sábado, 15 de outubro de 2022

A UPG - UNIÃO PATRIÓTICA GUINEENSE reúne o seu Conselho Nacional com vista a adaptar o Partido a NOVA REALIDADE POLÍTICA NACIONAL.

Durante a reunião que decorre em Bissau e no Royal Hotel o Conselho Político Nacional desta organização política vai decidir sobre a eventual integração conjunta da UPG nas fileiras dos Partidos R GB-MOVIMENTO BÂ-FATA ou MADEM-G15.

Neste momento 137 dos 150 Membros do Conselho Político Nacional da UPG  discutem a Moção Política de Orientação Nacional proposta pelo Presidium da UPG.

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Por: Rogerio Dias 

Primeiro-ministro reage a greve nos setores de Saúde e Educação.Nuno Gomes Nabiam reconhece os direitos dos trabalhadores e promete negociar.


Radio Voz Do Povo

CHINA: Muro de silêncio rodeia 20º Congresso do Partido Comunista Chinês

© Getty Images

Por LUSA  15/10/22 

Para observadores da política chinesa, o período que antecedeu o 20º Congresso do Partido Comunista, que arranca este fim de semana, destacou-se por ser o mais "silencioso de sempre", apesar da importância histórica do evento.

"Eu já achava a elite política da China bastante opaca, e isto foi antes de qualquer frincha de luz ter sido bloqueada", descreve à agência Lusa Scott Kennedy, Conselheiro para os Negócios e Economia da China, no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, um grupo de reflexão ('think tank') com sede em Washington. "Este é o congresso mais silencioso de sempre", observa.

A dificuldade é agravada pelo encerramento praticamente total das fronteiras da China desde março de 2020. Scott Kennedy é um dos raros pesquisadores estrangeiros que conseguiu visitar o país nos últimos dois anos e meio.

Isto contrasta com congressos anteriores, quando fações que disputavam entre si posições de poder vazavam informações comprometedoras sobre rivais para a imprensa estrangeira.

Em 2012, o período que antecedeu o XVIII Congresso do Partido Comunistav ficou marcado por escândalos sucessivos, que abalaram a elite política do país asiático.

O mais sonante foi o assassinato de um empresário britânico pela mulher de Bo Xilai, uma estrela política em ascensão e um dos principais rivais do actual líder chinês, Xi Jinping, que ascendeu ao poder nesse ano. Bo foi expulso do partido e condenado à prisão perpétua por corrupção.

Poucos dias antes do início do congresso, uma investigação do jornal norte-americano New York Times revelou também como a família do então primeiro-ministro chinês Wen Jiabao juntou uma fortuna avaliada em 2,7 mil milhões de dólares durante o seu mandato.

Mesmo durante o reinado de Mao Zedong (1949-1976), o fundador da República Popular da China, havia facções concorrentes, com altos quadros do Partido Comunista a serem frequentemente afastados, reabilitados e afastados novamente.

Após a sua morte, Deng Xiaoping, o arquiteto-chefe das reformas económicas que abriram a China ao mundo, nos anos 1980, procurou institucionalizar a sucessão do poder político, basear a tomada de decisão num processo de consulta coletiva, afastar o Partido Comunista de órgãos administrativos do Estado e descentralizar a autoridade pelas províncias e localidades.

Xi Jinping, que deve assegurar um terceiro mandato como secretário-geral do Partido Comunista durante o 20º Congresso, reverteu aquelas reformas ao centralizar o poder na sua figura e ao afastar rivais políticos e a dissidência interna.

"A opacidade é um reflexo do estreitar do 'circulo de confiança' na liderança da China" e da "centralização extrema de poder por Xi", aponta Christopher K. Johnson, presidente da consultora China Strategies Group e antigo analista de assuntos da China na agência de inteligência norte-americana (CIA), numa conversa com jornalistas estrangeiros colocados em Pequim, por videochamada.

"Quando havia uma governação coletiva, a informação circulava equitativamente entre os membros do Politburo", descreve. "Isto aumentava a possibilidade de ter acesso a fontes".

O analista, que, durante a sua carreira, acompanhou sete congressos do Partido Comunista, ao longo de 30 anos, observa que, hoje, mesmo quadros de nível ministerial têm acesso limitado a informação sobre a agenda política.

A reunião, que se realiza a cada cinco anos, serve sobretudo para reorganizar o Comité Central do Partido, o Politburo e o Comité Permanente do Politburo, a cúpula do poder na China.

Outro dos 'pratos fortes' do evento são as prioridades e linhas gerais para os próximos cinco anos. Isto é importante para detetar possíveis mudanças políticas, como, por exemplo, a posição de Pequim na questão de Taiwan ou o futuro da política de 'zero casos' de covid-19.

"No final, perceber quem sai e quem entra no Politburo deixou de ser tão relevante como era há dez ou quinze anos", argumenta Johnson. "Xi vai continuar a ser a única voz significativamente responsável pela direção política".


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FMI: Mais de 120 milhões em África correm risco de morrer à fome

© Shutterstock

Por LUSA  15/10/22 

O chefe de divisão no Departamento Africano do Fundo Monetário Internacional disse hoje que, desde 2019, cerca de 40 milhões de pessoas engrossaram o número de africanos que podem morrer de fome, para um total de 123 milhões.

"A insegurança alimentar é muito preocupante, o número de pessoas em severa insegurança alimentar subiu para 123 milhões; há muitos conceitos sobre má nutrição, insegurança alimentar extrema, mas o que isto significa é que correm risco de vida, há famílias a morrer porque não têm comida suficiente, e o número aumentou massivamente nos últimos três anos, uma em cada três destas pessoas entrou nesta situação desde 2019", disse Luc Eyraud.

Em entrevista à Lusa no âmbito da divulgação do relatório sobre as perspetivas económicas para a região da África subsaariana, o diretor de divisão responsável pela produção do documento afirmou que há muitas razões para a degradação das condições alimentares de boa parte dos países em África, mas salientou as perturbações na cadeia de abastecimento e o aumento de preços, além do impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia e da evolução cambial das moedas africanas.

"Como os preços são em dólares, a inflação sente-se mais nestes países, e as alterações climáticas criaram a maior seca dos últimos 40 anos no Corno de África, por isso juntando todos estes fatores, ficamos com uma preocupação enorme", afirmou o responsável, falando à Lusa através de videoconferência a partir de Washington, onde decorrem os Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial.

Questionado sobre o que podem os países africanos fazer para contrariar a situação, Luc Eyraud disse que, a curto prazo, as transferências de capital para as famílias são fundamentais, mas salientou que a ajuda não pode ser permanente.

"O que aconselhamos a curto prazo é um sistema de transferências sociais bem estabelecido, como acontece em Portugal, mas em África é muito difícil fazer isto, não só pela falta de infraestruturas, mas também pelo peso do setor informal na economia, o que acaba por fazer com que toda a gente tenha subsídios e beneficie dos cortes de impostos sobre a energia e os alimentos", explicou.

"Temos de reconhecer que é legítimo usar estes mecanismos em situação de emergência, mas dadas as vulnerabilidades das finanças públicas, estas ajudas não podem ser permanentes, e esse é o maior desafio: ajudar, sim, mas reconhecer que as ajudas são muito caras e não são direcionadas especificamente para quem delas mais precisa", apontou.

A médio prazo, acrescentou, África precisa de "aumentar a produção alimentar, mas apostando em medidas e técnicas que sejam resilientes às alterações climáticas, por exemplo utilizando novos tipos de sementes".

Desde o início da pandemia de covid-19, no princípio de 2020, o FMI já canalizou cerca de 50 mil milhões de dólares (51,12 mil milhões de euros) para os países da África subsaariana, incluindo os 23 mil milhões de dólares (23,51 mil milhões de euros) em Direitos Especiais de Saque, e tem programas de assistência financeira em 22 dos 45 países da região.

Esta semana, o Fundo lançou a janela de financiamento contra choques, o Fundo de Resiliência e Sustentabilidade, que permitirá aumentar o capital disponível para os países em necessidades, calculado em função de um aumento de 50% sobre o valor que podem pedir emprestado ao FMI, que é atualmente 150% da quota de participação na instituição.

"É um montante decente de verbas que podem dar uma ajuda significativa", disse, salientando que o valor depende de país para país.

Para já, este novo fundo já está dotado de 20 mil milhões de dólares 820,4 mil milhões de euros), e tem já garantidos compromissos no valor de 37 mil milhões de dólares (37,8 mil milhões de euros), perto do objetivo de 45 mil milhões de dólares (46 mil milhões de euros) definido quando foi anunciado.


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