quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Israel "está comprometido em trabalhar para sucesso do plano" de Trump... O chefe da diplomacia israelita assegurou hoje que Israel está comprometido com o sucesso do plano de paz norte-americano para Gaza e reafirmou a acusação ao Hamas de atrasar deliberadamente o desarmamento.

© ATTILA KISBENEDEK/AFP via Getty Images   Lusa   23/10/2025

"Há dificuldades, mas estamos a fazer, e continuaremos a fazer, tudo o que pudermos para trabalhar a favor do sucesso", afirmou Gideon Saar durante uma conferência de imprensa conjunta com a homóloga albanesa, Elisa Spiropali, em Jerusalém. 

Saar disse que "é imprescindível respeitar o acordo" de cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro, que permitiu parar os combates na guerra de dois anos e a troca de reféns israelitas por presos palestinianos.

Trata-se da primeira parte de um plano proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que prevê também o desarmamento do Hamas, a retirada do exército israelita e a criação de uma administração internacional transitória para Gaza.

Israel "está comprometido em trabalhar para o sucesso do plano do Presidente Trump", disse Saar, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Saar, que agradeceu a visita do homólogo norte-americano, Marco Rubio, prevista para começar hoje, insistiu que o grupo radical palestiniano Hamas está a "atrasar lentamente a devolução" dos corpos de reféns.

O objetivo é "atrasar a segunda fase do desarmamento", disse Saar, referindo-se ao apelo para que o grupo que governa Gaza desde 2007 deponha as armas, tal como estipulado no acordo.

Durante as negociações do cessar-fogo, o Hamas advertiu os mediadores de que não estava na posse de todos os corpos dos reféns, o que era do conhecimento de todas as partes no momento da entrada em vigor da trégua, segundo a EFE.

Desde então, o Hamas devolveu 15 cadáveres, mas 13 continuam na Faixa de Gaza.

As Brigadas Al Qasam, o braço armado do Hamas, anunciam quase diariamente que irão devolver um corpo, ou ocasionalmente dois, garantindo que foram exumados no próprio dia da entrega.

"O Hamas e a Jihad Islâmica devem depor as armas. Gaza deve deixar de ser uma ameaça para Israel e os seus cidadãos. Este é o cerne do plano de Trump", afirmou Saar.

"Não transigiremos neste ponto. Não serão tolerados os ataques do Hamas contra as nossas forças", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel.

Saar advertiu que Israel responderá a cada ataque com contundência e também denunciou as execuções feitas pelo Hamas de membros de milícias opositoras, acusadas de colaborar com as forças israelitas.

A guerra que motivou o cessar-fogo começou em 07 de outubro de 2023, depois de o Hamas ter matado cerca de 1.200 pessoas em Israel e raptado 251, que levou para Gaza como reféns.

A retaliação israelita causou mais de 68.000 mortos na Faixa de Gaza e a destruição de grande parte das infraestruturas do território.

Israel foi acusado de genocídio e de usar a fome como arma de guerra, o que nega.

O Hamas é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel e Estados Unidos.


Leia Também: Hamas condena visita ministro israelita a prisioneiros palestinianos

O Hamas condenou hoje a visita do ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, de extrema-direita, a prisioneiros palestinianos, durante a qual ameaçou executá-los, atitude classificada pelo grupo armado palestiniano como "sádica e fascista".


Exoplaneta poderá ser alvo de estudo na procura de vida extraterrestre... A Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State), nos Estados Unidos, anunciou hoje a descoberta de um exoplaneta do tipo "Super-Terra", que poderá ser alvo de estudo na procura de vida extraterrestre.

© University of California  Lusa  23/10/2025 

"Esta descoberta representa um dos melhores candidatos na pesquisa pela assinatura atmosférica de vida fora da Terra nos próximos cinco a dez anos", afirmou o professor de astronomia da Penn State, Suvrath Mahadevan, citado em comunicado da universidade sobre a descoberta. 

A descoberta do "GJ 251 c", situado a menos de 20 anos-luz da Terra e na chamada "zona habitável" [região onde a temperatura permite a existência de água líquida] em relação à estrela que orbita, é o resultado de duas décadas de dados recolhidos por vários telescópios em todo o mundo, nomeadamente o "Habitable-Zone Planet Finder" (HPF), um espetrógrafo astronómico de alta precisão de infravermelhos, situado no Texas.

"Chamámos-lhe 'Habitable-Zone Planet Finder' porque estamos à procura de mundos que estejam na distância certa das suas estrelas e onde a água liquida possa existir na sua superfície, o que tem sido o nosso objetivo central da pesquisa", explicou Suvrath Mahadevan.

Ao combinarem os dados sobre um outro planeta já conhecido na órbita da mesma estrela, o "GJ 251 b", com os novos dados do HPF os investigadores identificaram um segundo sinal que indicou a presença de outro planeta no sistema.

A confirmação do sinal foi feita através do espetrómetro 'Neid', um instrumento de alta precisão projetado para detetar exoplanetas, situado no Arizona.

A nova descoberta "abre o caminho para futuros observatórios procurarem indícios de vida além do nosso sistema solar", afirmou o professor de astronomia e astrofísica e diretor de pesquisa do Instituto de Ciências Computacionais e de Dados da Penn State, Eric Ford, citado no comunicado.

Um dos principais desafios enfrentados pelos investigadores foi distinguir o sinal planetário da própria atividade da sua estrela, que pode imitar o movimento periódico de um planeta, acabando por criar a falsa impressão da sua existência.


Leia Também: NASA anuncia descoberta de 6.000 planetas fora do sistema solar

A agência espacial norte-americana NASA encontrou 6.000 exoplanetas (planetas fora do sistema solar) desde que o primeiro foi descoberto em 1995, noticiou na quinta-feira a Europa Press.


Coordenador Nacional de Wetlands Raul Joaquim Tómas Jumpe, presidiu-se esta quinta-feira 23/10/2025 à abertura de Workshop de formação sobre a utilização da Plataforma Global Mangrove Watch.


 Radio TV Bantaba

Declaração após encontro de dois candidatos independentes à eleições presidenciais de 23 de novembro, José Mário Vaz e Siga Batista


 Radio Voz Do Povo

Mais de 50 conflitos armados em África representam 40% do total mundial... O número de conflitos armados em África aumentou 45% desde 2020 e os mais de 50 que estão ativos representam cerca de 40% dos confrontos armados no mundo, anunciou hoje o vice-presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Por LUSA 

"O que é muito preocupante é que se trata de um aumento de 45% do número de situações de conflitos armados em África desde 2020", afirmou Gilles Carbonnier, numa entrevista à agência de notícias France-Presse (AFP).

Estas mais de 50 situações de conflitos armados ativos em África, que representam cerca de 40% dos conflitos totais no mundo, deslocaram cerca de 35 milhões de pessoas no continente, ou seja, "quase metade das pessoas deslocadas" globalmente, referiu o vice-presidente da CICV.

E se por um lado "as necessidades são enormes", o CICV, tal como outras organizações humanitárias, enfrenta uma diminuição do financiamento da ajuda internacional, considerou Gilles Carbonnier.

Entre as causas destacam-se o desmantelamento da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e a redução dos financiamentos dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da União Europeia (UE).

Em julho, um estudo internacional tinha revelado que o colapso dos financiamentos norte-americanos destinados à ajuda internacional poderia causar mais de 14 milhões de mortes adicionais até 2030 entre os mais vulneráveis, incluindo um terço de crianças.

"Isto obriga-nos a decisões muito difíceis, nas quais temos de reduzir, ou mesmo cessar, algumas das nossas operações para dar prioridade a outras", sublinhou ainda.

Para o vice-presidente do CICV, a situação mais "preocupante" é no Sudão, mergulhado desde abril de 2023 numa guerra civil.

Os confrontos entre o exército regular e as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) causaram dezenas de milhares de mortos, deslocaram cerca de 12 milhões de habitantes e provocaram o que a Organização das Nações Unidas (ONU) descreve como a "pior crise humanitária do mundo".

No país, "o sistema de saúde está em grande parte destruído", sublinhou Carbonnier, expressando a sua preocupação com o ressurgimento de epidemias, nomeadamente cólera e dengue.

O responsável também lamentou um "ressurgimento das hostilidades" na Somália, país do Corno de África confrontado com ataques dos terroristas do Al-Shebab, bem como no leste da República Democrática do Congo, onde a violência se intensificou desde janeiro com a tomada das grandes cidades de Goma e Bukavu pelo grupo armado M23, alegadamente apoiado pelo Ruanda.

Angolanos em vigília contra "violação sistemática" dos direitos humanos... Ativistas angolanos disseram hoje que promovem no sábado, em Luanda, uma vigília "pela liberdade dos presos políticos" no país e lamentaram a "violação sistemática" dos direitos humanos em Angola, pedindo postura "republicana da polícia".

Por LUSA 

A vigília "contra todas as formas de perseguição em Angola" e pela liberdade dos denominados "presos políticos" é uma iniciativa da União Nacional para a Total Revolução de Angola (UNTRA), organização da sociedade civil, e a mesma já foi comunicada às autoridades administrativas de Luanda.

"Esta vigília tem como objetivo exigir ao Governo do Presidente João Lourenço e à justiça angolana a liberdade dos presos políticos, nomeadamente o general Nila, Osvaldo Caholo, Rodrigo Catimba, Buka Tanda, manos da resistência de Malanje e outros que continuam presos", disse à Lusa o coordenador provincial da UNTRA em Luanda, Luís Antunes.

De acordo com o ativista, a vigília, agendada com início previsto para as 18:00 de sábado no Largo das Heroínas, centro de Luanda, foi já comunicada ao Governo Provincial e ao Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional.

"Cumprimos com o primado da lei e esperamos que a polícia apareça para manter a ordem e a tranquilidade públicas. Esperamos também que todos os angolanos apareçam, porque esta é uma causa nobre, é uma causa que nos entristece, porque temos uma justiça partidária no país", referiu.

Os ativistas Osvaldo Caholo, Serrote José de Oliveira "General Nila" (presidente da UNTRA), André Miranda, Kiluanje Lourenço, Buka Tanda, Gonçalves Frederico "Fredy" e Soba Príncipe, detidos em julho na sequência da manifestação dos estudantes e da paralisação dos taxistas contra a subida do preço dos combustíveis, e mais cinco líderes de associações e cooperativas de táxi são considerados "presos políticos" por ativistas e membros da sociedade civil.

Os detidos estão indiciados dos crimes de rebelião, apologia ao crime, vandalismo e terrorismo.

Luís Antunes instou ainda os angolanos a aderirem à vigília, com velas e trajados de preto, dada a "consternação desta injustiça imposta" aos ativistas.

O coordenador provincial da UNTRA recordou que um dos pilares da União Africana -- presidida atualmente pelo Presidente angolano -- "é manter a segurança, a paz e promover o respeito pelos direitos humanos no continente" lamentando, contudo, a "violação sistemática" dos direitos humanos em Angola.

A polícia angolana travou na sexta-feira passada, em Luanda, uma vigília convocada por membros da sociedade civil "pela libertação dos presos políticos", tendo retirado do local vários jovens, situação testemunhada pela Lusa no local.

A vigília, que estava anunciada para o Jardim São Domingos, junto à igreja com o mesmo nome, em Luanda, não chegou a acontecer, pois a polícia retirou à força do local alguns jovens, que envergavam t-shirts pretas com os dizeres "Vozes Livres, Presos Políticos Livres" estampados em branco, inviabilizando o ato.

Hoje, o ativista da UNTRA pediu "postura republicana" dos efetivos da polícia para a vigília agendada para o próximo sábado: "É simplesmente uma vigília e não manifestação e esperamos por uma postura republicana [da polícia] e esperamos que não haja repressão", concluiu.

Rússia abateu 139 drones do maior ataque ucraniano em duas semanas

Por Sicnoticias 

A Ucrânia tem intensificado, desde agosto, os seus ataques aéreos contra as infraestruturas de petróleo e gás russas com o objetivo de prejudicar a sua capacidade de fornecimento de combustível e as suas receitas de exportação. A guerra na Ucrânia está esta quinta-feira em debate em Bruxelas.

As defesas aéreas russas abateram 139 drones na noite passada sobre 10 regiões do país e a península anexada da Crimeia, no maior ataque ucraniano das últimas duas semanas, afirmou esta quinta-feira o Ministério da Defesa russo.

De acordo com os militares, 113 aeronaves foram abatidas na quarta-feira à noite e intercetadas e destruídas sobre as regiões de Belgorod (56), Bryansk (22), Voronezh (21), Rostov (13) e Kursk (1), todas na fronteira com a Ucrânia.

O comando militar acrescentou que outros quatro drones foram abatidos sobre a Península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

As outras aeronaves não tripuladas (drones) foram destruídas sobre as regiões de Ryazan (14), Tambov (2), Volgogrado (2), Oryol (2) e Kaluga (29), que não fazem fronteira com a Ucrânia.

Devido ao ataque de drones ucranianos na noite passada, o maior desde o dia 7, quando a Rússia abateu 200 aeronaves não tripuladas, os aeroportos de sete cidades russas suspenderam temporariamente as suas operações.

A Ucrânia tem intensificado, desde agosto, os seus ataques aéreos contra as infraestruturas de petróleo e gás russas com o objetivo de prejudicar a sua capacidade de fornecimento de combustível e as suas receitas de exportação.

A guerra na Ucrânia está em debate em Bruxelas, com os líderes da União Europeia a discutirem a intensificação do apoio a Kiev e da pressão sobre Moscovo.

À chegada à cimeira, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, prometeu hoje ao Presidente ucraniano uma "decisão política" europeia para apoiar o financiamento da Ucrânia nos próximos dois anos.

Rússia. Dez mortos e 12 desaparecidos em explosão em fábrica de munições... Uma explosão ocorrida quarta-feira numa fábrica de munições no centro da Rússia provocou pelo menos dez mortos e 12 desaparecidos, anunciou hoje o governador da região de Cheliabinsk, sem precisar as circunstâncias do incidente.

© Supernova+   Lusa   23/10/2025

"Segundo as informações mais recentes, dez pessoas morreram numa explosão numa fábrica em Kopeisk", próximo já da fronteira com o Cazaquistão, afirmou Alexei Teksler na rede social Telegram, acrescentando que outros 19 trabalhadores ficaram feridos. 

Segundo reporta também a BBC, Teksler indicou que a explosão ocorreu numa fábrica de munições.

Num vídeo validado pela cadeia de televisão britânica pode ver-se uma bola de fogo filmada da estrada ao lado da fábrica da Plastmass na região. A fábrica produz e recicla explosivos para o exército russo.

As autoridades não indicaram a causa da explosão, mas Teksler garantiu que o incidente nada teve a ver com um ataque com drones.

Segundo Teksler, o incêndio já foi extinto, e decorre uma operação de busca e resgate para tentar encontrar os 12 funcionários ainda desaparecidos.

As autoridades locais declararam um dia de luto local para sexta-feira e já abriram uma investigação para determinar as causas da explosão.

A BBC Verify localizou dois vídeos da explosão. Um é de uma câmara de segurança que mostra o momento da explosão, capturado a cerca de três quilómetros do local. O outro mostra a bola de fogo filmada por uma pessoa que circulava de carro numa estrada próxima da fábrica.


Leia Também: Ucrânia: Rússia devolve corpos de mil soldados ucranianos

Médicos legistas e investigadores "irão em breve realizar todos os exames necessários e a identificação dos corpos repatriados", sob a autoridade da justiça ucraniana.

No quadro de actividades das celebrações de "Outubro" mês de Consumo dos Produtos Locais no espaço UEMOA. O Ministério do Comércio e da Indústria, realizou esta quinta-feira (23.10) a palestra na Universidade Lusófona da Guiné (ULG), sob o lema o progresso de comercialização e consumo dos produtos Nacionais.

 

Radio Voz Do Povo

"Haverá um corte enorme". Índia prepara-se para reduzir drasticamente importações de petróleo russo após sanções dos EUA

Reliance Industries Limited, Índia (Foto: Associated Press). Por  cnnportugal.iol.pt

Desde a invasão em grande escala à Ucrânia, a Índia tornou-se no maior comprador de petróleo bruto russo

Refinarias indianas estão prestes a reduzir drasticamente as importações de petróleo russo para cumprir com as exigências feitas pelos EUA e, assim, impedir novas sanções, depois de dois dos principais produtores russos terem sido visados por Donald Trump.

"Haverá um corte enorme. Não prevemos que chegue ao zero imediatamente, pois alguns barris entrarão no mercado por meio de intermediários", referiu uma fonte de uma refinaria indiana.

A decisão ocorre num momento em que a Índia tem enfrentado tarifas de 50% sobre as suas exportações para os EUA, com metade dessas taxas a serem retaliação às compras de petróleo russo.

Desde a invasão em grande escala à Ucrânia, a Índia tornou-se no maior comprador de petróleo bruto russo, importando quase dois milhões de barris por dia nos primeiros nove meses deste ano, através de via marítima. As sanções norte-americanas têm como alvo a Lukoil e a Rosneft, os dois maiores produtores de petróleo da Rússia.

"A recalibração das importações de petróleo russo está em andamento e a Reliance estará totalmente alinhada com as diretrizes do GOI (Governo da Índia)", sublinhou um porta-voz da Reliance, quando questionado se a empresa prevê cortar as suas importações de petróleo bruto da Rússia.

A informação surge horas de Washington anunciar novas tarifas contra a Rússia, as primeiras do segundo mandato de Donald Trump contra Moscovo pelas suas ações na Ucrânia.

"Se o governo Trump realmente apoiar as palavras de hoje [quarta-feira] com ações, prevemos que as refinarias que buscam manter o acesso aos mercados de capitais dos EUA abrirão mão dos barris russos", escreveu a analista da RBC Capital, Helima Croft.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos deu às empresas até 21 de novembro para encerrarem as transações com os produtores de petróleo russos, segundo um comunicado publicado na quarta-feira.

Operadores já procuram alternativas

Segundo a Reuters, a gigante indiana Reliance Industries tem nos últimos dias intensificado a compra de petróleo bruto no mercado internacional, recorrendo a fornecedores provenientes do Médio Oriente e do Brasil, para compensar a redução das importações da Rússia.

Fontes próximas da empresa adiantam que, mesmo antes da recente ação dos Estados Unidos contra o petróleo russo, a Reliance já ponderava suspender as importações destinadas a uma das suas refinarias de exportação. A decisão estará relacionada com a entrada em vigor, em janeiro, da proibição da União Europeia sobre produtos refinados a partir de crude russo.

De acordo com operadores de mercado, a empresa foi vista esta quinta-feira a negociar novos carregamentos, tendo contactado comerciantes do Médio Oriente em busca de fornecimentos imediatos.

Outra refinaria indiana, neste caso a Nayara Energy, cujo principal acionista é a russa Rosneft, também continua a adquirir petróleo da Rússia, embora não tenha comentado a situação.

Entretanto, os preços internacionais do petróleo reagiram em alta. O barril de Brent subiu mais de 3% esta quinta-feira.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, preside neste momento à Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, realizada nesta quinta-feira, 23 de outubro de 2025.

 
 Radio Voz Do Povo

O Governo através do Ministério das Finanças, assina esta quinta-feira (23.10) um acordo de convenção com a empresa Dolphin Mauritânia, visando reforçar a cooperação económica e promover novos investimentos no país.


 Radio Voz Do Povo

Costa do Marfim escolhe presidente. Eleições marcadas por desinformação... Os eleitores da Costa do Marfim escolhem no sábado o Presidente da República, sendo que a corrida presidencial foi marcada por contestações, desinformação, exclusão dos principais opositores e receio de uma nova agitação pós-eleitoral.

© Getty Images   Por  Lusa  23/10/2025 

Das 60 candidaturas à corrida presidencial, somente cinco - incluindo a do atual Presidente, Alassane Ouattara -, foram aceites pelo Conselho Constitucional, segundo a lista definitiva publicada pelo órgão em 08 de setembro. 

Alassane Ouattara, de 83 anos, assumiu o cargo em 2011, na sequência do conflito pós-eleitoral de 2010-2011. Este conflito, que resultou em mais 3.000 mortos e deixou o país à beira de uma guerra civil, ocorreu após o principal opositor e ex-Presidente, Laurent Gbagbo, se ter recusado a aceitar a derrota eleitoral, culminando na sua captura e na da sua mulher, Simone Gbagbo.

Os principais candidatos da oposição, Laurent Gbagbo e Tidjane Thiam, foram excluídos da corrida presidencial, sendo as suas candidaturas rejeitadas pelo Conselho Constitucional. O primeiro devido a uma condenação judicial ocorrida em 2018 e o segundo por questões de nacionalidade.

Esta decisão reforça a probabilidade do atual chefe de Estado ganhar as eleições.

O Presidente marfinense, da União dos Houphouëtistas pela Democracia e a Paz (RHDP), originalmente limitado a dois mandatos, procura ser reeleito, sendo que os dois principais partidos da oposição protestam contra o quarto mandato do Chefe de Estado e consideram-o inconstitucional.

A atual lei da Costa do Marfim prevê um máximo de dois mandatos, mas o Conselho Constitucional considerou em 2020 que a adoção de uma nova Constituição quatro anos antes tinha reposto o contador dos mandatos presidenciais a zero.

Nesta eleição presidencial, o chefe de Estado enfrentará os ex-ministros Jean-Louis Billon e Ahoua Don Mello, bem como a ex-primeira-dama Simone Ehivet Gbagbo, do Movimento das Gerações Capazes (MGC), e Henriette Lagou, que também foi candidata em 2015, do partido Renovação para a Paz e a Concórdia (RPC-PAIX).

O ex-ministro do Comércio, Jean-Louis Billon, é dissidente do Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI), de Thiam, mas irá concorrer à presidência sob a bandeira de uma coligação de pequenos partidos denominada de Congresso Democrático.

Já Ahoua Don Mello é ex-membro do Partido Popular Africano - Costa do Marfim (PPA-CI), de Gbagbo, e concorre como independente sem o apoio do partido.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) enviou no inicio deste mês uma missão de observação eleitoral para a Costa do Marfim, com o objetivo de monitorizar todas as etapas do processo eleitoral.

A Agência Nacional para a Segurança dos Sistemas de Informação (ANSSI), sediada em Abidjan, Costa de Marfim, reportou campanhas de desinformação, feitas através de contas falsas com ligações ao Burkina Faso e a outras juntas militares do Sahel, destinadas a desestabilizar as instituições marfinenses e a perturbar as eleições, com táticas que incluíam a divulgação de notícias falsas, como por exemplo, a morte do Presidente ou um suposto golpe de Estado.

Em resposta a este problema, uma grande campanha publicitária, denominada de "Notícias falsas dividem, informações unem", foi veiculada nas ruas da cidade de Abidjan.

A campanha eleitoral começou a 10 de outubro neste país com 8,7 milhões de eleitores.

Os principais partidos da oposição convocaram manifestações, exigindo diálogo político, a menos de duas semanas das eleições, sendo que os protestos causaram um morto, segundo a polícia, e três mortos, de acordo com a oposição.

Em 11 de outubro, centenas de pessoas responderam ao apelo da oposição para marchar em Abidjan, a maior cidade do país, mas a polícia dispersou a manifestação, com recurso a gás lacrimogéneo, e deteve 237 pessoas, de acordo com o Ministério do Interior, que tinha proibido marchas e reuniões a contestar as decisões do Conselho Constitucional.

Nas eleições de 2020 foram marcadas por diversos distúrbios e confrontos, causando pelo menos 85 vítimas mortais e feridos.

O diretor da África Ocidental no International Crisis Group (ICG), Rinaldo Dapgne, afirmou que a situação permanece calma "comparando com o que aconteceu em 2020".

Segundo um relatório da ICG, nenhuma eleição presidencial na Costa do Marfim desde 1995 resultou numa mudança pacífica de poder.

A Costa do Marfim, com uma população com cerca de 32 milhões de habitantes, é um país importante na zona da CEDEAO, composta por 15 países, incluindo os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau.

A base da economia do país da África Ocidental é o cacau, que representa 40% da produção mundial, o maior produtor, e 14% do seu Produto Interno Bruto (PIB), e o marfim. O cultivo de palmeiras-de-dendé e seringueiras são também um dos pilares da economia marfinense.

Entre 2002 e 2007, a Costa do Marfim mergulhou numa guerra civil, sendo o conflito alimentado por divisões étnicas que opuseram o sul do país ao norte.


Não tome estes cinco medicamentos com café

Café e medicamentos © TVI   msn.com/pt-pt

É bem conhecido o efeito estimulante do café no aparelho digestivo, razão pela qual é frequentemente útil para pessoas que sofrem de obstipação. No entanto, esta ação da cafeína pode interferir na absorção de certos nutrientes, como o ferro. Para além disso, a cafeína pode interagir com diversos medicamentos, alterando a sua absorção e eficácia no organismo, como explica um artigo do The Jerusalem Post.

O mesmo artigo identifica cinco tratamentos comuns que podem ser afetados pelo consumo de café. No caso dos antidepressivos, a cafeína pode interferir na absorção de fármacos como fluvoxamina, amitriptilina, escitalopram e imipramina, diminuindo, em alguns casos, a absorção dos seus princípios ativos. Por outro lado, estudos citados pelo The Jerusalem Post indicam que a fluvoxamina pode melhorar a resposta do organismo à cafeína, atenuando efeitos secundários como insónia e aumento da frequência cardíaca. Quem toma antidepressivos deve esperar, pelo menos, uma hora após a ingestão do medicamento antes de consumir café.

No que diz respeito a medicamentos para a hipertensão, sabe-se que a cafeína aumenta a frequência cardíaca e pode afetar a pressão arterial. Combinar café com estes fármacos pode ser problemático, uma vez que estes medicamentos atuam geralmente para abrandar o ritmo cardíaco, reduzindo o esforço do coração ao bombear sangue, explica o The Jerusalem Post. Estudos indicam que tomar café enquanto se usam certos medicamentos, como o amlodipino, pode dificultar a absorção do fármaco e comprometer a sua eficácia.

Para quem sofre de asma e utiliza broncodilatadores, como a aminofilina ou a teofilina, é importante compreender como estes medicamentos atuam e os efeitos no organismo. Os broncodilatadores, que contêm esteroides, relaxam as vias respiratórias, facilitando a respiração, mas podem também causar efeitos secundários como dores de cabeça, inquietação, dores de estômago e irritabilidade, escreve o The Jerusalem Post. Estudos mostram que o consumo de café e outras bebidas com cafeína pode aumentar o risco destes efeitos secundários e, em alguns casos, reduzir a absorção do medicamento.

Relativamente aos tratamentos para a diabetes, o The Jerusalem Post cita um estudo da Associação Americana de Diabetes que concluiu que a ingestão de bebidas com cafeína pode aumentar os níveis de insulina e de açúcar no sangue. Este estudo sugere que o consumo elevado de cafeína pode dificultar o controlo glicémico e aumentar o risco de complicações associadas à diabetes. Além disso, adicionar leite e açúcar ao café, como é comum, pode elevar ainda mais os níveis de açúcar no sangue, prejudicando a eficácia dos medicamentos para a diabetes.

Por fim, no caso dos medicamentos para constipações e alergias, que são utilizados mesmo por quem não toma outros fármacos regularmente, muitos contêm esteroides ou componentes como a pseudoefedrina hidroclorídrica, que aumentam a atividade do sistema nervoso central. O The Jerusalem Post explica que, quando combinados com café, estes medicamentos podem intensificar o efeito no sistema nervoso central, aumentando o risco de efeitos secundários como inquietação, irritabilidade e perturbações do sono.

UE adota novas sanções à Rússia. "Cada vez mais difícil para Putin"... A União Europeia (UE) adotou hoje o 19.º pacote de sanções à Rússia, após o levantamento do bloqueio eslovaco, anunciou a chefe da diplomacia comunitária, vincando ser cada vez mais difícil à Rússia financiar guerra contra a Ucrânia.

© TIMOTHY A. CLARY/AFP via Getty Images   Por Lusa   23/10/2025 

"A cabámos de adotar o nosso 19.º pacote de sanções, que visa bancos russos, bolsas de criptomoedas, entidades na Índia e na China, entre outros. A UE está a restringir os movimentos dos diplomatas russos para combater as tentativas de desestabilização", bem como a dar passos para proibir o gás natural liquefeito (GNL) russo, revelou no X a Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança. 

"É cada vez mais difícil para Putin financiar esta guerra", concluiu Kaja Kallas, numa adoção que foi possível após a Eslováquia ter levantado o seu veto relacionado com as suas importações energéticas e a sua economia dependente do gás russo.

O 19.º pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia inclui um bloqueio total das importações de GNL russo a partir de 01 de janeiro de 2027, novas restrições financeiras que proíbem transações com bancos russos e instituições em países terceiros e medidas contra os sistemas de pagamento russos.

Também através do X, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apontou que, com a aprovação de hoje pelos 27 Estados-membros (no Conselho), a UE "continua a exercer forte pressão sobre o agressor".

"Pela primeira vez, estamos a atingir o setor do gás da Rússia, o coração da sua economia de guerra. Não cederemos até que o povo da Ucrânia tenha uma paz justa e duradoura", salientou Ursula von der Leyen.

Já a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, realçou no X a "maior pressão sobre a Rússia".

"A adoção do 19.º pacote de sanções da UE é mais um passo crucial no sentido de nos afastarmos dos combustíveis fósseis russos. Temos de garantir que o impacto das sanções seja máximo e que todas as lacunas sejam colmatadas [pois] não se trata apenas de apoiar a Ucrânia, [mas] da segurança coletiva", referiu ainda a líder da assembleia europeia.

O pacote visa também a chamada "frota fantasma" russa -- com mais de 118 navios sancionados -- e impõe limites à exportação de tecnologias sensíveis, como inteligência artificial, dados geoespaciais e componentes metálicos críticos.

Além disso, empresas da China, da Índia e de outros países que apoiem a indústria militar russa também foram incluídas nas sanções.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, desde então, Kiev tem contado com o apoio da comunidade internacional, sobretudo da UE, com pesadas sanções a Moscovo para enfraquecer severamente a economia russa e punir os responsáveis pelo conflito.


Leia Também: Governo da Ucrânia saudou sanções dos EUA contra petrolíferas russas...     A primeira-ministra ucraniana, Yulia Sviridenko, saudou hoje as sanções contra as petrolíferas russas Lukoil e Rosneft, anunciadas na quinta-feira pelos Estados Unidos.

Taiwan vai criar novos "batalhões de drones" face à pressão militar da China... A formação de uma vasta frota de 'drones' tornou-se uma das prioridades de defesa de Taiwan, que vê na experiência ucraniana um exemplo claro de como utilizar tecnologia para enfrentar uma eventual agressão da China.

Por  sicnoticias.pt

O Exército de Taiwan vai criar novos "batalhões de veículos aéreos não tripulados (drones)" para fazer face à crescente pressão militar da China, que considera a ilha como parte "inalienável" do seu território, anunciaram hoje fontes militares.

Em declarações no Parlamento, citadas pela agência oficial CNA, o chefe do Estado-Maior do Exército, Chen Chien-yi, afirmou que a criação das unidades já está em curso, de acordo com o calendário de aquisição de equipamento e outros "marcos específicos", e que se prevê concluir a sua formação antes de julho de 2026.

Chen garantiu ainda que as Forças Armadas estão a reforçar as capacidades de combate contra veículos não tripulados, que passarão a integrar o sistema geral de defesa antiaérea e antimísseis da ilha.

Segundo o oficial, Taiwan está a recolher, observar e analisar "de forma sistemática" as estratégias e o desenvolvimento da guerra com 'drones' por parte do Exército de Libertação Popular (ELP, Exército chinês).

Ucrânia é exemplo

A formação de uma vasta frota de 'drones' tornou-se uma das prioridades de defesa de Taiwan, que vê na experiência ucraniana um exemplo claro de como utilizar tecnologia para enfrentar uma eventual agressão da China.

O aumento da pressão militar de Pequim no Estreito levou ainda o Governo de Taipé a propor uma subida do orçamento da Defesa para 3,32% do Produto Interno Bruto em 2026.


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A Coreia do Norte disse hoje ter testado mísseis hipersónicos, apresentados como "armamento de ponta", com o objetivo de testar as capacidades de defesa contra "potenciais inimigos" do regime.

Governo da Ucrânia saudou sanções dos EUA contra petrolíferas russas... A primeira-ministra ucraniana, Yulia Sviridenko, saudou hoje as sanções contra as petrolíferas russas Lukoil e Rosneft, anunciadas na quinta-feira pelos Estados Unidos.

© Getty Images  Por  Lusa  23/10/2025

Sviridenko disse que o petróleo russo alimenta a guerra provocada por Moscovo e frisou que os Estados Unidos enviaram uma mensagem certa ao sancionar as duas empresas.  

A primeira-ministra ucraniana difundiu os comentários através das redes sociais depois de o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, ter anunciado as sanções, as primeiras impostas pela atual Administração de Donald Trump contra a Rússia. 

A Rosneft é uma empresa estatal russa que produz quase 6% do petróleo bruto mundial e quase metade do petróleo bruto russo.

Juntamente com a Lukoil, exportam 3,1 milhões de barris de crude por dia.

Ambas as empresas já foram sancionadas pela anterior Administração dos Estados Unidos, mas desta vez as sanções são estendidas às subsidiárias e afiliadas.


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A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos saudou as sanções impostas à Rússia pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmando que apenas demonstrações de força são eficazes contra Moscovo.

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O Reino Unido e a Alemanha vão realizar operações conjuntas de patrulha defensiva no Atlântico Norte para rastrear submarinos russos, reforçando a colaboração em matéria de Defesa, anunciou o Ministério da Defesa britânico (MoD).

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António Costa surgiu esta manhã ao lado do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para lamentar que as expetativas criadas contra por Donald Trump não se vão concretizar.

Outubro no 'fim', prevenção não: Tudo sobre o rastreio do cancro da mama... Em 2022, foram detetados nove mil novos casos de cancro da mama e mais de duas mil pessoas do sexo biológico feminino morreram com esta doença em Portugal. É a primeira causa de morte por cancro entre as mulheres.

© Shutterstock   Por Notícias ao Minuto 

Outubro já vai quase no fim, mas a prevenção não: é que este é o mês 'escolhido' para uma maior consciencialização para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama. O objetivo deste movimento internacional é o de partilhar informação, promover exames regulares e alertar para a deteção precoce por forma a haver um tratamento eficaz. Já o nome deste movimento, 'Outubro Rosa', vem do laço cor-de-rosa, um símbolo global da luta contra a doença.  

Dado que este é o mês de consciencialização, é importante ter em atenção algumas informações, as quais, em parte, trazemos abaixo. Pode consultar o site do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para ter acesso a informação mais detalhada sobre o rastreio, clicando aqui.

Note-se ainda que o rastreio do cancro da mama é uma medida de saúde pública, promovida pelo SNS, que tem por objetivo detetar atempadamente alterações da mama, como por exemplo nódulos que ainda não se sentem ao toque ou à palpação.

Qual a importância de fazer o rastreio?

O SNS escreve que o cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as pessoas do sexo biológico feminino e é a primeira causa de morte por cancro neste grupo. Em 2022, foram detetados cerca de 9 mil novos casos de cancro da mama e mais de 2 mil pessoas do sexo biológico feminino morreram com esta doença no nosso país.

Desta forma, o rastreio é desde logo "a melhor forma de detetar a doença em fases iniciais, permitindo obter melhores resultados com tratamentos mais eficazes, menos agressivos e invasivos" e, com isso:

  • Reduzir a mortalidade;
  • Aumentar a esperança de vida;
  • Contribuir na melhoria da qualidade de vida;
  • Reduzir o recurso a tratamentos agressivos e invasivos.

Quais os critérios de exclusão?

Segundo o que os especialistas explicam são "excluídas de forma definitiva deste rastreio as pessoas que tenham feito uma mastectomia (cirurgia de remoção da mama) ou que tenham diagnóstico prévio de cancro da mama".

Existem, no entanto, outros motivos que impedem, de forma temporária, a realização deste rastreio, sendo estas:

  • Próteses mamárias (silicone ou outras);
  • Processos inflamatórios ativos da mama;
  • Gravidez ou aleitamento materno;
  • Incapacidade física, que impossibilite a realização de mamografia.

Como participar no rastreio?

"Se estiver elegível para o rastreio, receberá uma carta com indicação da data, hora e o local onde poderá realizar o exame de rastreio. Habitualmente, o exame é realizado numa unidade móvel perto da unidade de saúde (centro de saúde). Estas e outras informações constam da carta que lhe é remetida", lê-se no site.

Ainda assim, o SNS aponta que de forma a garantir "que o convite lhe é corretamente endereçado, deve verificar na sua unidade de saúde (centro de saúde) se os seus dados de identificação (nome, morada, telefone e endereço de e-mail) se encontram atualizados".

O resultado da mamografia ser-lhe-á enviado por carta para a sua residência e para o seu médico de família, num prazo que não deverá exceder quatro semanas após a realização do exame.

Rastreio é doloroso? E os resultados?

Algumas pessoas sentem desconforto e até alguma dor com a compressão das mamas, de acordo com o que é detalhado pelo SNS. No entanto, a mamografia é um exame de duração curta pelo que a dor que possa sentir é, habitualmente, passageira e desaparece no final do exame.

Poderá posteriormente obter dois resultados: o negativo, que significa que a mamografia não revelou a existência de alterações suspeitas de cancro. "Após dois anos, voltará a ser contactada para repetir o rastreio", lê-se.

Se, por outro lado, o resultado for positivo, será porque a mamografia apresenta alterações que necessitam de exames adicionais e observação clínica. "Isto não significa que tenha cancro", alerta o SNS.

"Cerca de uma em cada 14 pessoas rastreadas tem um resultado positivo. Por isso, são chamadas para uma consulta de avaliação, onde serão feitos exames complementares (como uma ecografia mamária e, se necessário, biópsia dirigida), que permitem o esclarecimento do resultado do rastreio. Esta consulta será agendada num curto espaço de tempo. Se depois da realização da consulta médica e dos exames complementares, se mantenham as suspeitas de cancro, será encaminhada para um hospital do Serviço Nacional de Saúde para avaliação da necessidade de tratamento", explica ainda o SNS.

Para consultar todas as dúvidas que possa ter, clique aqui.


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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló recebe os partidos políticos que concorrem as eleições gerais de 23 de Novembro

 

Chevron e Petroguin Realizam Cerimónia Oficial de Remissão de Licenças de Pesquisa Petrolífera

Realizou-se esta quarta-feira (22.10), em Bissau, a cerimónia oficial de remissão das licenças de pesquisa petrolífera entre a empresa norte-americana Chevron e a petrolífera estatal guineense Petroguin. 

O ato marca um passo importante na cooperação energética entre as duas entidades, concretizando a entrega oficial do Suplemento das Licenças de Pesquisa dos blocos Carapau (5B) e Peixe-Espada (6B), localizados na plataforma marítima da Guiné-Bissau.

Entrega de Cartas Credenciais dos Embaixadores designados : Mauritânia, Serra Leoa, Argélia, Reino da Bélgica, Namíbia, Israel, Indonésia, Panamá, Suíça, Ruanda, Burundi, Austrália, Alemanha, Bangladesh, Correia do Sul.

Três anos de prisão para participantes de protesto na Costa do Marfim... Trinta e duas pessoas foram condenadas a três anos de prisão na Costa do Marfim por participarem nos protestos de 11 de outubro, proibidos pelas autoridades, avança hoje a agência de notícias Efe.

Por LUSA 

A condenação ocorre a poucos dias da realização das eleições presidenciais de sábado, marcadas pela exclusão dos dois principais candidatos da oposição.

Segundo noticiaram os meios de comunicação locais na terça-feira à noite, 40 detidos compareceram perante a Justiça e afirmaram que se encontravam na rua quando os factos ocorreram, mas que não participaram expressamente nas marchas em Abidjan, capital económica da Costa do Marfim.

As manifestações desse dia, dispersadas pela polícia com cargas e gás lacrimogéneo, foram inicialmente convocadas pela Frente Comum, uma aliança das duas principais formações da oposição do país: o Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI, em francês) e o Partido dos Povos Africanos da Costa do Marfim (PPA-CI).

Embora os partidos tenham cancelado a convocatória após ter sido proibida pelas autoridades, os apelos nas redes sociais para sair às ruas mantiveram-se, sob o lema "Pela democracia, justiça e paz".

Segundo a Efe, os agentes detiveram dezenas de pessoas suspeitas de serem manifestantes, embora estas se misturassem com os transeuntes.

Desde então, cerca de 700 pessoas foram detidas em vários pontos do país por atos semelhantes, segundo o Ministério Público.

Destas, 50 foram já condenadas na quinta-feira passada a três anos de prisão por "perturbação da ordem pública".

Nesta terça-feira, o tribunal aceitou apenas as explicações de oito dos acusados e declarou os demais culpados da mesma acusação, destacando que "a liberdade de manifestação não deve ser confundida com desordem".

A tensão tem aumentado no país à medida que as eleições se aproximam, com a imposição, na semana passada, de uma proibição de dois meses sobre comícios e manifestações políticas de todos os partidos, exceto os dos cinco candidatos oficialmente autorizados a concorrer às eleições.

Entre eles não se encontram, após a sua exclusão do recenseamento eleitoral, os dois principais candidatos da oposição: o ex-diretor executivo do banco suíço Crédit Suisse Tidjane Thiam, do PDCI, e o ex-Presidente Laurent Gbagbo (2000-2011), do PPA-CI.

Por seu lado, o Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, de 83 anos, formalizou em julho a sua candidatura pela União dos Houphouëtistas pela Democracia e a Paz (RHDP).

No poder desde 2010, Ouattara já exerce um controverso terceiro mandato, apesar do limite constitucional de dois mandatos presidenciais.

Os seus apoiantes sustentam, no entanto, que a reforma constitucional de 2016 reiniciou a contagem e permite a recandidatura.

Vance alerta para "tarefa difícil" de desarmar Hamas... O vice-presidente norte-americano, JD Vance, alertou hoje em Jerusalém para a tarefa difícil de desarmar o Hamas na Faixa de Gaza e reconstruir o território palestiniano.

Por LUSA 

"Temos uma tarefa muito, muito difícil pela frente, que é desarmar o Hamas e reconstruir Gaza, melhorar a vida das pessoas de Gaza", afirmou Vance após um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

É também necessário "garantir que o Hamas não volte a ser uma ameaça para os nossos amigos em Israel", referiu, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Muitos pontos do plano que se espera que traga a paz a Gaza, apresentado pelo Presidente Donald Trump em setembro, permanecem em aberto, incluindo a questão do desarmamento do movimento islamista.

O acordo de cessar-fogo suspendeu a guerra em curso desde 07 de outubro de 2023 entre o Hamas e Israel, que matou dezenas de milhares de pessoas e destruiu grande parte do enclave palestiniano.

Vance disse também que o acordo sobre Gaza poderá permitir a Israel outras alianças no Médio Oriente no âmbito dos acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre o Estado hebraico e alguns países árabes em 2020.

Segundo Vance, isso poderia permitir "uma estrutura de aliança no Médio Oriente que perdure, que resista e que permita que as pessoas certas da região, do mundo, tomem as rédeas da situação".

O vice-presidente dos Estados Unidos chegou na terça-feira a Israel para uma visita de dois dias para supervisionar a implementação do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza assinado por Israel e o Hamas em 10 de outubro.

Vance viajou acompanhado pelo enviado especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e por Jared Kushner, genro do Presidente norte-americano.


Leia Também: JD Vance quer que "palestinianos vivam em Gaza e israelitas em segurança"

O 'vice' dos Estados Unidos, JD Vance, visita esta semana o Médio Oriente, e respondeu a algumas questões em Israel. O responsável respondeu que o mais "importante" agora é a reconstrução de Gaza e "dar comida às pessoas".



Pyongyang lança mísseis em vésperas de visita de Trump à Coreia do Sul... A Coreia do Norte lançou hoje vários mísseis balísticos de curto alcance, no primeiro teste desde a posse do Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, e a uma semana da visita do Presidente norte-americano, Donald Trump, à Coreia do Sul.

Por LUSA 

"O Exército detetou hoje, por volta das 08:10, hora local (23:10 TMG de terça-feira), o lançamento de vários mísseis balísticos de curto alcance da zona de Jungwha, na província de Hwanghae do Norte", anunciou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) num comunicado.

Segundo o mesmo texto, os mísseis foram lançados para nordeste, aparentemente em direção ao mar do Japão, conhecido como mar do Leste nas duas Coreias, e as autoridades sul-coreanas e americanas estão a realizar uma análise de especificações exatas.

Numa informação anterior, o JCS tinha informado que, pelo menos, um míssil tinha sido hoje lançado pelo exército norte-coreano.

O lançamento destes mísseis ocorre uma semana antes da visita prevista de Trump à Coreia do Sul, no âmbito dos eventos do fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).

Vários relatos indicam que o Presidente norte-americano visitará a cidade sul-coreana de Gyeongju na quarta-feira da próxima semana, onde poderá pernoitar.

Tem igualmente sido avançada a hipótese de Trump realizar uma cimeira com o homólogo chinês, Xi Jinping, que, a acontecer, tem como contexto o fortalecimento dos laços entre Pequim e Pyongyang, marcado pela presença do líder norte-coreano, Kim Jong-un, num importante desfile militar na China no início de setembro.

Este foi também o primeiro teste de mísseis pela Coreia do Norte desde a tomada de posse do novo líder da Coreia do Sul, no início de junho.

Os canais de comunicação intercoreanos permanecem cortados desde 2022, e Pyongyang tem rejeitado repetidamente os apelos da administração de Lee Jae-myung para reabrir o diálogo.

O último lançamento semelhante de mísseis por parte de Pyongyang ocorreu em maio, mês em que lançou um míssil balístico de curto alcance no dia 08, e vários mísseis de cruzeiro no dia 22, em ambos os casos também sobre águas do mar do Japão.


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A Rússia voltou esta madrugada a atingir infraestruturas de gás localizadas em Poltava, no centro da Ucrânia, de acordo com o chefe da Administração Militar da Região, Volodímir Kogut.


Putin? "Não, não, não quero uma reunião inútil. Não quero perder tempo"... O Presidente norte-americano, Donald Trump, rejeitou hoje realizar uma "reunião inútil" com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, após o adiamento por tempo indeterminado da anunciada cimeira entre ambos em Budapeste sobre o conflito na Ucrânia.

Por LUSA 

"Não, não, não quero uma reunião inútil. Não quero perder tempo, por isso veremos o que acontece", disse Trump na Casa Branca aos jornalistas, quando questionado sobre o anunciado encontro com Putin.

O Presidente norte-americano insistiu também que a Rússia e a Ucrânia deveriam simplesmente retirar as suas tropas e acabar com o derramamento de sangue.

Um responsável da Casa Branca afirmou esta terça-feira que a cimeira entre Trump e Putin, anunciada na passada quinta-feira, não deverá ocorrer num "futuro próximo". 

Segundo a mesma fonte, o encontro, que estava agendado para acontecer em Budapeste, na Hungria, fica sem efeito.

"Não há necessidade de uma reunião cara a cara adicional entre o secretário de Estado [norte-americano], Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, e não há planos para o Presidente Trump se reunir com o Presidente Putin no futuro imediato", disse o funcionário, sob condição de anonimato, citado pelas agências de notícias espanhola EFE e norte-americana Associated Press (AP). 

Segundo o responsável, a decisão foi tomada na sequência de um telefonema, na segunda-feira, entre Marco Rubio e Serguei Lavrov, para debater os contornos da cimeira entre os líderes norte-americano e russo sobre o fim do conflito na Ucrânia.

A conversa entre Rubio e Lavrov ocorreu depois de Donald Trump ter dito que os dois chefes da diplomacia se reuniriam esta semana para organizar a cimeira.

Já o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou hoje que não era urgente o encontro entre Putin e Trump, sublinhando que "é necessária uma preparação, uma preparação séria". 

A reunião, anunciada pelo Presidente republicano na rede social Truth Social na quinta-feira após uma conversa telefónica com Putin, deveria ter lugar em Budapeste, embora a data não tenha sido fixada.

Trump, que qualificou a conversa com Putin como "muito produtiva", indicou na mesma ocasião que o encontro entre ambos iria ocorrer dentro das "próximas duas semanas" ou seja, antes de novembro.

O Presidente norte-americano também sugeriu na semana passada que a fronteira entre os dois Estados (Rússia e Ucrânia) deveria passar a corresponder à atual linha da frente de batalha.

Na sexta-feira, durante a sua visita a Washington, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de ceder territórios para pôr fim à guerra e defendeu que para parar o conflito e "ir para negociações de paz urgentemente, pelo caminho diplomático" é preciso "não dar mais a Putin".

O jornal Financial Times noticiou que a reunião entre Trump e Zelensky ficou marcada por uma discussão com gritos, ofensas e uma alegada ameaça feita pelo líder norte-americano de que Putin iria "destruir" a Ucrânia se o líder ucraniano não aceitasse os termos russos para o fim do conflito.

Ainda hoje, um responsável ucraniano revelou que Trump pressionou Zelensky a aceitar a cedência da região oriental do Donbass à Rússia durante a reunião na Casa Branca. 

A fonte, que falou à agência France-Presse (AFP) sob anonimato, descreveu a reunião como "tensa e difícil", acrescentando que Trump pediu a Zelensky para ordenar a retirada das tropas ucranianas das zonas ainda sob controlo de Kyiv, uma das exigências centrais do Presidente russo.

"A diplomacia de Trump deu-nos a sensação de estar a andar em círculos", comentou a fonte ucraniana.

O Kremlin tem insistido que qualquer acordo exige a retirada ucraniana das quatro regiões anexadas por Moscovo - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - e a renúncia formal de Kyiv à adesão à NATO.

Também hoje, a agência Bloomberg avançou que países europeus e a Ucrânia estão a preparar uma proposta para acabar com a guerra causada pela Rússia nas atuais linhas de batalha, contrariando exigências de território feitas por Moscovo.

Segundo fontes próximas do processo, citadas pela agência, Donald Trump ficaria a presidir a um conselho da paz, responsável por supervisionar a aplicação do plano proposto, com 12 pontos

Até agora, a Rússia rejeitou os apelos para pôr fim aos combates ao longo das linhas existentes, apesar de ter sofrido baixas massivas na guerra, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022.

Qualquer proposta também precisaria da aprovação de Washington e as autoridades europeias podem viajar para os Estados Unidos esta semana, indicaram ainda.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, partiu hoje para Washington, onde irá encontrar-se com Trump na quarta-feira 

No mesmo sentido, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chefes de Estados aliados de Kyiv e líderes das instituições europeias defenderam hoje que "a linha da frente deve ser o ponto de partida para negociações".

Chefes de Estado ou de Governo da Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Polónia, Espanha, Dinamarca, Noruega e Finlândia também subscreveram a posição.