sábado, 22 de fevereiro de 2014
Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, promete "tolerância zero" a fraudes eleitorais
O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, prometeu hoje "tolerância zero" à fraude nas próximas eleições gerais.
O general falava aos jornalistas momentos após o encerramento de uma reunião de chefes militares de 14 países da África Ocidental, reunidos em Bissau desde segunda-feira.
"A fraude não poderá ter lugar. A segurança das próximas eleições será total. Serão eleições transparentes. Seremos duros contra a fraude. Vamos vedar todos os locais para que não haja fraude", declarou Indjai.
Segundo referiu, os militares estarão vigilantes em relação a quem perturbe a ordem pública.
O líder militar guineense foi saudado pelos seus pares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que lhe recomendarem medidas de segurança em relação às próximas eleições.
O chefe das Forças Armadas guineenses afirmou que vai tomar medidas em colaboração com os soldados da ECOMIB (contingente militar da CEDEAO instalado na Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de 2012) no sentido de tranquilizar o país.
António Indjai prometeu ainda garantir segurança a todos os candidatos concorrentes às eleições, marcadas para 16 de março, mas que os partidos políticos e o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, admitem sejam adiadas.
Entretanto, o presidente do comité de chefes de Estado-Maior de Forças Armadas da CEDEAO, o general Soumaila Bakayoko, da Costa do Marfim, afirmou no discurso de encerramento da 33.ª reunião que tudo indica que as eleições serão realizadas no dia 13 de abril.
Analisando a situação política na Guiné-Bissau, os chefes militares da CEDEAO concluíram que "o ambiente é calmo" e que as eleições estão a ser preparadas "com serenidade" para que venham a ter lugar a 13 de abril, disse Soumaila Bakayoko.
Os responsáveis militares da CEDEAO enalteceram igualmente o nível de cooperação existente entre as Forças Armadas da Guiné-Bissau e o contingente da ECOMIB (cerca de 750 militares e polícias), destacando as disposições elaboradas para assegurar o bom desenrolar das eleições.
Enfatizaram também as ações em curso no âmbito da reforma das forças armadas guineenses, nomeadamente as obras de reparação das casernas levadas a cabo por soldados do Senegal integrados no contingente do ECOMIB.
Fonte: Lusa
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