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JORNAL ODEMOCRATA 29/07/2022
A ministra da Educação Nacional, Martina Moreira Moniz, disse esta sexta-feira, 29 de julho de 2022, que o ano letivo 2021/2022 foi concluído, a nível nacional, com “muitas dificuldades”, particularmente no concernente ao pagamento de salários.
Martina Moniz disse esperar que o próximo ano letivo comece com menos sobressaltos, porque “o governo irá honrar seus compromissos”, contudo, reconheceu que os transtornos vividos no setor só podem ser melhorados com “adoção e apropriação de uma dinâmica de parcerias com diferentes atores”.
A ministra falava na cerimónia do encerramento do ano lectivo 2021/2022 sob o lema “estabilidade e sucesso do sistema educativo face à pandemia de Covid-19”. O ato decorreu na Escola Nacional de Administração (ENA) e foi presidido pelo vice-Primeiro Ministro, Soares Sambú.
Moniz revelou que os últimos estudos feitos sobre situações ligadas à educação concluíram que a setores da educação e do ensino não estão de boa saúde, razão pela qual afirmou que é urgente melhorar a governança e a gestão do sistema educativo, particularmente o reforço dos recursos alocados, a formação e capacitação das competências nacionais, a melhoria das infraestruturas, o monitoramento e avaliação, como também a necessidade de ser imprimida maior rigor na seleção do pessoal docente.
Na sua comunicação, o Presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), Domingos Carvalho, disse que o ano escolar foi terminado com “falhas do governo” em honrar compromissos que assumiu com os parceiros sociais, tendo exigido ao executivo que assuma os desafios e suas obrigações, como forma de participar na “refundação e reconstrução do sistema nacional educativo”.
O sindicalista recomendou ao governo que seja atribuído ao Ministério da Educação Nacional 20% do Orçamento Geral do Estado, porque “o ensino de qualidade e inclusivo exige um investimento sério no capital humano e infraestruturas escolares adequadas”.
O Presidente da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB), Bacar Darame, lamentou que o ano letivo tenha terminado com a fraca participação dos alunos.
“Não tivemos paralisações frequentes, mas ainda reina o clima de desconfiança, tendo em conta a fraca presença dos alunos”, disse.
Por: Epifânia Mendonça
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