar".
Por isso, sublinhou Kajsa Ollongren, os Países Baixos continuam "inabaláveis no apoio à Ucrânia".
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou, em agosto, uma base aérea militar na cidade de Eindhoven, no sul dos Países Baixos, para inspecionar dois dos jatos, no dia em que a os governos neerlandês e dinamarquês garantiram que iriam doar aviões para impulsionar o esforço de guerra ucraniano.
No mês passado, a Roménia inaugurou um centro de formação internacional para pilotos de jatos F-16 de países aliados e outros parceiros, incluindo a Ucrânia.
O centro de treino tem como objetivo aumentar a interoperabilidade entre os aliados da NATO e posicionar melhor a aliança militar "para enfrentar os desafios complexos" na Europa de Leste e na região do Mar Negro, disse o Ministério da Defesa da Roménia.
A Roménia adiantou na altura que os poderosos aviões de guerra fabricados nos Estados Unidos seriam fornecidos pela Força Aérea neerlandesa.
O Governo dos Países Baixos ressalvou, no entanto, que ainda tem de decidir se concederá uma licença de exportação para os aviões "para evitar um uso final indesejável".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros fará a avaliação com base nas regras de exportação de armas da União Europeia.
Os pilotos ucranianos terão de ter concluído a formação em F-16 antes de os jatos serem entregues e a Ucrânia terá de ter infraestruturas preparadas para os aviões, acrescentou o Governo.
Na semana passada, a presidência russa (Kremlin) avisou que irá retaliar se for atacada por caças F-16 ao serviço da Ucrânia a partir de bases da NATO em países-membros da Aliança Atlântica.
O aviso foi deixado por Konstantin Gavrilov, chefe da delegação russa nas negociações sobre segurança militar e controlo de armas da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
"Foram ouvidos comentários que, dadas as condições de destruição significativa das infraestruturas aéreas ucranianas, os caças F-16 transferidos para as Forças Armadas da Ucrânia podem voar a partir de bases aéreas na Polónia, Roménia e Eslováquia", afirmou Gavrilov.
Se esta possibilidade se confirmar, prosseguiu o dirigente russo, Moscovo considerará que os aviões de combate provenientes do território da NATO estão a participar no conflito ucraniano e tomará "medidas retaliatórias".
Na semana passada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia declarou que a entrega de aviões de combate F-16 à Ucrânia vai aumentar o risco de um confronto militar direto entre Moscovo e a NATO.
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Mulher corta pénis a marido após descobrir relação com sobrinha menor... Mulher está detida. Aconteceu em São Paulo, no Brasil.
© iStock
Notícias ao Minuto 22/12/23
Uma mulher de 34 anos foi detida na madrugada desta sexta-feira, em São Paulo, no Brasil, por suspeitas de ter cortado o pénis ao marido.
De acordo com o site G1, a mulher confessou o crime às autoridades brasileiras, revelando que descobriu que o marido tinha mantido relações extraconjugais com uma menor - uma sobrinha de 15 anos.
Após a descoberta, a mulher terá ficado tão irritada que esperou o marido chegar a casa e atraiu-o para a cama, dizendo que queria ter relações sexuais. Amarrou as suas mãos com umas cuecas, pegou numa navalha e cortou-lhe o órgão sexual.
De seguida, tirou uma foto ao pénis e atirou-o para a sanita.
Segundo a polícia, enquanto o homem pedia ajuda, a mulher saiu de casa, encontrou-se com o irmão, e dirigiu-se à esquadra, onde confessou o crime.
Até ao momento não foi possível saber o estado de saúde do homem (nem se foi investigada a questão da relação com uma menor de idade).
Já a mulher continua detida por tentativa de homicídio.
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Conferência de imprensa dos trabalhadores de Porto de Guiné-Bissau 🇬🇼 (APGB).
"Estamos a trazer luz à Ucrânia". CE envia "500 geradores" para o país
© Thierry Monasse/Getty Images
Notícias ao Minuto 22/12/23
No ano passado, os intensos bombardeamentos do exército russo contra a rede energética ucraniana privaram milhares de pessoas de aquecimento e eletricidade durante longos períodos de inverno rigoroso.
A chegada do inverno à Ucrânia é motivo de preocupação, uma vez que o país tem a sua infraestrutura energética debilitada devido aos constantes ataques das forças russas. Por isso, a Comissão Europeia (CE) informou que irá enviar "500 geradores" com o objetivo de "garantir um abastecimento de energia suficiente e manter serviços vitais".
"Os contínuos ataques da Rússia deixaram a infraestrutura energética ucraniana frágil. Estamos a enviar 500 geradores de energia adicionais para a Ucrânia, elevando o total para mais de 5.500, para garantir um abastecimento de energia suficiente e manter serviços vitais em funcionamento", pode ler-se numa publicação da CE na rede social X (antigo Twitter).
No mesmo sentido, a presidente do executivo comunitário, Ursula Von der Leyen destacou, na mesma rede social, que "estamos a trazer luz à Ucrânia" num momento em que se vivem "meses escuros e frios".
"Estamos a enviar 500 geradores para abastecer hospitais e escolas. Mais um sinal da nossa solidariedade e apoio inabaláveis à Ucrânia e ao seu povo", escreveu Von der Leyen.
De recordar que, em meados de novembro, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que a Ucrânia deve "preparar-se" para ataques russos a infraestruturas neste inverno, aludindo a um possível aumento das investidas da Rússia.
"Devemos preparar-nos para a possibilidade de o inimigo aumentar o número de ataques de drones ou de mísseis contra as nossas infraestruturas", afirmou Zelensky, garantindo que o governo ucraniano está a fazer tudo para proteger as infraestruturas essenciais.
O chefe de estado ucraniano considerou que "toda a atenção deve concentrar-se na defesa (...) em tudo o que a Ucrânia pode fazer para ajudar o povo a passar o inverno".
No ano passado, os bombardeamentos sistemáticos do exército russo na rede energética ucraniana privaram milhares de pessoas de aquecimento e eletricidade durante longos períodos de inverno rigoroso.
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Frente Comum propõe Ministério à comprovar presença dos professores guineenses em formação nas Universidades no estrangeiro
Bissau, 22 dez 23 (ANG) – A Frente Comum, que integra, o Sindicato Democrático dos Professores e Frente Nacional dos professores e Educadores, propõe Ministério da Educação Nacional a contactar Serviços Acadêmicos das Universidades no estrangeiro para comprovar se os professores guineenses estão a frequentar cursos de formação nessas instituição.
A proposta consta numa nota da Frente Comum, a que ANG teve acesso hoje, e apresentada ao governo, através da Secretária-Geral e da Direção-Geral dos Recursos Humanos do Ministério da Educação Nacional no âmbito de encontro de trabalho realizado recentemente entre as partes para analisar e encontrar solução sobre a situação de professores, cujo os seus salarios foram bloqueados pelo então governo, chefiado por Nuno Gomes Nabiam.
Nesse encontro, de acordo com o documento, ficou decidido que o Ministério vai comunicar os serviços académicos das Universidades, supostamente, de formação no estrangeiro para comprovar se na verdade os professores guineenses estão a estudar ou não. E o mesmo procedimentos vai ser aplicado aos que estão em tratamento médico no estrangeiro.
“Após a comprovação ou não dessas instituições da presença dos professores no cursos de formação é reservado ao Ministério da Educação Nacional o direito de continuar com bloqueio do salario dos professores que não estão a estudar e desbloquear o salario dos que frequentam aulas de formação”, explicou a nota da Frente Comum.
Relativamente aos professores internos que viram os seus salarios bloqueados, serão comunicados para comparacerem junto dos serviços dos Recursos Humanos, com presença do elemento da Frente Comum, com a finalidade de avaliar a sua situação para posterior desbloqueamento do salario.
Quanto a deliberação do Comunicado do Conselho de Ministros de 09 de novembro de 2023 sobre o processo da reintegração dos Professores, a Frente Comum, conforme a nota, foi informada de que na primeira fase, serão admitidos os professores que trabalharam no quadro do contrato no ano lectivo 2021/2022, tendo en conta com número de vagas existentes.
O documento, citando o relatório que os Serviços dos Recursos Humanos forneceu à Direção da Frente Comum apontam para existência de 3.787 vagas, sem contar com os que foram estudar no estrangeiro, reformados, mortos e os que estão em tratamento médico.
Para além disso, a Direção dos Recursos Humanos informou que 480 professores pediram licença para o efeito de estudo no estrangeiro, entre o mês de outubro e dezembro deste ano, e nenhum desse pedido foi autorizado pelo ministro da Educação Nacional.
Perante está situação, a Frente Comum, enquanto defensor legitimo da classe docente, disse que está preocupada com o comportamento destes professores, por viajarem sem receber autorização do Ministério para o efeito, que no futuro podem ser considerados de abandono de serviço.
“A Frente Comum apresentou uma nova proposta ao secretário geral do Ministério da Educação, e dar um prazo de 01 ano para que estes professores regularizarem as suas situações junto das Universidades, para depois acompanhar a situação dos docentes através do serviçoes acadêmicos da respetivas Universidades”, lê-se na nota da organização defende classe docente nacional.
MP CONFIRMA GONGELAR CONTAS BANCARIAS DOS SUSPEITOS E ENTIDADES ENVOLVIDOS SOBRE SEIS BILHÕES DE FRANCOS CFA
O “Ministério Público esclarece em comunicado que, “ em nenhum momento e circunstância alguma, esta instituição judiciária mandou congelar as contas alheias em qualquer dos bancos acreditados no país, como se pretende talvez, de má-fé, fazer acreditar a opinião pública para fins inconfessos.”
A PGR garante que as contas bancarias congeladas no BAO, a mando do Ministério Publico, dizem respeito exclusivamente, as pessoas singulares e sociedades comerciais suspeitas no âmbito de processo de investigação sobre o caso seis bilhões de francos cfa.
Ler o comunicado:👇
Notabanca; 22.12.2023