terça-feira, 29 de novembro de 2022

TEERÃO: General iraniano reconhece mais de 300 mortes durante os distúrbios

© Reuters

POR LUSA  28/11/22 

Um general iraniano reconheceu hoje a morte de mais de 300 pessoas durante os protestos que decorrem em todo o país em defesa dos direitos humanos, sendo as primeiras declarações oficiais sobre o número de baixas em dois meses.

Esta estimativa é consideravelmente menor do que o número relatado pela organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights, um grupo com sede nos EUA que acompanha de perto os protestos desde que estes eclodiram após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia da chamada polícia da moral em Teerão, por ter legalmente violado o código rígido de imposto de vestuário às mulheres na República Islâmica.

O grupo ativista refere que 451 manifestantes e 60 elementos das forças de segurança foram mortos desde o início dos choques e que mais de 18.000 pessoas foram detidas.

Os protestos em todo o país foram desencadeados pela morte desta jovem, mas rapidamente se transformaram em apelos à queda da teocracia islâmica que governa o Irão desde a revolução de 1979.

O general Amir Ali Hajizadeh, comandante da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária, corpo paramilitar do Irão, adiantou a um 'site' próximo desta força de segurança interna que mais de 300 pessoas foram mortas, incluindo "mártires", uma aparente referência às forças de segurança.

A mesma fonte também sugeriu que muitos dos mortos eram iranianos comuns não envolvidos nos protestos.

Hajizadeh não forneceu um número exato ou revelou quais os dados que sustentam a sua estimativa.

Este comandante reiterou a alegação oficial de que os protestos foram fomentados por inimigos do Irão, incluindo países ocidentais e a Arábia Saudita, sem fornecer provas.

No entanto, os manifestantes dizem estar fartos de décadas de repressão social e política e negam ter qualquer agenda estrangeira.

Os protestos se espalharam por todo o país e atraíram o apoio de artistas, atletas e outras figuras públicas.

A sobrinha do líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, pediu recentemente às pessoas que pressionem os seus governos a cortar os laços com Teerão por causa da violenta repressão às manifestações.

Num vídeo divulgado 'online' pelo seu irmão que mora na França, Farideh Moradkhani instou "pessoas conscientes do mundo" a apoiar os manifestantes iranianos.

O vídeo foi partilhado esta semana, após a alegada detenção de Moradkhani em 23 de novembro, de acordo com o grupo ativista.

Os protestos, agora no seu terceiro mês, enfrentaram uma repressão brutal das forças de segurança iranianas que utilizaram munições reais, balas de borracha e gás lacrimogéneo para reprimir as manifestações.

O Governo do Irão anunciou hoje que não vai cooperar com a missão independente das Nações Unidas que se prepara para investigar as violações contra as liberdades fundamentais no país após a morte do jovem Mahsa Amini.

"O Irão não vai cooperar de nenhuma forma com a missão sobre certos problemas com os direitos humanos", disse em conferência de imprensa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani.

"Teerão condena o uso impulsivo das questões sobre direitos humanos contra nações independentes", sublinhou o porta-voz diplomático iraniano.

A resolução estabelece a criação de uma missão independente de investigação que vai ter como objetivo "recolher e analisar provas" de violação dos direitos humanos na sequência da repressão.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

FRANÇA: Central a carvão francesa volta a produzir eletricidade após encerramento

© Getty Images

POR LUSA  28/11/22 

A central a carvão Emile-Huchet em Saint-Avold, no leste de França, que encerrou em março, voltou a produzir eletricidade na manhã de hoje, disse à agência de notícias AFP o diretor da infraestrutura, Philippe Lenglart.

"(...) Fomos chamados a produzir desde as 09:00 [08:00, em Lisboa] (...) da manhã", disse.

A central Emile-Huchet ia encerrar no final de março, mas o Governo francês não fez por "precaução", de modo garantir o fornecimento de eletricidade no país devido ao conflito na Ucrânia e aos contratempos da frota nuclear da Électricité de France (EDF).

No final de junho, o Governo de França anunciou a sua vontade em reabrir na época do inverno, uma reabertura que "faz parte do plano de encerramento", sublinhou então o Ministério da Transição Energética.

O ministério insistiu que o compromisso do Presidente francês, Emmanuel Macron, de fechar todas as centrais a carvão tem permanecido "inalterado".

A lei do poder de compra aprovada no início de agosto também incluiu uma medida que permite ao fornecedor de gás e eletricidade GazelEnergie recontratar funcionários neste inverno. Mais de metade iria reformar-se e os mais novos iram ser reclassificados nos novos projetos da empresa.

A GazelEnergie planeia, entre outras coisas, construir uma caldeira de biomassa para substituir a central a carvão.

No total, serão necessárias mais de 500.000 toneladas de carvão para o local até o final de março que, trabalhando em plenas capacidades, produz até 600 Megawatts-hora e pode abastecer um terço das residências da região de Grand-Est.

Apenas existe mais uma central a carvão, em Cordemais (oeste), ainda em funcionamento em França.

No país, mais de 67% da eletricidade produzida é de origem nuclear, tendo a quota dos combustíveis fósseis sido em 2020 de 7,5%, dos quais 0,3% de carvão e 6,9 de gás.

O Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam visita armazéns de fertilizantes em Bissau e, elogia o Ministro de Estado da Agricultura pelo trabalho para melhoria da produção agrícola do país.

Radio Voz Do Povo

A governadora da região de Gabú, Elisa Tavares Pinto, ordena desmantelamento de locais improvisados de negócios de sexo _ PROSTITUIÇÃO_ por questão de saúde pública.

Radio Voz Do Povo

A exportação de cerca cem mil toneladas da castanha de caju que se encontram estocadas em Bissau constitui preocupação do Governo e do setor privado. O Ministro do Comércio Abás Djaló chamou os atores da fileira de caju, agricultores, Intermediarios e exportadores, para uma solução viável.

Radio Voz Do Povo

Ucranianos acusam Rússia de deportar mais de 12 mil crianças... Cerca de 440 crianças morreram na guerra e 329 estão dadas como desaparecidas.

© Getty Images

Notícias ao Minuto   28/11/22 

A procuradoria-geral ucraniana disse, esta segunda-feira, que já foram dadas como desaparecidas 329 crianças, denunciando que a Rússia terá deportado outros 12.034 menores.

Numa publicação no Telegram, a autoridade diz que foram encontradas e devolvidas às famílias mais de 7.800.

"Estes números não são definitivos, pois o trabalho segue em locais de conflito ativo, em territórios temporariamente ocupados ou libertados", acrescenta a procuradoria.

As autoridades ucranianas têm acusado os russos de raptar crianças e adolescentes, de territórios ocupados ucranianos para o interior de fronteiras russas, como forma de as doutrinar para a propaganda do Kremlin.

Segundo os dados apresentados pelos ucranianos, terão sido mortas ao longo da guerra 440 crianças e outras 1.291 ficaram feridas, um número ligeiramente superior ao valor calculado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que dá conta de 419 menores mortos.

As autoridades ucranianas apontam que a maioria das baixas de menores foram registadas na região de Donetsk, que está maioritariamente ocupada pela Rússia, e em Kyiv e Kharkiv, as duas maiores cidades do país.

A procuradoria-geral acrescenta ainda que foram atingidas por ataques russos 2.719 instituições de ensino; dessas, 332 foram contadas como destruídas.

O conflito na Ucrânia já fez quase 6.600 mortos civis, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a entidade adverte que o real número de mortos poderá ser muito superior, devido às dificuldades em contabilizar os mortos em zonas sitiadas ou ocupadas pelos russos, como em Mariupol, por exemplo, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas.


Leia Também: Kyiv. Pais procuram luz em lojas e gasolineiras para filhos sobreviverem

UCRÂNIA/RÚSSIA: "Tudo está a ser feito para evitar que África sofra" devido à guerra

© Reuters

POR LUSA  28/11/22 

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, reconheceu hoje, em Bruxelas, que a guerra na Ucrânia levantou novos problemas na relação União Europeia (UE)-África, garantindo, porém, que nada afetará a ajuda monetária ao continente.

"Tudo está a ser feito para evitar que África sofra com consequências da guerra na Ucrânia do ponto de vista dos recursos", disse Borrell, acrescentando que "nem um único euro que foi atribuído a África será desviado para a Ucrânia".

O Alto Representante para a Política Externa da UE salientou ainda, em declarações aos jornalistas à entrada de um Conselho de Ministros do Desenvolvimento, que há novos desafios lançados pela crise alimentar e energética em África e ainda pelas consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro deste ano.

Hoje reúnem-se também, em Bruxelas, representantes da Comissão Europeia e da Comissão da União Africana (UA) para debater compromissos de investimento assumidos na cimeira dos dois blocos, em fevereiro, e as relações geopolíticas, no contexto da guerra na Ucrânia.

A reunião, que acontece pela 11.ª vez, vai abordar, ao abrigo da parceria entre a UE e a UA, temas como segurança alimentar, energia, clima, segurança e multilateralismo, e ainda as consequências da agressão russa à Ucrânia, nomeadamente no mercado de cereais e óleos alimentares.

Os compromissos assumidos com a UA na cimeira de fevereiro, ao abrigo da estratégia Portal Global da UE, estarão também em debate na reunião conduzida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo líder da UA, Moussa Faki Mahamat, e na qual participam mais de duas dezenas de comissários dos dois blocos.

A Comissão Europeia apresentou em dezembro de 2021 a estratégia "Global Gateway" (Portal Global) de ajuda da UE ao desenvolvimento, programa que ambiciona mobilizar 300 mil milhões de euros em projetos de infraestruturas em todo o mundo até 2027, em resposta ao investimento chinês.

Cabo Verde restringe acesso e uso de viaturas do Estado

© Lusa

POR LUSA  28/11/22 

Praia, 28 nov 2022 (Lusa) - O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, anunciou hoje regras mais apertadas no acesso e uso de viaturas do Estado, com a aprovação de um novo decreto-lei nesse sentido e o aumento da fiscalização.

"Há uma definição clara e restritiva das entidades que podem ter direito a viaturas de representação e do uso pessoal. Irá ter um impacto na redução de viaturas do Estado fora dos horários fixados, em fins de semana e feriados", afirmou esta manhã Ulisses Correia e Silva, durante uma declaração ao país, a partir da Praia, sobre a aprovação, na madrugada de sábado, da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2023.

De acordo com o chefe do Governo, o novo decreto-lei que regula o uso de viaturas do Estado foi aprovado em Conselho de Ministros há cerca de duas semanas, elencando as entidades e órgãos de soberania que "podem ter acesso e o uso de viaturas para representação e uso pessoal".

"Tudo o resto, incluindo dirigentes da administração pública, de institutos públicos, agências de regulação e de empresas públicas terão viaturas para o uso em serviço durante o horário de expediente do serviço. Durante os fins de semana e feriados as viaturas poderão ser utilizadas com condutores", explicou.

"Isto permite-nos fazer uma maior racionalização do uso das viaturas e uma distinção muito clara entre aquilo que é uso pessoal e que é muito restrito para entidades que são órgãos de soberania e aquilo que são usos para fins de serviço, que só podem ser realizados em determinadas condições que de facto obedeçam ao requisito do serviço", acrescentou o chefe do Governo.

Ulisses Correia e Silva garantiu que "haverá fiscalização" das novas regras: "A grande vantagem é que as regras, agora muito mais claras, são muito mais vinculativas. E faz uma diferenciação muito clara que permite com que haja também uma fiscalização mais efetiva".

Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do PIB do arquipélago - desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19.

Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística. Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo cabo-verdiano baixou em junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, entretanto, voltou a rever, agora para mais de 8%.

"Em 2023, o Governo aprovará uma nova lei de estrutura orientada para a racionalização e eficiência da administração pública. A transformação digital da administração pública irá aumentar o nível de serviços 'online', a interoperabilidade entre os serviços, a transparência e a interação com os utentes e os cidadãos", anunciou ainda.

Ulisses Correia e Silva acrescentou que a lei do Orçamento de Estado para 2023 -- aprovada na madrugada de sábado apenas com os votos a favor do Movimento para a Democracia (MpD, maioria) -- "define e restringe as entidades que podem viajar em classe executiva", o que não estava previsto na versão inicial do documento, que só admitia viagens em classe económica.

"Para viagens em avião de duração inferior a quatro horas e meia, com exceção do Presidente da República, do primeiro-ministro e do presidente da Assembleia Nacional, as viagens são em classe económica", disse igualmente.

A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2023 está avaliada em 77,9 mil milhões de escudos (712 milhões de euros), inclui o aumento dos salários mais baixos da Administração Pública e prevê um crescimento económico de 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano e uma inflação inferior a 4%, contra os mais de 8% esperados para este ano.

"O crescimento económico e as políticas ativas de emprego, através da formação profissional, estágios profissionais e empreendedorismo, vão criar seguramente mais e melhores condições de emprego e de rendimento, e particularmente dirigidos aos jovens. As empresas podem continuar a contar com o Governo. Juntos, passamos por momentos muito difíceis", afirmou o primeiro-ministro, na mesma mensagem.

"Apoios à recuperação das empresas, estímulos e incentivos fiscais e financeiros ao investimento, ecossistema de financiamento mais robusto e melhoria do ambiente de negócios continuam e vão ser reforçados em 2023. Um novo acordo estratégico de médio prazo com os parceiros sociais, estamos a falar de entidades patronais e sindicatos, será celebrado em sede do Conselho de Concertação Social", acrescentou.

Ulisses Correia e Silva defendeu que Cabo Verde precisa de um "tecido empresarial mais dinâmico, com atitude empreendedora, qualidade de gestão e capacidade de inovação" e que "do lado do Governo, todos os ministérios vão orientar-se para os objetivos de melhoria do ambiente, de negócios e de condições para o fomento do investimento privado, com uma atitude mais proativa, mais eficiência e maior efetividade" em 2023.

"O momento é de reforçar a confiança no país. Cabo Verde é um país com uma boa reputação internacional", sublinhou.

União Africana - Chefes de Estado e de Governo aprovaram Relatório do BAD sobre Industrialização de África

Bissau, 28 nov 22 (ANG) - Os Chefes de Estado e de Governo da União Africana presentes em Niamey(Niger) no dia 24 do corrente mês, analisaram e aprovaram com algumas emendas o Relatório do Banco Africano de Desenvolvimento(BAD) e de parceiros sobre a Industrialização de África.

Segundo a página oficial da Presidência da República no facebook,  37 países africanos se industrializaram na última década, e os países com melhor desempenho não são necessariamente aqueles com as maiores economias, mas sim, os que geram um elevado valor acrescentado de produção per capita.

“Trinta e sete dos 52 países africanos tornaram-se mais industrializados nos últimos onze anos, de acordo com um relatório recentemente divulgado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, a União Africana e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO)”, refere a página.

O relatório do Índice de Industrialização de África (AII) fornece uma avaliação a nível nacional dos progressos de 52 países africanos através de 19 indicadores-chave.

O relatório permitirá aos Governos africanos  identificar países comparáveis para aferir o seu próprio desempenho industrial e identificar as melhores práticas de forma mais eficaz.

O Banco Africano de Desenvolvimento, a União Africana e a UNIDO lançaram conjuntamente a edição inaugural do AII à margem da Cimeira da União Africana sobre Industrialização e Diversificação Económica, em Niamey, no Níger.

 A Cimeira Extraordinária da União Africana sobre Industrialização e Diversificação Económica e a Sessão Extraordinária da organização sobre a Área de Comércio Livre Continental que decorreu em Niamey, Níger, entre os dias 24 e 25 de novembro de 2022, foi dedicado ao tema: "Industrialização da África: Compromisso Renovado para a Industrialização Inclusiva e Sustentável e a Diversificação Económica".

ANG/LPG/ÂC//SG

Sublevação militar - Presidente da República condena tentativa de golpe de Estado em São Tomé e Príncipe

Bissau, 28 Nov 22 (ANG) - O Presidente da República e igualmente Presidente em exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, condena a tentativa de golpe de Estado ocorrida no dia 25 de Novembro do ano em curso em São Tomé e Príncipe.

A informação consta numa nota de condenação e de solidariedade, da Presidência da República feita no dia 25 de Novembro de 2022, à que a ANG teve acesso hoje, e enviada  as instituições da República de São Tomé e Príncipe, na qual o chefe de Estado guineense considerou inadmissível e inaceitável qualquer tipo de acção que ponha em causa o Estado de Direito Democrático.

Segundo a nota, Umaro Sissoco Embaló declarou na nota a sua  total solidariedade ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro e ao seu Governo , bem como ao povo irmão de São Tomé e Príncipe.

O chefe de Estado guineense disse sedejar  que as instituições democraticamente eleitas se mantenham coesas, unidas e determinadas em prol do desenvolvimento e bem-estar dos são-tomenses.

Úmaro Sissoco Embaló ainda exaltou o posicionamento republicano assumido pelas Forças Armadas e policiais de S. Tomé e Príncipe e exorta-os a prosseguirem e a reforçarem cada vez mais essa postura constitucional.

Na madrugada de sexta-feira, quatro homens atacaram o quartel das Forças Armadas, na capital são-tomense, num assalto que se prolongou por quase seis horas, com intensas trocas de tiros e explosões, e em que fizeram refém o oficial de dia, que ficou ferido com gravidade devido a agressões, dos quatro atacantes, três morreram, bem como o suspeito Arlécio Costa.

O ataque foi neutralizado pelas 06:00 locais  da sexta-feira, com a detenção dos quatro assaltantes e de alguns militares suspeitos de envolvimento na ação.

Foram também detidos pelos militares o antigo presidente da Assembleia Nacional Delfim Neves (que concluiu igualmente o mandato este mês) e Arlécio Costa, antigo oficial do 'batalhão Búfalo' que foi condenado em 2009 por uma tentativa de golpe de Estado, alegadamente identificados pelos atacantes como mandantes. 

ANG/MI/ÂC//SG

A delegação dos Emirados Árabes Unidos está em missão de prospeção económica para futuros investimentos na Guiné-Bissau. O Ministro da Economia, Plano e Integração Regional, José Casimiro Varela destaca setores prioritários da missão.

 Radio Voz Do Povo

Guiné-Bissau: Manifestação em Bissau contra a Violência dos homens

A sociedade guineense está confrontada com atos violentos práticados pelas mulheres contra os homens. A manifestação visa travar este novo comportamento que deixou todos surpresos e indignados.

 Radio Voz Do Povo 

CABO VERDE: Na praia de Moiá-Moiá, a areia branca está praticamente coberta de algas, empurradas pelas correntes da baía cabo-verdiana onde investigadores descobriram um campo de corais de cerca de 1.000 metros quadrados que precisa ser preservado.

© Lusa

POR LUSA  28/11/22 

 Cabo Verde. Investigadores descobrem campo de corais e pedem preservação

Na praia de Moiá-Moiá, a areia branca está praticamente coberta de algas, empurradas pelas correntes da baía cabo-verdiana onde investigadores descobriram um campo de corais de cerca de 1.000 metros quadrados que precisa ser preservado.

"A zona é particularmente rica em corais e outros elementos de biodiversidade por causa do constante fluxo de água. Aqui as correntes costumam ser muito fortes e sempre renovam as águas, trazendo peixes e eliminando uma eventual poluição", descreve à Lusa Wlodzimierz Szymaniak, polaco residente há muitos anos em Cabo Verde e que mergulhou até às profundezas da baía de Moiá-Moiá, no concelho de São Domingos, na parte oriental da ilha de Santiago, para descobrir o campo de coral duro.

Uma monitorização feita durante meses em parceria com a Associação Cabo-verdiana de Ecoturismo (ECOCV), que considerou que esta foi uma das "descobertas mais notáveis" deste ano, estimando que o campo tem aproximadamente uma área de até 1000 metros quadrados.

"Aqui foi uma boa surpresa porque mergulhando, pesquisando sobre as ervas marinhas, descobrimos uma zona muito grande dos corais pétreos, com nome científico 'Sidastrea radians'", precisou Edita Magileviciute, bióloga marinha e vice-presidente da ECOCV.

Szymaniak, que é reitor da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde e um dos maiores entusiastas e praticantes do mergulho nas costas do arquipélago, disse que a descoberta só foi possível depois de muito trabalho de preparação e de pesquisa.

"Neste caso, eu descobri a baía de Moiá-Moiá através dos livros antigos, por exemplo, os livros do Cristiano de Sena Barcelos", explica, em entrevista no local, que a norte tem a igreja de Alcatraz e mais a sul o farol da Ponta Leste, do século XIX.

"Atualmente esta zona é quase completamente esquecida e degradada pela apanha ilegal de areia, mas antigamente foi bem descrita nos livros de navegação e mencionada nos mapas, por ser extremamente perigosa para os navios", diz, apontando o Pentalina B, que encalhou nessa baía em junho de 2014, e cujo casco ainda se encontra no local.

O nome Moiá-Moiá, segundo o investigador, vem do português 'molhado', lembrando que quando um navio naufragava no local, geralmente as populações nas imediações, atualmente de cerca de duas centenas, mostravam-se pouco solidárias e pilhavam a carga.

"Muitas vezes era o milho, cereais, que, molhados, tinham de ser vendidos a preços muito convidativos porque estragavam muito facilmente, daí surgiu a palavra crioula 'moiá', que significa preço baixo e o nome da baía e da aldeia", explica Wlodzimierz Szymaniak.

Funcionando como o 'barómetro' da poluição e importante para salvaguardar o equilíbrio biológico, o professor universitário aponta para o "autêntico tapete" de corais de Moiá-Moiá, zona onde também descobriu muitos vestígios arqueológicos subaquáticos, nomeadamente âncoras antigas e canhões dos séculos XVI e XVII.

"É uma zona muito rica cultural e biologicamente, e que merece mais atenção de todos nós", pede, garantindo que vai continuar a mergulhar no local, para descobrir as "muitas surpresas" em Cabo Verde.

Um trabalho sempre em parceria com a ECOCV, que desde 2015 tem um plano de gestão e conversão de corais em Cabo Verde, mas que precisa de ser posto em prática.

"Por isso, o segundo passo é fazer mais investigação, identificar a gravidade dos impactos, como poluição e extração de areia na zona costeira, o impacto destas algas e fazer um mapeamento específico destes corais e outras espécies associadas", indicou Edita Magileviciut, considerando que a baía é muito importante para a biodiversidade dos corais no arquipélago cabo-verdiano.

Tal como existe nas ilhas de São Vicente e Boa Vista, a bióloga marinha não descarta a hipótese de ter uma enseada de corais em Moiá-Moiá, mas vai alertando para as muitas ameaças a essas espécies, com poluição de todo o tipo, desde sacos e garrafas de plástico, redes de pesca, mas também a apanha ilegal da areia, que está a descaraterizar o local.

"Este habitat é muito sensível, pelo que temos de fazer mais investigação, educar as populações, sensibilizar, aumentar atividades de conservação. Porque senão vamos perder sem descobrir", avisa a membro da ECOCV, criada em 2015 por um grupo de profissionais de diversas áreas para conservar o meio ambiente em Cabo Verde.

O mais importante, segundo a investigadora, é que estes corais "são mais ou menos saudáveis", mas nesta época as algas 'sargassum' reproduzem-se muito, cobrem a superfície do mar, impedindo a penetração da luz na água, provocando a morte dessas espécies.

"A mensagem muito importante é que todas as espécies, no mar, tal como na terra, estão ligados, se perdermos os corais, perdemos as nossas costas, perdemos áreas de reprodução de peixes de importância comercial, peixes endémicos, e tudo isso. Portanto, protegendo uma espécie de corais, protegemos o ecossistema", insiste a bióloga.

CHINA: Jornalista da BBC "espancado" pela polícia ao cobrir protestos em Xangai

© Twitter

POR LUSA  28/11/22 

Um jornalista da BBC foi "espancado e pontapeado pela polícia", antes de ser detido, em Xangai, no domingo, enquanto cobria um dos protestos contra medidas de prevenção da covid-19 impostas na China.

A emissora pública britânica, através de um porta-voz, mostrou-se "muito preocupada" ao confirmar que o repórter de imagem Edward Lawrence "foi atacado" em Xangai no domingo, como demonstram imagens partilhadas nas redes sociais, nas quais se vê agentes da policia a arrastarem o jornalista algemado pelo chão.

"É muito preocupante que um dos nossos jornalistas tenha sido atacado desta maneira no desempenho das suas funções", acrescentou o porta-voz, em declarações à estação de rádio britânica LBC, citadas pela agência de notícias Europa Press.

A BBC criticou o facto de não ter recebido nenhuma explicação oficial nem um pedido de desculpas por parte das autoridades, "além de uma declaração de que ele teria sido detido para seu próprio bem, caso fosse contagiado com o coronavírus no meio da multidão".

"Não consideramos uma explicação credível", afirmou o porta-voz da BBC.

Edward Lawrence, que trabalha na delegação da BBC em Pequim, viajou para Xangai para cobrir os protestos dos últimos dias.

As medidas de prevenção epidémica da China são as mais restritivas do mundo, ao abrigo da política de 'zero casos' de covid-19. A estratégia inclui o isolamento de todos os casos positivos e contactos próximos, o bloqueio de bairros ou cidades inteiras e a realização constante de testes em massa.

Nos últimos dias, manifestações contra as restrições espalharam-se por grandes cidades da China como Pequim, Xangai e Nanjing.

Os protestos intensificaram-se na quinta-feira, após a morte de dez pessoas num incêndio num edifício alvo de confinamento em Urumqi.

De acordo com o jornalista agredido, em publicações partilhadas na sua conta no Twitter, a polícia bloqueou estradas e não deixava passar as pessoas, depois de a multidão ter aumentado.

"Vi a polícia a deter três pessoas, duas das quais confrontaram os agentes. Há uma tensão silenciosa até alguém gritar, depois a multidão canta e aplaude em sinal de apoio", explicou, depois de assinalar que os protestos eram pacíficos e com grande controlo policial.

A capital chinesa, que tem estado especialmente protegida contra surtos desde 2020, está agora a experimentar os níveis mais elevados de contágio: de acordo com o último relatório oficial, mais de 4.300 novos casos foram detetados no sábado, 82% dos quais assintomáticos.

Estes números, baixos pelos padrões internacionais, mas intoleráveis para as autoridades chinesas, resultaram em restrições e confinamentos que afetam uma grande parte da população da capital.

De acordo com dados da Comissão Nacional de Saúde, a China bateu no sábado o número recorde de infeções, detetando quase 40.000 novos casos, embora mais de 90% se tratem de casos assintomáticos.

Os números oficiais mostram que cerca de 1,8 milhões de pessoas estão atualmente sob quarentena, uma vez que a diretriz é transferir os casos - incluindo assintomáticos - e também, mas separadamente, aqueles que tiveram em contacto com os infetados, para hospitais ou centros de isolamento.


domingo, 27 de novembro de 2022

O Presidente da República Federal da Nigéria, General Muhammadu Buhari num jantar privado com o seu homólogo guineense, o General Umaro Sissoco Embalo, Presidente da República da Guiné-Bissau e Presidente da Autoridade dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que decorreu no State House, sua residência oficial em Abuja/Nigéria.

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Covid-19. Anthony Fauci acusa China de falta de transparência

© Lusa

POR LUSA  27/11/22 

O epidemiologista chefe dos Estados Unidos, Anthony Fauci, defendeu hoje que faltou transparência e uma maior proteção da população mais vulnerável na estratégia do governo chinês de combate à pandemia de Covid-19.

"Em tudo o que enfrentámos nas últimas décadas, seja a gripe das aves ou o SARS original em 2002, mesmo quando não há nada a esconder, eles atuam de forma suspeita e não transparente", afirmou Anthony Fauci em declarações ao canal de televisão norte-americano NBC, citado pela agência EFE.

O epidemiologista, que abandonará o cargo em dezembro, considerou que tal pode acontecer por o governo chinês não querer ser visto como culpado. "Não tens culpa se algo acontecer no teu país, mas averiguemos o que aconteceu para podermos ser transparentes a esse respeito e evitar que aconteça no futuro", afirmou.

Anthony Fauci, rosto dos Estados Unidos no combate à pandemia de Covid-19, considerou ainda que os confinamentos na China têm sido particularmente severos, sem deixar claro à população qual a meta traçada.

"O objetivo final era que toda a gente fosse vacinada. Então podes compreender os confinamentos temporários [como os do início da pandemia]. Mas eles entraram em confinamentos prolongados, sem nenhum ganho aparente, o que não faz sentido do ponto de vista da saúde pública", disse.

As medidas de prevenção epidémica da China são as mais restritivas do mundo, ao abrigo da política de 'zero casos' de Covid-19. A estratégia inclui o isolamento de todos os casos positivos e contactos próximos, o bloqueio de bairros ou cidades inteiras e a realização constante de testes em massa.

Nos últimos dias, manifestações contra as restrições espalharam-se por grandes cidades da China como Pequim, Xangai e Nanjing.

Os protestos intensificaram-se na quinta-feira, após a morte de dez pessoas num incêndio num edifício alvo de confinamento em Urumqi.

A capital chinesa, que tem estado especialmente protegida contra surtos desde 2020, está agora a experimentar os níveis mais elevados de contágio: de acordo com o último relatório oficial, mais de 4.300 novos casos foram detetados no sábado, 82% dos quais assintomáticos.

Estes números, baixos pelos padrões internacionais, mas intoleráveis para as autoridades chinesas, resultaram em restrições e confinamentos que afetam uma grande parte da população da capital.

De acordo com dados da Comissão Nacional de Saúde, a China bateu no sábado o número recorde de infeções, detetando quase 40.000 novos casos, embora mais de 90% se tratem de casos assintomáticos.

Os números oficiais mostram que cerca de 1,8 milhões de pessoas estão atualmente sob quarentena, uma vez que a diretriz é transferir os casos - incluindo assintomáticos - e também, mas separadamente, aqueles que tiveram em contacto com os infetados, para hospitais ou centros de isolamento.

VOLODYMYR ZELENSKY: "Faremos tudo para responsabilizar a Rússia pela guerra, pelo terror"... O presidente ucraniano disse ainda saber que "os terroristas [russos] estão a preparar novos ataques" e que, "enquanto tiverem mísseis, infelizmente, não vão parar".

© Presidência da Ucrânia

Notícias ao Minuto  27/11/22

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, frisou, este domingo, que o país fará “tudo para responsabilizar a Rússia” pela guerra, iniciada em fevereiro. 

“Estamos a fazer e faremos todo o possível para fortalecer a nossa defesa. Estamos a fazer e faremos tudo para responsabilizar a Rússia por esta guerra, por este terror”, afirmou o chefe de Estado na sua comunicação diária ao país, acrescentando que “para alcançar estes resultados, haverá novos e importantes passos na próxima semana”.

Zelensky sublinhou que “mais uma semana de guerra em grande escala” chegou ao fim e que, “após o ataque terrorista maciço” às infraestruturas de energia, a produção e o fornecimento de eletricidade tem sido restaurado “dia após dia”.

“A partir de hoje, na maioria das regiões do país, só estão em vigor calendários de estabilização de cortes de energia. A situação está sob controlo graças aos trabalhadores da energia”, afirmou o presidente, que quis agradecer “aos milhares de pessoas que trabalham 24 horas por dia” para restaurar “a luz, a água, o calor e as comunicações”. 

“A unidade ucraniana demonstra uma e outra vez a sua força, demonstra a nossa eficácia”, considerou.

O presidente ucraniano disse ainda saber que “os terroristas [russos] estão a preparar novos ataques” e que, “enquanto tiverem mísseis, infelizmente, não vão parar”. “A próxima semana pode ser tão dura como a que passa. As nossas Forças de Defesa estão a preparar-se. O Estado inteiro está a preparar-se. Trabalhamos todos os cenários, inclusive com os nossos parceiros”, afirmou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

COVID-19: 'Zero casos'. Imagens mostram manifestantes em embaixadas de Pequim

© Reprodução @ewong/ Twitter

POR LUSA   27/11/22 

Cerca de mil pessoas protestaram, este domingo, junto à zona das embaixadas em Pequim, contra as restritivas medidas de prevenção contra a Covid-19 vigentes na China, enquanto alguns manifestantes criticaram diretamente a governação do Partido Comunista Chinês.

"Não queremos mais bloqueios, queremos ser livres", gritaram os manifestantes, condenando ainda a realização quase diária de testes PCR em massa, no âmbito da estratégia de 'zero casos' de Covid-19 imposta pelo Governo chinês.

Os protestos ocorreram em Liangmaqiao, junto da zona das embaixadas e do terceiro anel, uma das circunvalações de Pequim.

A maioria dos manifestantes era constituída por jovens, que exibiam folhas de papel em branco, numa crítica implícita à censura exercida pelo regime chinês, que apaga das redes sociais comentários críticos e vídeos e fotografias suscetíveis de denegrir a sua imagem.

As palavras de ordem foram sobretudo dirigidas à estratégia chinesa de 'zero casos' de Covid-19, que inclui o bloqueio de bairros e cidades inteiras, por vezes ao longo de meses, e a realização constante de testes PCR em massa.

No entanto, a agência Lusa testemunhou também críticas diretas ao Partido Comunista (PCC), partido único do poder na China, desde a fundação da República Popular, em 1949.

Sob a presidência do atual líder chinês, Xi Jinping, o PCC assumiu, nos últimos anos, um controlo quase absoluto sobre a sociedade, ensino ou produções artísticas da China. Xi obteve, no mês passado, um terceiro mandato, cimentando o seu estatuto como um dos líderes mais fortes na História moderna da China.

"A China é um país e não um partido", lançou uma manifestante. "A China pertence ao seu povo, e não a eles", atirou outro, erguido em cima de um muro, com o punho no ar, arrancando aplausos dos manifestantes.

Os protestos começaram com uma vigília com velas e flores, organizada em memória das vítimas do incêndio na cidade de Urumqi, que resultou em dez mortos. Os manifestantes começaram, a seguir, a marchar pelas ruas circundantes, tendo sido circundados mais tarde por centenas de agentes da polícia.

Não houve registos de confrontos entre manifestantes e membros das forças de segurança.

Imagens difundidas nas redes sociais do incêndio em Urumqi mostram que o camião dos bombeiros não conseguiu entrar inicialmente no bairro, já que o portão de acesso estava trancado, e que os moradores também não conseguiram escapar do prédio, cuja porta estava bloqueada, em resultado das medidas de prevenção epidémica.

Ao abrigo da política de 'zero casos' de Covid-19, a China impõe o bloqueio de bairros ou cidades inteiras, a realização constante de testes em massa e o isolamento de todos os casos positivos e respetivos contactos diretos em instalações designadas, muitas vezes em condições degradantes.

Os protestos em Pequim surgem após manifestações semelhantes em várias cidades do país, incluindo Xangai, Nanjing e Urumqi.

Em Urumqi, grupos de manifestantes cantaram "Aqueles de vós que se recusam a ser escravos, ergam-se" - um verso do hino nacional chinês -- e gritaram "queremos liberdade", apelando para o fim dos testes em massa e dos códigos QR, uma versão bidimensional do código de barras colocado na entrada de todos os edifícios, assim como nos transportes públicos ou táxis. O acesso a locais públicos ou residenciais depende da digitalização destes códigos com uma aplicação instalada no telemóvel.

Em Xangai, vários manifestantes lançaram palavras de ordem contra o Presidente chinês e o Partido Comunista: "Xi Jinping! Vai-te embora! PCC! Vai-te embora".

"Podemos finalmente ver que há sangue na guelra da juventude chinesa", comentou Song Mei, chinesa natural de Pequim, à Lusa. "Ainda há esperança para este país", atirou.

Veja as imagens junto à embaixada dos Estados Unidos acima.


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MYKHAILO PODOLYAK: Ataques a instalações de energia? "O fascismo do séc. XXI", acusa Ucrânia

© Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto  27/11/22 

Ataques são "sobre cirurgias interrompidas, diálises canceladas, ventiladores desligados, ambulâncias que não chegaram", considerou o conselheiro presidencial ucraniano.

O conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, afirmou, este domingo, que os ataques russos a instalações de energia “não são sobre a luz” e que não “afetam a linha da frente”, tratando-se “simplesmente do fascismo do século XXI”.

"Ataques russos sobre instalações energéticas - não são apenas sobre a luz. Mas sobre cirurgias interrompidas, diálises canceladas, ventiladores desligados, ambulâncias que não chegaram", começou por escrever na rede social Twitter.

E questionou: "Será que afetam a linha da frente? Não. Simplesmente o fascismo do século XXI - o terror das cidades civis aos aplausos da propaganda Z".

Em causa está uma onda de ataques de mísseis russos, a 23 de novembro, contra a infraestrutura energética, que obrigou as autoridades ucranianas a desligarem as centrais nucleares e a maioria das centrais térmicas e hidroelétricas da rede para evitar acidentes, o que fez mergulhar grande parte do país na escuridão.

A acusação surge um dia após o conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky ter referido na mesma rede social que a Rússia “tentou disfarçar os seus verdadeiros objetivos”, mas agora pretende a “destruição da Ucrânia como Estado e o assassínio em massa dos ucranianos como Nação”, sendo uma “manifestação do fascismo clássico do século XXI”.

"No início, a Federação Russa tentou disfarçar os seus verdadeiros objetivos, mas agora o Kremlin apenas fala num objetivo - a destruição da Ucrânia como Estado e o assassínio em massa dos ucranianos como Nação. A Rússia de Putin é pura manifestação do fascismo clássico do século XXI", asseverou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


Leia Também: Ucrânia tem "sinais" de que russos se "preparam" para deixar Zaporíjia

De visita à Guiné-Bissau, respondendo positivamente ao convite do coordenador Nacional do MADEM-G15, Sr.Braima Camará, a ONG-Batalha/ Portugal, em representação do Núcleo de Sporting clube-Batalha.

Pelas mãos do seu representante Amadeu Ceiça, fez uma oferta de equipamento completo do clube.

Henry Mané, candidato a deputado do círculo 27 do MADEM-G15, recebeu graciosamente este gesto de irmandade e FairPlay.

Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

Ucrânia tem "sinais" de que russos se "preparam" para deixar Zaporíjia

© Getty Images

Notícias ao Minuto  27/11/22 

Segundo o presidente da empresa estatal de energia nuclear da Ucrânia, há ainda "a impressão de que estão a fazer as malas e a roubar tudo o que podem".

O presidente da empresa estatal de energia nuclear da Ucrânia (Energoatom), Petro Kotin, afirmou, este domingo, que “há sinais” de que as tropas russas se preparam para abandonar a central nuclear de Zaporíjia, ocupada desde março.

"Durante as últimas semanas, recebemos efetivamente informações de que surgiram sinais de que [as tropas russas] possivelmente se estão a preparar para abandonar [a central]", disse o responsável, citado pela agência de notícias Reuters.

“Em primeiro lugar, há um número muito grande de notícias nos meios de comunicação social russos de que valeria a pena abandonar a [central] e talvez valesse a pena entregar o controlo à AIEA [Agência Internacional de Energia Atómica]", acrescentou.

Segundo Kotin, há ainda “a impressão de que estão a fazer as malas e a roubar tudo o que podem”. No entanto, “é demasiado cedo” para admitir que as tropas russas vão sair da central. “Não vemos isso agora, mas estão a preparar-se”, ressalvou.

Sublinhe-se que o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, anunciou, na sexta-feira, que a agência vai enviar uma missão de especialistas à central nuclear, na próxima semana, para verificar a segurança.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

| PRESIDENTE DA REPÚBLICA PROMETE CONVOCAR LÍDERES DE FORMAÇÕES POLÍTICAS PARA POSSÍVEIS SOLUÇÕES FACE A "CADUCIDADE" DA CNE

 Rádio Jovem Bissau

O Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, deslocou-se hoje à Nigéria, ABUJA, onde presidirá oficialmente à abertura formal da Segunda Sessão Ordinária do Parlamento da CEDEAO.

As promessas do chefe de Estado, foram registadas esta manhã no Aeroporto Internacional Osvaldo, momentos antes de deixar o país rumo à Abuja (capital nigeriana), onde vai presidir a Segunda Sessão Ordinária do Parlamento da CEDEAO.

Países "hostis" reduziram ao mínimo representação diplomática russa

© Reuters

POR LUSA  27/11/22 

O Governo da Rússia lamentou hoje que os países "hostis", principalmente da União Europeia (UE), tenham reduzido ao mínimo a presença diplomática russa, descrevendo a situação como "absurda".

"Temos apenas um ou dois diplomatas nalguns países", disse, citada pela agência noticiosa TASS, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, que sublinhou que não foi Moscovo quem começou a romper relações com esses países, que não nomeou.

Em maio, o Governo russo anunciou a expulsão de 34 diplomatas franceses em resposta ao que considerou uma decisão "provocadora e injustificada" de Paris de declarar 41 funcionários diplomáticos russos como 'persona non grata' em resposta à invasão da Ucrânia.

Em abril, a Alemanha tinha já feito o mesmo a 40 outros funcionários da embaixada e consulados russos, expulsando-os, depois, por "trabalharem todos os dias" contra a "coesão" da sociedade, segundo argumentou a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock.

Dois exemplos que mostram que a representação diplomática na Rússia foi reduzida nos últimos meses como resultado da invasão russa da Ucrânia, que foi condenada pela União Europeia e por grande parte da comunidade internacional.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com o envio de armamento para Kiev e a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Filhos de antigos combatentes portugueses na Guiné-Bissau em conferência de imprensa.

 Radio Voz Do Povo 

TECH SAÚDE MENTAL: Paz no trabalho? Empresa cria cápsulas portáteis para quem a procura... O responsável pela empresa diz que o serviço vende "privacidade".

© shutterstock

Notícias ao Minuto  27/11/22 

Um dos antigos responsáveis pela 'startup' WeWork China criou cápsulas portáteis para os trabalhadores. 

"Estamos a vender privacidade", explicou o responsável pela 'startup' Peace [paz], citado pelo TechCrunch, quando questionado sobre se poderia haver câmara dentro desta cápsula.

"Não temos planos para colocar câmaras lá dentro. Acho que é mais importante fazer com que os nossos clientes sintam que é um espaço privado a 100%. Ninguém pode ouvir o que eles estão a dizer.
E, claro, ninguém sabe o que eles estão a ver"
, continuou Domic Penazola.

De acordo com a TechCrunch, o lançamento foi feito na semana passada e a novidade já está em três centros comerciais em Xangai.

Segundo o responsável contou à publicação, o plano é que haja pelo menos mil cápsulas destas espalhadas pela cidade chinesa.

A empresa já tem sete meses e surgiu numa altura em que a 'política de zero casos' Covid-19 tem começado a motivar alguns protestos dado que, apesar do aumento de casos no país, a situação é vista como exagerada por alguns residentes e trabalhadores que veem o acesso ao trabalho ser cortado após a deteção de um caso no local de emprego.


974, o estádio de contêineres que será desmontado após a Copa... material poderá ser usado para construir estádios menores ou até mesmo um igual em outro lugar

Udé Fati Secretária de Estado da Cooperação Internacional, preside este sábado (26.11) encerramento da Conferência Internacional da Guiáspora Bissau-guineense enquanto Ator de Desenvolvimento.

Radio TV Bantaba

A maioria dos residentes de Kyiv voltou a ter acesso ao fornecimento de energia elétrica e a outros serviços básicos, assegurou hoje a administração militar da capital ucraniana.

© Reuters

POR LUSA  27/11/22 

 Maioria dos residentes de Kyiv volta a ter água e luz

A maioria dos residentes de Kyiv voltou a ter acesso ao fornecimento de energia elétrica e a outros serviços básicos, assegurou hoje a administração militar da capital ucraniana.

"Na capital, a eletricidade, a água, o aquecimento e as comunicações foram quase totalmente restabelecidos", informou a instituição através da respetiva conta na rede social Telegram.

"Tudo funciona normalmente. Só há poucas situações de emergência, que estão localizadas", informou a administração militar, referindo que as obras de reparação da rede estão na sua "fase final".

A notícia chega num dia em que é esperada a queda de neve em Kiev e que as temperaturas baixem até aos dois graus Celsius negativos durante o dia e cinco graus Celsius negativos à noite.

Em 23 deste mês, a onda de ataques russos à infraestrutura de energia ucraniana causou apagões generalizados em todo o país, já que a rede elétrica sofreu grandes danos e a maioria das centrais teve de ser desligada.

O abastecimento foi gradualmente restabelecido nos últimos dias, mas o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou na noite de sábado o apelo para que os cidadãos economizem energia.

Em 14 regiões do país ainda existem restrições, que atingem pelo menos 100 mil consumidores em cada uma delas, acrescentou Zelensky.

O abastecimento de energia elétrica também foi restabelecido na cidade de Kherson, no sul do país, que ficou sem serviços básicos após a retirada russa em 09 de novembro.

O chefe da administração militar regional, Yaroslav Yanushevich, anunciou no sábado que a principal estação de tratamento de esgotos e outras instalações já possuem eletricidade.

"A seguir, a eletricidade será gradualmente fornecida às áreas residenciais da cidade. Isso acontecerá nos próximos dias", assegurou.