domingo, 21 de setembro de 2025

Netanyahu avisa Ocidente: "Nenhum Estado palestiniano será criado"... O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que não haverá um Estado palestiniano, num vídeo dirigido aos líderes ocidentais, nomeadamente do Reino Unido, Canadá e Austrália, que reconheceram anteriormente esse Estado.

Por LUSA 

"Tenho uma mensagem clara para os líderes que reconhecem um Estado palestiniano após o massacre atroz de 07 de outubro: vocês estão a oferecer uma enorme recompensa ao terrorismo", disse Netanyahu na mensagem, em vídeo, divulgada pelo seu gabinete.

Tenho outra mensagem para vocês: isso não vai acontecer. Nenhum Estado palestiniano será criado a oeste do [rio] Jordão", acrescentou.

Benjamin Netanyahu afirmou ainda que o seu Governo vai expandir a colonização judaica na Cisjordânia ocupada, em resposta ao reconhecimento de um Estado palestiniano por parte de países ocidentais.

"Durante anos, impedi a criação desse Estado terrorista, apesar das enormes pressões, tanto dentro do país como internacionalmente", disse Netanyahu, referindo: "Fizemo-lo com determinação e sabedoria política".

"Duplicámos os colonatos judeus na Judeia e Samaria [como Israel designa a Cisjordânia] e continuaremos nesse caminho", acrescentou.

O primeiro-ministro israelita prometeu uma resposta na próxima semana.

"A resposta à última tentativa de nos impor um Estado terrorista no coração do nosso país será dada após o meu regresso dos Estados Unidos. Vamos esperar", advertiu.

Benjamin Netanyahu desloca-se aos Estados Unidos esta semana, para intervir na 80.ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, estando também previsto um encontro com o Presidente norte-americano e aliado, Donald Trump.

Na segunda-feira, véspera do arranque da Assembleia-Geral da ONU, França e Arábia Saudita promovem uma conferência de alto nível sobre a solução dos dois Estados, na qual Paris deverá formalizar o reconhecimento do Estado palestiniano.

Reino Unido, Canadá e Austrália anteciparam-se e deram já este passo, algo que Portugal deverá fazer hoje ao início da noite.

Segundo a presidência francesa, além de Paris, também Bélgica, Malta, Luxemburgo, Andorra e São Marino vão formalizar o reconhecimento durante a conferência, na segunda-feira.

Antes da mensagem do primeiro-ministro, o Governo israelita já tinha rejeitado "categoricamente a declaração unilateral de reconhecimento de um Estado palestiniano feita pelo Reino Unido e outros países", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Para Israel, esta decisão "não promove a paz" e "desestabiliza ainda mais a reunião".

Para o Governo israelita, esta declaração "mina as hipóteses de alcançar uma solução pacífica no futuro" e "recompensa" os assassinatos cometidos pelo grupo islamita palestiniano Hamas nos ataques em 07 de outubro de 2023.

"Esta medida vai contra qualquer lógica de negociação e de procura de um compromisso entre duas partes e vai afastar ainda mais a paz desejada", insistiu o MNE israelita na nota, que acusa a Autoridade Palestiniana, representante do Estado palestiniano na ONU, de não ter tomado "as medidas necessárias para combater o terrorismo".

"A Autoridade Palestiniana é parte do problema, não da solução", argumentou, lembrando que o Presidente norte-americano, Donald Trump, impediu a delegação palestiniana de entrar nos Estados Unidos para participar na semana de alto nível das Nações Unidas.

Numa outra mensagem publicada na rede social X, a diplomacia israelita condenou a decisão do Reino Unido de reconhecer o Estado da Palestina e descreveu a medida como uma "recompensa para o jihadista Hamas".

"O reconhecimento nada mais é do que uma recompensa para o Hamas, encorajado pela sua filial da Irmandade Muçulmana no Reino Unido", disse o ministério, também no X.

"Os próprios líderes do Hamas admitem abertamente: este reconhecimento é uma consequência direta, fruto do massacre de 07 de outubro (2023)", acrescentou o comunicado, instando Londres "a não deixar que a ideologia 'jihadista' dite as suas políticas".


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A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros israelita afirmou hoje que Telavive está "extremamente desapontada" com Portugal e outros países que se preparam para reconhecer o Estado Palestiniano, criticando "iniciativas unilaterais" que afastam as partes de um compromisso.


A Comissão Permanente do Movimento para Alternância Democrática, MADEM-G15, ala liderada por #Braima_Camará reúne-se este Domingo, 21.09). A reunião que conta a presença do Coordenador, #Braima_Camará é alargada as estruturas regionais e ssociopolíticas do partido.


O Coordenador Nacional do MADEM-G15, Braima Camará, presidiu hoje a abertura da reunião da Comissão Permanente, alargando as estruturas regionais do nosso partido.

Motivos para apoiar a reeleição do PR General Umaro Sissoco Embaló durante a posse do Diretor nacional de Campanha e do Mandatário do Candidato Umaro Sissoco Embalo às presidenciais-2025.

Eduardo Jorge Sanca, membro do Conselho da Jurisdição e Fiscalização do PAIGC, promove Conferência de Imprensa

 

"Criação de Estado palestiniano colocaria existência de Israel em risco"... O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje que a criação de um Estado palestiniano colocará em risco a existência de Israel e prometeu combater os apelos nesse sentido perante a Assembleia Geral da ONU

Por LUSA 

"Teremos de (...) lutar na ONU e em todos os outros fóruns contra a propaganda enganosa contra nós e contra os apelos à criação de um Estado palestiniano, que colocaria em risco a nossa existência e constituiria uma recompensa absurda ao terrorismo", afirmou.

A comunidade internacional ouvirá a nossa posição sobre este assunto nos próximos dias", disse Netanyahu antes de uma reunião do Conselho de Ministros, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Netanyahu deverá discursar perante a Assembleia Geral em Nova Iorque na sexta-feira, para divulgar a versão de Israel sobre o conflito com os palestinianos.

"É a verdade de Israel, mas também a verdade objetiva que supõe a nossa luta justa contra as forças do mal e a nossa visão de uma paz verdadeira", alegou, de acordo com declarações divulgadas pelo seu gabinete.

Depois da ONU, deverá reunir-se na segunda-feira seguinte, 29 de setembro, com o Presidente Donald Trump em Washington, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

"Esta será a quarta vez que me reunirei com ele desde o início do seu segundo mandato, mais do que com qualquer outro líder mundial. E temos muito sobre o que conversar", disse Netanyahu.

Israel tem em curso uma ofensiva militar de grande escala na Faixa de Gaza em resposta ao ataque que sofreu em outubro de 2023 do grupo extremista Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

O ataque do Hamas causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

Desde então, mais de 65 mil palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, onde Israel enfrenta acusações de genocídio e de usar a fome como arma de guerra.

Israel nega tais acusações, mesmo depois de a ONU ter declarado em agosto a fome no norte da Faixa de Gaza, situação que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.

A guerra em Gaza levou vários países a tentarem reavivar a solução dos dois Estados para o conflito israelo-palestiniano, que preconiza a coexistência pacífica de Israel e da Palestina.

Nesse sentido, Portugal vai oficializar hoje o reconhecimento do Estado da Palestina, o que deverá acontecer também com o Reino Unido, antes de uma dezena de países o fazerem durante a Assembleia Geral da ONU, a partir de segunda-feira.

Benjamin Netanyahu também se pronunciou hoje sobre a Síria e afirmou que há "alguns avanços" nas conversações com Damasco sobre um acordo em matéria de segurança.

"Estamos em conversações com os sírios, há alguns avanços, mas ainda há uma visão de futuro a alcançar", afirmou.

Netanyahu defendeu que o diálogo com Damasco só é possível graças às operações militares que Israel tem mantido nos últimos dois anos, desde o lançamento da ofensiva em Gaza.

As operações incluíram ações no Líbano e na própria Síria, onde ocupa a zona desmilitarizada em território sírio.

De acordo com o portal norte-americano Axios, Israel apresentou na terça-feira uma proposta sobre a situação de segurança no sudoeste da Síria, junto à fronteira comum.

Entre as exigências apresentadas por Israel estaria a criação de uma zona de exclusão aérea e de uma zona desmilitarizada na fronteira com a Síria, mantendo, no entanto, liberdade total para o dispositivo militar israelita, segundo o Axios.

Israel ocupou os Montes Golã, território sírio, durante a guerra de 1967 e anexou-os em 1981.

Desde 1974, a fronteira entre os dois países é separada, do lado sírio, por uma zona desmilitarizada controlada pela Força de Observação da ONU para a Separação (UNDOF, na sigla em inglês).


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O Reino Unido, Austrália e Canadá juntam-se, assim, a Portugal, que vai também hoje proceder ao reconhecimento oficial do Estado da Palestina, durante uma cerimónia que se realizará em Nova Iorque.


O Primeiro-Ministro e Coordenador Nacional do MADEM-G15, Braima Camará, já está na Sede Nacional do partido, onde vai presidir a uma reunião da Comissão Permanente, alargada às estruturas regionais do MADEM-G15.

Empossamento dos coordenadores de campanha para eleição da coligação Plataforma No Kumpu Guiné

FMI já emprestou quase 60 mil milhões a África desde 2020 (e não acabou)... O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que os países africanos vão precisar de ainda mais financiamento, apesar de a instituição já ter emprestado quase 70 mil milhões de dólares desde 2020 para ajudar estas economias.

© Lusa  21/09/2025

"Estamos a observar uma procura contínua dos países africanos pelo apoio do FMI, incluindo novos programas, prorrogações e aumentos [de financiamento], impulsionados por choques persistentes e pressões elevadas da dívida", afirmou um porta-voz do FMI em declarações à agência de informação financeira Bloomberg, nas quais apontou que o Fundo já financiou estas economias em quase 70 mil milhões de dólares (60 mil milhões de euros) desde a pandemia de covid-19. 

O FMI tem mais de 20 programas de ajustamento financeiro em África, incluindo nos lusófonos Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, estando também em negociações para recomeçar o programa de Moçambique, o que deixa de fora apenas Angola e a Guiné Equatorial, país que terminou em julho um programa de apoio técnico sem financiamento.

Países como o Maláui, Quénia ou Moçambique abandonaram os programas por não terem conseguido cumprir as metas, mas estão em negociações com o Fundo, enquanto o Uganda e o Senegal estão à procura de novos programas e a Zâmbia está a negociar um prolongamento de um ano do ajustamento em curso.

A dívida externa de África subiu para mais de 650 mil milhões de dólares (552 mil milhões de euros), e os custos do serviço da dívida atingiram quase 90 mil milhões de dólares (76,4 mil milhões de euros) em 2024, de acordo a Organização das Nações Unidas.

Estes elevados níveis de dívida permitem aos investidores estrangeiros impor uma taxa de juro mais alta nos empréstimos ou emissões de dívida feitas por estes países, o que originou uma aposta cada vez maior nos mercados internos de dívida, ao ponto de a falta de disponibilidade financeira dos bancos para apoiar as empresas locais se ter tornado uma preocupação.

Em Cabo Verde, o FMI anunciou em julho um prolongamento do Mecanismo de Crédito Alargado (ECF, na sigla em inglês) por mais 15 meses e um aumento do financiamento para cerca de 60 milhões de euros.

A direção do FMI anunciou também, nessa altura, que tinha aprovado o prolongamento, por 15 meses, do acordo de financiamento no âmbito do Mecanismo de Resiliência e Sustentabilidade (RSF), destinado a apoiar os investimentos climáticos, e o reescalonamento das datas de disponibilidade ao abrigo deste programa.

Na Guiné-Bissau, o FMI tem em curso um ECF, ao abrigo do qual já financiou esta economia lusófona em cerca de 40 milhões de euros.

O programa de ajustamento financeiro em Moçambique foi interrompido no final do ano passado, na sequência da derrapagem na grande maioria das metas, devido à violência que estalou no último trimestre, na sequência da divulgação dos resultados das eleições presidenciais, mas no final de agosto o FMI disse que as discussões sobre um novo programa de ajustamento financeiro vão continuar "nos próximos meses".

Em São Tomé e Príncipe, o FMI tem em curso um ECF que vai durar quase até final de 2027 e ao abrigo do qual serão desembolsados mais de 21 milhões de euros.


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“CIDADÃS ANGOLANAS EM PORTUGAL RECLAMAM A FALTA DE HOMENS!”

Por VOZ DA DIASPORA 

Em Portugal, longe da terra natal, muitas mulheres angolanas estão a levantar a voz e não é para pedir mais morabeza, mas sim mais romance! A queixa está a viralizar nas redes sociais e nas rodas de conversa entre amigas: está a tornar-se uma missão quase impossível encontrar homens disponíveis e com vontade de assumir um relacionamento sério. 

Para muitas, o sonho europeu veio com novas oportunidades, mas também com uma surpresa menos agradável a escassez de pares compatíveis com os seus valores e expectativas amorosas. "Chegámos com malas cheias e sonhos no peito, mas os corações continuam vazios", lamenta uma jovem que vive em Lisboa há quatro anos. O cupido, segundo elas, anda distraído... ou sem visto válido para circular por terras lusas.

Este fenómeno vai além de simples preferências pessoais envolve também choques culturais, estilos de vida diferentes e a dificuldade crescente em encontrar parceiros que partilhem da mesma visão de compromisso. Algumas apontam o dedo à falta de iniciativa por parte dos homens, outras culpam a frieza emocional que sentem no contexto social português. 

"Os homens aqui não se aproximam. Não arriscam. São muito fechados. É como se fosse preciso marcar hora para um sorriso", comenta uma residente em Braga. 

A frustração está a tornar-se colectiva, e há até quem fale em soluções... alternativas. A mais ousada? Importar o namorado diretamente de Luanda com passaporte, visto, e se possível, com a alma pronta para amar sem rodeios. É um desabafo com humor, mas que revela um desejo profundo por algo que nem sempre cabe nas estatísticas de imigração.

Nova Constituição é votada por 6,7 milhões de cidadãos na Guiné-Conacri... Cerca de 6,7 milhões de cidadãos da Guiné-Conacri votam hoje um novo projeto constitucional, que poderá abrir portas, ainda este ano, às primeiras eleições presidenciais e legislativas desde o Golpe de Estado de 2021.

Por LUSA 

O projeto intitulado "Uma nova Constituição, uma Constituição que nos une e nos representa" conta com 199 artigos, muitos deles considerados "progressistas", como a criação de um Supremo Tribunal de Justiça para julgar presidentes e membros do Governo "e combater a impunidade"; a criação de um senado e a valorização da paridade, com uma quota obrigatória de pelo menos 30% de mulheres em cargos de decisão e eletivos.

Se for adotada, a nova Constituição substituirá a "Carta da Transição", elaborada pela junta após o golpe de Estado de 2021, que proibia qualquer membro da junta, do Governo ou responsável das instituições de transição de se candidatar às eleições.

Essa proibição já não consta do projeto, abrindo caminho a uma candidatura do general no poder, Mamadi Doumbouya.

A realização deste referendo constitucional permitirá à junta militar dar resposta às exigências de eleições feitas pela comunidade internacional e pelos parceiros financeiros.

Apesar de ter um subsolo rico em minérios, mais de metade da população do país (52%) vive abaixo do limiar da pobreza, segundo dados do Banco Mundial de 2024.


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sábado, 20 de setembro de 2025

Discurso do Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, candidato oficial do PAIGC às eleições presidenciais.


  • Domingos Simões Pereira foi escolhido como candidato do PAIGC às eleições presidenciais, após vencer as primárias com 359 votos a favor, 9 contra e 2 votos nulos.

Embaixada de Israel em Portugal diz que reconhecimento da Palestina é premiar o "terrorismo"

Por sicnoticias.pt

Embaixada diz que Portugal "votou inúmeras vezes contra o reconhecimento imediato do Estado Palestiniano" e que houve razões válidas para o fazer.

A Embaixada de Israel em Portugal reagiu este sábado ao anúncio do Ministério dos Negócios Estrangeiros português sobre o reconhecimento da Palestina indicando que tal é "dar um prémio ao terrorismo".

Questionada pelo Observador sobre a decisão do país, a embaixada considera que "mostra ao mundo que o terrorismo compensa".

E acrescenta que Portugal "votou inúmeras vezes contra o reconhecimento imediato do Estado Palestiniano" e que houve razões válidas para o fazer.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português anunciou na sexta-feira o reconhecimento da Palestina no domingo, "ainda antes da Conferência de Alto Nível da próxima semana", organizada pela França e Arábia Saudita na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

A decisão de Portugal "apoia os esforços para alcançar a paz e implementar a solução de dois Estados", disse o ministério no comunicado, citado pelas agências de notícias palestiniana WAFA e espanhola EFE.

Marcelo rebelo de Sousa chega este sábado a Nova Iorque para participar na Assembleia geral das Nações Unidas e na Declaração Oficial de Reconhecimento do Estado da Palestina, que Portugal antecipou em um dia.

BASTONÁRIO DA ORDEM DOS JORNALISTAS ALERTA PARA TENTATIVAS DE " DOMESTICAÇÃO" DA IMPRENSA PELO PODER POLÍTICO

Por: Rádio Jovem Bissau.   20/09/2025

O bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau, António Nhaga, manifestou este sábado 20/ 09 a sua profunda preocupação quanto às tentativas do poder político de controlar e “domesticar” os jornalistas, sobretudo no atual contexto, considerado crucial para a realização das eleições gerais previstas para 23 de novembro.

Em declarações aos jornalistas à margem do encerramento de uma palestra dirigida a representantes de diversos órgãos de comunicação social e estudantes de 1° a 4° ano da Escola Superior de Comunicação e Jornalismo da Guiné-Bissau, sob o tema “Imprensa guineense: Uma análise científica do seu percurso histórico”, Nhaga advertiu para a possibilidade de persistirem tensões entre o poder político e a classe jornalística.

Segundo afirmou, alguns atores políticos procuram transformar os jornalistas em “mininus di mandadus” (rapazes de recado) de partidos políticos, numa lógica que tende a desvirtuar a missão da imprensa. “O objetivo destes políticos é fazer dos jovens jornalistas pessoas "marmiteiros", dispostos a esconder a verdade em troca de benefícios”, denunciou.

O bastonário e igualmente Diretor-Geral da Escola Superior de Comunicação e Jornalismo exortou as novas gerações da classe jornalística a resistirem a estas pressões.

“Espero que a imprensa na Guiné-Bissau, sobretudo a vossa geração, não "marmite’" a situação política do país. A minha maior preocupação é com os jovens, que devem ser jornalistas independentes, tal como em qualquer parte do mundo”, reforçou sublinhando o papel central dos jovens jornalistas na consolidação da democracia. Para ele, sem uma imprensa livre e independente, o país corre o risco de perpetuar sistemas autoritários do passado.

“O poder político quer manter aquele modelo herdado do tempo de António de Spínola e Amílcar Cabral, onde tudo o que era dito era tomado como verdade. Mas os jovens jornalistas devem pautar-se pelo interesse público e pela defesa da democracia”, afirmou.

Como caminho para fortalecer a classe jornalística e enfrentar intimidações, espancamentos, insultos, calúnias e outros abusos, professor António Nhaga apontou a união dos profissionais como solução essencial para dignificar e valorizar a profissão jornalística na Guiné-Bissau.

Ilídio Vieira Té ameaça revelar segredos contra Domingos Simões Pereira.🇬🇼🚨

Por Digital Mídia Global TV   Bissau, 20 de setembro de 2025

O diretor da campanha eleitoral da Plataforma Republicana, Ilídio Vieira Té, lançou duras críticas a Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, e ameaçou expor segredos que, segundo ele, comprometem a figura do dirigente político.

A advertência foi feita durante a cerimónia de tomada de posse, este sábado (20), em Bissau.  

Num discurso marcado por ataques diretos, Té acusou Simões Pereira de “se manter agarrado ao PAIGC” em vez de procurar outro trabalho. Ilídio declarou ainda que a formação política de Simões Pereira “foi, no passado, a principal violadora das liberdades na Guiné-Bissau”, evocando episódios que associou ao líder do PAIGC.  

Ilídio Té garantiu, no entanto, que não pretende lançar ofensas gratuitas, mas deixou um aviso: “se houver ataques ou insultos contra Umaro Sissoco Embaló, presidente cessante, ou contra membros da Plataforma Republicana, vou expor todos os segredos que tenho sobre Domingos Simões Pereira.”

De acordo com Té, estaria em curso um “plano de difamações” contra a coligação e contra o chefe de Estado cessante. Caso essa alegada ofensiva se concretize, assegura que revelará informações comprometedoras relacionadas ao dirigente do PAIGC.  

Em tom mobilizador, o diretor de campanha apelou ainda às estruturas e militantes da Plataforma Republicana para “trabalhar junto das bases” e garantir a vitória nas próximas eleições legislativas, sublinhando que uma eventual vitória da coligação e de Umaro Sissoco Embaló permitirá “endireitar o país de uma vez por todas.”  

O Craque DAJÓ Promete participar nas primárias de PAIGC, apesar de ser alvo da tentativa de agressão e impedimento de acesso, a sede dos libertadores aquando da sua chegada...

Por   Ilustre Adulai So 

Domingos Simões Pereira, lider do PAI TERRA RANKA, fala a imprensa momentos antes da reunião do Comité Central do PAIGC

  • Eduardo Jorge Sanca promete concorrer as primárias do PAIGC

Drones ucranianos matam quatro pessoas na Rússia... Um ataque ucraniano com drones causou quatro mortos durante a noite na região de Samara, a cerca de 850 quilómetros a sudeste de Moscovo, anunciou o governador local.

© REUTERS/Maxim Shemetov   Lusa  20/09/2025

"É com profunda tristeza que informo que quatro pessoas morreram em consequência de um ataque noturno por drones inimigos. Esta é uma perda irreparável para todos nós", disse Vyacheslav Fedorishchev, citado pela agência noticiosa estatal russa TASS. 

O governador disse também que uma pessoa ficou ferida no ataque e prometeu que o Governo regional irá ajudar as famílias das vítimas.

Fedorishchev não indicou a localização exata do ataque.

Anteriormente, informara que "instalações do complexo energético e petrolífero" tinham sido atingidos por drones ucranianos.

A Ucrânia tem como alvo este tipo de infraestruturas, que representam uma importante fonte de receita para Moscovo, a fim de tentar diminuir a capacidade russa de financiar o esforço de guerra.

O comando do exército ucraniano mencionou hoje um ataque contra a instalação petrolífera Samara, na região russa com o mesmo nome, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

As forças ucranianas reivindicaram ataques contra infraestruturas petrolíferas, incluindo duas refinarias, em território russo durante a noite.

Foram atingidas as refinarias de Saratov, localizada a 858 quilómetros a sudeste de Moscovo, e de Novokubichevsk, a cerca de mil quilómetros da capital russa, precisou o estado-maior num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

O ataque com drones contra a refinaria de Kuibishevsky provocou explosões e incêndios nas instalações, referiu.

O comando ucraniano disse que a refinaria de Saratov era responsável por cerca de 2,54% do volume total de refinação de petróleo da Federação Russa.

De acordo com o Estado-Maior, os resultados das ações ainda estavam a ser avaliados.

As autoridades ucranianas disseram que os ataques russos durante a noite causaram pelo menos três mortos.


Leia Também: Forças russas abatem drones e Kyiv reivindica ataque a refinarias

As defesas aéreas da Rússia abateram 149 drones ucranianos durante a noite de hoje, anunciou o Ministério da Defesa russo, enquanto as forças ucranianas reivindicaram ataques a duas refinarias no país.


Reconhecimento do Estado da Palestina "nada mudará" na ocupação israelita... Analistas portugueses de política internacional coincidem na opinião de que um reconhecimento do Estado da Palestina, que Portugal formalizará no domingo, será apenas simbólico e que "nada mudará no imediato a ocupação israelita".

© Saeed M. M. T. Jaras/Anadolu via Getty Images   Lusa  20/09/2025

Em declarações à agência Lusa, quer o professor na NOVA School of Law de Lisboa, Felipe Pathé Duarte, quer o vice-presidente do Observatório do Mundo Islâmico (OMI), João Henriques, sustentaram que o bloqueio a Gaza não desaparecerá automaticamente e que a violência continuará por tempo indefinido.

João Henriques lembrou que, atualmente, 146 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem o Estado da Palestina, número que aumentará já no domingo com Portugal, cujo ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou na sexta-feira.

Na segunda-feira, Portugal juntar-se-à a outros nove países que se juntarão numa conferência promovida por França, incluindo Andorra, Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e São Marino, em que todos reconhecerão a Palestina como Estado.

"Israel já disse que a guerra não vai parar apenas por causa do reconhecimento, uma vez que deixou muito claro que não aceita imposições externas sobre o Estatuto da Palestina", pelo que, a haver impacto será sempre "simbólico" no imediato, sustentou Pathé Duarte.

"O potencial reconhecimento não vai mudar no imediato a ocupação israelita da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental. Na prática, isso vai continuar. O bloqueio de Gaza não vai desaparecer automaticamente. O Hamas vai continuar a controlar Gaza, o que vai criar um problema complicado, nomeadamente em termos de dois tipos de autoridade, porque temos o caso na Cisjordânia, nas mãos da Fatah, da Autoridade Palestiniana, e, no caso de Gaza, o Hamas. Portanto, a ONU não reconhece o Hamas como um governo legítimo", justificou o analista de politica internacional.

Segundo Pathé Duarte, um reconhecimento da Palestina como Estado fará com que se deixe de ver apenas o povo palestiniano sob ocupação e passar a tratá-lo como um país soberano, com direitos e deveres iguais aos de qualquer outro, sobretudo o reconhecimento diplomático e jurídico-político.

"O reconhecimento é, sem grande margem para ilusões, simbólico, já que a ocupação e a violência de que é alvo a população palestiniana marcarão o seu dia-a-dia por tempo ainda não definido", sublinhou, por sua vez, João Henriques, argumentando com o "permanente desrespeito de Israel por todas as decisões que contrariam a sua caminhada pela expansão territorial".

Por outro lado, para o professor na NOVA School of Law de Lisboa, na perspetiva do governo de Benjamim Netanyahu, enquanto o Hamas continuar a existir "há de ser sempre visto como uma ameaça existencial a Israel, ou uma potencial ameaça existencial a Israel". 

"Qualquer solução de dois Estados que eventualmente Telavive aceite, nunca será com a possibilidade de existência do Hamas. E é o que está a acontecer. Israel vai acentuar a invasão na tentativa de eliminar completamente o Hamas. E só depois daí, eventualmente, é que poderá considerar a possibilidade negocial dos Estados", disse.

A este respeito, João Henrique salientou que, independentemente do reconhecimento do Estado de Israel por mais países, as Forças de Defesa de Israel (FDI) "vão acentuar a invasão na tentativa de eliminar o Hamas", o que será "difícil".

"O Hamas tem ainda cerca de 10.000 efetivos prontos para combater, muitos deles jovens, pois as primeiras figuras foram eliminadas", referiu, sublinhando que o movimento islamita "nunca irá deixar de confrontar Israel" e que "eliminará os reféns que ainda tem em seu poder antes da chegada das FDI".

Sobre o papel dos Estados Unidos, Pathé Duarte defendeu que Washington "dificilmente aceitaria de bom grado" ver a Palestina como Estado, pois reagiria como "oposição política imediata, utilizando o veto no Conselho de Segurança da ONU para bloquear várias resoluções que reconheçam ou fortaleçam esta possibilidade de um Estado palestiniano".

No entanto, apesar de os Estados Unidos não disporem da possibilidade de utilizar o veto, de facto, na Assembleia Geral das Nações Unidas, que começa na segunda-feira em Nova Iorque, poderiam sempre manifestar uma rejeição política e não reconhecer bilateralmente a Palestina. 

"Os Estados Unidos aqui dificilmente reconheceriam e fariam tudo por tudo para que isso não acontecesse. A reação será sempre negativa e de oposição ativa, utilizando o Conselho de Segurança, de críticas muito fortes, acompanhadas talvez de sanções financeiras, de críticas políticas e levantando sempre a bandeira de que só reconhecerão a Palestina resultado de negociações diretas com Israel e não decisões unilaterais das Nações Unidas ou da chamada Comunidade Internacional", concluiu.

Já o vice-presidente do OMI, questionado sobre o posicionamento dos Estados Unidos no conflito, sustentou que irá refletir-se "inevitavelmente nas relações de natureza diplomática", tanto a nível regional como global, "em particular com alguns dos seus aliados europeus e do Médio Oriente". 

"Este cenário poderá vir a diminuir a capacidade de os EUA ditarem as suas leis no campo das decisões multilaterais, podendo assim favorecer o maior protagonismo da União Europeia [UE], dos países árabes, da Rússia, e da China também, o que contraria os mais recentes propósitos do Washington para a região", sustentou.

Para João Henriques, poderá dar lugar igualmente a "um endurecimento das posições norte-americanas através da aplicação ou agravamento das sanções já existentes, o que exigirá o bom senso do atual inclino da Casa Branca, o que é bastante duvidoso".

BAD recomenda a Cabo Verde que acelere as suas reformas estruturais.... O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) recomenda a Cabo Verde que acelere as reformas estruturais, no mais recente relatório sobre o arquipélago, que apresenta uma "perspetiva positiva, mas cautelosa" sobre o que podem ser os próximos anos.

© Lusa   20/09/2025 

"A ambição do país em alcançar a transformação estrutural e a resiliência climática até 2030 reflete o quadro de políticas e investimentos. No entanto, as lacunas na execução, as restrições fiscais e as incertezas globais exigem uma implementação acelerada das reformas", lê-se no documento. 

Segundo o BAD, "Cabo Verde está num caminho promissor, mas necessita de ações políticas ousadas para ultrapassar as fragilidades estruturais. Com uma agenda de reformas coerente, apoio dos parceiros e alocação eficaz de capital, pode alcançar as metas da visão 2030 para um desenvolvimento sustentável e inclusivo".

O Relatório de Contexto Nacional (Country Focus Report -- Cabo Verde), publicado em agosto, no portal do BAD e consultado hoje pela Lusa, analisa o desempenho macroeconómico, a mobilização de capital e as reformas institucionais. 

O país (importador, por natureza) é vulnerável a choques externos e a política tarifária que a administração norte-americana implementou, este ano, pode ser um novo problema, alerta a instituição.

"Embora o impacto direto em Cabo Verde possa ser limitado, devido ao seu modesto volume de exportações para os EUA, as implicações mais vastas das tensões comerciais globais podem afetar o turismo, as remessas [de emigrantes] e os fluxos de investimento, que são vitais" para a economia do arquipélago lusófono.

Como soluções, o BAD sugere um esforço acrescido para reforçar laços comerciais com nações da África Ocidental e com a diáspora, obtendo mais opções de trocas, além de trabalhar mais na instalação de energias renováveis, serviços digitais e produtos de nicho (no turismo, pesca e agricultura).

Só que há obstáculos a ultrapassar ao nível dos recursos humanos: o sistema educativo "está aquém das exigências da indústria, particularmente nas competências técnicas e digitais" e o BAD identifica ainda uma "fuga de cérebros, em que profissionais qualificados migram para as economias desenvolvidas, esgotando a força de trabalho de Cabo Verde".

No que respeita à mobilização de capital, o BAD estima que, para atingir as metas de desenvolvimento até 2030, "Cabo Verde necessita de aproximadamente 163 milhões de dólares (137,6 milhões de euros) anuais (o equivalente a 7,3% do PIB de 2024), especialmente para infraestruturas e energia". 

Para chegar ao valor, o arquipélago já dispõe de um rácio de receita fiscal sobre o PIB de 18,2%, "acima das médias regionais", mas "a eficiência da cobrança é limitada pela informalidade e pela evasão fiscal".

Além disso, "o governo devia implementar regulamentos para facilitar o financiamento das suas necessidades de desenvolvimento", através de parcerias público-privadas ou mercados financeiros, apontando um tipo de "títulos da diáspora" como exemplo.

"Cabo Verde possui capital nacional abundante, mas a sua mobilização e utilização continuam a aquém do esperado", acrescenta o BAD.

Ao nível institucional, "a independência judicial é forte, mas persistem atrasos na execução de contratos", nota o relatório, ao considerar que "um sistema judicial transparente e eficiente é crucial para a governação económica e para o investimento". 

"Cabo Verde deve focar-se em reforçar a independência judicial para garantir decisões justas e imparciais, investir na formação dos oficiais de justiça em direito comercial e resolução de litígios e promover a arbitragem e a mediação, para acordos comerciais mais rápidos e económicos", conclui a análise.

Ao nível macroeconómico, o BAD mantém as projeções de crescimento (divulgadas durante os encontros anuais, em maio) de 5,3% para este ano e 4,9% em 2026 -- após um incremento de 7,3% em 2024 (dados provisórios) --, aponta para inflação de 1,4% em 2025 e 1,8% em 2026 e perspetiva que "o défice orçamental diminua para 2,5% do PIB em 2025 e 1,7% em 2026, em resultado da maior mobilização de recursos internos".


Leia Também: OMS defende projeto de vigilância da malária em Cabo Verde após 31 casos

A representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde defendeu hoje um "projeto de vigilância" para prevenir a propagação da malária, após mais um caso registado, totalizando 31 desde janeiro, ameaçando o certificado de país livre da doença.


Juventude Africana Amílcar Cabral JAAC realizou esta sábado a conferência de imprensa.

Supremo Tribunal de Justiça (STJ) notificou a coligação política “Plataforma Republicana Nô Kumpu Guiné” para corrigir, no prazo de 72 horas, várias irregularidades no pedido de inscrição para as eleições gerais de 23 de novembro de 2025.

 


Portugal: 72 imigrantes notificados para saírem do país. Um deles português... “O que estas 72 pessoas têm em comum é o facto de terem trabalhado para uma empresa que está a ser investigada”, conta a advogada Filipa Santos Costa, que representa três das pessoas notificadas - uma delas, com nacionalidade portuguesa.

© GlobalImagens/Leonardo Negrão   por  noticiasaominuto.com  20/09/2025 

A Agência para a Imigração e Asilo (AIMA) emitiu um despacho onde notificou 72 pessoas, de nacionalidades estrangeiras, na sua maioria do Indostão, que as suas autorizações de residência iam ser canceladas e que tinham 20 dias para abandonar o país. 

Falamos de mais de setenta pessoas que há pelo menos seis anos já têm a situação regularizada em Portugal, trabalham e descontam para o país e vivem as suas vidas normalmente. Do nada, cai-lhes “um balde de água fria” em cima.

"Estas pessoas não estavam à espera de nada da AIMA", começa por explicar a advogada Filipa Santos Costa, que foi procurada por três dos imigrantes em questão e revelou a história ao Notícias ao Minuto.

“Eles ficaram perplexas, sem saber muito bem o que fazer”, conta. “É que aqui a AIMA está a cancelar uma coisa que já não existe. É um insólito jurídico.”

“Imagine que agora o Estado lhe enviava uma carta a dizer que lhe ia cancelar o cartão de cidadão e que tinha de se ir embora em 20 dias”, diz a advogada. “É isso que a AIMA está a fazer a estas pessoas.”

Pelo menos, uma das pessoas notificadas tem nacionalidade portuguesa

E uma delas, um dos clientes de Filipa Santos Costa, já nem é um estrangeiro a viver em Portugal - é um cidadão pleno português, que já tem a nacionalidade e recebeu agora a ordem para abandonar o país. Portanto, na prática, a AIMA disse a um português para abandonar o seu país.

"Vinte dias. Sublinho, vinte dias para sair de Portugal”, frisa a advogada.

A razão vem explicada “muito sucintamente” num único parágrafo.

“O que estas 72 pessoas têm em comum é o facto de terem trabalhado para uma empresa que está a ser investigada”, conta a advogada, que acrescenta que o processo de investigação está aberto desde 2019, há já seis anos.

“Está a decorrer um processo de investigação sobre se a empresa era verdadeira” no sentido em que “não teria vendido os contratos de trabalho a estas pessoas e estas não trabalhariam efetivamente para a empresa”.

Ou seja, se não se trataria apenas de uma operação de fachada para permitir que imigrantes permanecessem em Portugal e obtivessem a autorização de residência.

Advogada aponta razões políticas para a notificação

Contudo, explica Santos Costa, “não está nada provado e não houve um julgamento”. O caso ainda está sob investigação e “as pessoas que receberam esta notificação são testemunhas, não são arguidos”, sublinha.

“O nosso processo penal tem o princípio de presunção da inocência, e a mim o que me parece é que a AIMA está a aplicar o contrário: a presunção de culpa. Que estas pessoas, que em tempos, trabalharam para esta empresa são culpadas de alguma coisa”, acusa.

Santos Costa considera que o despacho da agência de imigração não surge “por acaso”. “É o ar dos tempos”, afirma, apontando para razões políticas por detrás da ordem de saída destas 72 pessoas que já tinham permissão para residir no país.

“Aquilo que eu pergunto é: se esta empresa já está a ser investigada desde 2019 porque é que agora, neste preciso momento, é que a AIMA achou que era urgente - porque a AIMA usou a terminologia urgente, sem sequer lhes permitir serem ouvidas - que saíssem do país? Só agora é que é urgente?”, questiona, não deixando de realçar que a invocação de ‘urgência’ por parte da agência faz com que o direito dos notificados a serem ouvidos seja negado.

Mas os problemas com este despacho não terminam por aqui.

Despacho terá violado o direito à proteção de dados dos notificados

O documento, enviado para todos os 72 notificados, continha os nomes, naturalidade, datas de nascimentos, número de passaporte, número fiscal, número do título de residência e ainda a morada em Portugal de todas estas pessoas, conforme noticia a Sábado, que avançou a notícia.

“Impõe-se uma queixa à entidade relativa à proteção de dados - a Comissão Nacional de Proteção de Dados, para isso é que ela existe - por um lado, e por outro lado a Provedoria de Justiça”, afirma a advogada.

“Isto extravasa em muito o âmbito pessoal de cada um destes imigrantes”, acrescenta.

Para já, Filipa Santos Costa ainda está a “delinear” a estratégia judicial para ajudar os seus clientes através das veias legais, mas garante que vai ser apresentado um processo nos tribunais portugueses.

E acrescenta que “há várias formas de reagir judicialmente” porque “na verdade as ilegalidades praticadas foram várias”.

“Há a questão da violação da proteção de dados, a violação do direito de audiência prévia; uma das pessoas ser notificada e ser portuguesa; há a questão de que uma decisão desta natureza devia de ser devidamente fundamentada e não está… Tem tanto para ser atacada juridicamente que há muito por onde escolher.”

Filipa Santos Costa admite que até pode ser equacionada uma ação em tribunal em nome das 72 pessoas contra a agência devido a todas estas supostas ilegalidades, mas, para já, sublinha, o que importa é “salvaguardar os interesses particulares das pessoas visadas”. Contudo, não descora que “alguém tem de assumir a responsabilidade” pelo incidente.

O Notícias ao Minuto já contatou a AIMA, mas não obteve resposta.

Rússia rejeita ter violado espaço aéreo da Estónia... O Ministério da Defesa russo rejeitou hoje que a sua aviação tenha violado o espaço aéreo da Estónia, como alega este país, que invocou o artigo 4.º do Tratado da NATO para realizar consultas com os seus aliados.

© Getty Images   Lusa  20/09/2025 

"No dia 19 de setembro, três caças MiG-31 realizaram um voo programado da Carélia (na fronteira com a Finlândia) para Kaliningrado", enclave russo no Báltico, refere o comunicado militar de Moscovo. 

O governo da Estónia denunciou hoje a entrada de três caças russos no espaço aéreo do país, onde alegadamente permaneceram, sem permissão, 12 minutos, e convocou o representante de Moscovo (encarregado de negócios) para protestar perante tal incidente.

A Estónia anunciou ainda que vai solicitar à NATO a ativação do artigo 4.º do Tratado do Atlântico, que prevê consultas entre aliados em caso de ameaça, após a violação do seu espaço aéreo pelos caças russos.

Segundo o comunicado do ministério russo, "durante o voo, as aeronaves russas não se desviaram da rota de voo acordada e não violaram o espaço aéreo estónio".

"O voo foi realizado em estrita conformidade com as normas internacionais de espaço aéreo, sem violar as fronteiras de outros Estados, o que é confirmado por métodos objetivos de controlo", e as aeronaves sobrevoaram "as águas neutras do Mar Báltico a uma distância de mais de três quilómetros da Ilha de Vaindloo", no Golfo da Finlândia, adianta.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, saudou a resposta "rápida e decisiva" da Aliança Atlântica à incursão de aviões de combate russos na Estónia, após ter falado com o primeiro-ministro da Estónia, Michal Kristen.

De acordo com um responsável da NATO, que falou sob anonimato e citado pelas agências internacionais, F-35 italianos, aviões de combate fabricados nos Estados Unidos, intercetaram os caças russos.

Rutte referiu nas redes sociais que os três caças russos MiG-31 foram intercetados no âmbito da nova iniciativa militar "Sentinela Oriental", lançada na semana passada para reforçar a defesa do flanco leste da NATO.

O Quartel-General Supremo das Potências Aliadas da NATO na Europa (SHAPE) referiu que, além dos caças F-35 da Força Aérea Italiana atualmente posicionados na Base Aérea de Ämari, responderam ao incidente aeronaves de reação rápida da Suécia e da Finlândia.

O incidente de hoje na Estónia é o terceiro nas últimas duas semanas, depois da invasão do espaço aéreo da Polónia por 19 'drones' (aeronaves pilotadas remotamente) russos, que desencadeou uma intervenção da Força Aérea polaca, com apoio de países aliados.

Esta foi a primeira vez que a NATO teve de abater veículos aéreos não tripulados em território aliado.

Na ocasião, a Polónia também invocou o artigo 4.º da NATO.  

Horas depois do incidente de hoje, a Guarda de Fronteiras da Polónia informou que dois caças russos sobrevoaram "a baixa altitude" a plataforma petrolífera Petrobaltic, no Mar Báltico, violando a zona de segurança da infraestrutura.  


sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC e da Coligação PAI TERRA-RANKA, regressou hoje ao país após alguns meses de ausência. À chegada à sua residência, falou à imprensa.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

Declarações de Domingos Simões Pereira Presidente do PAIGC.👇

Bissau, 19 de setembro de 2025- O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, denunciou esta sexta-feira alegados tratamentos discriminatórios por parte das forças de segurança e apelou à neutralidade das instituições de defesa.

Em declarações à imprensa na sua residência, após vários meses no estrangeiro, o ex-primeiro-ministro mostrou-se visivelmente irritado com a atuação da polícia durante a sua receção pelos militantes e simpatizantes do partido.

 “Mereço um tratamento igual aos outros políticos. As forças de defesa não devem entrar no jogo político. Condenamos com veemência esta postura, que só acontece quando se trata do PAIGC ou de Domingos”, afirmou.

Por outro lado, Simões Pereira anunciou ainda para amanhã a realização da reunião do Comité Central do partido, na sede nacional, onde apresentará a sua moção de candidatura às eleições presidenciais de novembro.

 “Aproveito para anunciar a reunião do Comité Central, onde apresentarei a minha candidatura. Se for aprovada, estarei na luta. O país precisa de uma nova abertura política rumo ao desenvolvimento”, garantiu.

O líder do PAIGC advertiu também que, caso persistam o que classificou de práticas “antidemocráticas” do atual regime, liderado por Umaro Sissoco Embaló, convocará o povo guineense às ruas em protesto.

Por: Ussumane Baldé [Fitchas]  @CAP GB

A Plataforma Republicana “Nô Kumpu Guiné” anuncia a nomeação de Ilídio Vieira Té como Diretor Nacional de Campanha para as Eleições Legislativas, de 23 de novembro


Governo Trump quer vender equipamento militar por 5.100 milhões a Israel... O Governo norte-americano liderado por Donald Trump informou hoje o Congresso que planeia vender armas a Israel no valor de quase 6.000 milhões de dólares (5.100 milhões de euros), numa nova manifestação de apoio ao Governo israelita.

© Amir Levy/Getty Images  Lusa   19/09/2025

O negócio inclui uma venda de 3,8 mil milhões de dólares por 30 helicópteros AH-64 Apache, quase duplicando as capacidades atuais de Israel, e uma segunda venda de 1,9 mil milhões de dólares por 3.200 veículos de assalto de infantaria ao Exército israelita, de acordo com uma autoridade norte-americana e outra pessoa ligada ao processo, que falaram à agência Associated Press (AP) sob anonimato. 

A entregas deste equipamento militar não ocorrerão antes de dois a três anos, ou mais, segundo estas fontes.

Este negócio de grande volume ocorre numa altura em que os planos dos EUA para intermediar o fim da guerra de quase dois anos entre Israel e o Hamas estão estagnados.

Acontece também depois de o ataque israelita aos líderes do Hamas em Doha, no Qatar, que gerou uma ampla condenação entre os aliados dos EUA no Médio Oriente.

Os EUA mantiveram o seu apoio, apesar da crescente pressão internacional sobre Israel e das tentativas de um número crescente de senadores democratas norte-americanos para bloquear a venda de armas ofensivas a Israel.

O Departamento de Estado recusou comentar as vendas, que foram inicialmente noticiadas pelo jornal The Wall Street Journal.

Israel lançou uma nova ofensiva, prosseguindo com os planos para tomar a Cidade de Gaza, enquanto uma organização profissional de académicos que estudam o genocídio afirmou que Israel está a cometer genocídio em Gaza.

O Reino Unido, que no ano passado revelou que ia suspender as exportações de algumas armas para Israel por receio de que pudessem ser utilizadas para violar as leis humanitárias internacionais, proibiu recentemente as autoridades do Governo israelita de comparecerem na maior feira de armas do país.

A Turquia anunciou, por sua vez, o encerramento do seu espaço aéreo aos aviões do Governo israelita e a qualquer carregamento de armas ao Exército israelita, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, considerou num discurso os ataques israelitas a Gaza como desproporcionais.

A administração Biden suspendeu o envio de bombas de 900 kg para Israel devido a preocupações com baixas civis, mas Trump levantou a suspensão quando tomou posse em janeiro.

Trump, por sua vez, já aprovou cerca de 12 mil milhões de dólares (10,2 mil milhões de euros) em grande assistência militar a Israel este ano.

Mais recentemente, em junho, os EUA aprovaram uma venda de armas de 500 milhões de dólares (425 milhões de euros) a Israel para reabastecer as suas Forças Armadas com kits de orientação de bombas de precisão.

Israel continua a sua ofensiva militar na Faixa de Gaza, que já causou mais de 65.100 mortos desde 07 de outubro de 2025, em retaliação ao ataque do Hamas, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.


Leia Também: Mais de 450 mil palestinianos fugiram da Cidade de Gaza desde agosto

Estónia vai ativar artigo 4.º da NATO após incursão de caças russos... O Governo da Estónia denunciou esta sexta-feira a entrada de três caças russos no espaço aéreo do país, onde alegadamente permaneceram, sem permissão, 12 minutos.

Por  SIC Notícias Com Lusa

A Estónia anunciou esta sexta-feira que vai solicitar à NATO a ativação do artigo 4.º do Tratado do Atlântico, que prevê consultas entre aliados em caso de ameaça, após a violação do seu espaço aéreo por três caças russos.

"Tal violação é completamente inaceitável. O Governo estónio decidiu solicitar consultas nos termos do artigo 4.º da NATO", escreveu o primeiro-ministro, Kristen Michal, numa mensagem na rede social X.

O Governo da Estónia denunciou esta sexta-feira a entrada de três caças russos no espaço aéreo do país, onde alegadamente permaneceram, sem permissão, 12 minutos, e convocou o representante de Moscovo (encarregado de negócios) para protestar perante tal incidente.

De acordo com um responsável da NATO, que falou sob anonimato e citado pelas agências internacionais, F-35 italianos, aviões de combate fabricados nos Estados Unidos que participavam numa missão de vigilância do Báltico, intervieram para intercetar os caças russos.

Polónia também invocou o artigo 4.º da NATO

O incidente desta sexta-feira na Estónia é o terceiro nas últimas duas semanas, depois da invasão do espaço aéreo da Polónia por drones (aeronaves pilotadas remotamente) russos, que desencadeou uma intervenção da Força Aérea polaca, e de um episódio semelhante na Roménia.

Na ocasião, a Polónia também invocou o artigo 4.º da NATO.

Horas depois do incidente desta sexta-feira, a Guarda de Fronteiras da Polónia informou que dois caças russos sobrevoaram "a baixa altitude" a plataforma petrolífera Petrobaltic, no Mar Báltico, violando a zona de segurança da infraestrutura.

"As Forças Armadas polacas e outros serviços foram notificados", acrescentaram as autoridades polacas.

Varsóvia sublinhou que os serviços de segurança monitorizam permanentemente a situação da infraestrutura marítima crítica, incluindo fora das águas territoriais polacas.