quarta-feira, 23 de julho de 2025

EUA aprovam venda de armas à Ucrânia no valor de 273 milhões de euros... Os Estados Unidos anunciaram hoje que aprovaram uma venda de armas à Ucrânia, no valor de 322 milhões de dólares (273 milhões de euros), visando principalmente o reforço das defesas aéreas do país invadido pela Rússia.

© Reuters    Lusa    23/07/2025

Esta venda de armas à Ucrânia, que também inclui veículos blindados, é a segunda desde que Donald Trump regressou ao poder, em janeiro, e acontece depois de o Presidente norte-americano ter prometido enviar armas para reforçar as defesas de Kyiv contra a Rússia.

A venda de armas, que foi notificada pelo Departamento de Estado ao Congresso norte-americana para aprovação, inclui peças sobressalentes e diversos equipamentos para mísseis de defesa aérea Hawk (172 milhões de dólares) e veículos blindados Bradley (150 milhões de dólares).

No início da semana passada, Trump prometeu fornecer equipamento militar adicional à Ucrânia através da NATO e deu à Rússia 50 dias para terminar a sua ofensiva no país, lançada em fevereiro de 2022, ou enfrentar sanções severas.

Prometeu também sistemas de defesa aérea Patriot.

O Presidente norte-americano, que está a pressionar Kyiv e Moscovo para encontrar uma solução para o conflito, rompeu com o envio maciço de armas para a Ucrânia prosseguido pelo seu antecessor democrata, Joe Biden.

Russos e ucranianos concluíram hoje uma terceira ronda de negociações diretas em Istambul, assinalando a "distância" nas suas posições para pôr fim à guerra e concordando apenas com uma nova troca de prisioneiros.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.


Leia Também: Rússia terá proposto tréguas de "24 a 48 horas" e aceitado trocar presos

O chefe da delegação russa às conversações de paz com representantes ucranianos em Istambul disse hoje ter proposto a Kyiv tréguas de "24 a 48 horas" nas linhas da frente e aceitado nova troca de prisioneiros.


Tiroteio junto ao Time Out Market em Lisboa... A PSP confirmou o incidente, afirmando que não houve feridos e que os suspeitos estão em fuga. As autoridades não divulgaram detalhes sobre a hora exata ou as causas do tiroteio.

Facebook Time Out Market Lisboa    SIC Notícias Com LUSA

Um tiroteio ocorreu no início da noite desta quarta-feira no Time Out Market, no Cais do Sodré, em Lisboa, e os suspeitos estão em fuga, mas não há feridos, disse à Lusa fonte do comando metropolitano da PSP.

"Confirmamos que houve um tiroteio no Time Out Market, mas não há feridos a registar", afirmou à Lusa um responsável do Comando da PSP na capital, não adiantando mais pormenores, como a hora a que ocorreu este incidente e o que terá provocado o mesmo.

A mesma fonte apenas acrescentou que "os suspeitos estão em fuga".

Este medicamento comum poderá aumentar a sua expectativa de vida... Investigações anteriores demonstraram que a rilmenidina (medicamento) imita os efeitos da restrição calórica ao nível celular. Reduzir a energia disponível, mantendo a nutrição no corpo, demonstrou prolongar a expectativa de vida em diversos modelos animais.

© Shutterstock Por  Mariana Moniz   noticiasaominuto.com   23/07/2025 

Foi demonstrado que um medicamento para hipertensão arterial retarda o envelhecimento em vermes, um efeito que, em humanos, poderá hipoteticamente ajudar-nos a viver mais e a manter-nos mais saudáveis nos nossos últimos anos.

Investigações anteriores demonstraram que a rilmenidina (medicamento) imita os efeitos da restrição calórica ao nível celular. Reduzir a energia disponível, mantendo a nutrição no corpo, demonstrou prolongar a expectativa de vida em diversos modelos animais.

Se isso se traduz na biologia humana ou se representa um risco potencial para a nossa saúde é um tema em debate constante. Encontrar maneiras de alcançar os mesmos benefícios sem os custos da redução extrema de calorias pode levar a novas maneiras de melhorar a saúde na velhice.

Num estudo publicado em 2023, vermes Caenorhabditis elegans jovens e velhos tratados com o medicamento - normalmente usado para tratar a tensão alta - viveram mais e apresentaram medidas mais altas numa variedade de marcadores de saúde da mesma forma que restringiram calorias, como os cientistas esperavam.

"Pela primeira vez, conseguimos mostrar em animais que a rilmenidina pode aumentar a expectativa de vida", explicou o biogerontólogo molecular João Pedro Magalhães, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido. "Agora estamos interessados em explorar se a rilmenidina pode ter outras aplicações clínicas."

O verme C. elegans é um dos favoritos para estudos, pois muitos de seus genes têm semelhanças com os seus equivalentes no nosso genoma. No entanto, apesar dessas semelhanças, ainda é um parente bastante distante dos humanos.

Testes adicionais mostraram que a atividade genética associada à restrição calórica pôde ser observada nos tecidos renais e hepáticos de camundongos tratados com rilmenidina.

Por outras palavras, algumas das mudanças que a restrição calórica proporciona aos animais e que se acredita conferir certos benefícios para a saúde também aparecem com medicamentos para a hipertensão que muitas pessoas já tomam.

Outra descoberta foi que um recetor de sinalização biológica chamado nish-1 era crucial para a eficácia da rilmenidina. Essa estrutura química específica pode ser alvo de futuras tentativas de aumentar a expectativa de vida e retardar o envelhecimento.

"Descobrimos que os efeitos de extensão da vida da rilmenidina foram abolidos quando o nish-1 foi apagado", explicaram os investigadores no seu artigo, publicado na revista Aging Cell.

"De forma crucial, o resgate do receptor nish-1 restabeleceu o aumento da expectativa de vida após o tratamento com rilmenidina."

Dietas de baixas calorias são difíceis de seguir e trazem consigo uma variedade de efeitos colaterais, como queda de cabelo, tontura e ossos quebradiços.

Ainda é cedo, mas acredita-se que esse medicamento para a hipertensão possa conferir os mesmos benefícios de uma dieta de baixas calorias, além de ser mais suave para o corpo.

O que torna a rilmenidina uma candidata promissora como medicamento antienvelhecimento é que ela pode ser tomada por via oral, já é amplamente prescrita e os seus efeitos colaterais são raros e relativamente leves (incluem palpitações, insónia e sonolência em alguns casos).

Ainda há um longo caminho a percorrer para descobrir se a rilmenidina funcionaria como um medicamento antienvelhecimento para humanos, mas os primeiros sinais desses testes com vermes e camundongos são promissores. Agora sabemos muito mais sobre o que a rilmenidina pode fazer e como ela opera.

"Com o envelhecimento da população global, os benefícios de retardar o envelhecimento, mesmo que ligeiramente, são imensos", disse Magalhães.


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Um novo estudo identificou quatro suplementos que podem ser eficazes no tratamento da depressão. Embora não substituam a psicoterapia e medicamentos prescritos, estes suplementos são considerados uma valiosa forma de autocuidado.


Said Raïs na faci visita de Estado a Guiné Equatorial.

Por  Abel Djassi

Guiné-Bissau: Médicos franceses prestam consultas gratuitas no Hospital Regional de Gabú

 Por  Radio TV Bantaba

Dois médicos voluntários de nacionalidade francesa encontram-se no Hospital Regional de Gabú, onde estão a realizar consultas médicas gratuitas à população local.

A iniciativa foi possível graças à intervenção do deputado da Nação Alsaine Djaló, eleito pelo Círculo Eleitoral n.º 16, que articulou a vinda dos profissionais de saúde ao país com o objetivo de melhorar o acesso a cuidados médicos na região.

Em declarações à imprensa, o deputado afirmou:

> “Enquanto representante do povo, estarei sempre ao lado da população. Prometi à região de Gabú que traria uma equipa médica e voltarei a fazê-lo. Estamos também a estudar a viabilidade da construção de uma clínica local.”

A presença dos médicos estrangeiros tem sido recebida com entusiasmo pela comunidade, que enfrenta desafios significativos no acesso a serviços de saúde especializados. De acordo com informações recolhidas no local, a ação deverá prolongar-se por vários dias, beneficiando um número elevado de pacientes.

Esta colaboração internacional representa um reforço relevante para o sistema de saúde regional e um importante apoio para os cidadãos que não têm meios para custear atendimentos médicos.

CORPO DE UM JOVEM DE MAIS DE TRINTA (30) ANOS DE IDADE ENCONTRADO SOBRE AS ÀGUAS DO RIO MANSOA CONCRETAMENTE EM JOÃO LANDIM

Por: Ussumane Mané  radiosolmansi.net

Foi encontrado esta quarta-feira (23 de julho) sobre as águas do “Rio Mansoa”, concretamente em João Landim, o corpo de um jovem aparentemente de trinta (30) anos de idade, amarrado contra um pilar e baleado nas águas.

Segundo informações a que a Rádio Sol Mansi teve acesso, através de testemunhas, o corpo foi descoberto por um pescador que estava em sua prática diária de pesca. De acordo com Luís Pansau, responsável dos pescadores de João Landim, o homem encontrou o corpo amarrado há três quilômetro da ponte.

“Foi um homem que encontrou o corpo e ele estava no mar a pescar há três quilômetro para a ponte e viu-o de longe e foi até lá depois descobriu que era uma pessoa. O corpo foi encontrado bem amarrado com arame queimado e contra um pilar”, declarou Pansau, e informou à nossa reportagem que este se encontra com o calçado preto e roupas.

Luis Pansau, destaca que esta não é a primeira vez, foram várias vezes encontrados corpos naquela zona. Por isso, Pansau apela ao reforço de vigilância aos mares.

“É uma preocupação para nós que todos os dias estamos no mar a praticar a nossa atividade. Esta não é a primeira vez que deparamos com essa situação foi já várias vezes”, afirmou o pescador apelando a maior vigilância aos mares do país.

A ponte "Amílcar Cabral", sobre o rio Mansoa na localidade de João Landim, 20 quilómetros de Bissau, tem 785 metros de comprimento e 11,4 metros de largura.


Estados Unidos vão incinerar 10 milhões de dólares em contraceptivos

Por LUSA 

Pelo menos duas organizações humanitárias enviaram propostas à administração norte-americana para ficarem com os contraceptivos em armazém, mas os Estados Unidos rejeitaram.

Os Estados Unidos vão incinerar cerca de 8,5 milhões de euros (10 milhões de dólares) em contraceptivos financiados pelo próprio estado.

Implantes, pílulas e dispositivos intrauterinos, há meses num armazém na Bélgica, vão a caminho de França para serem destruídos, segundo avança a agência Reuters. E para além dos 10 milhões, a administração norte-americana vai gastar outros 160 mil dólares (quase 137 mil euros) só para incinerar os contraceptivos.

A ação vai, segundo a Reuters, de acordo com uma política, conhecida como 'Mexican City Policy', que impede que o país trabalhe em conjunto com organizações que disponibilizam o acesso ao aborto.

Mas pode também estar relacionada com a marca dos contraceptivos: a USAID, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, que fechou portas recentemente por ordem de Donald Trump. A agência foi um dos principais alvos do Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk, que procurava eliminar o “desperdício” nas despesas públicas. Meses depois da saída de Musk vão, literalmente, arder 10 milhões de dólares em contraceptivos.

Estados Unidos rejeitaram propostas de organizações humanitárias

Foram pelo menos duas as organizações que enviaram propostas à administração norte-americana para ficarem com os contraceptivos em armazém: da organização não governamental (ONG) ‘MSI Reproductive Choices’; e o Fundo de População das Nações Unidas, a agência da ONU responsável por saúde sexual e reprodutiva.

Os valores não foram divulgados, mas a resposta norte-americana é conhecida: rejeitado.

"A MSI ofereceu-se para pagar por uma nova embalagem, pelo transporte e por taxas de importação, mas eles não estavam abertos a isso. Disseram-nos que o Governo dos Estados Unidos venderia os medicamentos apenas pelo valor total de mercado", disse a diretora-associada de advocacia da ONG, à Reuters.

Sarah Shaw considera que não se trata de uma questão de “economizar dinheiro” para os Estados Unidos: “Parece mais um ataque ideológico aos direitos reprodutivos.”

Com a ONU a história foi outra. As negociações não falharam, simplesmente nunca existiram porque as autoridades americanas não responderam aos contatos feitos pelas Nações Unidas.

No congresso norte-americano já foram introduzidas propostas para tentar impedir os contraceptivos de serem incinerados, mas é muito improvável que sejam aprovadas a tempo.

Na Bélgica, o próprio ministério das relações exteriores admitiu já ter explorado “todas as opções possíveis para prevenir a destruição, incluindo realocação temporária”, mas até agora não foi garantida uma “alternativa viável”.

Posição dos Estados Unidos quanto ao aborto

Em 2022, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos revogou o precedente judicial do caso conhecido como Roe v. Wade de 1973 -  onde o tribunal da época decidiu que a constituição norte-americana deve proteger a liberdade individual das mulheres grávidas e permitir que realizem um aborto, se assim quiserem.

Quase 50 anos depois, o precedente deixa de ser válido e a sociedade norte-americana divide-se sobre o tema do aborto. Atualmente, o procedimento é ilegal em 14 estados. Outros doze impõem restrições a partir da sexta semana de gestação e em oito estados a ilegalização permanece bloqueada graças a juízes federais.

A divisão segue as cores políticas dos Estados Unidos: estados democratas mantêm o direito à interrupção; os republicanos proíbem ou restringem o acesso.

Os relatos que chegam dos Estados Unidos falam em situações extremas de mulheres a morrerem devido a uma legislação ambígua, que pode prejudicar os profissionais de saúde que realizem o procedimento.

Na Geórgia, uma mulher em morte cerebral desde fevereiro tem sido mantida sob suposto de vida apenas por estar grávida. A família quer desligar as máquinas, mas o hospital recusa, alegando que a lei anti-aborto em vigor não o permite.

Lei da Nacionalidade viola a Constituição? Advogados dizem que sim.... A Ordem dos Advogados afirma que podem estar a ser violados três artigos diferentes da Constituição Portuguesa: 4.º (cidadania portuguesa), 13.º (princípio da igualdade) 18.º (força jurídica).

Por LUSA 

A Ordem dos Advogados emitiu esta quarta-feira um parecer “desfavorável” às alterações propostas pelo Governo à Lei da Nacionalidade e aponta “fundadas dúvidas acerca da constitucionalidade” do projeto de lei.

Em causa, a ordem afirma que podem estar a ser violados três artigos diferentes da Constituição Portuguesa, nomeadamente o artigo 4.º que define o que é a cidadania portuguesa, o artigo 13.º que estabelece o princípio da igualdade entre todos os cidadãos, e o artigo 18.º que fala sobre a força jurídica.

Prazos diferentes para nacionalidades de origem diferentes

Ora, a proposta de alteração à Lei da Nacionalidade agora em cima da mesa “visa restringir o regime vigente” por o considerar “demasiado permissivo”, sugere não só aumentar o prazo de residência exigido para obter a cidadania, mas também implementar prazos diferentes dependendo da nacionalidade de origem. 

Cidadãos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, por exemplo, vêem o prazo aumentar de cinco para sete anos. Os restantes passam a ter de viver em Portugal durante dez anos antes de poderem fazer o pedido de cidadania. Isto desde que não haja uma “justificação objetiva e proporcional” ao pedido.

A ordem dos advogados considera que, a ser aprovado, se trata de “um regime discriminatório” que contraria o “princípio da igualdade consagrado no artigo 13.º” que diz, taxativamente, que “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de (...) território de origem.”

Quanto à introdução de, no mínimo, três anos de residência legal dos pais estrangeiros de uma criança nascida em Portugal, representa, para a ordem, uma limitação “significativa ao acesso” à nacionalidade.

Diz a Ordem dos Advogados, que a medida pode mesmo ter um “impacto desproporcional” sobre os filhos de imigrantes legais que não preenchem este critério.

Negado o acesso à nacionalidade a quem comete crimes

Numa outra alteração, o Governo sugere também restringir o acesso à nacionalidade a quem for condenado pela justiça, “mesmo por crimes menores” (por exemplo, difamação). Uma proposta que a ordem defende que se afasta “do princípio da proporcionalidade e poderá gerar consequências desproporcionadas face à gravidade da infração”.

E alerta que “por qualquer crime” uma pena de apenas um dia ou de 30 “pode implicar uma restrição ao acesso à nacionalidade”.

A ordem aponta ainda que a medida é “redundante”, argumentando que penas superiores a três anos já impedem, de acordo com a lei atual, o pedido de nacionalidade.

Para além disso, a ordem afirma ainda que retirar a nacionalidade portuguesa de um cidadão, caso seja condenado nos dez anos seguintes a ter conseguido obter a mesma, pode “violar os artigos 4.º e 13.º da Constituição”. 

“A previsão da perda de nacionalidade por naturalização representa uma discriminação entre portugueses de origem e naturalizados, criando um subgrupo de ‘portugueses sob vigilância’?”, aponta ainda a Ordem dos Advogados.

A ordem aponta ainda a aplicação retroativa das alterações que estão a ser propostas como uma violação do artigo 18.º da Constituição, por “restringir direitos e expectativas legais dos requerentes” e criar “insegurança jurídica”.

O parecer da Ordem dos Advogados foi entregue na Assembleia da República. Poder ler o documento aqui.

Reação dos partidos à Lei da Nacionalidade

A proposta do Governo para alterar a lei gerou descontentamento, especialmente, à esquerda de onde rapidamente surgiram acusações de violação da Constituição, de criação de “duas categorias de cidadãos”, de “retrocesso civilizacional” e até mesmo de “crueldade”.

À direita, a reação foi mais positiva e o líder do Chega afirmou mesmo que chegou a um entendimento com o PSD e que foi assumido o “compromisso de bloquear uma série de audições para que este processo seja rápido”.

A proposta à Lei da Nacionalidade vai ser discutida depois das férias parlamentares, em setembro, mas em princípio deve passar na Assembleia da República, com os votos a favor do Chega e do PSD.

O Presidente da República ainda não se manifestou diretamente sobre as alterações, mas já tem pedidos para enviar o documento ao Tribunal Constitucional se lhe chegar às mãos.


Leia Também: Lei da nacionalidade? Novas disposições causam "algum incómodo" 

Israel acusa ONG de servirem propaganda do Hamas.... Israel rejeitou hoje o comunicado emitido por mais de uma centena de organizações não-governamentais (ONG) que alertam que a fome está a matar 2,1 milhões de pessoas na Faixa de Gaza, acusando-as de servir a propaganda do Hamas.

Por LUSA 

"Estas organizações servem a propaganda do Hamas, valendo-se do seu número e justificando os seus horrores", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, num comunicado. 

"Apelamos a todas as organizações para que deixem de utilizar os argumentos do Hamas", acrescentou a nota informativa da diplomacia israelita.

Segundo argumenta o ministério israelita, cerca de 4.500 camiões com ajuda humanitária terão entrado em Gaza, sendo responsabilidade do "estrangulamento logístico" das Nações Unidas o facto de outros 700 camiões ainda não terem sido distribuídos e estarem retidos na fronteira.

Apesar desta versão, é Israel que neste momento controla e mantém fechadas à entrada intensiva de alimentos as passagens fronteiriças para Gaza, permitindo -- de forma altamente restritiva -- a distribuição de comida apenas em alguns complexos militarizados, justificando-se com a alegação de que o Hamas beneficia da ajuda que chega através dos comboios humanitários da ONU.

Hoje, num comunicado conjunto, 111 ONG, incluindo os Médicos Sem Fronteiras (MSF), a Save the Children e a Oxfam, alertaram que a fome está a agravar-se em Gaza, referindo mesmo que os próprios trabalhadores humanitários "estão lentamente a morrer".

"Enquanto o cerco imposto pelo Governo israelita condena à fome a população de Gaza, os trabalhadores humanitários juntam-se às filas para receber alimentos, arriscando ser baleados apenas para conseguirem alimentar as suas famílias", denunciaram as organizações.

Os grupos apelaram à negociação imediata de uma trégua, à abertura das fronteiras e ao livre fluxo da ajuda humanitária.

Também hoje, o exército israelita divulgou imagens, sem as datar, onde alegadamente aparecem combatentes do grupo extremista palestiniano Hamas em túneis, a comer fruta, pão e húmus.

Mesmo antes do atual bloqueio, os camiões da ONU já enfrentavam constantes atrasos na distribuição da ajuda, devido a inspeções arbitrárias de Israel em ambos os lados da fronteira e à ausência de rotas seguras facilitadas pelo exército israelita para transportar os bens até aos armazéns.

Nos últimos dias, multiplicaram-se as imagens provenientes da Faixa de Gaza mostrando crianças esqueléticas, bem como testemunhos de médicos que relatam a chegada de pacientes com sinais de subnutrição e exaustos.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 46 crianças morreram por fome e desnutrição desde o início de julho, totalizando mais de uma centena de mortes deste tipo desde outubro de 2023.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 59 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.


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Origem da Lua poderá ser a origem da vida na Terra, segundo estudo... Cientistas sugerem num estudo que o grande corpo rochoso que terá colidido com a Terra durante a sua formação e gerado a Lua provavelmente albergava um "mundo oceânico" na origem da vida no planeta.

Por LUSA 

O estudo, divulgado recentemente pela revista científica Icarus, é coassinado pelo astrofísico português Pedro Machado, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

Em declarações hoje à Lusa, o investigador disse que o trabalho apresenta "um caminho novo para entender a evolução da Terra" e como podem ter chegado ao planeta "os componentes necessários" para garantir a sua habitabilidade.

O corpo rochoso em causa chama-se Theia.

Já se sabia que Theia terá embatido na Terra quando o planeta ainda estava a formar-se e que fragmentos resultantes desse impacto deram origem à Lua.

O que é novo - e é o que defendem Pedro Machado e restante equipa - é que este grande corpo rochoso se terá formado na envolvência de Júpiter, maior planeta do Sistema Solar, e que provavelmente tinha uma "grande quantidade de água" e de elementos químicos essenciais, como carbono, à semelhança de luas de Júpiter como Europa.

"A probabilidade é altíssima", sustentou o também docente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que, juntamente com os coautores Duarte Branco, seu aluno, e Sean N. Raymond, astrónomo norte-americano do Laboratório de Astrofísica de Bordéus, em França, suporta a tese com base em estudos de modelação da formação e evolução do Sistema Solar.

Segundo Pedro Machado, especialista no estudo de atmosferas planetárias, a Terra tem um grande reservatório de água no manto - camada intermédia do interior - que não pode ser explicável pela teoria de que cometas ou pequenos asteroides "transportaram" água para o planeta.


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MP diz que Mondlane criou "pânico" e "terror" levando Moçambique ao "caos"... O Ministério Público (MP) moçambicano acusa o político Venâncio Mondlane de ter apelado a uma "revolução" nos protestos pós-eleitorais, provocando "pânico" e "terror" na população, responsabilizando-o pelas mortes e por mergulhar o país no "caos".

Por LUSA 

No despacho de acusação, entregue na terça-feira, na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Maputo, ao ex-candidato presidencial, e a que a Lusa teve hoje acesso, o MP recorre, como grande parte da prova, aos apelos à contestação, greves, paralisações e de mobilização para protestos feitos nos diretos de Venâncio Mondlane nas redes sociais, ao longo das várias fases da contestação ao processo eleitoral de 2024 em Moçambique.

"Os factos praticados pelo arguido colocaram em causa, de forma grave, bens jurídicos fundamentais, tais como a vida, a integridade física e psíquica das pessoas, a liberdade de circulação, a ordem, segurança e tranquilidade públicas, bem assim o normal funcionamento das instituições públicas e privadas", lê-se.

O MP imputa a Venâncio Mondlane, candidato presidencial nas eleições gerais de 09 de outubro e que não reconhece os resultados, a "autoria material e moral, em concurso real de infrações", os crimes de apologia pública ao crime, de incitamento à desobediência coletiva, de instigação pública a um crime, de instigação ao terrorismo e de incitamento ao terrorismo.

Afirma que recorreu às redes sociais "para facilitar a divulgação das suas ideias radicais, que intitulou de revolução", o que "efetivamente aconteceu, uma vez que as publicações foram visualizadas, comentadas e partilhadas por diversas pessoas, que as puseram em prática".

Moçambique viveu desde as eleições de outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, partido no poder, como quinto Presidente da República.

Segundo organizações não-governamentais que acompanham o processo eleitoral, cerca de 400 pessoas morreram em resultado de confrontos com a polícia, além de destruição de património público e privado, saques e violência, conflitos que cessaram após encontros entre Mondlane e Chapo em 23 de março e em 20 de maio, com vista à pacificação.

Para o MP, Mondlane "estava ciente da gravidade e das consequências das manifestações que convocava de forma sistemática" e que as mesmas "bloqueavam as estradas e impediam a circulação de pessoas e bens".

"Os apelos do arguido chegaram ao conhecimento de um número indeterminado de pessoas, que os concretizaram, realizando protestos, que levaram à ocupação de ruas e avenidas da cidade de Maputo, bem como de outros centros urbanos do país, e saques de bens públicos e privados. Ainda em cumprimento das orientações do arguido, aquele grupo de pessoas atacou veículos, montou grandes barricadas com pneus a que atearam fogo, pedras, troncos de árvores e contentores de lixo", refere.

Segundo a acusação, "em consequência dos seus pronunciamentos, vários cidadãos ficaram privados dos serviços básicos, os serviços públicos e privados ficaram paralisados" e "a onda de protestos e violência decorrentes das orientações dadas pelo arguido originou a morte de vários cidadãos, destruição de bens públicos e privados, provocando sentimento de insegurança pública, pânico, terror na população em geral".

"As suas orientações levaram ainda ao encerramento das fronteiras e destruição das suas instalações, impedindo a circulação de pessoas e bens, o abastecimento dos mercados, especialmente com produtos de primeira necessidade, provocando prejuízos avultados à economia nacional e um cenário de caos no país, como propalava nos seus apelos", acrescenta.

Nos seus apelos, diz o MP, Mondlane agiu "com o propósito, alcançado, de instigar ações de violência e tumulto social, bem assim desenvolver um processo de radicalização, disseminando ideias radicais e promovendo atos de violência" através das redes sociais, "por meio das quais mobilizava e incentiva os jovens para a ação contra entidades do Estado moçambicano e contra a população em geral".

"O arguido, ao ordenar os jovens e demais seguidores para bloquearem as ruas, impedindo a passagem e a circulação de pessoas e bens, bem como a coagir os cidadãos a não saírem de casa, agiu com o propósito de causar-lhes medo e intimidação, e provocar-lhes receio de virem a sofrer atos de violência contra a sua vida e integridade física, ciente de que estas ações eram adequadas a causar-lhes pânico e terror, como efetivamente causou", conclui o MP.


Leia Também: Governo moçambicano reitera separação de poderes após acusação a Mondlane

terça-feira, 22 de julho de 2025

Novo Embaixador da Guiné-Bissau inicia funções na Mauritânia

No dia 22 de julho de 2025, o Embaixador da República da Guiné-Bissau na Mauritânia, Mamadu Aliu Jaló, entregou oficialmente as cópias figuradas das suas Cartas Credenciais ao Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Islâmica da Mauritânia.  

O ato protocolar marca o início oficial da missão diplomática do Embaixador Mamadu Aliu Jaló no território mauritano, representando a Guiné-Bissau junto das autoridades mauritanas e reforçando os laços de cooperação entre os dois países.

Por Radio TV Bantaba

Este líquido destrói os ossos? Você sabe de qual bebida estou falando?

Por  curapelanatureza.com.br   22/07/2025.  

Entenda como o consumo de refrigerante pode afetar sua saúde, dos ossos ao sono.

Ele está presente nos almoços de família, nas sessões de cinema em casa e nos encontros com amigos. Compre vitaminas e suplementos.

O refrigerante se tornou um símbolo de momentos de descontração.

Mas, por trás das bolhas refrescantes e do sabor doce, existe um lado menos agradável que merece nossa atenção, seja na versão tradicional, zero ou light.

A ideia aqui não é criar alarme, mas ter uma conversa honesta sobre como essa bebida, quando consumida com frequência, pode impactar o nosso corpo de maneiras que muitas vezes nem imaginamos.

Vamos entender, ponto a ponto, como ela age no nosso organismo?

1. Um Risco Silencioso para a Saúde dos Ossos

Você sabia que o refrigerante pode deixar seus ossos mais frágeis?

O principal responsável por isso é o ácido fosfórico, muito comum em bebidas à base de cola. Essa substância pode dificultar a absorção do cálcio pelo corpo, um mineral essencial para manter a estrutura óssea forte e saudável.

Um estudo importante da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, observou que mulheres que consumiam refrigerante de cola regularmente apresentavam uma densidade óssea menor na região do quadril.

Esse é um ponto de atenção importante, principalmente para mulheres acima dos 40 anos, quando o cuidado com a osteoporose se torna ainda mais relevante.

2. A Ilusão do Refrigerante “Zero” ou “Light”

Muitas pessoas trocam o refrigerante comum pela versão “zero” ou “light” acreditando que estão fazendo uma escolha mais saudável.

No entanto, o corpo pode não concordar. Estudos sugerem que os adoçantes artificiais presentes nessas bebidas podem “enganar” o cérebro.

Eles alteram nossos sinais de saciedade e podem, paradoxalmente, aumentar a vontade de comer doces e alimentos mais calóricos.

Além disso, algumas pesquisas associam o consumo frequente de refrigerantes diet a um aumento da gordura abdominal.

3. Um Alerta para a Saúde do Coração

O impacto no sistema cardiovascular é outra grande preocupação. O consumo diário de bebidas açucaradas sobrecarrega o organismo.

Um estudo conduzido pela Universidade de Harvard mostrou que esse hábito aumenta o risco de problemas cardíacos.

Nas mulheres, o consumo regular de refrigerantes também está ligado a níveis mais altos de triglicerídeos, que são um tipo de gordura no sangue.

Quando elevados, eles se tornam um fator de risco para doenças do coração.

4. O Impacto Direto no Açúcar do Sangue

Tanto as versões com açúcar quanto as com adoçantes podem ser problemáticas para o controle do açúcar no sangue.

As bebidas açucaradas causam picos de glicose, forçando o pâncreas a trabalhar mais para produzir insulina.

Com o tempo, esse processo pode levar à resistência à insulina, um passo anterior ao desenvolvimento do diabetes tipo 2.

5. Seus Dentes, Rins e até seu Sono Sofrem

Os efeitos não param por aí. A combinação de açúcar e acidez dos refrigerantes é uma inimiga declarada do esmalte dos dentes, facilitando o aparecimento de cáries.

Algumas bebidas também contêm substâncias que podem contribuir para a formação de pedras nos rins.

E a sua noite de sono? A cafeína, presente em muitos refrigerantes, pode atrapalhar o descanso, causando insônia ou despertares noturnos.

Perguntas Frequentes sobre Refrigerantes

Refrigerante realmente enfraquece os ossos?

Sim, especialmente os do tipo cola. O ácido fosfórico presente neles pode interferir na forma como seu corpo usa o cálcio, que é vital para a força e a densidade dos ossos.

O refrigerante “zero açúcar” engorda?

Ele não tem calorias, mas pode influenciar o ganho de peso. Os adoçantes artificiais podem confundir os sinais de fome do corpo e aumentar o desejo por outros alimentos doces.

Qual o pior tipo de refrigerante para a saúde?

É difícil eleger um só. Os com açúcar são ruins pelo excesso de calorias e impacto na glicemia. Os de cola são preocupantes para os ossos. De modo geral, o consumo frequente de qualquer tipo é desaconselhado.

Como posso diminuir o consumo de refrigerante?

Comece aos poucos. Tente substituir um copo de refrigerante por água com gás e limão espremido ou por um chá gelado caseiro. A mudança gradual é mais fácil de manter.

Não é preciso declarar guerra total ao refrigerante e nunca mais tomar um gole. O mais importante é a consciência.

Entender o que estamos consumindo nos dá o poder de fazer escolhas melhores e mais equilibradas para a nossa saúde.

Reduzir a frequência já é um grande passo. Cuidar de si é também fazer escolhas mais gentis para o seu corpo, um dia de cada vez.

Diretora da UNESCO lamenta "profundamente" saída dos EUA da organização

Por LUSA 

A diretora-geral da UNESCO, a francesa Audrey Azoulay, lamentou profundamente a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar o seu país da organização, mas garantiu que estavam preparados para isto, inclusive em termos orçamentais.

"Embora lamentável, este anúncio era previsível e a UNESCO preparou-se para ele", disse Azoulay em comunicado após a decisão norte-americana, anunciada por um porta-voz do Departamento de Estado de Washington.

A Agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), com sede em Paris, explicou que a contribuição dos Estados Unidos representa 22% do seu orçamento regular, mas apenas 8% do seu orçamento total, que é sustentado, para além das contribuições obrigatórias dos membros, por contribuições voluntárias de países, organizações sociais e doadores.

Estes contributos duplicaram desde 2018, o que significa que a agência está "protegida" e "não está a considerar despedimentos", indicou o diretor-geral, uma vez que a situação é menos dramática do que para outras entidades da ONU mais dependentes de Washington.

A ausência de contribuições dos EUA não impediu grandes projetos como a reconstrução da cidade antiga de Mossul (Iraque), iniciada em 2018.

A justificação dos Estados Unidos

Em relação aos argumentos dos Estados Unidos, que justifiquem esta medida, o Departamento de Estado indicou que "não é do interesse nacional", dado que a UNESCO promove "causas sociais e culturais divisórias", notícia a agência noticiosa espanhola Efe.

Os norte-americanos citaram especificamente a natureza "globalista" e "ideológica" dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e reiteraram também a sua oposição ao estatuto da Palestina, que foi admitida como membro em 2011.

A entrada da Palestina levou o Governo norte-americano, então liderado pelo Presidente Barack Obama, a congelar as suas contribuições para a UNESCO, e depois Trump finalizou a retirada em 2017 (embora só entrasse em vigor no ano seguinte) em protesto contra as alegadas tendências anti-israelitas da organização e citando também a necessidade de reformas.

Em 2023, quando os Estados Unidos regressaram como membro de pleno direito por iniciativa do Presidente Joe Biden, fizeram-no com um plano de liquidar gradualmente os pagamentos pendentes do período de 2011 a 2018, que totalizaram 619 milhões de dólares.

As razões para a retirada, "são as mesmas de há sete anos", referiu hoje Azoulay, apesar de a situação dentro da organização "ter mudado profundamente" desde então.

Sobretudo porque as decisões são atualmente tomadas por consenso - incluindo em relação a Israel e à Palestina - para evitar atritos e acusações de politização.

UNESCO diz que a administração de Trump se contradiz

Segundo fontes da organização, esta é, de facto, uma "decisão política bastante pessoal" sobre a qual a agência não tinha falsas esperanças, especialmente tendo em conta que o regresso em 2023 tinha sido uma iniciativa pessoal do Presidente Biden.

A situação atual da organização também não foi sujeita a uma revisão completa, de acordo com as mesmas fontes, que não atribuem o momento do anúncio a nenhum fator específico, notícia a Efe.

A UNESCO enfatizou ainda que a posição da administração Trump contradiz valores chave como o combate ao antissemitismo e a educação sobre o Holocausto, duas áreas que fazem parte do mandato da UNESCO.

O seu trabalho nestas áreas, recordou a diretora-geral, é aplaudido por importantes organizações internacionais e norte-americanas que lutam contra o antissemitismo e preservam a memória judaica, como o Congresso Judaico Mundial e a sua secção norte-americana, e o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, em Washington.

"A UNESCO continuará a cumprir estas missões, apesar da inevitável redução de recursos", prometeu Azoulay, referindo que a missão da agência é acolher todas as nações e que os Estados Unidos "são e serão sempre bem-vindos".

Azoulay fez ainda questão de referir os sítios monumentais indicados para o estatuto de Património Mundial e outros reconhecimentos, pois "podem ser os primeiros a sofrer as consequências" desta decisão "contrária aos princípios do multilateralismo".

É a terceira vez que os Estados Unidos saem 

Esta é a terceira vez que os Estados Unidos se retiram da UNESCO, organização da qual foram um dos membros fundadores em 1945 e um dos primeiros signatários da sua constituição, que entrou em vigor a 4 de novembro.

A primeira retirada, além das duas de Trump, ocorreu em 1984, na administração do Presidente Ronald Reagan, em protesto contra o que considerou ser má gestão económica e "politização" excessiva - no contexto da Guerra Fria - quando contribuiu com um quarto do seu orçamento.

O país só regressou em outubro de 2003, durante a presidência de George W. Bush.

Caso de 1 de fevereiro: JÚLIO MAMBALI LIBERTADO PELO TRIBUNAL REGIONAL MILITAR E ADVOGADO EXIGE JULGAMENTO DE BUBO NA TCHUTO

Por: Ussumane Mané.   radiosolmansi.net

O Tribunal Regional Militar procedeu, esta segunda-feira, 21 de julho, à libertação de Júlio Mambali, detido na sequência da suposta tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro de 2022.

Segundo informações avançadas esta terça-feira, (22 de julho) em Bissau, pelo advogado de defesa, Marcelino Intupé, a libertação de Júlio Mambali deve-se ao cumprimento do acórdão do Tribunal Militar Superior, que havia ordenado a libertação imediata dos suspeitos sem acusação formal.

Embora a decisão venha sendo aplicada de forma seletiva e tardia, o advogado Marcelino Intupé considera que os direitos do seu constituinte — agora em liberdade — foram violados durante mais de três anos.

“Há mais de três anos sem processo. Não me refiro apenas ao recém-libertado, mas a quase todos os que já se encontram em liberdade, e também ao almirante Bubo Na Tchuto, que continua ainda sem julgamento. Para nós, isso representa uma violação dos seus direitos, ou seja, o tribunal continua a infringir os direitos destas pessoas”, declarou Intupé, afirmando acreditar no cumprimento do último acórdão do Tribunal.

Em julho de 2024, o Tribunal Militar Superior ordenou a libertação imediata de civis e militares acusados da tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro de 2022. No acórdão publicado pela mais alta instância da justiça militar guineense, consta que o Tribunal Militar Superior (TMS) deu provimento ao recurso da defesa dos detidos, que, entre outros pontos, questionava a forma como foi constituído o Tribunal Militar Regional para o julgamento.

Em reação, esta terça-feira, horas depois da libertação de Júlio Mambali, Marcelino Intupé exigiu a urgente marcação do julgamento de Bubo Na Tchuto, que, segundo o advogado, continua sob sequestro do tribunal, que até hoje não se pronunciou sobre sua eventual libertação.

“O contra-almirante está retido sem processo. Para nós, o tribunal não tem outro caminho a seguir senão marcar imediatamente o seu julgamento”, concluiu o advogado.

Recorde-se que, em fevereiro deste ano, o Tribunal Militar Regional de Bissau condenou 14 militares por “tentativa de golpe de Estado”, com penas de prisão que variam entre 12 e 29 anos. A decisão incluiu Júlio Mambali e o contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, este último apesar de o tribunal não ter competência legal para julgá-lo.

Igualmente foram condenados à revelia os conhecidos operativos militares Papis Djeme e Tchami Ialá, enquanto alguns militares e civis foram absolvidos.

EUA anunciam saída da UNESCO por causa de "agenda ideológica"... Os Estados Unidos anunciaram hoje a saída da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), dois anos após o regresso, alegando o que considera ser o pendor anti-Israel desta estrutura da ONU.

Por LUSA 

"A UNESCO trabalha em prol de causas culturais e sociais facciosas e mantém um foco desmesurado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, uma agenda globalista e ideológica", refere Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos. 

A responsável esclareceu, através de comunicado, que esta posição não está alinhada com os interesses dos EUA em termos de política externa.

A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, reagiu de imediato, dizendo que "lamenta profundamente" a decisão do presidente norte-americano, mas reconhecendo que o anúncio era esperado.

A decisão vai entrar em vigor no final de dezembro de 2026, noticiou a agência Associated Press (AP).

Esta é a terceira vez que os Estados Unidos abandonam a UNESCO, com sede em Paris, e a segunda numa administração Trump.

Em 2017, durante o primeiro mandato de Donald Trump, a saída da UNESCO foi justificada pelo alegado preconceito anti-Israel da organização. A decisão entrou em vigor um ano depois.

Em 2023, os Estados Unidos regressaram à UNESCO, após a administração do ex-presidente Joe Biden ter solicitado o reingresso.

No passado mês de fevereiro, Trump ordenou uma revisão da presença na UNESCO, pedindo especial atenção a qualquer manifestação de "antissemitismo ou sentimento anti-Israel dentro da organização."

De acordo com fontes da Casa Branca, citadas hoje pela imprensa norte-americana, nos últimos meses foram avaliadas as políticas de diversidade, equidade e inclusão da UNESCO, assim como "o seu pendor pró-Palestina e pró-China".

Em causa estão decisões da UNESCO como a classificação de "Património Mundial da Palestina", em sítios que a administração Trump alega serem judeus, e o uso da palavra "ocupação" para os territórios palestinianos ocupados por Israel, segundo as resoluções das Nações Unidas.

A Casa Branca de Trump também critica em particular a iniciativa "Transforming MEN'talities", que visa abordar questões de género, promover a inclusão e trabalhar normas sociais que sustentam preconceitos.

Esta iniciativa acompanhou no ano passado a campanha do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher e publicou relatórios sobre a igualdade de género na Índia, os videojogos e o modo como estes podem promover inclusão.

"Não se trata apenas de controlar os impactos negativos dos videojogos, mas também de contar com eles para abordar estereótipos socioculturais e incentivar comportamentos positivos e antidiscriminatórios", afirmou na altura a diretora-geral adjunta para as Ciências Sociais e Humanas da UNESCO, Gabriela Ramos.

Os Estados Unidos saíram pela primeira vez da UNESCO em 1983, durante a presidência de Ronald Reagan, alegando que a organização era mal gerida, corrupta e utilizada para promover os interesses da União Soviética.

O regresso à UNESCO aconteceu em 2003, durante a presidência de George W. Bush.

Chuvas torrenciais no Paquistão matam 221 pessoas,100 eram crianças... As chuvas torrenciais no Paquistão mataram 221 pessoas, incluindo mais de 100 crianças, desde o início da época das monções, no final de junho, revelou hoje uma agência governamental.

© M ASIM KHAN/AFP via Getty Images    Lusa   22/07/2025 

Entre as vítimas, 104 eram crianças e 40 mulheres, informou um porta-voz da Autoridade de Gestão de Desastres à Agência France Presse (AFP), acrescentando que as pessoas morreram entre 26 de junho e 21 de julho, quando ruíram as casas onde viviam, e os habitantes foram arrastados por cheias repentinas ou eletrocutados.

As autoridades revelaram ainda que os deslizamentos de terra no norte do Paquistão, na segunda-feira, após chuvas torrenciais das monções de verão, mataram três pessoas e 15 outras continuam desaparecidas.

Várias das vítimas eram turistas de outras partes do Paquistão que visitavam Gilgit-Baltistan, uma província conhecida pelos seus vales verdejantes e lagos cristalinos, quando foram atingidos por um deslizamento de terras numa estrada de montanha.

"Três corpos foram recuperados e mais de 15 pessoas ainda estão desaparecidas", disse hoje Abdul Hameed, chefe da polícia local do distrito de Diamer, em Gilgit-Baltistan, à AFP.

Informou ainda que a operação de socorro para retirar mais de 10 veículos soterrados já começou na segunda-feira.

"Os serviços de emergência transportaram quatro feridos, um dos quais está em estado crítico", disse o porta-voz do governo provincial, Faizullah Faraq.

"Centenas de turistas foram acolhidos, e os residentes de aldeias próximas forneceram-lhes abrigo e ajuda de emergência", acrescentou.

As cheias na província danificaram também 50 casas, quatro pontes, um hotel e uma escola, além de bloquearem estradas principais.

A monção de verão, que traz 70% a 80% da precipitação anual do Sul da Ásia entre junho e setembro, é vital para a subsistência de milhões de agricultores numa região de aproximadamente dois mil milhões de pessoas.

O Serviço Meteorológico Nacional alerta que o risco de chuvas fortes e possíveis inundações repentinas continua elevado nas províncias do norte e leste do país, com risco de inundações e deslizamentos de terras.

O país ainda luta para recuperar das cheias devastadoras de 2022, que afetaram quase um terço do país e mais de 33 milhões de pessoas. Cerca de 1.700 pessoas morreram e uma parte significativa das culturas foi perdida.

O Paquistão é um dos países mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas e os seus 255 milhões de habitantes estão a enfrentar eventos climáticos extremos com uma frequência crescente.


EUA passam a cobrar taxa extra de 250 dólares a todos os estrangeiros que visitem o país

Por Sicnoticias 

Designada "taxa de integridade do visto", destina-se a todos os estrangeiros que entram no país com um visto de não imigrante, incluindo turistas, vistos de negócios e estudantes internacionais.

Os Estados Unidos vão cobrar uma taxa adicional de, pelo menos, 250 dólares (213 euros, ao câmbio atual) sobre os vistos de todos os estrangeiros que entrem no país como visitantes, incluindo estudantes, e a taxar pedidos de asilo.

A taxa sobre vistos de visitantes, aprovada na recente lei orçamental do Presidente Donald Trump, será adicionada às taxas já estabelecidas.

Designada "taxa de integridade do visto", destina-se a todos os estrangeiros que entram no país com um visto de não imigrante, incluindo turistas, vistos de negócios e estudantes internacionais.

Os Estados Unidos vão emitir quase 11 milhões de vistos de não imigrante em 2025, de acordo com dados do Departamento de Estado.

Um porta-voz do Departamento de Estado disse à CNN que a taxa foi criada "para apoiar" as prioridades de imigração da administração Trump.

De acordo com a nova lei, os titulares de vistos sujeitos à taxa poderão ser reembolsados posteriormente, desde que cumpram as restrições do visto, como a saída do país até cinco dias após o mesmo expirar.

No entanto, a lei não especifica como os titulares de vistos podem solicitar o reembolso da taxa, nem como será cobrada, adianta a CBS.

O Gabinete Orçamental do Congresso (CBO) estima que a nova taxa poderá reduzir o défice federal em 28,9 mil milhões de dólares nos próximos dez anos.

O Departamento de Segurança Interna tem autoridade para aumentar a taxa atual, de acordo com a legislação assinada pelo Presidente a 04 de julho.  

A taxa será ajustada à inflação e o pagamento será exigido no momento da emissão do visto, sem isenção de taxas para pessoas com baixos rendimentos.

Estudantes e requerentes de asilo também vão pagar taxa extra

A lei também impõe aumentos nas taxas para outros pedidos de imigração. Por exemplo, pela primeira vez, os requerentes de asilo não devem apenas pagar uma taxa para pedir asilo - fixada em 100 dólares - mas também uma taxa adicional de 100 dólares por cada ano em que o pedido esteja pendente.

Segundo cálculos da CBS, os requerentes de visto de estudante, que já precisam de pagar uma taxa de candidatura de 185 dólares e uma taxa de 350 dólares para o Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio, terão de pagar pelo seu visto um total para 785 dólares, incluindo a taxa adicional de 250 dólares.

Os solicitantes de asilo podem ter de suportar taxas de registo totais superiores a 1.150 dólares ao abrigo da nova lei, quando antes o processo era gratuito, de acordo com o Conselho Americano de Imigração (AIC, na sigla inglesa).

O AIC afirmou em comunicado que estas taxas "elevadas" bloqueiam o acesso a estes serviços para as pessoas que não podem suportar os pagamentos extra.

Muitos turistas não precisam de visto devido ao Programa de Isenção de Visto, que permite aos residentes de mais de 40 países - incluindo Portugal - entrar nos Estados Unidos automaticamente por período inferior a 90 dias.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Donald Trump partilha vídeo (falso) onde Barack Obama é detido... Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, partilhou um vídeo - alegadamente gerado por Inteligência Artificial - onde se vê Barack Obama a ser detido por dois agentes do FBI na sala Oval, na Casa Branca.

© JIM WATSON/AFP via Getty Images     noticiasaominuto.com    21/07/2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, partilhou um vídeo - que terá sido gerado por inteligência artificial -, no domingo, onde está junto de Barack Obama na Sala Oval, na Casa Branca, em Washington, em 2016. No decorrer do vídeo, o antigo presidente norte-americano é algemado e detido.

No vídeo partilhado na sua plataforma Truth Social, Donald Trump havia acabado de ser eleito presidente dos Estados Unidos após derrotar a democrata Hillary Clinton, e era recebido pelo, na altura, presidente Barack Obama - vídeo que pode ver abaixo.👇

O vídeo mostra dois agentes do FBI a segurarem Barack Obama e a algemá-lo, sendo depois levado para fora da sala, enquanto Donald Trump sorri. De seguida, aparece uma imagem de Obama dentro de uma cela, com um macacão laranja: "Ninguém está acima da lei", lê-se.

De acordo com o The York Times, o escritório de Obama não respondeu ao pedido de comentário sobre partilha de Trump.

De notar que a publicação do vídeo surge dias depois de a diretora da Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, ter acusado Barack Obama e a sua administração de "conspiração", por alegadamente terem dito que a vitória de Trump, em 2016, teve manipulação de origem russa.

Recorde-se que esta não é a primeira vez que Donald Trump partilha nas sua plataforma vídeos ou fotografias geradas por Inteligência Artificial.

Por exemplo, em agosto do ano passado, publicou fotografias da cantora Taylor Swift, onde alegava que a estrela pop pedia às pessoas que votassem nele nas eleições de novembro.

Este domingo, Donald Trump completou seis meses de mandato, tendo comemorado o feito com a partilha de um vídeo nas redes sociais: "Promessas feitas, promessas cumpridas".

Numa mensagem publicada na sua plataforma Truth Social, felicitou-se por ter "reanimado completamente um grande país" em "seis meses".

"Há um ano, o nosso país estava morto, quase sem esperança de renascer. Hoje, os Estados Unidos são o país mais respeitado do mundo", escreveu o governante.


Leia Também: Martin Luther King: Executivo Trump divulga registos. Família opõe-se

O executivo do presidente norte-americano, Donald Trump, divulgou hoje registos da vigilância pelo FBI de Martin Luther King Jr., apesar da oposição da família deste e do grupo de defesa dos direitos civis que liderou até ser assassinado.