terça-feira, 9 de agosto de 2022

Rússia lança satélite iraniano alvo de acusações ligadas à guerra

© Lusa

Notícias ao Minuto  09/08/22 

A Rússia vai colocar hoje em órbita um satélite de observação iraniano, que fontes militares ocidentais disseram poder ser utilizado pelo Kremlin para apoiar a invasão da Ucrânia, uma acusação negada pelo Irão.

O lançamento do satélite Khayyam, através de um foguete Soyuz, está programado a partir da base russa de Baikonur, no Cazaquistão, às 10:52 (06:52 em Lisboa), segundo a agência espacial russa, Roscosmos.

O satélite, batizado em homenagem ao poeta e estudioso persa Omar Khayyam (1048-1131), visa "monitorizar as fronteiras do país", melhorar a produtividade agrícola, controlar os recursos hídricos e desastres naturais, segundo a agência espacial iraniana.

Há uma década que o Irão enfrenta uma seca, atribuída às mudanças climáticas, que causou crescentes disputas por recursos hídricos e terras com melhor acesso à água.

Os Estados Unidos têm acusado o programa espacial iraniano de se destinar a fins mais militares do que comerciais, enquanto Teerão garante que as suas atividades aeroespaciais são pacíficas e respeitam as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Em 04 de agosto, fontes militares ocidentais não identificadas disseram ao jornal norte-americano Washington Post que a Rússia "pretende usar o satélite por vários meses" para apoiar a invasão da Ucrânia, antes de ceder o controlo do satélite ao Irão.

"Todas as ordens relacionadas ao controlo e operação deste satélite serão emitidas, a partir do primeiro dia e imediatamente após o lançamento, por especialistas iranianos baseados no Ministério das Comunicações iraniano", disse a agência espacial iraniana, em comunicado, no domingo.

"Nenhum país terceiro pode aceder aos dados" enviados pelo satélite através de um "algoritmo de encriptação", assegurou a agência, que descreveu a notícia do The Washington Post como tendo afirmações "falsas".

Em outubro de 2005, a Rússia já havia lançado o primeiro satélite iraniano, Sina-1, da base de Plesetsk, no noroeste da Rússia.

O Khayyam será lançado três semanas após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter visitado o Teerão, em 19 de julho, onde se encontrou com o homólogo iraniano, Ebrahim Raisi, e com o líder do Irão, aiatola Ali Khamenei, que pediu o fortalecimento da "cooperação a longo prazo" com a Rússia.

Em junho de 2021, Putin refutou uma notícia do Washington Post, que alegava que Moscovo iria fornecer um satélite sofisticado ao Irão para melhorar as suas capacidades de espionagem.

A Guarda Revolucionária do Irão anunciou em março o lançamento de um novo satélite de reconhecimento militar, Nour-2, após o lançamento do primeiro, Nour-1, em abril de 2020.

O lançamento do Khayyam ocorre num momento em que decorrem na capital austríaca, Viena, conversações sobre o programa nuclear iraniano, entre o Irão, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha.


ONU deve pedir aos EUA ações imediatas para erradicar racismo estrutural


© Lusa

Por LUSA  08/08/22 

Duas organizações não-governamentais (ONG) apelaram hoje ao Comité das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial que peça ao Governo dos Estados Unidos "medidas imediatas e tangíveis para desmantelar o racismo estrutural" no país.

O apelo consta do relatório conjunto da Human Rights Watch (HRW) e União Americana das Liberdades Civis (ACLU), no âmbito da análise do comité sobre a aplicação nos Estados Unidos da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, com sessões marcadas para 11 e 12 de agosto em Genebra.

"Décadas após os EUA se terem comprometido a pôr fim à discriminação racial, o racismo sistémico continua a infetar as nossas instituições", sustentou o diretor do Programa de Direitos Humanos da ACLU.

"A administração [do Presidente, Joe Biden] demonstrou que pode reconhecer o problema, mas chegou o momento de tomar medidas mais arrojadas para transformar radicalmente estes sistemas abusivos e implementar plenamente as obrigações dos EUA em matéria de direitos humanos", acrescentou Jamil Dakwar.

No comunicado conjunto das duas ONG, lembra-se que Biden declarou que o "racismo sistémico" é "corrosivo, (...) destrutivo e dispendioso" quando adotou uma ordem executiva destinada a alcançar a equidade racial nos Estados Unidos.

"É também o primeiro Presidente dos EUA a comemorar oficialmente o massacre racial de Tulsa de 1921. No entanto, a sua administração não adotou uma ordem executiva para criar uma comissão para estudar a necessidade de compensações"

Ao abrigo da convenção antirracismo, assinada em 1994 pelos norte-americanos, "os EUA são obrigados a fornecer soluções eficazes, incluindo compensações por discriminação racial, incluindo a discriminação estrutural contínua que decorre dos legados da escravatura", salientaram.

"Na ausência de uma ação do Congresso (...), o Presidente (...) deveria estabelecer a comissão para estudar e desenvolver compensações para os legados da escravatura através da ordem executiva", disse o especialista e defensor de justiça racial na Human Rights Watch Dreisen Heath.

No relatório, a ACLU e a Human Rights Watch "detalham as políticas enraizadas nos Estados Unidos que prejudicaram desproporcionadamente grupos raciais não brancos, especialmente os afro-americanos, incluindo aquelas que conduzem ao encarceramento em massa, aos assassínios e abusos por parte das forças de segurança, e às políticas que afetam a educação, a saúde e os direitos reprodutivos".

No mesmo documento, são nomeados os efeitos negativos destas políticas, que se traduzem em desigualdades financeiras e na educação, discriminação social e no sistema judicial.

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Gasolina cai hoje para preços de antes da guerra: litro desceu quase 40 cêntimos em menos de 2 meses

Por cnnportugal.iol.pt 08/08/22

Forte descida do petróleo fez preços de venda dos combustíveis deslizar quase 40 cêntimos por litro em menos de dois meses, cerca de dez dos quais hoje. Mas é a descida do imposto que permite que os preços estejam mais baixos do que antes da guerra.

Segunda-feira, 8 de agosto, meio país de férias, previsões de pouco calor nas praias… e nas bombas de gasolina. Os preços dos combustíveis beneficiam hoje de uma forte queda, estimada em cerca de dez cêntimos por litro.

Atestar um depósito de 50 litros hoje pode custar menos quase cinco euros do que ontem. E uma viagem de 300 km (num automóvel que gaste cerca de seis litros aos 100Km) hoje pode custar menos quase dois euros.

As contas resultam das estimativas de descida de 10 cêntimos na gasolina e de 9 cêntimos no gasóleo, que entrarão hoje em vigor embora só amanhã possam ser oficialmente confirmadas.

Na base desta descida estão os preços dos produtos petrolíferos, quer dos produtos refinados, quer da matéria-prima: a semana passada terminou com a cotação internacional do petróleo (medida pelo índice Brent) pouco acima dos 94 dólares, valor semelhante em dólares ao que se verificava a 23 de fevereiro, véspera da invasão da Ucrânia pela Rússia. O valor continua no entanto mais caro em euros, uma vez que a moeda europeia desvalorizou cerca de 9% face ao dólar norte-americano desde o início da guerra.

A descida das cotações do petróleo está em parte ligada às perspetivas de arrefecimento económico. Mas esvaziou parte da tensão que existia sobre o petróleo.

Gasolina desce quase 40 cêntimos em menos de dois meses

A gasolina simples 95 deverá hoje ser vendida a um preço médio abaixo dos 1,8 euros por litro, o valor mais baixo desde o início de fevereiro, isto é, ainda antes da guerra.

Isto significa que, desde o pico do preço em Portugal, que se verificou a 10 de junho (quando foi vendida em média a um preço de 2,188 euros por litro), o preço da gasolina simples 95 caiu quase 40 cêntimos.

Já a descida do preço do gasóleo, que hoje deverá ser vendido num valor a roçar os 1,75 euros por litro (o mais baixo desde o final de fevereiro), foi um pouco menos pronunciada mas mais rápida.

Desde o recorde de preço máximo, que ocorreu a 23 de junho (quando um litro custou em média 2,111 euros), o preço de venda médio do gasóleo cai um total próximos dos 35 cêntimos por litro.

Isto significa que, como exemplo, atestar um depósito de gasóleo de 50 litros de um automóvel custa hoje menos cerca de 17 cêntimos do que há cerca de um mês e meio.

Petrolíferas ainda ganham mais

Estas descidas dos preços finais não significam, no entanto, que os preços dos combustíveis estejam idênticos aos que se verificavam em fevereiro.

É que este nivelamento dos preços em relação a fevereiro só é possível porque agora o Estado está a cobrar menos impostos do que então. Caso contrário, a gasolina estaria hoje 32,1 cêntimos mais cara por litro e o gasóleo 28,2 cêntimos mais caro por litro.

Se o Estado recebe menos e os portugueses pagam quase o mesmo que em fevereiro, então são as demais componentes do preço que estão mais caras do que então: quem vende a matéria-prima, quem a transforma e quem a comercializa. E isto inclui as petrolíferas, que têm aumentado os seus lucros em todo o mundo nos últimos meses. António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, criticou na semana passada os “lucros imorais” das companhias de petróleo e gás.

Padeiros da África Ocidental pretendem reduzir a dependência de grãos importados

 Os padeiros comerciais de oito países da África Ocidental estão a fazer o que podem para reduzir a sua dependência do trigo estrangeiro e reforçar a segurança alimentar das suas nações, formando uma associação comercial.👇

Por voaportugues.com

domingo, 7 de agosto de 2022

O Presidente da República e Presidente em Exercício da CEDEAO General de Exército Umaro Sissoco Embaló, assistiu hoje, as comemorações do 62º Aniversário da Independência da Costa do Marfim.

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Final da Taça da Guiné-Bissau 🇬🇼 - O clássico Jogo de futebol que colocou frente a frente as equipas do Benfica de Bissau e o Sporting de Bissau.

Parabéns ao Benfica, pela conquista do troféu.👇
Braima Camará - Bá Di Povo

Leia Também: 

 
JORNAL ODEMOCRATA  07/08/2022  

O campeão da Guines-liga, Sport Bissau e Benfica, derrotou este domingo, 07 de agosto de 2022, o Sporting Clube da Guiné-Bissau e sagrou-se campeão da Taça da Guiné da época desportiva 2021/2022.

Os encarnados somaram hoje o 10.º título deste troféu, ao derrotar os leões de Bissau por uma bola sem resposta, fazendo a dobradinha nesta época desportiva ao ganhar o campeonato nacional “Guines Liga” e a Taça da Guiné. 

A final da Taça da Guiné foi disputada no mítico Estádio Lino Correia, em Bissau, que contou com as bancadas cheias e constatou-se igualmente a presença de várias personalidades ligadas ao desporto, membros do governo e dirigentes políticos. 

As águias de Bissau marcaram o golo que lhes valeu o título logo no início da partida, aos 3 minutos, por intermédio do avançado Albertine dos Santos, que foi substituído aos 30 minutos por lesão.

Após o golo do Benfica, os leões tentaram reagir, mas não conseguiram chegar à baliza adversária. Embora ambas as equipas perderam grandes de fazer golos, a partida foi dominada pelos encarnados que por duas vezes tentaram marcar, mas não souberam finalizar. 

No final do jogo, o treinador do Benfica, Bentem Culubali, visivelmente emocionado, disse que sentiu-se realizado em conquistar dois troféus nesta época.

Explicou que trabalhou arduamente para conquistar os dois troféus, como também elogiou a equipa adversária pelo trabalho realizado.

Culubali assumiu a equipa das águias na segunda volta do campeonato a 8 jornadas para o fim da época desportiva.  

O treinador do Sporting Clube da Guiné-Bissau, Pedro Dias, não prestou declarações aos jornalistas. 

Para o presidente do Sport Bissau e Benfica, o Wilson Pereira Batista, a conquista dos dois troféus nesta época desportiva não caiu do céu, mas “foi um trabalho da equipa”.


De recordar que o Sport Bissau Benfica, venceu 10 troféus da Taça da Guiné-Bissau e o Sporting Clube da Guiné-Bissau 7.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: Marcelo Na Ritche

O deputado Bernardo Braima Mané (Braima Cubano) recebe cartão do Madem-G15

Radio TV Bantaba 

Chegamos à Costa do Marfim! - À convite do seu homólogo, o Presidente Da República General Umaro Sissoco Embaló igualmente Presidente em exercício da CEDEAO, chegou nesta tarde 06 de Agosto de 2022, a Yamoussokro, para assistir a comemoração da festa nacional da Costa de Marfim, amanhã.

 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

O Presidente da República, desloca-se à Yamoussoukro - Costa do Marfim, para assistir as comemorações do Dia Nacional.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló



© Reuters

Notícias ao Minuto  06/08/22 

O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, anunciou hoje um indulto presidencial ao antecessor e antigo rival Laurent Gbagbo, sobre quem impendia uma pena de prisão de 20 anos no seu país devido à crise pós-eleitoral de 2010-2011.

"Numa tentativa de reforçar a coesão social, assinei um decreto concedendo um indulto presidencial a Laurent Gbagbo", anunciou Ouattara, num discurso que assinala no 62.º aniversário da independência da Costa do Marfim.

O chefe de Estado anunciou ainda que pediu que as contas de Gbagbo "fossem descongeladas e que as anuidades em atraso fossem pagas".

Ouattara indicou ainda que assinou um decreto em que concedeu a "libertação condicional" de duas antigas figuras do aparelho militar e de segurança do regime de Laurent Gbagbo -- o contra-almirante Vagba Faussignaux, antigo chefe da Armada, e o major Jean-Noël Abéhi, antigo chefe do esquadrão blindado da gendarmaria de Agban em Abidjan, condenadas pelo seu papel na crise de 2010-2011.

Laurent Gbagbo, 77 anos, absolvido em março de 2021 de crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, para onde foi transferido no final de 2011, regressou ao seu país em junho de 2021.

Embora nunca tenha sido preso desde o seu regresso, Gbagbo enfrentava uma pena de 20 anos de prisão na Costa do Marfim por "roubo" do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) durante a crise de 2010-2011.

A crise foi desencadeada pela recusa de Gbagbo em reconhecer a vitória de Alassane Ouattara nas eleições presidenciais no final de 2010, o que levou a um surto de violência que provocou cerca de 3.000 mortos até à detenção de Laurent Gbagbo em Abidjan, em abril de 2011.

Em outubro de 2021, Laurent Gbagbo lançou o Partido do Povo Africano-Costa do Marfim (PPA-CI, na sigla em francês), uma nova formação política pan-africanista de esquerda, anunciando a intenção de se manter politicamente ativo até à sua morte.

Presidente da Costa do Marfim concede indulto presidencial a antigo rival

O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, anunciou hoje um indulto presidencial ao antecessor e antigo rival Laurent Gbagbo, sobre quem impendia uma pena de prisão de 20 anos no seu país devido à crise pós-eleitoral de 2010-2011.


Leia Também: Presidente da Costa do Marfim debateu tensão com o Mali com mediador

sábado, 6 de agosto de 2022

ONU pede que terminem "imediatamente" confrontos entre Israel e Palestina

© Getty

Notícias ao Minuto  06/08/22 

O enviado da ONU para o Médio Oriente, Tor Wennesland, apelou esta sexta-feira para que seja evitada uma nova escalada de violência na faixa de Gaza e para que termine "imediatamente" os confrontos entre as partes.

"Nas últimas horas, pelo menos dez palestinianos morreram em ataques aéreos israelitas. Estou profundamente triste com os relatos de que um menino de cinco anos foi morto nesses ataques. Não pode haver justificação para qualquer ataque a civis", salientou o representante das Nações Unidas em comunicado.

"O aumento da escalada é muito perigoso. O lançamento de 'rockets' deve terminar imediatamente e insto todas as partes a evitar mais confrontos", acrescentou.

Tor Wennesland alertou que os acontecimentos recentes, como "os progressos alcançados na abertura gradual" da faixa de Gaza desde maio, correm o risco de "esmorecer" e podem implicar "necessidades humanitárias ainda maiores" num contexto de crise económica, referindo que a ajuda internacional "não estará prontamente disponível".

"A ONU está totalmente comprometida com todas as partes interessadas na tentativa de evitar um novo conflito que teria consequências devastadoras, principalmente para os civis. A responsabilidade é das partes para evitar que isso aconteça", concluiu.

Um "ataque preventivo" de Israel à faixa de Gaza resultou hoje na morte do 'número dois' da Jihad Islâmica Palestiniana (JIP) e ameaça desencadear uma escalada de violência na região.

Os bombardeamentos israelitas, segundo o Exército do país, antecederam uma "ameaça iminente" de um ataque de Gaza e provocaram, até agora, pelo menos 10 mortos e 55 feridos.

Um dos mortos é Taiseer al-Jabari, líder do braço armado do JIP no centro e norte da faixa de Gaza, que chefiou a unidade responsável pelo lançamento de vários mísseis contra Israel durante a escalada do conflito em maio de 2021, segundo o exército israelita.

De acordo com o ministério da Saúde palestiniano, entre as vítimas está também um menino de cinco anos que, tal como Al-Jabari, morreu após um ataque aéreo a um edifício residencial na cidade de Gaza, que alberga escritórios de meios de comunicação e organizações não-governamentais.

Por sua vez, a Jihad Islâmica indicou na sexta-feira à noite que disparou "mais de 100" 'rockets' desde a Faixa de Gaza contra Israel, como "primeira resposta" aos ataques israelitas contra o enclave palestiniano.

O Hamas, o movimento islamita palestiniano que governa, de facto, em Gaza desde 2007, expressou "solidariedade" com a organização Jihad Islâmica e afirmou que "a resistência armada palestiniana está unida contra a agressão".

Os ataques israelitas foram condenados pelo Hamas e pela Fatah, que domina na Cisjordânia, tendo ambos considerado que Israel está "novamente a cometer crimes", ameaçando retaliar.

Na terça-feira, o exército israelita ordenou o encerramento das passagens na fronteira com o enclave, forçando milhares de habitantes de Gaza, portadores de autorizações de trabalho em Israel, a ficarem em casa.

A paralisação atrasou o fornecimento de combustível, normalmente transportado do Egito ou de Israel e necessário para abastecer a central elétrica de Gaza.

Israel impôs um bloqueio total à Faixa de Gaza desde 2007, quando o movimento islamita Hamas assumiu o poder no enclave, um território com cerca de 2,3 milhões de habitantes que têm enfrentado situações de pobreza e de desemprego.

Israel e grupos armados em Gaza têm travado vários conflitos, o último deles em maio de 2021.

A guerra de onze dias causou a morte a 260 palestinianos, incluindo muitos combatentes, e 13 mortos israelitas, incluindo um militar, segundo as autoridades locais.

Leia Também:

© Ali Jadallah/Anadolu Agency via Getty Images

Por sicnoticias.pt  05.08.2022  

Uma retaliação ao país depois de uma série de ataques à Faixa de Gaza esta sexta-feira que mataram pelo menos oito pessoas.

É o agudizar das tensões depois da prisão de um líder da jihad islâmica na Cisjordânia, na passada segunda-feira. O primeiro-ministro isrealita diz que o país tem uma política de tolerância zero e deixa o aviso: não está interessado num conflito mais amplo com a Faixa de Gaza, mas também não vai virar as costas caso aconteça.

Os ataques do exército isrealita desta sexta-feira tinham como alvo a Jihad Islâmica na cidade de Gaza, mas acabaram por provocar pelo menos 40 feridos e várias vítimas, incluindo uma criança de 5 anos, além da morte de um militante do grupo radical palestiniano, cujo funeral foi assitido por dezenas de pessoas.

O Movimento de Resistência Islâmica, conhecido por Hamas, e a Organização Política Palestiniana Fatah, condenaram o ataque e alertaram para as retaliações que começaram poucas horas depois.

As câmaras de vigilância de um restaurante captaram a acção rápida dos isrealitas ao soar das sirenes, que procuraram refugio aos mais de 100 rockets que foram lançados pela Jihad Islâmica na Palestina contra o país.

O coordenador da ONU para os processos de paz no médio oriente, Tor Wennesland, diz que está preocupado com a escalada de tensão num momento que qualifica de "bastante perigoso" e que pode ter "consequências devastadoras", especialmente para os civis.

PAIGC REMARCA CONGRESSO ORDINÁRIO PARA 19 A 21 DE AGOSTO

 JORNAL ODEMOCRATA  06/08/2022 

O Partido Africano da Independência da Guiné é Cabo Verde (PAIGC) remarcou o seu Congresso Ordinário para os dias 19, 20 e 21 do mês corrente, após a decisão do Tribunal de Relação que considerou improcedente o recurso interposto pelo recorrente, Bolom Conté (militante), condenando-o a pagar uma multa de 200 mil francos CFA e ainda a arcar com as custas judiciais. 

A decisão da justiça vai permitir aos libertadores realizar o congresso adiado várias vezes por causa do recurso interposto por seu “militante”  na justiça. Bolom Conté tinha intentado uma ação judicial contra o PAIGC, invocando que teria sido impedido de participar na lista de delegados ao 10.º Congresso Ordinário, por ter sido, alegadamente, preterido das listas nas bases do partido. 

A remarcação do congresso foi decidida na reunião do Comité Central realizada na sexta-feira, 05 de agosto de 2022, na qual foi analisada a situação interna do partido e a remarcação da data do congresso. 

A decisão foi aprovada por 220 membros daquele órgão do partido, no universo de 224 presentes. O Comité Central é constituído por 351 membros, que aprovaram igualmente o regulamento do Conselho Nacional dos Veteranos do PAIGC, órgão de consulta da direção que reúne os Combatentes da luta de libertação nacional. 

Refira-se que Bolom Conté interpôs na sexta-feira, 05 de agosto, um recurso de agravo enviado ao venerando juiz desembargador do Tribunal da Relação de Bissau. 

Lê-se no despacho que não se conformando com o douto acórdão n.°1/2022, de 29 de julho, Bolom Conte pretende interpor recurso para o Supremo Tribunal de Justiça. 

Salienta-se que no momento os tribunais estão em férias judiciais, devendo os mesmos voltarem a funcionar, em Outubro, depois da abertura do ano judicial. 

Por: Assana Sambú