terça-feira, 5 de setembro de 2023

Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, denúncia, tendência de exclusão das mulheres na governação do país

Radio TV Bantaba

Célula de apoio a gestão de fundos ligados a covid-19 na Guiné-Bissau beneficiou 9 viaturas, duas câmaras mortuárias e 12 aparelhos raio x por parte de OMS.

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Ataque no Burkina Faso mata 17 soldados e 36 auxiliares do exército

© Lusa

POR LUSA  05/09/23 

Um ataque levado a cabo por alegados terroristas no norte do Burkina Faso causou a morte a 17 soldados e 36 auxiliares do exército deste país, anunciou hoje o Estado-Maior, através de um comunicado.

"Cinquenta e três combatentes", mais precisamente "dezassete soldados e trinta e seis Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), auxiliares civis do exército, perderam a vida" na segunda-feira, indica a nota informativa.

A unidade atacada estava destacada em Koumbri, na província de Yatenga, para "permitir a reinstalação" de pessoas "que abandonaram a zona há mais de dois anos", expulsas pelos extremistas, explicou.

O quartel-general também "registou cerca de 30 feridos, que foram transferidos e tratados".

O Estado-Maior acrescentou que as "operações de contra-ataque" tinham resultado na "neutralização de vários assaltantes" e na "destruição do seu material de combate", indicando que "as operações continuam a decorrer na zona".

"Tudo está a ser feito para desativar os elementos terroristas" que se encontram "em fuga", acrescentou.

O Burkina Faso, palco de dois golpes militares em 2022, está mergulhado numa espiral de violência desde 2015, que nos últimos sete anos fez mais de 16.000 mortos civis e militares e mais de dois milhões de deslocados, segundo a ONG Acled.



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ONG vai libertar mais de 2.000 rinocerontes brancos nos próximos dez anos

© Reuters

POR LUSA   05/09/23 

Mais de 2.000 rinocerontes brancos confinados na Platinum Rhino, a maior fazenda dedicada a este animal na África do Sul, serão libertados na natureza nos próximos dez anos, anunciou a ONG conservacionista African Parks, segundo a imprensa local.

A divulgação da Organização Não Governamental (ONG) acontece depois de a African Parks ter comprado a quinta de 7.800 hectares na província sul-africana Noroeste.

"A African Parks não tinha qualquer intenção de possuir uma quinta de criação em cativeiro de 2.000 rinocerontes. No entanto, reconhecemos o imperativo moral de encontrar uma solução para estes animais, de modo a que possam voltar a desempenhar o seu papel integral em ecossistemas plenamente funcionais", afirmou o diretor executivo da ONG, Peter Fearnhead.

A Platinum Rhino é a maior exploração privada de criação de rinocerontes em cativeiro do planeta, com mais de 2.000 rinocerontes brancos, que representam "até 15% da população selvagem remanescente no mundo", afirmou a ONG.

"A escala deste projeto é enorme e, por isso, assustadora. No entanto, é igualmente uma das oportunidades de conservação mais interessantes e estratégicas a nível mundial", acrescentou Feranhead.

Várias organizações de conservação, parceiros financeiros e vários governos confirmaram à ONG que se empenharão "em tornar uma realidade esta visão de reintrodução" dos rinocerontes na natureza.

Em abril passado, o parque Platinum Rhino foi posto à venda devido a problemas financeiros e a African Parks comprou-o, depois de numerosas pessoas preocupadas com o setor da conservação terem contactado a ONG.

A ONG já efetuou recolocações de animais selvagens em grande escala no Ruanda, no Malawi e na República Democrática do Congo.

"A African Parks tem um objetivo claro: reintroduzir estes rinocerontes durante os próximos dez anos em áreas seguras e bem geridas, estabelecendo ou complementando populações estratégicas e, assim, retirar de perigo o futuro da espécie", refere o comunicado.

A organização de conservação descreveu o projeto como "uma das maiores iniciativas de repovoamento de uma espécie em todo o continente africano".

O rinoceronte branco enfrenta atualmente uma pressão extrema no continente devido à caça furtiva dos seus chifres para o comércio ilegal de animais selvagens, que faz com que existam menos de 13.000 indivíduos atualmente.

Na década de 1930, os números da espécie atingiram um mínimo histórico de 30 a 40 animais, mas graças às medidas de conservação, chegaram a 20.000 em 2012.

A African Parks é uma organização de conservação sem fins lucrativos com sede na África do Sul, que gere vinte e dois parques nacionais e áreas protegidas em doze países, cobrindo mais de vinte milhões de hectares no continente africano.



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OMS recebida por protestos de médicos em Portugal

Por SIC Notícias  05/09/23

A FNAM entregou uma carta ao diretor da OMS para a Europa. Os médicos insistem que é preciso contratar mais profissionais e melhorar as condições de trabalho.

Cerca de duas dezenas de médicos manifestaram-se esta terça-feira à margem de um simpósio da Organização Mundial de Saúde (OMS) no Porto, para que "o mundo inteiro ouça o grito de alerta" por melhores salários e condições de trabalho.

A ação, organizada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que lhe chamou 'flashmob', iniciou-se cerca das 08:00 e decorreu até às 10:00, coincidindo com a abertura do Simpósio da OMS dedicado ao futuro digital.

O protesto marcou também o arranque de uma caravana que vai percorrer o país, para reforçar a mobilização dos médicos, para que não façam mais do que as 150 horas extraordinárias obrigatórias por ano e para mapear a "situação dramática" que se vive em várias unidades de saúde.

Gritando palavras de ordem como "Pizarro escuta, os médicos estão em luta", "o público é de todos, o privado é de alguns" ou "o povo merece o SNS", os médicos protestaram contra o "silêncio" do Ministério da Saúde (MS) e do Governo à contraproposta da FNAM relativamente às grelhas salariais e ao novo regime de dedicação plena e integração do internato médico na carreira.

No decorrer do protesto, a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, foi ouvida por Hans Kluge, diretor regional da OMS/Europa, que, acompanhado pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, se deslocou junto do grupo de médicos.

"Conseguimos passar a mensagem de que de facto há um problema grave em Portugal, que somos dos médicos mais mal pagos a nível europeu, estamos de facto há mais de uma década sem nenhum aumento salarial, com condições de trabalho a deteriorarem-se", disse Joana Bordalo e Sá, que entregou a Hans Kluge uma carta com o histórico das reivindicações.

O diretor regional da OMS/Europa, também médico, "pareceu ser sensível à questão de que de facto é preciso haver inovação, investir na digitalização, mas que também é preciso investir onde falta investimento em Portugal, que é nos recursos humanos", contou a dirigente da FNAM.

"Precisamos de mais profissionais de saúde e, acima de tudo, precisamos dos médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) que é onde nós queremos estar e é para isso que a FNAM luta", sublinhou.

Joana Bordalo e Sá afirmou: "Fizemos questão de estar aqui para que o mundo inteiro ouça o nosso grito de alerta e para que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e o primeiro-ministro, António Costa, percebam que é preciso investir nos médicos e no SNS".

"Não é só na digitalização, não é só usar os 10 milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para investir, por exemplo, em cinco robots. Nós precisamos também de dinheiro para ser investido nos profissionais, nomeadamente nos médicos", sublinhou.

Com este protesto no Porto, a FNAM iniciou uma caravana que "vai percorrer o país inteiro".

"Vamos ouvir-nos uns aos outros, vamos incentivar a entrega das minutas para que os médicos não façam mais do que as 150 horas extraordinárias obrigatórias por ano e terminamos com uma greve nacional dias 14 e 15 de novembro, e com uma manifestação (dia 14) em frente ao Ministério da Saúde", disse.

Sobre a ronda negocial agendada para quinta-feira, a presidente da FNAM, salientou que será "a sexta reunião extra negocial, porque o protocolo negocial acabou no dia 30 de junho, mas não houve nem competência, nem vontade", por parte do Ministério da Saúde, de resolver os problemas dos médicos.

"Os médicos em Portugal são dos mais mal pagos na União Europeia e têm vindo a ver as suas condições de trabalho deterioradas na última década, pelo que temos emigrado e saído do SNS para o setor privado ou para empresas de prestação de serviços", disse.

Segundo a FNAM, "após 16 meses de negociações que não resolveram o problema da falta de médicos no SNS, o Ministério da Saúde não apresentou, nem aceitou até à data, propostas adequadas para salvaguardar as carreiras médicas, revelando falta de competência para chegar a um acordo capaz de responder rapidamente à necessidade de fixar médicos no SNS" .

A Federação Nacional dos Médicos defende que para inverter esta realidade, o Governo tem de "aumentar a fatia do Orçamento de Estado destinada aos salários dos médicos, e dar uma utilização adequada aos fundos europeus que vão ser injetados no PRR".

O 2.º Simpósio da Organização Mundial da Saúde debate no Porto, até quarta-feira, o Futuro dos Sistemas de Saúde na Era Digital e é dedicado à área da tecnologia aplicada à saúde.

Em foco estão questões que possam afetar o panorama atual e futuro dos sistemas de saúde na Europa, nomeadamente, o impacto dos recentes avanços da tecnologia e da inteligência artificial (IA) na saúde das populações.

TECH DA VINCI: Robô remove tumor inoperável nas amígdalas (e salva vida do paciente)

© Robert Michael/picture alliance via Getty Images

Notícias ao Minuto   05/09/23 

Foi apenas necessária uma incisão no pescoço ao invés de terem cortado a mandíbula do paciente em duas partes para chegar ao tumor e, depois, removê-lo manualmente.

As cirurgias exigem paciência, sapiência e destreza, exigindo que as equipas médicas realizem trabalhos de alto risco. Contudo, um antigo jornalista da CBC revelou, através de uma reportagem, como o robô Da Vinci pode ser essencial nessas operações de risco.

De acordo com Glenn Deir, o robô ajudou no sucesso da sua cirurgia a um tumor inoperável nas amígdalas, já com metástases para a parte posterior da língua, nos Estados Unidos.

Conforme conta o BGR, para remover o tumor, os médicos teriam de cortar delicadamente a amígdala, a língua e a garganta, "um procedimento que não tinha nenhum voluntário a fazer fila para tentar", revelou Deir num dos seus artigos.

A esperança chegou através do robô cirurgião Da Vinci, cujos 'dedos' chegam onde uma mão humana não consegue.

"Foi mais complicado do que se previu. A radiação anterior enrijeceu a amígdala, o tumor na minha língua era do tamanho de uma cereja grande. Também teve que girar um músculo para fechar uma lacuna na minha garganta. Acordei com um tubo de alimentação no nariz e uma incisão que percorria todo o pescoço", explicou Deir, citado pela BGR.

A cirurgia acabou por ser um sucesso, tendo o tumor sido removido.

Tudo teria sido muito diferente sem o robô Da Vinci. Foi apenas necessária uma incisão no pescoço ao invés de terem cortado a mandíbula do paciente em duas partes para chegar ao tumor e, depois, removê-lo manualmente, destacou o médico responsável pelo caso, Dr. Martin Corsten.

Esta história de sucesso e a criação de robôs capazes de realizar cirurgias de forma autónoma mostram como a robótica se tornou fundamental para a área da saúde.



Leia Também: Mais de 17 mil crianças de Santa Maria da Feira vão participar em dois programas específicos para desenvolver competências em ciência, robótica e programação, revelou hoje essa autarquia, que tem reservados para o efeito cerca de 850 mil euros.

CÉREBRO: É isto que o açúcar em excesso pode fazer ao seu cérebro... Veja o que dizem vários médicos

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   05/09/23 

Consumir demasiado açúcar não traz apenas problemas na saúde oral ou até de excesso de peso. O seu cérebro também sai prejudicado quando come vários alimentos doces, especialmente os processados. 

O 'website' Clean Plates falou com vários médicos, como o psicólogo Benson Munya, para saber como é que o açúcar afeta a saúde cerebral. Saiba tudo.

Mudanças de humor

"Quando o açúcar no sangue aumenta, pode sentir um aumento temporário no humor e na energia", revela o psicólogo Benson Munya. "No entanto, quando o açúcar no sangue desce, pode sentir-se irritado, cansado ou até mesmo ansioso."

Função cognitiva em risco

"O açúcar em excesso pode levar a dificuldades de concentração, foco e desempenho cognitivo geral."

Aumento da ansiedade

"Quando consumimos alimentos açucarados, o nosso corpo libera uma onda de insulina para ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue. Com isso acontece também uma queda do açúcar que pode desencadear uma resposta ao stress."

Dificuldade em dormir

"Muito açúcar, especialmente consumido no final do dia, pode prejudicar a capacidade de adormecer e permanecer a dormir."

Afeta a memória a dificuldade na aprendizagem

"A ingestão excessiva de açúcar pode afetar a nossa memória de curto prazo e dificultar a forma como processa informações", conta Murphy Richter.

Reduz a capacidade de gerir o stress

"Pode levar a vários distúrbios relacionados com o stress, como ansiedade e depressão."


Leia Também: Ouvir música enquanto corre pode ajudar a fortalecer o cérebro

Conselho de Ministros deu anuência a que por despacho do Primeiro Ministro, se efetue a movimentação do pessoal dirigente da administração pública.👇

 COMUNICADO FINAL DO CONSELHO DE MINISTROS 05.09.2023👇

Radio Voz Do Povo

CEEAC dá ao Gabão um ano para restaurar "ordem constitucional"

© ABDELHAK SENNA/AFP via Getty Images

POR LUSA   05/09/23 

A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) deu aos autores do golpe de Estado no Gabão de 30 de agosto um ultimato de um ano para restaurar a "ordem constitucional".

"Foi dado um prazo de um ano para que o processo político seja reativado para um rápido regresso à ordem constitucional", anunciou na segunda-feira à noite o vice-presidente da Guiné Equatorial, na rede social X (antigo Twitter).

Teodoro Nguema Obiang confirmou ainda que o país passará a assumir a Presidência e a sede da CEEAC na capital, Malabo, considerando que o Presidente do Gabão, Ali Bongo, que era o presidente em exercício da organização desde fevereiro, foi deposto pelos autores do golpe de Estado.

A decisão saiu de uma reunião extraordinária da CEEAC, realizada na segunda-feira na Guiné Equatorial.

Por outro lado, a CEEAC designou o presidente da República Centro Africana como facilitador das negociações, devendo se deslocar "imediatamente para Libreville para contactos, não só com o poder estabelecido, mas também com a oposição, sociedade civil e todas as partes envolvidas" na base de orientações previamente definidas na reunião, disse o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe.

Patrice Trovoada disse que participaram na reunião extraordinária da CEEAC os Presidentes de Angola, da República do Congo, da República Centro Africana, da Guiné Equatorial, um representante do Chade e o representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a África Central.

Fazem parte da CEEAC Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Ruanda, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo.

O general Brice Oligui Nguema, que derrubou na semana passada Ali Bongo, tomou posse na segunda-feira como presidente do Gabão durante um período de transição, no final do qual prometeu eleições sem especificar uma data.

No dia 30 de agosto, os militares golpistas anunciaram o "fim do regime" de Ali Bongo Ondimba, que governou o Gabão durante 14 anos, menos de uma hora após a proclamação da sua reeleição nas eleições de 26 de agosto, alegando que estas tinham sido fraudulentas.

No dia seguinte, os golpistas proclamaram o general Oligui Nguema presidente de um Comité de Transição e de Restauração das Instituições (CTRI).

Os golpistas colocaram Ali Bongo em prisão domiciliária por "alta traição às instituições do Estado" e "desvio massivo de fundos públicos", entre outros crimes, e anunciaram a nomeação do general Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana, como novo "presidente de transição".

A família de Ali Bongo Ondimba - que se tornou Presidente após a morte do seu pai, Omar Bongo, em 2009 - está no poder desde 1967.

O golpe de Estado no Gabão, uma das potências petrolíferas da África subsaariana, é o segundo a ocorrer em África em pouco mais de um mês, depois de o exército ter tomado o poder no Níger, em 26 de julho.

O Gabão juntou-se assim à lista de países palcos de golpes de Estado bem-sucedidos nos últimos três anos, que, para além do Níger, inclui o Mali (agosto de 2020 e maio de 2021), a Guiné-Conacri (setembro de 2021), o Sudão (outubro de 2021) e o Burkina Faso (janeiro e setembro de 2022).


Feministas acusam o novo governo de Israel de promover medidas contra as mulheres


Os activistas dos direitos das mulheres em Israel estão cada vez mais preocupados com as medidas do novo governo para separar homens e mulheres nos espaços públicos.

VOA Português 

Contraofensiva ucraniana ultrapassa “dentes de dragão” em algumas localizações de Zaporizhzhia

 Depois de mais uma noite marcada por alguns ataques russos, a contraofensiva ucraniana está a conquistar pequenos avanços na região de Zaporizhzhia, como relata o enviado especial da CNN Portugal à Ucrânia, Sérgio Furtado.


Nacionalistas russos reivindicam incursão na Rússia com dois mortos

© Getty Images

POR LUSA   05/09/23 

Uma milícia nacionalista russa que luta ao lado das forças ucranianas reivindicou hoje ter matado dois agentes dos serviços secretos russos durante uma incursão em território da Rússia.

O Corpo de Voluntários Russos, que tem efetuado incursões armadas na Federação Russa, disse que a ação ocorreu na região de Bryansk, que faz fronteira com o norte da Ucrânia.

O governador de Bryansk, Alexandr Bogomaz, disse na segunda-feira à noite que o exército russo e as tropas do Serviço Federal de Segurança (FSB) tinham frustrado uma tentativa de sabotagem dos serviços secretos ucranianos em território russo.

A versão do governador foi desmentida pela milícia num comunicado nas redes sociais citado pela agência espanhola EFE, em que, ironicamente, saudou o FSB "por mais uma operação bem sucedida".

O grupo afirmou ainda que os dois agentes russos alegadamente mortos foram abatidos pela própria milícia e não pelo grupo de sabotagem ucraniano mencionado pelo governador de Bryansk.

Nos últimos meses, as autoridades russas têm denunciado várias tentativas de sabotagem, que atribuem a forças ucranianas, nas regiões russas que fazem fronteira com a Ucrânia, em Belgorod e Bryansk, em que morreram vários civis.

O Corpo de Voluntários Russos e a Legião da Liberdade para a Rússia, outra milícia de exilados russos, realizaram a ação mais notória em 22 e 23 de março, quando conseguiram controlar várias localidades em Belgorod durante horas.

Embora Kiev afirme não ter nada a ver com estas ações, ambas as formações utilizam equipamento do exército ucraniano, em alguns casos de fabrico ocidental.

As duas milícias também estão autorizadas a lançar estes ataques a partir de território ucraniano, segundo a EFE.

As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra iniciada por Moscovo em 24 de fevereiro de 2022 não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

A Ucrânia tem recebido armamento dos aliados ocidentais, que também decretaram sanções contra Moscovo para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra.

O número oficial de baixas civis e militares do conflito é desconhecido, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que será elevado.



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Desmantelada rede russa que recrutava mercenários para lutar na Ucrânia

© Lusa

POR LUSA   05/09/23 

O governo de Cuba anunciou na segunda-feira o desmantelamento de uma rede de tráfico de pessoas, com sede na Rússia, que recrutava cubanos para lutar como mercenários na guerra na Ucrânia.

O Ministério do Interior "detetou e está a trabalhar para neutralizar e desmantelar uma rede de tráfico de seres humanos que opera a partir da Rússia para recrutar cidadãos cubanos aí radicados, incluindo alguns de Cuba", refere-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da ilha.

"Cuba não faz parte do conflito armado na Ucrânia", sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, assegurando que Cuba "está a agir e agirá energicamente" contra quem "participe em qualquer forma de tráfico de seres humanos com o objetivo de recrutamento (...) para que os cidadãos cubanos possam usar armas contra qualquer país".

Neste sentido, sublinha-se que as autoridades da ilha "neutralizaram tentativas desta natureza e foram iniciados processos penais contra pessoas envolvidas nestas atividades". No comunicado não se especifica quais os indivíduos ou organizações que estão por detrás desta rede.

O ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, defendeu ainda que Cuba tem uma "posição histórica firme e clara contra" os grupos mercenários e desempenha "um papel ativo nas Nações Unidas em repúdio desta prática".

O governo cubano e os meios de comunicação oficiais têm feito eco da retórica de Moscovo quando se referem à invasão da Ucrânia pela Rússia, mas nas Nações Unidas optaram em várias ocasiões por se abster em vez de apoiar as posições do Kremlin.



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