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Por Lusa 26/05/24
Pelo menos 18 mortos em ataques de presumíveis jihadistas no Mali
Pelo menos 18 pessoas foram mortas no sábado por homens armados numa localidade no centro do Mali, tendo ainda ficado feridas 21 outras, segundo várias fontes ouvidas pela AFP.
"Os jihadistas atiraram sobre os aldeãos a três quilómetros de Diallassagou. O balanço provisório é de 18 mortos e 21 feridos", disse à AFP um habitante, confirmado por outros residentes locais.
O ataque foi também confirmado por fonte policial e por um responsável político local, que deram, por seu lado, um balanço de 19 mortos e que apontaram responsabilidades a "terroristas" e "homens armados".
"Confirmamos os factos. Os terroristas mataram ontem [sábado] friamente civis em Diallassagou. Há 19 mortos e 21 feridos. Acusaram os civis de serem cúmplices do exército maliano", disse à AFP fonte policial.
Já um responsável político de Bandiagara, a cerca de 60 quilómetros de Diallassagou, que pediu anonimato por razões de segurança, disse que "homens armados não identificados mataram 19 camponeses nos seus campos", acrescentando que "todas as vítimas são populações deslocadas e instaladas em Diallassagou" e que foi pedido ao governador da região para "garantir a proteção das populações".
Mais de 130 civis foram mortos em Diallassagou em junho de 2022, um massacre qualificado à época como um dos piores no Mali nos últimos anos.
O Governo maliano atribuiu o massacre ao grupo Katiba Macina, afiliado da Al-Qaida, o qual desmentiu qualquer responsabilidade.
O Mali, país pobre e um enclave no seio do Sahel, está submerso numa crise desde a eclosão em 2012 de insurreições independentistas e jihadistas no norte do território.
Os militares assumiram o poder através de um golpe de Estado em 2020 e romperam a sua aliança militar com a França, antiga potência colonial, para se aproximarem da Rússia.