quarta-feira, 17 de maio de 2023

Família russa decide alterar o nome do seu filho chamado Putin

© Contributor/Getty Images

 POR LUSA   17/05/23 

Uma família russa decidiu mudar o nome do seu filho, que se chama Putin, o sobrenome do Presidente russo, de acordo com o registo civil da região de Vladimir, a menos de 200 quilómetros de Moscovo.

"Os pais regressaram ao nosso serviço. Eles, digamos, arrependeram-se do que fizeram", adiantou Yekaterina Belous, a responsável do registo civil do distrito de Alexandrovsky em Vladimir, de acordo com o jornal 'New Alexandrovsk City', citado pela agência Efe.

Esta responsável acrescentou que os país pretenderam "devolver o nome que lhe deram quando a criança nasceu".

A família Dzhuraev batizou originalmente o seu filho como Rasul, mas mudou em 2016 a pedido do seu avô, um grande admirador do líder do Kremlin, Vladimir Putin.

Os Dzhuraevs receberam a cidadania russa depois de fugirem da guerra civil (1992-97) que devastou a república da Ásia Central do Tajiquistão após a queda da União Soviética e custou a vida de mais de 100.000 pessoas.

O pedido para a nova alteração de nome surge um ano depois do início da invasão da Ucrânia pela Rússia, decretada por Vladimir Putin.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 447.º dia, 8.836 civis mortos e 14.985 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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