O DEMOCRATA 09/04/2024
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, advertiu esta terça-feira, 09 de abril de 2024, que uma boa campanha de comercialização da castanha de cajú é essencial para todas as famílias guineenses e para os comerciantes e exportadores, como também é muito importante para a arrecadação de receitas do Estado, alertando que isso não pode falhar.
O chefe de Estado guineense falava na cerimónia de tomada de posse dos corpos sociais da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS), realizada numa das unidades hoteleiras de Bissau, na qual disse que é preciso reconhecer que CCIAS é uma parceria que tem contribuído muito para melhorar a eficiência da economia de mercado, revelando, assim, a sua importante utilidade social.
Assegurou que a conjuntura económica e financeira internacional continua muito desfavorável aos países mais vulneráveis, por causa das consequências económicas e financeiras da guerra na Ucrânia e da Guerra na Faixa de Gaza que não têm ajudado.
Embaló informou que os países como a Guiné-Bissau continuam a ter de importar a inflação por via dos preços elevados da energia, dos alimentos e dos transportes, situação que agrava o custo de vida dos guineenses e dificulta mais ainda a luta que está ser travada contra a pobreza. Acrescentou que a Câmara é uma instituição parceira do governo da Guiné-Bissau e aquela parceria responsável, só se faz na base da concertação social com o executivo.
Por seu lado, o ministro do Comercio e Industria, Orlando Mendes Veigas, assegurou que a presente campanha de comercialização de cajú com o lema “tolerância zero a contrabando” exige a participação de todos para melhorar e lograr um resultado satisfatório, sendo assim conta como sector privado como parceiro privilegiado do Ministério do Comercio e Industria, quer para mobilização de fundos, obtenção de contratos e consequente exportação da castanha.
O governante lançou um desafio ao setor privado para apostar na transformação ou processamento local da castanha de cajú, o que criaria mais benefícios económicos e fiscais para o país. Orlando Mendes Veigas disse que a CCIAS tem um papel importantíssimo na cadeia de produção, comercialização, transformação e distribuição do mesmo produto, criando emprego e fazendo do cajú o produto do maior valor acrescentado na potencialidade da Guiné-Bissau.
Para o presidente da Câmara do Comercio, Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Mama Samba Embaló, há uma necessidade imperativa de cada empresa ativa estar filhada na Câmara do Comercio, Industria, Agricultura e Serviços para gradualmente satisfazer os propósitos dos associados e empresários de uma forma geral.
“As preocupações são muitas no setor privado, mas de momento a ordem de prioridade recai sobre o relançamento da economia, após a crise pandémica de Covid-19, uma parceria pública e privada com o governo, a sobrevivência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho, promoção e transformação dos produtos locais, em particular a castanha de cajú, uma integração regional e continental efetiva face aos desafios do momento”, disse.
Salienta-se que a Assembleia Geral da CCIAS foi realizada no passado 27 de mês de janeiro do ano em curso no qual concorreram três candidatos nomeadamente, Mama Samba Embaló que arrecadou 267 votos, correspondente 57 por cento, Ibraima Djaló com 104 votos, correspondente 22 por cento e terceiro candidato António Barbosa com 8 correspondente 1,71 por cento votos no universo de 467 delegados.
Por: Aguinaldo Ampa
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