sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Os dirigentes do PAIGC que integram o governo liderado por Braima Camará em conferência de imprensa.
PR Umaro Sissoco Embaló, preside o encerramento da Conferência Nacional dos Oficiais de Justiça, sob o lema " A Justiça, a Bússola de Todos os Cidadãos "
Nobel da Paz: Após receber Nobel da Paz, María Corina Machado admite estar "em choque"... A líder da oposição venezuelana María Corina Machado admitiu estar "em choque" por ter recebido o Prémio Nobel da Paz, hoje atribuído em Oslo, num vídeo enviado pela sua equipa de imprensa à agência de notícias francesa AFP.
© Alfredo Lasry R/Getty Images Lusa 10/10/2025
"Estou em choque!", ouve-se Maria Machado a dizer a Edmundo González Urrutia, que a substituiu como candidato nas últimas eleições presidenciais devido à sua inelegibilidade política.
"O que é isto? Não acredito", insiste a líder da oposição, de 58 anos, que vive escondida na Venezuela.
O Comité norueguês do Nobel anunciou hoje que o Prémio Nobel da Paz 2025 foi atribuído à opositora venezuelana María Corina Machado "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia".
"Enquanto líder do movimento pela democracia na Venezuela, María Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos", sublinhou o Comité.
Nascida em 1967, na Venezuela, Maria Corina Machado é uma das principais vozes da oposição democrática ao regime de Nicolás Maduro, tendo sido candidata favorita à vitória nas eleições presidenciais de julho de 2024.
No entanto, foi impedida de concorrer quando, em janeiro de 2024, o Supremo Tribunal de Justiça, alinhado com o Governo de Maduro, a proibiu de ocupar cargos públicos durante 15 anos.
Leia Também: María Corina Machado vence Prémio Nobel da Paz
A venezuelana María Corina Machado venceu o prémio Nobel da Paz. O comité defendeu a sua escolha referindo-se ao seu trabalho "incansável a promover as direitos democráticos para o povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia".
China acusa líder de Taiwan de conduzir ilha para "conflito militar"... A China acusou hoje o líder de Taiwan, William Lai, de conduzir a ilha "para um perigoso cenário de conflito militar" e de "fabricar todo o tipo de mentiras" para promover a independência.
© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images Lusa 10/10/2025
Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun afirmou que o recente discurso de Lai, proferido por ocasião do Dia Nacional de Taiwan, apenas serviu para "comercializar a falácia separatista da 'independência' da ilha".
"Lai distorce os factos históricos e o consenso internacional, revelando mais uma vez a sua natureza obstinada como criador de problemas, perigos e guerra", declarou Guo, acrescentando que, para preservar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, é "imprescindível" opor-se à independência da ilha.
"No mundo só existe uma China, e Taiwan é uma parte inalienável do território chinês: essa é a verdadeira realidade do Estreito de Taiwan", sublinhou o porta-voz, numa crítica velada aos Estados Unidos. "A maior ameaça atual à paz e estabilidade no Estreito é a atividade separatista em prol da 'independência de Taiwan' e a intervenção externa".
Guo Jiakun apelou ainda aos "poucos políticos estrangeiros" que visitaram recentemente a ilha para que "cessem de imediato a ingerência nos assuntos internos da China" e deixem de "tolerar e apoiar os atos separatistas".
"Esses comportamentos errados, motivados por interesses pessoais ou pela estratégia pérfida de usar Taiwan para conter a China, estão condenados ao fracasso e acabarão por colidir com a imparável tendência histórica para a plena reunificação chinesa, pagando um preço elevado por isso", advertiu.
As declarações surgem horas após as celebrações do Dia Nacional em Taiwan, data que assinala a queda da última dinastia imperial chinesa, em 1911, e o estabelecimento da República da China -- nome oficial da ilha --, durante a qual o presidente taiwanês se dirige tradicionalmente à população.
No seu discurso, William Lai anunciou o desenvolvimento de um novo sistema de defesa aérea avançado, o "T-Dome", semelhante ao escudo israelita "Iron Dome", e voltou a instar Pequim a "renunciar ao uso da força" para controlar o território autogovernado.
Nas semanas que antecederam a efeméride, as tensões entre Taipé e Pequim agravaram-se também em torno da resolução 2758 da ONU, que reconheceu, em outubro de 1971, a República Popular da China como única representante legítima da China no seio das Nações Unidas.
Pequim defende que essa resolução legitima a sua soberania sobre Taiwan, uma interpretação que Taipé contesta, considerando tratar-se de uma "distorção" do texto original com o objetivo de fabricar uma "suposta base legal" para justificar uma "futura agressão armada" contra a ilha.
Leia Também: Taiwan anuncia novo sistema avançado de defesa aérea
O Presidente de Taiwan, William Lai, anunciou hoje o desenvolvimento de um "rigoroso sistema de defesa aérea" para reforçar a proteção da ilha face à crescente pressão militar da China.
Transição Verde_ UNIÃO EUROPEIA VAI ALOCAR 21 MILHÕES DE EUROS PARA DINAMIZAR O PROJETO “BISSAU LIMPU”
Por: Natcha Mário M’bundé O Democrata GB 10/10/2025
O delegado da União Europeia na Guiné-Bissau, Federico Bianchi, anunciou que a organização dos 27 vai disponibilizar 21 milhões de euros para dinamizar o Projeto Bissau Limpu lançado esta quinta-feira, 9 de outubro, em Bissau, e liderar mundialmente a iniciativa mundial na promoção da transição verde.
“O compromisso da União Europeia materializado neste projeto Bissau Limpu é claro: liderar mundialmente na promoção da transição verde, da economia circular e da sustentabilidade ambiental”, precisou.
O projeto, que vai ser implementado pela ONG ACRA em parceria com Mani Tese e RENAJ, tem como objetivo melhorar as práticas de economia circular e a avaliação de resíduos em Bissau.
O Projeto, com a duração de 4 anos e seis meses, é financiado pela União Europeia e abrange seis escolas da capital Bissau e intervirá nos Bairros Militar, Cuntum, Belém , Granja Pessubé e Bandim.
No seu discurso, o Embaixador da União Europeia revelou que o projeto conta com um orçamento de 21 milhões de euros, que irá incluir, além do Bissau Limpu, mais duas componentes: nô misti desenvolvimento local e nô vida é no lagua e que terá início em breve, visando melhorar os serviços de água e de saneamento em cinco cidades secundárias.
“O projeto Bissau Limpu é implementado por um consórcio que inclui parceiros locais e internacionais, nomeadamente ACRA, MANI TESE, RENAJ, Engenharia sem fronteiras e a Universidade Politécnica de Milão”, disse, tendo reforçado que o projeto visa promover a economia circular, através da valorização dos resíduos, da criação de empregos verdes e do reforço do empreendedorismo.
Referiu que Bissau Limpu é também uma oportunidade para melhorar os serviços locais dos cidadãos, promover a transparência e, por conseguinte, reforçar a governação local e o acordo tácito entre a cidadania e o governo.
Destacou que, para além do setor da gestão dos resíduos sólidos urbanos, o projeto “é um excelente exemplo” para concretizar a importância da concertação e do diálogo entre instituições locais, nacionais, sociedade civil e setor privado.
Por sua vez, o diretor-geral da Autoridade da Avaliação Ambiental Competente (AAAC), Welena Silva, defendeu que é preciso identificar formas de valorizar os resíduos sólidos e urbanos, bem como investir na educação ambiental para mudança de comportamentos.
Tropas israelitas já começaram a sair de Gaza... Imagens mostram tanques de guerra israelitas a abandonarem a Faixa de Gaza.
As forças militares israelitas já começaram a sair de Gaza.
Vídeos registados no local e partilhados nas redes sociais permitem ver tanques de guerra a sair do local.
A saída acontece depois de ter sido confirmado que Israel aprovou o acordo de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos da América.
Segundo o The Times of Israel, estas tropas irão assumir as linhas de posicionamento acordadas, como parte do acordo com o Hamas, para garantir a libertação de todos os reféns.
A retirada gradual das tropas permitiu que a população regressasse a bairros da Cidade de Gaza, como Tal al-Hawa e Sheikh Radwan, mas o movimento do sul para o norte do enclave continua proibido, com ataques de artilharia dissuasivos e vigilância por drones.
As tropas continuam estacionadas em zonas militares como o Corredor Netzarim, que divide Gaza em duas partes, desde o Kibutz Beeri até ao Mediterrâneo, o Corredor Filadélfia e o Eixo Morag, a sul.
Israel aprova acorde paz
O Governo israelita aprovou esta quinta-feira à noite o acordo de paz inicial com o Hamas, que inclui a libertação de todos os reféns israelitas e a retirada parcial do Exército de Israel da Faixa de Gaza.
"O governo acaba de aprovar o acordo para a libertação de todos os reféns --- vivos ou mortos", anunciou em comunicado o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
A aprovação surge após horas de reuniões entre ministros israelitas com Netanyahu e com o enviado especial do presidente norte-americano, Donald Trump, para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e o genro do presidente norte-americano, Jared Kushner.
A ratificação do acordo era o último passo esperado para implementar os mecanismos previstos nesta primeira fase do plano lançado por Trump, que o Hamas também aceitou na madrugada de quinta-feira.
O acordo prevê um cessar-fogo em Gaza 24 horas após esta assinatura final, como confirmado por Tal Heinrich, porta-voz do gabinete do primeiro-ministro israelita.
O Hamas terá 72 horas para iniciar a libertação e a entrega dos reféns ao Comité da Cruz Vermelha, que decorrerá à porta fechada e sem as cerimónias organizadas pelo Hamas durante as tréguas anteriores.
Antes de tornar público o anúncio, Netanyahu dirigiu-se aos seus ministros, a Witkoff e a Kushner, na reunião para reconhecer o momento crucial no caminho para alcançar "um dos principais objetivos de Israel", o regresso dos reféns.
"Não teríamos conseguido sem a ajuda extraordinária do Presidente Trump e da sua equipa, Steve Witkoff e Jared Kushner", acrescentou o primeiro-ministro israelita.
O plano de paz de 20 pontos elaborado por Trump para pôr fim à guerra em Gaza foi negociado no Egito desde segunda-feira entre delegações de Israel e do Hamas, com mediadores.
O plano de Trump inclui ainda o desarmamento do Hamas, a retirada de Israel do enclave, a formação de um governo de transição na Faixa de Gaza e, a longo prazo, eventuais negociações para a criação de um Estado palestiniano --- uma opção que, no entanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afastou.
O Hamas disse concordar com alguns dos pontos e que queria negociar outros, o que está a acontecer desde segunda-feira no Egito, e anunciou que já trocou com Israel listas de detidos a libertar.
O movimento, que tem protagonizado ações terroristas em defesa da causa palestiniana, anunciou ter entregado a lista de prisioneiros que pretende ver libertados às autoridades israelitas, mas Israel ainda não se pronunciou.
Cerca de 250 são pessoas condenadas à pena perpétua e outras 1.700 são presos na sequência do atentado de 07 de outubro de 2023.
A guerra em curso na Faixa de Gaza foi iniciada quando o grupo islamita radical Hamas, que controla este território palestiniano, atacou solo israelita, a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos e fazendo 251 reféns.
A retaliação de Israel já fez mais de 67 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
As Nações Unidas declararam no mês passado uma situação de fome em algumas zonas do enclave.
Leia Também: Governo israelita aprova acordo de paz inicial com o Hamas
O Governo israelita aprovou hoje o acordo de paz inicial com o Hamas, que inclui a libertação de todos os reféns israelitas e a retirada parcial do Exército de Israel da Faixa de Gaza.
Rússia ataca infraestruturas energéticas em Kyiv, Zaporiyia e Dnipro... A Rússia lançou esta madrugada um ataque maciço contra a Ucrânia, que teve como alvo instalações energéticas e provocou cortes de eletricidade e gás nas regiões de Kyiv (norte), Zaporijia (sudeste) e Dnipropetrovsk (centro), indicaram as autoridades ucranianas.
© Lusa 10/10/2025
A empresa pública de gás de Zaporijia indicou, nas redes sociais, que os danos causados pelo ataque às infraestruturas de gás na capital regional obrigaram-na a limitar temporariamente o fornecimento de gás natural.
Entretanto, em Kyiv, o metro está a funcionar "com alterações", devido às interrupções no abastecimento causadas pelo bombardeamento russo.
De acordo com a empresa privada de energia DTEK, "uma parte da capital" está sem eletricidade devido aos danos causados pelo ataque russo à infraestrutura energética da capital.
O presidente da Câmara de Kyiv, Vitali Klichko, deu conta de mais de uma dezena de feridos na capital. Até ao momento, não foram registadas vítimas mortais.
Já o governador de Dnipropetrovsk comunicou ataques russos ao sistema energético da capital regional, Dnipro, e das cidades de Kamiansk e Krivi Rig.
Em Dnipropetrovsk, os russos utilizaram drones e mísseis.
Nos últimos dias, a Rússia tem atacado sistematicamente as infraestruturas ucranianas de gás e eletricidade.
O Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, declarou que a Ucrânia vai responder a estes ataques russos e ordenou um aumento das capacidades ucranianas para atacar o inimigo a longa distância.
Leia Também: Zelensky pediu aos aliados ações concretas contra a Rússia após ataque
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje aos países aliados da Ucrânia para adotarem medidas concretas face ao ataque russo de hoje contra instalações de energia ucranianas que causou um apagão a leste de Kyiv.
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
PR Umaro Sissoco Embaló visita a Direção Geral da Viação Transportes Terrestres
Carta Aberta a Umaro Sissoko Embalo
DECRETO PRESIDENCIAL N.° 37/2025: Guiné-Bissau - Sissoco nomeia Fatumata Djau Baldé sua conselheira
O Decreto de Umaro Sissoco Embaló diz apenas que Djau Baldé é nomeada conselheira, sem especificar para que área.
Fatumata Djau Baldé, que esteve nos últimos tempos em Portugal, regressou terça-feira a Bissau, para vir assumir as novas funções, segundo disse à CFM uma fonte próxima da ex-governante.
Djau Baldé foi demitida por Umaro Sissoco Embaló, do cargo da ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, no passado 18 de março, após ser conhecido o seu alegado envolvimento num caso de corrupção, tornado público pelo Ministério Público guineense.
Fatumata Djau Baldé foi constituída suspeita, em fevereiro deste ano, pelo Ministério Público guineense, na sequência de alegadas práticas de corrupção, no ministério que dirigia, denunciadas no início do ano pela juventude do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), formação política da qual a ex-governante era também dirigente.
Por CFM
16 a 18 de Outubro de 2025 - Cidade da Praia vai acolher a 13.ª edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa
A cidade da Praia, em Cabo Verde, será palco, de 16 a 18 de outubro, da 13.ª edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa (EELP), que este ano se realiza sob o tema “Independência, Literatura, Inteligência Artificial”. O evento é organizado pela UCCLA em conjunto com a Câmara Municipal da Praia.
A abertura oficial contará com a intervenção do Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, e o encerramento do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga.
O encontro reunirá escritores, investigadores, editores, professores, críticos literários e leitores de vários países e regiões do espaço lusófono, promovendo o diálogo em torno do tema em análise. O programa coloca a Inteligência Artificial no centro das questões que hoje atravessam a criação literária e o futuro do livro.
Nesta edição estará, também, em foco o V centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões, num ano em que se assinala o cinquentenário das independências em vários países lusófonos.
Escritores confirmados:
Angola: Israel Campos;
Brasil: Ozias Filho;
Cabo Verde: Adolfo Lopes, Arménio Vieira (texto), Dina Salústio, Germano Almeida, Hélio Varela (vídeo), Manuel Pereira Silva, Nardi Sousa, Paulo Veríssimo, Princezito e Sérgio Raimundo;
Galiza: Teresa Moure Pereiro;
Guiné-Bissau: Emílio Tavares Lima;
Macau/China: Joaquim Ng Pereira;
Moçambique: Sérgio Raimundo;
Portugal: Hélia Correia, Isabel Castro Henriques (vídeo), João de Sousa (editora A Bela e o Monstro - edição comentada Os Lusíadas), Manuel Alegre (texto) e Ricardo Araújo Pereira;
São Tomé e Príncipe: Alice Goretti Pina;
Angola/Portugal: Cláudio Silva - Vencedor do Prémio de Revelação Literária.
Folheto da 13.ª edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa - https://www.uccla.pt/sites/default/files/2025-10/XIII-EELP_Cabo-Verde_2025.pdf
Fonte Anabela Carvalho
Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt
Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 |
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PR Umaro Sissoco Embaló visita o Bloco Operatório e Maternidade do Hospital Nacional Simão Mendes ( HNSM).
Estudantes guineenses na Venezuela denunciam abandono governamental: mais de 20 meses sem salários
CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO
Bissau, 09-10-2025 - Um grupo de cerca de 20 médicos guineenses em especialização na Venezuela lançou um apelo através de vídeo, denunciando o abandono por parte do governo da Guiné-Bissau. Os profissionais afirmam estar há mais de 20 meses sem receber salários ou subsídios, enfrentando sérias dificuldades financeiras e emocionais.
Os médicos fazem parte de um grupo maior de 80 profissionais enviados à Venezuela em fevereiro de 2024 para formação especializada em diversas áreas da medicina.
O acordo bilateral entre os governos de Umaro Sissoco Embaló (Guiné-Bissau) e Nicolás Maduro (Venezuela) previa apoio financeiro durante o período de formação.
No entanto, segundo os estudantes, nenhum pagamento foi efetuado desde o início da estadia, obrigando-os a depender da ajuda de familiares e da solidariedade local.
Declaração a imprensa do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, após a reunião do Conselho de Ministros.
Declaração do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da República, General Biagué Na N'Tam.
"O Hamas é inimigo da Palestina. Prejudica e não contribui para a paz"... Francisco Louçã defendeu que o Hamas, ao contrário do que muitos fazem crer, "é inimigo do povo palestiniano" e prejudica a paz. Para o antigo coordernador do Bloco de Esquerda, se as promessas do plano de negociação forem cumpridas será um "enorme alívio".
© Global Imagens por Natacha Nunes Costa noticiasaominuto.com 09/10/2025
Francisco Louçã defendeu, na SIC Notícias, numa entrevista dada recentemente, que existiram "dois governos" em relação ao tema da flotilha humanitária que seguiam rumo a Gaza, com quatro portugueses a bordo, entre os quais Mariana Mortágua, a líder do Bloco de Esquerda (BE)
Para o comentador, Nuno Melo, ministro da Defesa, procurou "criminalizar os participantes da flotilha", apontando-os como "apoiantes do terrorismo". Já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, teve uma atitude mais cautelosa, apesar de estar longe de ter sido a mais adequada.
"Isto é uma questão muito séria para Portugal e para a Europa. Assim como os participantes da flotilha foram tratados como terroristas pelo governo de Israel, Benjamin Netanyahu afirma, também em comunicado oficial, que António Guterres é cúmplice do terrorismo e a agência da ONU foi proibida de operar na Faixa de Gaza", notou Louçã.
O antigo coordenador do BE considera ainda que, perante um cenário de "desumanidade e barbárie”, o Governo tem “mantido o silêncio" e que a decisão de reconhecer oficialmente o estado da Palestina peca por ter sido "tardia".
Sobre o fim do conflito, Louçã diz que se foram cumpridas todas as promessas, isso será "um enorme alívio".
Sobre o Hamas, o antigo conselheiro de Estado disse que este grupo "é inimigo do povo palestiniano", ao contrário do que muitos fazem crer.
"Prejudica, impede e não contribui para uma paz. Qualquer plano tem que ter o respeito pelas decisões do povo da Palestina. Não pode ser um cônsul Tony Blair, não pode ser Donald Trump, não podem ser as forças de Netanyahu a governar aquele território, tem de ser o povo da Palestina", concluiu.
Recorde-se que a flotilha que queria furar o bloqueio de Israel a Gaza, com ajuda humanitária, foi impedida de o fazer. Os tripulantes das embarcações foram detidos e repatriados para os países de origem. Entre eles estavam quatro portugueses: Mariana Mortágua, do BE, a ex-manequim e atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves. Todos vão ter agora de pagar integralmente o custo da viagem de regresso a Portugal.
Entretanto, Israel e Hamas aceitaram a "primeira fase" do cessar-fogo e hoje poderão aprovar o plano de paz.
Leia Também: Equipas da ONU prontas para entrar em Gaza e levar ajuda
O coordenador humanitário da ONU, Tom Fletcher, revelou hoje que as equipas das Nações Unidas estão "totalmente mobilizadas" para que os seus camiões possam entrar em Gaza e entregar alimentos e outros bens básicos.
Israel e Hamas aceitaram "primeira fase" do cessar-fogo. O que se sabe?... O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que Israel e o Hamas aceitaram a "primeira fase" do seu plano de paz, na quarta-feira. E agora? Eis tudo o que se sabe até ao momento.
Por noticiasaominuto.com 09/10/2025
O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, na quarta-feira, que Israel e o Hamas aceitaram a "primeira fase" do seu plano de paz, que contempla a retirada parcial das tropas israelitas da Faixa de Gaza e a libertação de 20 reféns ainda vivos, em troca de prisioneiros palestinianos. Mas, afinal, o que se sabe?
TODOS os reféns serão libertados em breve e Israel retirará as suas tropas para uma linha acordada, como primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e eterna", disse Trump, na noite passada, na sequência de mais um dia de negociações no Egito, sob mediação deste país, do Qatar e da Turquia, além dos Estados Unidos.
Mais tarde, o chefe de Estado apontou que os reféns "regressarão na segunda-feira" a casa e assegurou que os Estados Unidos estarão envolvidos na "manutenção da paz" em Gaza, em declarações à Fox News.
"Acreditamos que Gaza será um local muito mais seguro, reconstruído, e outros países da região ajudarão na sua reconstrução, pois possuem enormes riquezas e querem que isso aconteça. E nós estaremos envolvidos para ajudá-los a tornar isso um sucesso e para ajudar a manter a paz", disse.
Também o Qatar confirmou, em nome "dos mediadores", o acordo para a primeira fase do cessar-fogo em Gaza, que "levará ao fim da guerra, à libertação dos reféns israelitas e prisioneiros palestinianos e entrada de ajuda humanitária".
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar indicou que "os pormenores" deste acordo "vão ser anunciados mais tarde", numa declaração na rede social X (Twitter).
"Os mediadores anunciaram que foi alcançado um acordo esta noite sobre todos os termos e mecanismos para a implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza", indicou Majed al Ansari.
Entretanto, a agência Reuters avançou que o acordo deverá ser formalmente assinado às 12h00 (10h00 em Lisboa) desta quinta-feira, segundo uma fonte a par dos detalhes do plano de paz.
A mesma fonte apontou que o cessar-fogo deverá entrar em vigor em Gaza assim que o acordo for assinado.
Que disse o Hamas?
O Hamas asseverou que foi alcançado um "acordo para pôr fim à guerra em Gaza", sublinhando que permite a entrada de ajuda humanitária, implementa uma "troca de prisioneiros" e garante a saída das forças israelitas do enclave.
"Agradecemos profundamente os esforços dos nossos irmãos e mediadores no Qatar, no Egito e na Turquia, e também valorizamos os esforços do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visam pôr fim à guerra de forma permanente e garantir a retirada total da ocupação da Faixa de Gaza", lê-se numa nota divulgada pelo movimento islamita palestiniano.
O movimento apelou ainda a Trump, aos estados que garantem este acordo e a todas as partes árabes islâmicas e internacionais para que "obriguem o governo de ocupação a implementar integralmente todas as disposições do acordo e a impedi-lo de fugir ou atrasar os compromissos assumidos".
"Os sacrifícios do nosso povo não serão em vão e prometemos permanecer fiéis à nossa aliança - nunca abandonando os direitos nacionais do nosso povo até que a liberdade, a independência e a autodeterminação sejam alcançadas", salientou.
Fontes palestinianas citadas pelas agências Associated Press (AP) e France-Presse (AFP) adiantaram que o Hamas vai libertar todos os 20 reféns vivos no fim de semana, enquanto os israelitas se vão retirar da maior parte de Gaza.
E Israel?
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu que Israel trará todos os reféns de Gaza para casa e anunciou que convocará o seu governo para ratificar o plano de paz assinado com o Hamas no Egito.
"Com a ajuda de Deus, vamos trazê-los todos para casa", frisou, tendo agradecido ao presidente norte-americano pelo seu empenho na libertação dos reféns.
E complementou: "Um grande dia para Israel. Amanhã [quinta-feira] convocarei o governo para ratificar o acordo e trazer todos os nossos preciosos reféns para casa."
Já esta quinta-feira, o Exército israelita anunciou estar a estabelecer um protocolo para recuar para a linha estabelecida na primeira fase da sua retirada, ainda que tenha ressalvado que continua destacado em Gaza e que está preparado para "qualquer desenvolvimento operacional".
"O Exército iniciou os preparativos operacionais para implementar o acordo [de cessar-fogo]. Como parte deste processo, estão a ser implementados preparativos e um protocolo de combate para avançar rapidamente para as linhas de projeção ajustadas", anunciaram as Forças Armadas.
Israel diz ser "extremamente perigoso" regressar a Gaza. Defesa do enclave denuncia "ataques aéreos intensos" após anúncio de acordo
Israel advertiu, esta madrugada, que continua a cercar a cidade de Gaza, "para onde regressar é extremamente perigoso", depois de ter assinado com o Hamas um acordo para uma primeira fase do plano de paz.
"A zona a norte de Wadi Gaza continua a ser considerada uma zona de combate perigosa", alertou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel [IDF, na sigla inglesa] Avichay Adraee, que apelou ainda aos habitantes de Gaza para se manterem afastados do exército israelita, na rede social X (Twitter).
"Para a vossa própria segurança, abstenham-se de regressar para norte ou de se aproximar das zonas onde as IDF estão estacionadas e a operar em qualquer ponto da Faixa, incluindo o sul e o leste da Faixa, até que sejam emitidas instruções oficiais", acrescentou.
A Defesa Civil de Gaza, por seu turno, deu conta de vários ataques israelitas ao enclave palestiniano, ocorridos já após o anúncio do acordo.
"Foram relatadas várias explosões, nomeadamente no norte de Gaza", indicou um dos responsáveis, Mohammed Al-Mughayyir, referindo "ataques aéreos intensos sobre a cidade de Gaza".
Como chegámos aqui?
O presidente norte-americano recebeu o primeiro-ministro israelita na Casa Branca, a 29 de setembro. Na ocasião, o chefe de Estado apresentou o seu plano de 20 pontos para alcançar a paz em Gaza, um dia depois de ter prometido "algo especial" nas negociações.
A proposta de 20 pontos de Trump prevê, numa primeira fase, a troca dos 48 reféns, vivos e mortos, por prisioneiros palestinianos.
O plano inclui ainda a formação de um governo de transição para Gaza, supervisionado por Trump e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, além da possibilidade de negociar no futuro um Estado palestiniano, ao qual o governo israelita se opõe.
O Hamas disse concordar com alguns dos pontos e que pretendia negociar outros, o que está a acontecer desde segunda-feira, no Egito. Anunciou, além disso, já ter trocado listas de detidos a libertar com Israel.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, revelou que o homólogo norte-americano, Donald Trump, pediu à Turquia para convencer o Hamas a negociar a paz com Israel.
"Durante a nossa visita aos Estados Unidos e a nossa última conversa telefónica (...), Trump pediu expressamente que nos encontrássemos com o Hamas e o convencêssemos", disse Erdogan a jornalistas turcos, segundo declarações transmitidas pela presidência.
"Entrámos rapidamente em contacto com os nossos homólogos (...), e o Hamas respondeu que estava pronto para a paz e para as negociações", afirmou o chefe de Estado turco.
Leia Também: Eis o plano de 20 pontos de Trump para alcançar a paz em Gaza
O presidente norte-americano, Donald Trump, apresentou o seu plano de 20 pontos para alcançar a paz em Gaza, esta segunda-feira, um dia depois de ter prometido "algo especial" nas negociações.

















































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