Em Portugal, longe da terra natal, muitas mulheres angolanas estão a levantar a voz e não é para pedir mais morabeza, mas sim mais romance! A queixa está a viralizar nas redes sociais e nas rodas de conversa entre amigas: está a tornar-se uma missão quase impossível encontrar homens disponíveis e com vontade de assumir um relacionamento sério.
Para muitas, o sonho europeu veio com novas oportunidades, mas também com uma surpresa menos agradável a escassez de pares compatíveis com os seus valores e expectativas amorosas. "Chegámos com malas cheias e sonhos no peito, mas os corações continuam vazios", lamenta uma jovem que vive em Lisboa há quatro anos. O cupido, segundo elas, anda distraído... ou sem visto válido para circular por terras lusas.
Este fenómeno vai além de simples preferências pessoais envolve também choques culturais, estilos de vida diferentes e a dificuldade crescente em encontrar parceiros que partilhem da mesma visão de compromisso. Algumas apontam o dedo à falta de iniciativa por parte dos homens, outras culpam a frieza emocional que sentem no contexto social português.
"Os homens aqui não se aproximam. Não arriscam. São muito fechados. É como se fosse preciso marcar hora para um sorriso", comenta uma residente em Braga.
A frustração está a tornar-se colectiva, e há até quem fale em soluções... alternativas. A mais ousada? Importar o namorado diretamente de Luanda com passaporte, visto, e se possível, com a alma pronta para amar sem rodeios. É um desabafo com humor, mas que revela um desejo profundo por algo que nem sempre cabe nas estatísticas de imigração.

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