quarta-feira, 17 de maio de 2023
Família russa decide alterar o nome do seu filho chamado Putin
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POR LUSA 17/05/23
Uma família russa decidiu mudar o nome do seu filho, que se chama Putin, o sobrenome do Presidente russo, de acordo com o registo civil da região de Vladimir, a menos de 200 quilómetros de Moscovo.
"Os pais regressaram ao nosso serviço. Eles, digamos, arrependeram-se do que fizeram", adiantou Yekaterina Belous, a responsável do registo civil do distrito de Alexandrovsky em Vladimir, de acordo com o jornal 'New Alexandrovsk City', citado pela agência Efe.
Esta responsável acrescentou que os país pretenderam "devolver o nome que lhe deram quando a criança nasceu".
A família Dzhuraev batizou originalmente o seu filho como Rasul, mas mudou em 2016 a pedido do seu avô, um grande admirador do líder do Kremlin, Vladimir Putin.
Os Dzhuraevs receberam a cidadania russa depois de fugirem da guerra civil (1992-97) que devastou a república da Ásia Central do Tajiquistão após a queda da União Soviética e custou a vida de mais de 100.000 pessoas.
O pedido para a nova alteração de nome surge um ano depois do início da invasão da Ucrânia pela Rússia, decretada por Vladimir Putin.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 447.º dia, 8.836 civis mortos e 14.985 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: EUA oferecem recompensa de 9,2 milhões de euros por captura de hacker russo
Xanana Gusmão vai ser primeiro-ministro e "trabalhar" com todos
© Lusa
POR LUSA 17/05/23
O secretário-geral do CNRT manifestou-se hoje "100% otimista" que Xanana Gusmão seráo novo primeiro-ministro de Timor-Leste, com uma vitória folgada a 21 de maio, vincando que o partido vai trabalhar com todos.
"Timor precisa que todo o mundo vá trabalhar junto. Eu sei. Eu tenho um pouco de experiência. (...) 36 cadeiras garantidas [no Parlamento Nacional]. A contagem é conservadora, até", disse à Lusa o secretário-geral do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), Francisco Kalbuadi.
"Timor é nosso, todo o mundo contribuiu para esta luta e [se] ganharmos a maioria isto significa que o povo acredita no CNRT. Mas o CNRT vai trabalhar com todo o mundo", vincou, afirmando sobre Xanana Gusmão: "ele é primeiro-ministro, isso é indiscutível".
Kalbuadi, que numa estimativa "conservadora" disse que o partido vai conseguir 36 das 65 cadeiras do parlamento, comentava assim declarações do Presidente timorense, José Ramos-Horta, que em entrevista à Lusa disse preferir que "haja um partido que ganhe com a maioria absoluta" no voto de domingo, mas que esse partido deveria trabalhar com outras forças políticas.
A equipa do CNRT está hoje a ultimar os preparativos para o comício de encerramento na quinta-feira, em Díli, depois de percorrer todo o país desde o início da campanha, a 19 de abril, deixando apelos a todos os simpatizantes que se mantenham tranquilos.
"Vamos tentar mostrar uma eleição com qualidade, um processo honesto e justo. Da nossa parte vamos tentar todo o possível, comunicar, apelar a todos os militantes e simpatizantes, à estrutura para criar estabilidade, criar paz. Este é o nosso país, não queremos ver nem um timorense de qualquer parte ou de qualquer partido a sofrer, [nem] especialmente violência", vincou.
Sobre a votação, Kalbuadi disse ser o momento do povo fazer ouvir a sua voz sobre o futuro, insistindo que é essencial existir respeito máximo pelos resultados da votação.
"De cinco em cinco anos esta é a festa da democracia. O dono é o povo. Deixa lá o povo exercer a função dele, o direito dele. (...) Esta é uma festa da democracia, vamos celebrar", afirmou.
"Ganhar ou perder, isso é a democracia. Respeitamos aquele que ganha e também nos respeitamos e amamos uns aos outros. Isso é que é importante", vincou.
A última jornada de campanha, na quinta-feira, verá as duas maiores forças políticas concentradas na capital, depois de uma polémica sobre quem poderia encerrar os comícios no recinto de Tasi Tolu, em Díli.
A CNE acabou por atribuir o espaço de Tasi Tolu ao CNRT, mas a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) decidiu realizar minicomícios, ao mesmo tempo, noutros pontos de Díli.
Tal como tem ocorrido desde que os comícios das maiores forças políticas chegaram a Díli, no final da semana passada, efetivos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) vão estar em grande número no terreno.
As operações visam manter a segurança, especialmente rodoviária, dado o grande número de militantes e apoiantes que se desloca para as zonas dos comícios.
Durante as operações já foram confiscadas centenas de motas de apoiantes de vários partidos por violações de regras da estrada, nomeadamente por circular sem capacete ou carta, motas sem matrícula ou com alterações irregulares.
A campanha termina oficialmente na quinta-feira, seguindo-se dois dias de reflexão.
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Guterres saúda missão de paz de seis líderes africanos a Moscovo e Kyiv
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POR LUSA 17/05/23
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, saudou a missão de paz liderada por seis dirigentes africanos que irá partir em breve para a Ucrânia e a Rússia.
O porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, confirmou que o português recebeu um telefonema do Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, no qual comunicou que a iniciativa é "bem-vinda".
"Somos a favor de qualquer iniciativa que nos possa levar à paz, de acordo com a Carta [das Nações Unidas], de acordo com o direito internacional e de acordo com as resoluções da Assembleia Geral", declarou Dujarric, numa conferência de imprensa.
Ramaphosa anunciou na terça-feira que uma missão de paz liderada por seis dirigentes africanos vai partir "o mais rapidamente possível" para a Ucrânia e a Rússia para tentar "encontrar uma solução pacífica para o conflito devastador".
O Presidente russo, Vladimir Putin, e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky "concordaram em receber a missão e os chefes de Estado africanos em Moscovo e em Kyiv", disse Ramaphosa, numa conferência de imprensa na Cidade do Cabo.
Além da África do Sul, a missão inclui Senegal, Zâmbia, Congo, Uganda e Egito, adiantou o chefe de Estado sul-africano.
Ramaphosa, que disse ter falado com os homólogos russo e ucraniano em "telefonemas separados" durante o fim de semana, disse esperar "trocas sustentadas com ambos os líderes" durante a missão.
Os países africanos têm sido menos unânimes do que as grandes potências ocidentais na denúncia da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Países como o Senegal e a África do Sul abstiveram-se de votar numa resolução da Organização das Nações Unidas que a condenava.
Na segunda-feira, o Presidente sul-africano manifestou a sua indignação, afirmando que Pretória estaria a ser alvo de uma "pressão extraordinária" para escolher um lado.
Próxima do Kremlin desde a época da luta contra o 'apartheid', a África do Sul sempre se recusou a condenar a invasão da Ucrânia, alegando manter-se "neutra" e querer dar prioridade ao diálogo.
Esta posição tem irritado alguns membros da comunidade internacional, especialmente desde que Pretória acolheu exercícios navais com a Rússia e a China, em fevereiro, pouco antes do primeiro aniversário da invasão russa, reacendendo as preocupações ocidentais.
O anúncio de uma missão africana surge também após as recentes tensões entre Pretória e Washington sobre a questão russa.
O embaixador dos EUA na África do Sul afirmou na semana passada que um navio de carga russo tinha atracado perto da Cidade do Cabo em dezembro e estava a regressar à Rússia com armas e munições.
O Governo sul-africano afirmou que não havia registo de vendas de armas aprovadas pelo Estado à Rússia durante o período em questão e o Presidente Ramaphosa anunciou uma investigação sobre o assunto.
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terça-feira, 16 de maio de 2023
Legislativas 2023 - Lançamento do Programa Eleitoral #HoraTchiga
Zelensky classifica como "histórico" abate de mísseis russos supersónicos
© Yan Dobronosov/Global Images Ukraine via Getty Images
POR LUSA 16/05/23
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou como um "resultado histórico" a interceção de todos os mísseis russos lançados na terça-feira contra a Ucrânia, incluindo seis mísseis supersónicos Kinzhal, informações negadas por Moscovo.
"Tinham-nos dito que esses mísseis têm morte garantida porque são impossíveis de abater", sublinhou Zelensky que se dirigiu por videoconferência à cimeira de chefes de Estado e Governo do Conselho da Europa (CoE), que começou esta terça-feira em Reiquiavique.
A Rússia lançou mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e 'drones' ao mesmo tempo para travar o trabalho das defesas antiaéreas ucranianas, explicou Zelensky, garantindo que, apesar disso estes sistemas conseguiram "salvar todas as vidas" que estavam ameaçadas.
O chefe de Estado ucraniano agradeceu às Forças Armadas do seu país e aos aliados que apoiam Kyiv com armamento e treino dos seus militares.
"Faz um ano não fomos capazes de derrubar a maioria dos mísseis terroristas, principalmente os balísticos. E eu pergunto, se podemos fazer isso agora, há algo que não possamos fazer se estivermos unidos e determinados a salvar vidas?", frisou no seu discurso.
No entanto, Zelensky enfatizou que "ainda há muito a ser feito" para que o abate de 100% dos mísseis agressores se torne a norma, destacando que as defesas antiaéreas ucranianas precisam de ser ainda mais fortalecidas.
Moscovo negou esta terça-feira as alegações de Kyiv sobre a ação das suas defesas aéreas.
"A Rússia não lançou tantos Kinzhals quanto [os ucranianos] dizem que derrubaram", salientou o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, citado pela agência de notícias Ria Novosti.
Shoigu referiu que Kyiv deu um número de interceções três vezes superior à realidade.
O míssil Kinzhal ("Adaga" em russo) é uma das armas apontadas como "invencíveis" pelo Presidente russo, Vladimir Putin, já que a sua velocidade permite ultrapassar a maioria dos sistemas de defesa aérea.
A Ucrânia tinha revelado o abate de um míssil russo pela primeira vez no início de maio, graças ao poderoso sistema antiaéreo norte-americano Patriot, entregue a Kyiv em abril.
Durante o seu discurso perante o CoE, Zelensky congratulou-se com a criação de um registo de danos causados pela Rússia, iniciativa deste organismo que se espera que seja referendado pelos dirigentes presentes na cimeira.
Para o governante, esta iniciativa está mais próxima do estabelecimento "de um mecanismo de compensação que mostrará ao mundo que não vale a pena sequer pensar em agressão".
Zelensky garantiu ainda que está "cem por cento certo" de que o resultado final dos esforços internacionais será a criação de um tribunal internacional perante o qual os responsáveis pela invasão russa serão responsabilizados.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 447.º dia, 8.836 civis mortos e 14.985 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: França "abriu a porta" a formar pilotos ucranianos de aviões de combate
PRESIDENTE CONDECORA MINISTRA DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS DO GANA
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, condecorou hoje com a medalha Ordem Nacional de Mérito, Cooperação e Desenvolvimento, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Integração Regional da República do Gana, Shirley Botchwey, em reconhecimento da ação desenvolvida ao longo dos últimos anos em prol do reforço do relacionamento bilateral entre Guiné-Bissau e Gana.
Ucrânia diz que abateu seis mísseis hipersónicos Kinzhal (os impossíveis de intercetar, segundo Putin), mas Rússia nega
A Ucrânia diz que abateu nada menos que seis mísseis hipersónicos Kinzhal na noite passada, durante o mais intenso bombardeamento russo registado até agora contra Kiev.
Trata-se de um míssil capaz de voar dez vezes mais depressa do que o som e, no passado, Vladimir Putin gabou-se de que não era possível abatê-lo.
Portanto, a Rússia nega que isto tivesse acontecido.
Miguel Cabral de Melo Cnnportugal.iol.pt
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Kyiv diz ter recuperado 20 quilómetros quadrados nos arredores de Bakhmut... A vice-ministra da Defesa ucraniana relatou que continuam a existir fortes combates na zona.
© Getty Images
Notícias ao Minuto 16/05/23
As forças ucranianas alegam ter recuperado, nos últimos dias, cerca de 20 quilómetros quadrados de território que tinha sido tomado pelas forças russas em torno da cidade oriental de Bakhmut, disse a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, aqui citada pelo The Guardian.
A alegação foi feita por via de uma publicação na rede social Telegram, onde deu conta de que as forças russas avançaram "um pouco" sobre a própria cidade de Bakhmut e que continuam a existir fortes combates no local.
Sobre o tema, a governante destacou ainda que Moscovo "está a avançar sobre Bakhmut, destruindo completamente a cidade com artilharia. Além disso, o inimigo está a mobilizar unidades de paraquedistas profissionais" para o local.
"Recordo-vos que o inimigo está em vantagem em termos de número de pessoas e de armas. Ao mesmo tempo, graças às ações das nossas forças armadas, ele não tem sido capaz de implementar os seus planos na direção de Bakhmut desde o verão passado", explicou ainda a ministra.
Assegurando que as forças ucranianas estão "a dar o seu melhor", Hanna Maliar deu conta de que o "facto de a defesa de Bakhmut durar tantos meses e de haver avanços em certas zonas" revela "a força dos combatentes" ucranianos "e o elevado nível de profissionalismo do comando da defesa" do país.
Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, cerca de 8.500 civis já morreram, ao passo que aproximadamente 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
No segundo dia da conferência “Conversas Soltas“, a Democracia, Turismo, ambiente e sustentabilidade foram alguns dos temas apresentados e debatidos, neste auditório.
Numa altura que se prepara para as legislativas de 4 de junho, é importante que a juventude domine o conceito Democracia para que exija a sua implementação na íntegra.
A boa governação necessita de uma boa oposição e críticas construtivas, melhor ainda de uma juventude atenta com a responsabilidade de dar continuidade a esta geração.
O projeto já está em curso, capacitar para melhor governar.
HORA TCHIGA!
China afirma estar preparada para "esmagar" independência de Taiwan
© Reuters
POR LUSA 16/05/23
A China disse hoje estar preparada para "esmagar resolutamente qualquer forma de independência de Taiwan", enquanto os Estados Unidos se preparam para acelerar a venda de armamento à ilha.
O recente aumento de trocas entre os Estados Unidos e Taiwan é um "movimento extremamente errado e perigoso", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Tan Kefei, num comunicado divulgado hoje.
O Exército de Libertação Popular "continua a fortalecer o treino militar e os preparativos e esmagará resolutamente qualquer forma de secessão independente de Taiwan, juntamente com tentativas de interferência externa, e defenderá resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial", destacou o porta-voz, numa referência aos Estados Unidos, principal aliado de Taiwan.
Segundo a agência oficial CNA, o ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, disse, numa sessão legislativa na semana passada, que o governo do presidente Joe Biden planeia conceder a Taiwan um pacote de ajuda militar no valor de 500 milhões de dólares (452 milhões de euros), através de um programa de emergência semelhante ao que usou para ajudar a Ucrânia.
Com a maior marinha do mundo e um enorme arsenal de mísseis balísticos, a China tem reforçado as suas ameaças a Taiwan, nomeadamente através do envio de veículos aéreos não tripulados para o espaço aéreo da ilha.
Nos últimos meses, as tensões aumentaram no Estreito de Taiwan, onde a China realizou manobras de alta intensidade em diversas ocasiões, inclusive após a visita à ilha em agosto de 2022 da então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
No ano passado, os EUA anunciaram um pacote de ajuda militar de 1,1 mil milhões de dólares para Taiwan, que servirá para reforçar o sistema de mísseis e radares da ilha, cuja soberania é reivindicada pela China.
A ilha é uma das maiores fontes de tensão entre China e Estados Unidos, sobretudo porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar, no caso de uma invasão chinesa.
No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek.
Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês, comunista.
O território realizou reformas democráticas nos anos 1990 e é hoje encarada como uma das mais vibrantes democracias no leste da Ásia.
Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.
Recepção do Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC e Cabeça de Lista da Coligação PAI Terra Ranca.
Senegal. Julgamento por violação do opositor Sonko adiado para 23 de maio
© Reuters
POR LUSA 16/05/23
O julgamento por violação do opositor senegalês Ousmane Sonko, candidato declarado às eleições presidenciais de 2024, começou hoje, na sua ausência, em Dacar, e foi imediatamente adiado para dia 23, num clima de agitação social em todo o país.
Sonko, presidente do partido Pastef - Os Patriotas e terceiro candidato às eleições presidenciais de 2019, deveria comparecer hoje perante o Tribunal Criminal de Dacar para responder por violação e ameaças de morte contra uma empregada de um salão de beleza da capital.
Sonko sempre negou os factos e diz-se vítima de uma conspiração do governo para o manter fora das eleições presidenciais de 2024. O opositor também já garantiu que não voltaria a comparecer perante a justiça senegalesa, que acusa de estar instrumentalizada.
Adji Sarr, uma jovem na casa dos 20 anos, acusa Sonko e Ndèye Khady Ndiaye, proprietário do salão de beleza em Dacar, onde os factos alegadamente ocorreram.
A mulher compareceu hoje no tribunal, e afirmou-se confiante na vitória, antes de lamentar que, depois de dois anos à espera do início do julgamrnto, Sonko "tenha fugido".
O tribunal ordenou o adiamento do processo alguns minutos depois do início da sessão.
Sonko encontrava-se a várias centenas de quilómetros de distância, em Ziguinchor, a cidade de que é presidente da câmara, na região de Casamansa, disse o porta-voz do seu partido, Ousseynou Ly.
Na segunda-feira, o reduto de Sonko foi palco de confrontos entre jovens apoiantes de Sonko e as forças de segurança, bem como de atos de vandalismo. As autoridades assinalaram três mortes desde segunda-feira, sem as relacionar diretamente com os distúrbios, mas citando um contexto propício à violência.
VISITA DO PRESIDENTE NANA AKUFO-ADDO À FORTALEZA DE AMURA
O Presidente Nana Akufo-Addo, esteve na Fortaleza de Amura, actual Estado-maior General das Forças Armadas, acompanhado pelo Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló, onde depositou uma coroa de flores no Mausoléu Amílcar Lopes Cabral, em memória dos combatentes da Liberdade da Pátria.🇬🇼🇬🇭
PRESIDENTE ATRIBUI A MEDALHA AMÍLCAR CABRAL AO HOMÓLOGO, PRESIDENTE NANA AKUFO-ADDO
O chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, agraciou o seu homólogo ganês, Nana Akufo-Addo, com a medalha Amílcar Cabral, a mais alta distinção do Estado guineense.🇬🇼🇬🇭
EUA "chocados" com abusos do Exército do Mali denunciados pela ONU
POR LUSA 16/05/23
Os Estados Unidos mostraram-se esta segunda-feira "chocados" com o relatório que denuncia abusos do Exército maliano e combatentes estrangeiros no centro do Mali e instaram o governo de transição a suspender as suas restrições à força da ONU.
"Os Estados Unidos estão chocados com o desrespeito pela vida humana demonstrado por elementos das Forças Armadas malianas em cooperação com o Grupo Wagner, apoiado pelo Kremlin, durante uma operação em Moura em março do ano passado", destacou, em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
As Nações Unidas acusaram esta sexta-feira o Exército maliano e combatentes estrangeiros de terem executado pelo menos 500 pessoas em março de 2022, durante uma operação antiterrorista no centro do Mali, num relatório do Alto-Comissariado para os Direitos Humanos.
O alto-comissariado "tem motivos razoáveis para crer" que pelo menos 500 pessoas, incluindo cerca de 20 mulheres e sete crianças, foram "executadas pelas Forças Armadas do Mali e por militares estrangeiros (...) depois de a zona ter sido totalmente dominada" entre 27 e 31 de março de 2022, em Moura, refere-se no relatório, que se baseia numa investigação da divisão de direitos humanos da missão de manutenção da paz da ONU destacada no Mali desde 2013.
Este relatório teve como base uma investigação da divisão de direitos humanos da missão de paz destacada no Mali desde 2013 (Minusma).
As acusações foram rejeitadas no sábado pela junta militar no poder no Mali, que apontou para um "relato fictício".
"Pedimos ao governo de transição que conduza uma investigação independente, imparcial, efetiva, abrangente e transparente para responsabilizar os responsáveis, de acordo com as recomendações do relatório da ONU", referiu ainda o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
Matthew Miller sublinhou ainda que "é crucial que o Minusma possa continuar o seu mandato sem entraves", acrescenta, denunciando "as restrições do governo de transição à liberdade de circulação" desta força da ONU.
Ainda de acordo com o relatório, aquela agência a ONU diz que tem também "motivos razoáveis para acreditar que 58 mulheres e raparigas foram vítimas de violação e outras formas de violência sexual". O relatório relata, ainda, atos de tortura às pessoas detidas.
Estes atos podem constituir crimes de guerra e, "dependendo das circunstâncias", crimes contra a humanidade, afirmou Volker Türk, alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, numa declaração.
O relatório não identifica explicitamente os estrangeiros, mas recorda declarações oficiais das autoridades do Mali sobre a assistência de "instrutores russos" na luta contra os terroristas e comentários atribuídos ao chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, sobre a presença no Mali da empresa de segurança privada russa Wagner.
A ONU relata o testemunho dos seus investigadores, que descrevem estes estrangeiros como homens brancos, fardados e falando uma "língua desconhecida".
Tal como documentado no relatório, os acontecimentos em Moura, que têm sido objeto de versões contraditórias durante um ano, estão entre os piores do seu género num país familiarizado com as atrocidades cometidas por terroristas e outros grupos armados desde 2012.
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Filial especializada da OMS encerra em Moscovo devido à guerra na Ucrânia
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POR LUSA 15/05/23
O gabinete europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou hoje o encerramento de uma filial especializada desta agência da ONU em Moscovo e a sua transferência para a Dinamarca.
Esta decisão surge no sequência de apelos dos países membros feitos em abril de 2022, para o encerramento desta estrutura na capital russa, logo após o início da invasão da Ucrânia, noticiou a agência France-Presse (AFP).
A reunião virtual desta segunda-feira, na qual a medida foi aprovada, foi convocada depois de um grupo de 30 estados ter pedido no mês passado, através de uma carta, uma sessão extraordinária.
Estes países destacaram os "impactos de saúde imediatos e de longo prazo na Ucrânia", para além da ofensiva militar russa, que "continua a ser uma questão de extrema importância".
A região europeia da OMS compreende 53 países, vários dos quais estão localizados na Ásia Central.
A maioria dos Estados-membros aprovou a decisão de encerrar este "Gabinete de Prevenção e Controlo de Doenças Não Transmissíveis" em Moscovo e transferir as suas capacidades para o gabinete regional na Dinamarca até 1 de janeiro de 2024.
No entanto, o gabinete da OMS para a Rússia não está em risco.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
NIGÉRIA: Washington aplica sanções a nigerianos acusados de minar democracia
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POR LUSA 15/05/23
Os Estados Unidos da América (EUA) impuseram hoje restrições de visto a vários cidadãos nigerianos acusados de tentar minar a eleição presidencial de 25 de fevereiro passado.
"Esses indivíduos estiveram envolvidos na intimidação de eleitores através de ameaças e violência física, manipulação de resultados de votação e outras atividades que prejudicam o processo democrático da Nigéria", disse o Departamento de Estado norte-americano em comunicado, sem especificar a identidade dos funcionários visados, agora banidos dos Estados Unidos.
Essas ações, sublinha a nota, são específicas para os cidadãos em questão e "não são dirigidas ao povo nigeriano ou ao Governo da Nigéria como um todo".
De acordo com a Lei de Imigração e Nacionalidade norte-americana, os visados estarão sujeitos a restrições de vistos para os Estados Unidos sob uma política que cobre aqueles considerados responsáveis ou cúmplices de minar a democracia.
"A decisão de tomar medidas para impor restrições de visto reflete o compromisso contínuo dos Estados Unidos em apoiar as aspirações nigerianas de fortalecer a democracia e o estado de direito", concluiu o Departamento de Estado.
Os candidatos da oposição Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP), e Peter Obi, do Partido Trabalhista, interpuseram recurso contra os resultados eleitorais da Nigéria e denunciaram irregularidades durante as eleições, nas quais saiu vencedor o candidato governamental do Congresso de Todos os Progressistas (APC), Bola Tinubu.
A embaixadora dos Estados Unidos na Nigéria, Mary Leonard, apelou em março à comissão eleitoral para atender "prontamente" os apelos apresentados pela oposição, destacando os progressos realizados nas mais de duas décadas desde "o regresso à democracia" no país africano.
"A América não é estranha a controvérsias e conflitos relacionados a eleições. Embora possa ser insatisfatório encerrar um processo eleitoral no tribunal, numa democracia constitucional que adere ao Estado de direito, é aí que eles terminam adequadamente", disse na ocasião.
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Líder militar sul-africano na Rússia dias após acusação de envio de armas
© Lusa
POR LUSA 15/05/23
O mais importante general do exército russo e o seu homólogo sul-africano discutiram hoje a "cooperação militar" durante uma reunião em Moscovo, anunciou o Ministério da Defesa russo.
O anúncio foi feito horas depois de o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ter negado as acusações dos Estados Unidos de que o seu país estava do lado da Rússia na guerra na Ucrânia e tinha enviado armas para a ajudar.
O general Oleg Salyukov, comandante das forças terrestres russas, encontrou-se com o chefe do exército sul-africano, tenente-general Lawrence Mbatha, no quartel-general do comando geral da Rússia em Moscovo, detalhou o ministério russo.
"As partes discutiram questões de cooperação militar e a execução de projetos destinados a aumentar a prontidão de combate dos exércitos dos dois países", lê-se no comunicado russo.
"A reunião entre os comandantes militares resultou em acordos sobre a expansão da cooperação entre as forças terrestres em várias áreas", acrescenta-se.
Na nota anuncia-se que a delegação sul-africana tem em agenda visitas a várias unidades do exército russo "de formação e treino".
O exército sul-africano disse que a viagem foi planeada muito antes de o embaixador dos EUA na África do Sul ter alegado, na semana passada, que o país tinha fornecido armas à Rússia quando um navio sob sanções dos EUA fez uma paragem secreta numa base naval sul-africana em dezembro de 2022.
O governo sul-africano negou que a paragem do cargueiro russo tenha envolvido uma venda oficial de armas, embora não tenha excluído categoricamente a possibilidade de uma transação de armamento.
Ramaphosa afirmou que está a decorrer uma investigação para determinar se foram carregadas armas no navio de carga "Lady R", de bandeira russa, na base naval de Simon's Town, perto da Cidade do Cabo.
O Presidente sul-africano aproveitou hoje a sua mensagem semanal à nação para reafirmar a posição não alinhada da África do Sul em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia.
A declaração do Presidente foi vista como uma resposta ao embaixador dos EUA na África do Sul, Reuben Brigety, que questionou a neutralidade da África do Sul na guerra da Ucrânia ao fazer as alegações sobre um carregamento de armas.
Brigety foi posteriormente convocado para uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros da África do Sul.
"Não aceitamos que a nossa posição não alinhada favoreça a Rússia em detrimento de outros países", escreveu Ramaphosa na sua mensagem semanal.
"Nem aceitamos que isso ponha em risco as nossas relações com outros países", vincou, acrescentando: "Temos sido firmes neste ponto: A África do Sul não foi, e não será, arrastada para uma disputa entre potências mundiais".
Ramaphosa também deu a entender que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, visitará a África do Sul para uma cimeira dos líderes do bloco económico BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] em agosto.
O Kremlin ainda não confirmou se Putin participa na cimeira.
Tal viagem envolveria a África do Sul noutra confusão diplomática porque o país é signatário do tratado que criou o Tribunal Penal Internacional, que emitiu um mandado de captura de Putin em março por alegados crimes de guerra envolvendo o rapto de crianças da Ucrânia.
Desde a emissão do mandato, Putin tem viajado raramente, e apenas para países aliados próximos da Rússia.
Os países signatários do tratado estão obrigados a deter o líder russo.
Embora a Rússia e a África do Sul tenham descrito a reunião de hoje entre os dois generais como parte de uma viagem bilateral normal, a mesma deverá aumentar o escrutínio da economia mais desenvolvida de África, que é vista como uma nação influente no mundo em desenvolvimento.
Para além das alegações sobre as armas, a África do Sul também recebeu navios de guerra russos e chineses e participou em exercícios navais ao largo da sua costa oriental em fevereiro, que coincidiram com o aniversário de um ano da invasão russa da Ucrânia.
Brigety disse na semana passada que os funcionários dos EUA "respeitam a política de neutralidade e não-alinhamento da África do Sul nos assuntos internacionais", mas "notaram uma série de questões que sugerem que, na prática, o governo da África do Sul não está de facto não-alinhado".
A Associated Press verificou de forma independente que o "Lady R" parou na base naval sul-africana durante pelo menos três dias em dezembro.
Segundo a agência noticiosa norte-americana, o "Lady R" está ligado a uma empresa que foi sancionada pelos EUA por transportar armas para o governo russo e ajudar o seu esforço de guerra na Ucrânia.