quarta-feira, 23 de julho de 2025

Israel acusa ONG de servirem propaganda do Hamas.... Israel rejeitou hoje o comunicado emitido por mais de uma centena de organizações não-governamentais (ONG) que alertam que a fome está a matar 2,1 milhões de pessoas na Faixa de Gaza, acusando-as de servir a propaganda do Hamas.

Por LUSA 

"Estas organizações servem a propaganda do Hamas, valendo-se do seu número e justificando os seus horrores", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, num comunicado. 

"Apelamos a todas as organizações para que deixem de utilizar os argumentos do Hamas", acrescentou a nota informativa da diplomacia israelita.

Segundo argumenta o ministério israelita, cerca de 4.500 camiões com ajuda humanitária terão entrado em Gaza, sendo responsabilidade do "estrangulamento logístico" das Nações Unidas o facto de outros 700 camiões ainda não terem sido distribuídos e estarem retidos na fronteira.

Apesar desta versão, é Israel que neste momento controla e mantém fechadas à entrada intensiva de alimentos as passagens fronteiriças para Gaza, permitindo -- de forma altamente restritiva -- a distribuição de comida apenas em alguns complexos militarizados, justificando-se com a alegação de que o Hamas beneficia da ajuda que chega através dos comboios humanitários da ONU.

Hoje, num comunicado conjunto, 111 ONG, incluindo os Médicos Sem Fronteiras (MSF), a Save the Children e a Oxfam, alertaram que a fome está a agravar-se em Gaza, referindo mesmo que os próprios trabalhadores humanitários "estão lentamente a morrer".

"Enquanto o cerco imposto pelo Governo israelita condena à fome a população de Gaza, os trabalhadores humanitários juntam-se às filas para receber alimentos, arriscando ser baleados apenas para conseguirem alimentar as suas famílias", denunciaram as organizações.

Os grupos apelaram à negociação imediata de uma trégua, à abertura das fronteiras e ao livre fluxo da ajuda humanitária.

Também hoje, o exército israelita divulgou imagens, sem as datar, onde alegadamente aparecem combatentes do grupo extremista palestiniano Hamas em túneis, a comer fruta, pão e húmus.

Mesmo antes do atual bloqueio, os camiões da ONU já enfrentavam constantes atrasos na distribuição da ajuda, devido a inspeções arbitrárias de Israel em ambos os lados da fronteira e à ausência de rotas seguras facilitadas pelo exército israelita para transportar os bens até aos armazéns.

Nos últimos dias, multiplicaram-se as imagens provenientes da Faixa de Gaza mostrando crianças esqueléticas, bem como testemunhos de médicos que relatam a chegada de pacientes com sinais de subnutrição e exaustos.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 46 crianças morreram por fome e desnutrição desde o início de julho, totalizando mais de uma centena de mortes deste tipo desde outubro de 2023.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 59 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.


Leia Também: Mais de 100 ONG exigem medidas concretas contra fome em Gaza


Origem da Lua poderá ser a origem da vida na Terra, segundo estudo... Cientistas sugerem num estudo que o grande corpo rochoso que terá colidido com a Terra durante a sua formação e gerado a Lua provavelmente albergava um "mundo oceânico" na origem da vida no planeta.

Por LUSA 

O estudo, divulgado recentemente pela revista científica Icarus, é coassinado pelo astrofísico português Pedro Machado, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

Em declarações hoje à Lusa, o investigador disse que o trabalho apresenta "um caminho novo para entender a evolução da Terra" e como podem ter chegado ao planeta "os componentes necessários" para garantir a sua habitabilidade.

O corpo rochoso em causa chama-se Theia.

Já se sabia que Theia terá embatido na Terra quando o planeta ainda estava a formar-se e que fragmentos resultantes desse impacto deram origem à Lua.

O que é novo - e é o que defendem Pedro Machado e restante equipa - é que este grande corpo rochoso se terá formado na envolvência de Júpiter, maior planeta do Sistema Solar, e que provavelmente tinha uma "grande quantidade de água" e de elementos químicos essenciais, como carbono, à semelhança de luas de Júpiter como Europa.

"A probabilidade é altíssima", sustentou o também docente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que, juntamente com os coautores Duarte Branco, seu aluno, e Sean N. Raymond, astrónomo norte-americano do Laboratório de Astrofísica de Bordéus, em França, suporta a tese com base em estudos de modelação da formação e evolução do Sistema Solar.

Segundo Pedro Machado, especialista no estudo de atmosferas planetárias, a Terra tem um grande reservatório de água no manto - camada intermédia do interior - que não pode ser explicável pela teoria de que cometas ou pequenos asteroides "transportaram" água para o planeta.


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MP diz que Mondlane criou "pânico" e "terror" levando Moçambique ao "caos"... O Ministério Público (MP) moçambicano acusa o político Venâncio Mondlane de ter apelado a uma "revolução" nos protestos pós-eleitorais, provocando "pânico" e "terror" na população, responsabilizando-o pelas mortes e por mergulhar o país no "caos".

Por LUSA 

No despacho de acusação, entregue na terça-feira, na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Maputo, ao ex-candidato presidencial, e a que a Lusa teve hoje acesso, o MP recorre, como grande parte da prova, aos apelos à contestação, greves, paralisações e de mobilização para protestos feitos nos diretos de Venâncio Mondlane nas redes sociais, ao longo das várias fases da contestação ao processo eleitoral de 2024 em Moçambique.

"Os factos praticados pelo arguido colocaram em causa, de forma grave, bens jurídicos fundamentais, tais como a vida, a integridade física e psíquica das pessoas, a liberdade de circulação, a ordem, segurança e tranquilidade públicas, bem assim o normal funcionamento das instituições públicas e privadas", lê-se.

O MP imputa a Venâncio Mondlane, candidato presidencial nas eleições gerais de 09 de outubro e que não reconhece os resultados, a "autoria material e moral, em concurso real de infrações", os crimes de apologia pública ao crime, de incitamento à desobediência coletiva, de instigação pública a um crime, de instigação ao terrorismo e de incitamento ao terrorismo.

Afirma que recorreu às redes sociais "para facilitar a divulgação das suas ideias radicais, que intitulou de revolução", o que "efetivamente aconteceu, uma vez que as publicações foram visualizadas, comentadas e partilhadas por diversas pessoas, que as puseram em prática".

Moçambique viveu desde as eleições de outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, partido no poder, como quinto Presidente da República.

Segundo organizações não-governamentais que acompanham o processo eleitoral, cerca de 400 pessoas morreram em resultado de confrontos com a polícia, além de destruição de património público e privado, saques e violência, conflitos que cessaram após encontros entre Mondlane e Chapo em 23 de março e em 20 de maio, com vista à pacificação.

Para o MP, Mondlane "estava ciente da gravidade e das consequências das manifestações que convocava de forma sistemática" e que as mesmas "bloqueavam as estradas e impediam a circulação de pessoas e bens".

"Os apelos do arguido chegaram ao conhecimento de um número indeterminado de pessoas, que os concretizaram, realizando protestos, que levaram à ocupação de ruas e avenidas da cidade de Maputo, bem como de outros centros urbanos do país, e saques de bens públicos e privados. Ainda em cumprimento das orientações do arguido, aquele grupo de pessoas atacou veículos, montou grandes barricadas com pneus a que atearam fogo, pedras, troncos de árvores e contentores de lixo", refere.

Segundo a acusação, "em consequência dos seus pronunciamentos, vários cidadãos ficaram privados dos serviços básicos, os serviços públicos e privados ficaram paralisados" e "a onda de protestos e violência decorrentes das orientações dadas pelo arguido originou a morte de vários cidadãos, destruição de bens públicos e privados, provocando sentimento de insegurança pública, pânico, terror na população em geral".

"As suas orientações levaram ainda ao encerramento das fronteiras e destruição das suas instalações, impedindo a circulação de pessoas e bens, o abastecimento dos mercados, especialmente com produtos de primeira necessidade, provocando prejuízos avultados à economia nacional e um cenário de caos no país, como propalava nos seus apelos", acrescenta.

Nos seus apelos, diz o MP, Mondlane agiu "com o propósito, alcançado, de instigar ações de violência e tumulto social, bem assim desenvolver um processo de radicalização, disseminando ideias radicais e promovendo atos de violência" através das redes sociais, "por meio das quais mobilizava e incentiva os jovens para a ação contra entidades do Estado moçambicano e contra a população em geral".

"O arguido, ao ordenar os jovens e demais seguidores para bloquearem as ruas, impedindo a passagem e a circulação de pessoas e bens, bem como a coagir os cidadãos a não saírem de casa, agiu com o propósito de causar-lhes medo e intimidação, e provocar-lhes receio de virem a sofrer atos de violência contra a sua vida e integridade física, ciente de que estas ações eram adequadas a causar-lhes pânico e terror, como efetivamente causou", conclui o MP.


Leia Também: Governo moçambicano reitera separação de poderes após acusação a Mondlane

terça-feira, 22 de julho de 2025

Novo Embaixador da Guiné-Bissau inicia funções na Mauritânia

No dia 22 de julho de 2025, o Embaixador da República da Guiné-Bissau na Mauritânia, Mamadu Aliu Jaló, entregou oficialmente as cópias figuradas das suas Cartas Credenciais ao Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Islâmica da Mauritânia.  

O ato protocolar marca o início oficial da missão diplomática do Embaixador Mamadu Aliu Jaló no território mauritano, representando a Guiné-Bissau junto das autoridades mauritanas e reforçando os laços de cooperação entre os dois países.

Por Radio TV Bantaba

Este líquido destrói os ossos? Você sabe de qual bebida estou falando?

Por  curapelanatureza.com.br   22/07/2025.  

Entenda como o consumo de refrigerante pode afetar sua saúde, dos ossos ao sono.

Ele está presente nos almoços de família, nas sessões de cinema em casa e nos encontros com amigos. Compre vitaminas e suplementos.

O refrigerante se tornou um símbolo de momentos de descontração.

Mas, por trás das bolhas refrescantes e do sabor doce, existe um lado menos agradável que merece nossa atenção, seja na versão tradicional, zero ou light.

A ideia aqui não é criar alarme, mas ter uma conversa honesta sobre como essa bebida, quando consumida com frequência, pode impactar o nosso corpo de maneiras que muitas vezes nem imaginamos.

Vamos entender, ponto a ponto, como ela age no nosso organismo?

1. Um Risco Silencioso para a Saúde dos Ossos

Você sabia que o refrigerante pode deixar seus ossos mais frágeis?

O principal responsável por isso é o ácido fosfórico, muito comum em bebidas à base de cola. Essa substância pode dificultar a absorção do cálcio pelo corpo, um mineral essencial para manter a estrutura óssea forte e saudável.

Um estudo importante da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, observou que mulheres que consumiam refrigerante de cola regularmente apresentavam uma densidade óssea menor na região do quadril.

Esse é um ponto de atenção importante, principalmente para mulheres acima dos 40 anos, quando o cuidado com a osteoporose se torna ainda mais relevante.

2. A Ilusão do Refrigerante “Zero” ou “Light”

Muitas pessoas trocam o refrigerante comum pela versão “zero” ou “light” acreditando que estão fazendo uma escolha mais saudável.

No entanto, o corpo pode não concordar. Estudos sugerem que os adoçantes artificiais presentes nessas bebidas podem “enganar” o cérebro.

Eles alteram nossos sinais de saciedade e podem, paradoxalmente, aumentar a vontade de comer doces e alimentos mais calóricos.

Além disso, algumas pesquisas associam o consumo frequente de refrigerantes diet a um aumento da gordura abdominal.

3. Um Alerta para a Saúde do Coração

O impacto no sistema cardiovascular é outra grande preocupação. O consumo diário de bebidas açucaradas sobrecarrega o organismo.

Um estudo conduzido pela Universidade de Harvard mostrou que esse hábito aumenta o risco de problemas cardíacos.

Nas mulheres, o consumo regular de refrigerantes também está ligado a níveis mais altos de triglicerídeos, que são um tipo de gordura no sangue.

Quando elevados, eles se tornam um fator de risco para doenças do coração.

4. O Impacto Direto no Açúcar do Sangue

Tanto as versões com açúcar quanto as com adoçantes podem ser problemáticas para o controle do açúcar no sangue.

As bebidas açucaradas causam picos de glicose, forçando o pâncreas a trabalhar mais para produzir insulina.

Com o tempo, esse processo pode levar à resistência à insulina, um passo anterior ao desenvolvimento do diabetes tipo 2.

5. Seus Dentes, Rins e até seu Sono Sofrem

Os efeitos não param por aí. A combinação de açúcar e acidez dos refrigerantes é uma inimiga declarada do esmalte dos dentes, facilitando o aparecimento de cáries.

Algumas bebidas também contêm substâncias que podem contribuir para a formação de pedras nos rins.

E a sua noite de sono? A cafeína, presente em muitos refrigerantes, pode atrapalhar o descanso, causando insônia ou despertares noturnos.

Perguntas Frequentes sobre Refrigerantes

Refrigerante realmente enfraquece os ossos?

Sim, especialmente os do tipo cola. O ácido fosfórico presente neles pode interferir na forma como seu corpo usa o cálcio, que é vital para a força e a densidade dos ossos.

O refrigerante “zero açúcar” engorda?

Ele não tem calorias, mas pode influenciar o ganho de peso. Os adoçantes artificiais podem confundir os sinais de fome do corpo e aumentar o desejo por outros alimentos doces.

Qual o pior tipo de refrigerante para a saúde?

É difícil eleger um só. Os com açúcar são ruins pelo excesso de calorias e impacto na glicemia. Os de cola são preocupantes para os ossos. De modo geral, o consumo frequente de qualquer tipo é desaconselhado.

Como posso diminuir o consumo de refrigerante?

Comece aos poucos. Tente substituir um copo de refrigerante por água com gás e limão espremido ou por um chá gelado caseiro. A mudança gradual é mais fácil de manter.

Não é preciso declarar guerra total ao refrigerante e nunca mais tomar um gole. O mais importante é a consciência.

Entender o que estamos consumindo nos dá o poder de fazer escolhas melhores e mais equilibradas para a nossa saúde.

Reduzir a frequência já é um grande passo. Cuidar de si é também fazer escolhas mais gentis para o seu corpo, um dia de cada vez.

Diretora da UNESCO lamenta "profundamente" saída dos EUA da organização

Por LUSA 

A diretora-geral da UNESCO, a francesa Audrey Azoulay, lamentou profundamente a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar o seu país da organização, mas garantiu que estavam preparados para isto, inclusive em termos orçamentais.

"Embora lamentável, este anúncio era previsível e a UNESCO preparou-se para ele", disse Azoulay em comunicado após a decisão norte-americana, anunciada por um porta-voz do Departamento de Estado de Washington.

A Agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), com sede em Paris, explicou que a contribuição dos Estados Unidos representa 22% do seu orçamento regular, mas apenas 8% do seu orçamento total, que é sustentado, para além das contribuições obrigatórias dos membros, por contribuições voluntárias de países, organizações sociais e doadores.

Estes contributos duplicaram desde 2018, o que significa que a agência está "protegida" e "não está a considerar despedimentos", indicou o diretor-geral, uma vez que a situação é menos dramática do que para outras entidades da ONU mais dependentes de Washington.

A ausência de contribuições dos EUA não impediu grandes projetos como a reconstrução da cidade antiga de Mossul (Iraque), iniciada em 2018.

A justificação dos Estados Unidos

Em relação aos argumentos dos Estados Unidos, que justifiquem esta medida, o Departamento de Estado indicou que "não é do interesse nacional", dado que a UNESCO promove "causas sociais e culturais divisórias", notícia a agência noticiosa espanhola Efe.

Os norte-americanos citaram especificamente a natureza "globalista" e "ideológica" dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e reiteraram também a sua oposição ao estatuto da Palestina, que foi admitida como membro em 2011.

A entrada da Palestina levou o Governo norte-americano, então liderado pelo Presidente Barack Obama, a congelar as suas contribuições para a UNESCO, e depois Trump finalizou a retirada em 2017 (embora só entrasse em vigor no ano seguinte) em protesto contra as alegadas tendências anti-israelitas da organização e citando também a necessidade de reformas.

Em 2023, quando os Estados Unidos regressaram como membro de pleno direito por iniciativa do Presidente Joe Biden, fizeram-no com um plano de liquidar gradualmente os pagamentos pendentes do período de 2011 a 2018, que totalizaram 619 milhões de dólares.

As razões para a retirada, "são as mesmas de há sete anos", referiu hoje Azoulay, apesar de a situação dentro da organização "ter mudado profundamente" desde então.

Sobretudo porque as decisões são atualmente tomadas por consenso - incluindo em relação a Israel e à Palestina - para evitar atritos e acusações de politização.

UNESCO diz que a administração de Trump se contradiz

Segundo fontes da organização, esta é, de facto, uma "decisão política bastante pessoal" sobre a qual a agência não tinha falsas esperanças, especialmente tendo em conta que o regresso em 2023 tinha sido uma iniciativa pessoal do Presidente Biden.

A situação atual da organização também não foi sujeita a uma revisão completa, de acordo com as mesmas fontes, que não atribuem o momento do anúncio a nenhum fator específico, notícia a Efe.

A UNESCO enfatizou ainda que a posição da administração Trump contradiz valores chave como o combate ao antissemitismo e a educação sobre o Holocausto, duas áreas que fazem parte do mandato da UNESCO.

O seu trabalho nestas áreas, recordou a diretora-geral, é aplaudido por importantes organizações internacionais e norte-americanas que lutam contra o antissemitismo e preservam a memória judaica, como o Congresso Judaico Mundial e a sua secção norte-americana, e o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, em Washington.

"A UNESCO continuará a cumprir estas missões, apesar da inevitável redução de recursos", prometeu Azoulay, referindo que a missão da agência é acolher todas as nações e que os Estados Unidos "são e serão sempre bem-vindos".

Azoulay fez ainda questão de referir os sítios monumentais indicados para o estatuto de Património Mundial e outros reconhecimentos, pois "podem ser os primeiros a sofrer as consequências" desta decisão "contrária aos princípios do multilateralismo".

É a terceira vez que os Estados Unidos saem 

Esta é a terceira vez que os Estados Unidos se retiram da UNESCO, organização da qual foram um dos membros fundadores em 1945 e um dos primeiros signatários da sua constituição, que entrou em vigor a 4 de novembro.

A primeira retirada, além das duas de Trump, ocorreu em 1984, na administração do Presidente Ronald Reagan, em protesto contra o que considerou ser má gestão económica e "politização" excessiva - no contexto da Guerra Fria - quando contribuiu com um quarto do seu orçamento.

O país só regressou em outubro de 2003, durante a presidência de George W. Bush.

Caso de 1 de fevereiro: JÚLIO MAMBALI LIBERTADO PELO TRIBUNAL REGIONAL MILITAR E ADVOGADO EXIGE JULGAMENTO DE BUBO NA TCHUTO

Por: Ussumane Mané.   radiosolmansi.net

O Tribunal Regional Militar procedeu, esta segunda-feira, 21 de julho, à libertação de Júlio Mambali, detido na sequência da suposta tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro de 2022.

Segundo informações avançadas esta terça-feira, (22 de julho) em Bissau, pelo advogado de defesa, Marcelino Intupé, a libertação de Júlio Mambali deve-se ao cumprimento do acórdão do Tribunal Militar Superior, que havia ordenado a libertação imediata dos suspeitos sem acusação formal.

Embora a decisão venha sendo aplicada de forma seletiva e tardia, o advogado Marcelino Intupé considera que os direitos do seu constituinte — agora em liberdade — foram violados durante mais de três anos.

“Há mais de três anos sem processo. Não me refiro apenas ao recém-libertado, mas a quase todos os que já se encontram em liberdade, e também ao almirante Bubo Na Tchuto, que continua ainda sem julgamento. Para nós, isso representa uma violação dos seus direitos, ou seja, o tribunal continua a infringir os direitos destas pessoas”, declarou Intupé, afirmando acreditar no cumprimento do último acórdão do Tribunal.

Em julho de 2024, o Tribunal Militar Superior ordenou a libertação imediata de civis e militares acusados da tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro de 2022. No acórdão publicado pela mais alta instância da justiça militar guineense, consta que o Tribunal Militar Superior (TMS) deu provimento ao recurso da defesa dos detidos, que, entre outros pontos, questionava a forma como foi constituído o Tribunal Militar Regional para o julgamento.

Em reação, esta terça-feira, horas depois da libertação de Júlio Mambali, Marcelino Intupé exigiu a urgente marcação do julgamento de Bubo Na Tchuto, que, segundo o advogado, continua sob sequestro do tribunal, que até hoje não se pronunciou sobre sua eventual libertação.

“O contra-almirante está retido sem processo. Para nós, o tribunal não tem outro caminho a seguir senão marcar imediatamente o seu julgamento”, concluiu o advogado.

Recorde-se que, em fevereiro deste ano, o Tribunal Militar Regional de Bissau condenou 14 militares por “tentativa de golpe de Estado”, com penas de prisão que variam entre 12 e 29 anos. A decisão incluiu Júlio Mambali e o contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, este último apesar de o tribunal não ter competência legal para julgá-lo.

Igualmente foram condenados à revelia os conhecidos operativos militares Papis Djeme e Tchami Ialá, enquanto alguns militares e civis foram absolvidos.

EUA anunciam saída da UNESCO por causa de "agenda ideológica"... Os Estados Unidos anunciaram hoje a saída da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), dois anos após o regresso, alegando o que considera ser o pendor anti-Israel desta estrutura da ONU.

Por LUSA 

"A UNESCO trabalha em prol de causas culturais e sociais facciosas e mantém um foco desmesurado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, uma agenda globalista e ideológica", refere Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos. 

A responsável esclareceu, através de comunicado, que esta posição não está alinhada com os interesses dos EUA em termos de política externa.

A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, reagiu de imediato, dizendo que "lamenta profundamente" a decisão do presidente norte-americano, mas reconhecendo que o anúncio era esperado.

A decisão vai entrar em vigor no final de dezembro de 2026, noticiou a agência Associated Press (AP).

Esta é a terceira vez que os Estados Unidos abandonam a UNESCO, com sede em Paris, e a segunda numa administração Trump.

Em 2017, durante o primeiro mandato de Donald Trump, a saída da UNESCO foi justificada pelo alegado preconceito anti-Israel da organização. A decisão entrou em vigor um ano depois.

Em 2023, os Estados Unidos regressaram à UNESCO, após a administração do ex-presidente Joe Biden ter solicitado o reingresso.

No passado mês de fevereiro, Trump ordenou uma revisão da presença na UNESCO, pedindo especial atenção a qualquer manifestação de "antissemitismo ou sentimento anti-Israel dentro da organização."

De acordo com fontes da Casa Branca, citadas hoje pela imprensa norte-americana, nos últimos meses foram avaliadas as políticas de diversidade, equidade e inclusão da UNESCO, assim como "o seu pendor pró-Palestina e pró-China".

Em causa estão decisões da UNESCO como a classificação de "Património Mundial da Palestina", em sítios que a administração Trump alega serem judeus, e o uso da palavra "ocupação" para os territórios palestinianos ocupados por Israel, segundo as resoluções das Nações Unidas.

A Casa Branca de Trump também critica em particular a iniciativa "Transforming MEN'talities", que visa abordar questões de género, promover a inclusão e trabalhar normas sociais que sustentam preconceitos.

Esta iniciativa acompanhou no ano passado a campanha do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher e publicou relatórios sobre a igualdade de género na Índia, os videojogos e o modo como estes podem promover inclusão.

"Não se trata apenas de controlar os impactos negativos dos videojogos, mas também de contar com eles para abordar estereótipos socioculturais e incentivar comportamentos positivos e antidiscriminatórios", afirmou na altura a diretora-geral adjunta para as Ciências Sociais e Humanas da UNESCO, Gabriela Ramos.

Os Estados Unidos saíram pela primeira vez da UNESCO em 1983, durante a presidência de Ronald Reagan, alegando que a organização era mal gerida, corrupta e utilizada para promover os interesses da União Soviética.

O regresso à UNESCO aconteceu em 2003, durante a presidência de George W. Bush.

Chuvas torrenciais no Paquistão matam 221 pessoas,100 eram crianças... As chuvas torrenciais no Paquistão mataram 221 pessoas, incluindo mais de 100 crianças, desde o início da época das monções, no final de junho, revelou hoje uma agência governamental.

© M ASIM KHAN/AFP via Getty Images    Lusa   22/07/2025 

Entre as vítimas, 104 eram crianças e 40 mulheres, informou um porta-voz da Autoridade de Gestão de Desastres à Agência France Presse (AFP), acrescentando que as pessoas morreram entre 26 de junho e 21 de julho, quando ruíram as casas onde viviam, e os habitantes foram arrastados por cheias repentinas ou eletrocutados.

As autoridades revelaram ainda que os deslizamentos de terra no norte do Paquistão, na segunda-feira, após chuvas torrenciais das monções de verão, mataram três pessoas e 15 outras continuam desaparecidas.

Várias das vítimas eram turistas de outras partes do Paquistão que visitavam Gilgit-Baltistan, uma província conhecida pelos seus vales verdejantes e lagos cristalinos, quando foram atingidos por um deslizamento de terras numa estrada de montanha.

"Três corpos foram recuperados e mais de 15 pessoas ainda estão desaparecidas", disse hoje Abdul Hameed, chefe da polícia local do distrito de Diamer, em Gilgit-Baltistan, à AFP.

Informou ainda que a operação de socorro para retirar mais de 10 veículos soterrados já começou na segunda-feira.

"Os serviços de emergência transportaram quatro feridos, um dos quais está em estado crítico", disse o porta-voz do governo provincial, Faizullah Faraq.

"Centenas de turistas foram acolhidos, e os residentes de aldeias próximas forneceram-lhes abrigo e ajuda de emergência", acrescentou.

As cheias na província danificaram também 50 casas, quatro pontes, um hotel e uma escola, além de bloquearem estradas principais.

A monção de verão, que traz 70% a 80% da precipitação anual do Sul da Ásia entre junho e setembro, é vital para a subsistência de milhões de agricultores numa região de aproximadamente dois mil milhões de pessoas.

O Serviço Meteorológico Nacional alerta que o risco de chuvas fortes e possíveis inundações repentinas continua elevado nas províncias do norte e leste do país, com risco de inundações e deslizamentos de terras.

O país ainda luta para recuperar das cheias devastadoras de 2022, que afetaram quase um terço do país e mais de 33 milhões de pessoas. Cerca de 1.700 pessoas morreram e uma parte significativa das culturas foi perdida.

O Paquistão é um dos países mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas e os seus 255 milhões de habitantes estão a enfrentar eventos climáticos extremos com uma frequência crescente.


EUA passam a cobrar taxa extra de 250 dólares a todos os estrangeiros que visitem o país

Por Sicnoticias 

Designada "taxa de integridade do visto", destina-se a todos os estrangeiros que entram no país com um visto de não imigrante, incluindo turistas, vistos de negócios e estudantes internacionais.

Os Estados Unidos vão cobrar uma taxa adicional de, pelo menos, 250 dólares (213 euros, ao câmbio atual) sobre os vistos de todos os estrangeiros que entrem no país como visitantes, incluindo estudantes, e a taxar pedidos de asilo.

A taxa sobre vistos de visitantes, aprovada na recente lei orçamental do Presidente Donald Trump, será adicionada às taxas já estabelecidas.

Designada "taxa de integridade do visto", destina-se a todos os estrangeiros que entram no país com um visto de não imigrante, incluindo turistas, vistos de negócios e estudantes internacionais.

Os Estados Unidos vão emitir quase 11 milhões de vistos de não imigrante em 2025, de acordo com dados do Departamento de Estado.

Um porta-voz do Departamento de Estado disse à CNN que a taxa foi criada "para apoiar" as prioridades de imigração da administração Trump.

De acordo com a nova lei, os titulares de vistos sujeitos à taxa poderão ser reembolsados posteriormente, desde que cumpram as restrições do visto, como a saída do país até cinco dias após o mesmo expirar.

No entanto, a lei não especifica como os titulares de vistos podem solicitar o reembolso da taxa, nem como será cobrada, adianta a CBS.

O Gabinete Orçamental do Congresso (CBO) estima que a nova taxa poderá reduzir o défice federal em 28,9 mil milhões de dólares nos próximos dez anos.

O Departamento de Segurança Interna tem autoridade para aumentar a taxa atual, de acordo com a legislação assinada pelo Presidente a 04 de julho.  

A taxa será ajustada à inflação e o pagamento será exigido no momento da emissão do visto, sem isenção de taxas para pessoas com baixos rendimentos.

Estudantes e requerentes de asilo também vão pagar taxa extra

A lei também impõe aumentos nas taxas para outros pedidos de imigração. Por exemplo, pela primeira vez, os requerentes de asilo não devem apenas pagar uma taxa para pedir asilo - fixada em 100 dólares - mas também uma taxa adicional de 100 dólares por cada ano em que o pedido esteja pendente.

Segundo cálculos da CBS, os requerentes de visto de estudante, que já precisam de pagar uma taxa de candidatura de 185 dólares e uma taxa de 350 dólares para o Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio, terão de pagar pelo seu visto um total para 785 dólares, incluindo a taxa adicional de 250 dólares.

Os solicitantes de asilo podem ter de suportar taxas de registo totais superiores a 1.150 dólares ao abrigo da nova lei, quando antes o processo era gratuito, de acordo com o Conselho Americano de Imigração (AIC, na sigla inglesa).

O AIC afirmou em comunicado que estas taxas "elevadas" bloqueiam o acesso a estes serviços para as pessoas que não podem suportar os pagamentos extra.

Muitos turistas não precisam de visto devido ao Programa de Isenção de Visto, que permite aos residentes de mais de 40 países - incluindo Portugal - entrar nos Estados Unidos automaticamente por período inferior a 90 dias.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Donald Trump partilha vídeo (falso) onde Barack Obama é detido... Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, partilhou um vídeo - alegadamente gerado por Inteligência Artificial - onde se vê Barack Obama a ser detido por dois agentes do FBI na sala Oval, na Casa Branca.

© JIM WATSON/AFP via Getty Images     noticiasaominuto.com    21/07/2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, partilhou um vídeo - que terá sido gerado por inteligência artificial -, no domingo, onde está junto de Barack Obama na Sala Oval, na Casa Branca, em Washington, em 2016. No decorrer do vídeo, o antigo presidente norte-americano é algemado e detido.

No vídeo partilhado na sua plataforma Truth Social, Donald Trump havia acabado de ser eleito presidente dos Estados Unidos após derrotar a democrata Hillary Clinton, e era recebido pelo, na altura, presidente Barack Obama - vídeo que pode ver abaixo.👇

O vídeo mostra dois agentes do FBI a segurarem Barack Obama e a algemá-lo, sendo depois levado para fora da sala, enquanto Donald Trump sorri. De seguida, aparece uma imagem de Obama dentro de uma cela, com um macacão laranja: "Ninguém está acima da lei", lê-se.

De acordo com o The York Times, o escritório de Obama não respondeu ao pedido de comentário sobre partilha de Trump.

De notar que a publicação do vídeo surge dias depois de a diretora da Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, ter acusado Barack Obama e a sua administração de "conspiração", por alegadamente terem dito que a vitória de Trump, em 2016, teve manipulação de origem russa.

Recorde-se que esta não é a primeira vez que Donald Trump partilha nas sua plataforma vídeos ou fotografias geradas por Inteligência Artificial.

Por exemplo, em agosto do ano passado, publicou fotografias da cantora Taylor Swift, onde alegava que a estrela pop pedia às pessoas que votassem nele nas eleições de novembro.

Este domingo, Donald Trump completou seis meses de mandato, tendo comemorado o feito com a partilha de um vídeo nas redes sociais: "Promessas feitas, promessas cumpridas".

Numa mensagem publicada na sua plataforma Truth Social, felicitou-se por ter "reanimado completamente um grande país" em "seis meses".

"Há um ano, o nosso país estava morto, quase sem esperança de renascer. Hoje, os Estados Unidos são o país mais respeitado do mundo", escreveu o governante.


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O executivo do presidente norte-americano, Donald Trump, divulgou hoje registos da vigilância pelo FBI de Martin Luther King Jr., apesar da oposição da família deste e do grupo de defesa dos direitos civis que liderou até ser assassinado.


O Presidente da República, realiza visita de trabalho e de amizade à França... No Palácio Presidencial em Paris, o Chefe de Estado reuniu-se com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron.

Durante o encontro, os dois Chefes de Estado passaram em revista assuntos ligados à cooperação e à amizade entre a França e a Guiné-Bissau.


Presidência da República da Guiné-Bissau


Graças ao financiamento da França através da Agência Francesa de Desenvolvimento - #agencefrançaisededéveloppement, mais de 11.000 crianças na Guiné-Bissau terão em breve acesso a mais de 15 tipos de desportos (por exemplo, basquetebol, futebol, voleibol, andebol, ténis) num novo complexo que está a ser construído pelo UNICEF e pelo Ministério da Educação. A construção começou em fevereiro e está a progredir bem! 🏀⚽🏃‍♀️

@Unicef Guiné-Bissau

Mais de 110 voos cancelados num dia na Rússia devido a ataques de drones... Mais de 110 voos foram cancelados num dia nos aeroportos de Moscovo e São Petersburgo devido aos ataques de drones ucranianos, afirmaram hoje as autoridades russas.

© Getty Images    Lusa   21/07/2025 

Um porta-voz do regulador aéreo Rosaviatsia escreveu no Telegram que, entre as 08h00 de domingo e as 08h00 (06h00 em Lisboa) de segunda-feira, 118 voos foram suspensos nas duas principais cidades russas.

Outros 203 voos sofreram atrasos de mais de duas horas, acrescentou a publicação.

Além disso, um total de 59 voos foram desviados para outros aeroportos que não o seu destino no domingo.

Moscovo sofreu um dos maiores ataques de drones inimigos de sempre durante o fim de semana, obrigando ao encerramento de vários dos principais aeroportos da capital.

O anterior ataque maciço à capital russa teve lugar em maio, na véspera das celebrações do Dia da Vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi.

A Rússia avisou no domingo que a resolução do conflito com a Ucrânia é um processo longo, acreditando que a administração dos EUA compreende isso "cada vez mais", sem responder à proposta da Ucrânia de uma nova ronda de negociações.

"É um processo longo, requer esforço e não é fácil", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, numa entrevista à televisão pública local.

Ao mesmo tempo, garantiu que o presidente russo, Vladimir Putin, quer resolver o conflito por via pacífica, mas sem deixar cair os objetivos "compreensíveis, evidentes e constantes" definidos por Moscovo.

Um desses objetivos, previamente declarados, é o controlo total sobre as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, anexadas pela Rússia em setembro de 2022.


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O Reino Unido propôs hoje aos aliados da Ucrânia uma "campanha de 50 dias" para reforçar o apoio militar e pressionar a Rússia a negociar um cessar-fogo antes do fim do ultimato dado pelos EUA.


Almame Queba Djassi defende reconciliação no MADEM-G15 e apela ao PRS a seguir o mesmo caminho. Djassi, membro da Comissão Política e do Conselho Nacional do MADEM-G15 e, coordenador do partido na região de Oio, promoveu hoje (21.07) uma conferência de imprensa centrada no tema da reconciliação interna no seio do MADEM-G15 e, apelou ao PRS para que siga o mesmo caminho, sublinhando que a reconciliação é o único meio para tornar os partidos mais fortes, coesos e preparados para os desafios futuros.

COMUNICADO A DIRECÇÃO SUPERIOR DO PARTIDO (PTG) ....


Angola: Desvios de fundos e "discursos vazios" ensombram independência de Angola... Bispos católicos angolanos apontam o "alarmante" desvio de fundos públicos, a "escandalosa" expatriação de capitais e os "discursos vazios", contrários à realidade do país, como "sombras e insuficiências" nos 50 anos de independência de Angola.

© Lusa   21/07/2025

A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), na sua Mensagem Pastoral sobre os 50 anos de Independência de Angola, a que a Lusa teve hoje acesso, saúda o alcance da independência, em 11 de novembro de 1975, apresenta constatações, sombras e insuficiências que persistem no país e faz apelos aos decisores políticos.

Para os bispos angolanos, a independência de Angola foi o culminar de uma resistência permanente contra o regime colonial português e proporcionou liberdade aos filhos de Angola, resultando em incontáveis benefícios em vários domínios.

Por isso, o momento da independência "não correspondeu apenas à libertação do jugo colonial. De facto, foi grande a expectativa que o povo nutriu em volta da independência, que, diga-se em boa verdade, foi obra de todos os angolanos, acolhida e celebrada com muito entusiasmo em todo o país", referem.

Para a CEAST, o alcance da paz, em abril de 2002, findo o conflito civil, a construção e reconstrução de infraestruturas destruídas no decurso do confito armado, nomeadamente escolas, hospitais, estradas, pontes, portos e outros "são luzes" que aplaude e de que se orgulha.

Observa, porém, aspetos que ainda devem ser mudados em Angola, para a garantia da justiça social e da igualdade de oportunidades, apontando igualmente para a necessidade de reparações.

"Neste contexto, não é descabida a exigência jubilar de reparação, doravante, das omissões e negligências cometidas, reparação das oportunidades perdidas, reparação dos talentos desperdiçados, reparação das expectativas frustradas, reparação das promessas desprezadas, enfim, reparação de tudo o que foi mau e não nos orgulha como nação", aponta.

Na mensagem, de 14 páginas, sobre o percurso de Angola em 50 anos de independência, a serem assinalados em 11 de novembro, os religiosos dizem também constar muitas "sombras e insuficiências, que causaram escandaloso sofrimento ao longo dos cinquenta anos de independência dos angolanos".

Sombras e insuficiências que "devem, necessariamente, ser superadas em benefício do tão esperado renascer da esperança, contra a frustração e o desespero que vão corroendo muitos (...) concidadãos".

Apontam o que consideram de erosão da soberania ligada ao deficiente controle das fronteiras, conjugado com o contrabando e a purga de minerais, inertes, combustíveis e outros recursos, a deficiente política educativa e a falta de saúde de qualidade no país e nas famílias como insuficiências no país.

Assinalam também o deficiente saneamento e acesso à água potável, "o aberrante e alarmante desvio de fundos públicos, a escandalosa expatriação de capitais, enquanto ao pobre cidadão se pede sacrifício, o que revela falta de patriotismo", como "sombras" de uma Angola independente.

Os bispos angolanos dizem constatar uma "escandalosa" lógica do oportunismo, do egocentrismo e da discriminação "que são a causa de muitos problemas sociais, entre os quais o elevado e penoso custo de vida para a vastíssima maioria dos cidadãos, tendo como consequência o descrédito das lideranças, das instituições e sendo sementes do espírito de revolta cada vez mais evidente".

"Os discursos vazios, não refletores da vida real dos angolanos nem para ela aplicáveis, quando um considerável número de angolanos vive na pobreza extrema, em contraste com uma minoria oportunista que vive no luxo exacerbado (...), contraste que tem empurrado muitos angolanos, sobretudo jovens, a emigrar ou a inclinar-se para a criminalidade", afirmam ainda os bispos.

Consideram, por outro lado, que as múltiplas formas e níveis práticos de restrições à liberdade de expressão, em simultâneo com uma comunicação social, sobretudo pública, manietada e instrumentalizada por interesses nos quais a grande maioria dos cidadãos não se revê figuram igualmente entre as práticas que o país deve superar.

Lamentam a existência de um "sistema centralizado, autocrático e assistencialista de governação, que mata as iniciativas privadas dos cidadãos" e a lógica partidária "predominantemente eleitoralista, manifestando considerável desdém pelo povo".

Apelam também para o reconhecimento de todos os pais da independência de Angola, nomeadamente Holden Roberto (FNLA), Agostinho Neto (MPLA) e Jonas Savimbi (UNITA), então líderes dos movimentos de libertação de Angola, "sem menosprezar nenhum para uma maior reconciliação nacional".

"Não temos evidências de angolanos desejosos em voltar para o regime colonial português. Temos, sim, inúmeras evidências de angolanos desejosos de bem-estar proporcional aos recursos e potencialidades do seu país, Angola. Só construindo uma Angola melhor honraremos adequadamente o sacrifício de tanta gente de quem recebemos o legado da nossa independência", concluem os bispos católicos.


O novo chefe do Gabinete de Ligação dos EUA em Bissau - Jack Bisase - recebeu as calorosas boas-vindas da Secretária de Estado para a Cooperação Internacional, Fatumata Jau. Discutiram a recente visita da Sra. Jau aos Estados Unidos e o nosso compromisso comum de aumentar o comércio e o investimento em África. Agradecemos à Secretária de Estado por nos ter recebido e pela conversa.

 Representação da Embaixada dos Estados Unidos em Bissau

Setor da saúde enfrenta nova paralisação: Frente Social inicia greve de duas semanas

Por: Ussumane Baldé [Fitchas]  CAP GB

Bissau, 21 de Julho de 2025- A Frente Social inicia hoje, paralisação no setor de saúde para os próximos dez dias úteis, acusando governo de falta de vontade de negociação para resolver os pontos em reivindicações.

O Sindicato exige entre outros pontos, pagamento de 18 meses de salário aos novos ingressos da saúde; Pagamento de retroactivos, subsídios de vela e de isolamento; Desbloqueio de salários.

Outros pontos a reclamar é a reclassificação e efetivação dos reintegrados; observância da lei nas nomeações dos Diretores dos hospitais e dos centros de saúde e melhorias de condições de trabalho.

De lembrar que, a Frente Social denúncia falta de colaboração e deixa o assunto da educação fora das suas reivindicações junto do governo.

A França entregou o controle de sua última grande instalação militar no Senegal na quinta-feira, marcando o fim da longa presença de suas forças armadas no país da África Ocidental e um marco na retirada da região mais ampla.

O exército francês deixa o Senegal após 65 anos de presença

Dacar – Após 65 anos de presença, as tropas francesas deixam o Senegal. As últimas instalações militares francesas são devolvidas nesta quinta-feira, durante uma cerimónia em Dacar, organizada para o efeito. Esta retirada da França inscreve-se na continuidade do fim da presença do exercito francês na África Ocidental e Central. 

O “Acampamento Geille”, maior instalação militar francesa no Senegal, situada em Dacar, e uma base aérea, localizada no aeroporto internacional da capital, foram hoje restituídas ao Senegal. O fim da presença francesa no território senegalês foi decidida em 2011. Uma cerimónia foi organizada em Dacar.

Marcaram presença o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas do Senegal, o general Mbaye Cissé, e o general Pascal Ianni, comandante do exército francês para África.

A presença militar francesa no Senegal, desde 1960, baseava-se em acordos de defesa e de cooperação bilaterais. O presidente senegalês declarou que não se tratava de um "acto de ruptura", mas sim de uma "parceria renovada" com a França. Também tinha anunciado em novembro de 2024 o fim de toda a presença militar estrangeira no Senegal em 2025.

Esta base no Senegal era a última instalação militar permanente francesa na África Ocidental. Desde 2022, o exército francês acabou com a sua presença permanente no Mali, Burkina Faso, Níger, Chade, na Costa do Marfim e no Gabão, país onde a base se transformou num acampamento de formação gabonês e francês.

“O Governo não cedeu a nada, o Governo tomou a iniciativa". Primeiro-ministro confia na solução jurídica da lei dos estrangeiros... Montenegro diz que não tem receio da “avaliação aprofundada” do Presidente da República, recusando ter cedido em matéria de imigração"

Luís Montenegro no debate do Estado da Nação (LUSA)   cnnportugal.iol.pt, 21/07/2025

O primeiro-ministro afirmou que o Governo confia na "solução jurídica" que saiu do parlamento na lei dos estrangeiros e não tem receio da “avaliação aprofundada” do Presidente da República, recusando ter cedido em matéria de imigração.

Em entrevista ao programa “Política com Assinatura” da Antena 1, divulgada esta segunda-feira, Luís Montenegro voltou a rejeitar que a imigração seja o único tema da governação e defendeu que foi o executivo que tomou a dianteira nesta matéria.

“O Governo não cedeu a nada, o Governo tomou a iniciativa. Nos apresentámos propostas, se o Chega tem propostas para apresentar, apresenta”, afirmou, acrescentando que as ideias deste partido “são um bocadinho mais radicais” do que as do executivo PSD/CDS-PP.

Por outro lado, considerou normal que, em matérias como a imigração, o PS tenha “mais dificuldade em aproximar a sua posição com a do Governo”.

“O PS durante oito anos defendeu exatamente o contrário, é muito difícil ao PS estar agora a votar favoravelmente - mesmo que entenda lá no íntimo que estão a ir num caminho que é mais correto do que aquele que defendeu -, é ainda relativamente cedo”, afirmou.

Do resultado eleitoral das últimas eleições – marcado pela vitória da AD e passagem do Chega a segunda força parlamentar –, Montenegro disse ter concluído que “os portugueses desejam ter uma política de imigração mais regulada, mais controlada e que dignifique mais aqueles que para aqui vêm”.

“À pergunta que me fez de quem é que nos está a influenciar, eu respondo: são os portugueses, são as nossas convicções, mas são também aquilo que nós recebemos como sinais muito claros da sociedade portuguesa”, disse.

Questionado como vê um eventual veto de Marcelo Rebelo de Sousa ao diploma, o primeiro-ministro considerou “muito exagerado” que se diga que o Presidente se prepare para travar a lei dos estrangeiros, embora concordando que faça um “juízo jurídico e também político” aprofundado.

“Eu confio que a solução jurídica que foi encontrada no parlamento reúne condições para poder entrar em vigor no ordenamento jurídico, mas nós cá estaremos para assegurar que há segurança e certeza jurídica nas soluções que foram preconizadas”, disse.

Montenegro rejeitou que o Governo tenha legislado à pressa – “não temos é tempo a perder” -, voltando a responsabilizar os executivos do PS pela situação “muito, muito complexa” na área da imigração.

Sem apontar um número concreto de imigrantes que Portugal pode acolher, o primeiro-ministro manifestou-se confiante no acordo com as entidades patronais para que sejam corresponsabilizadas pelo acolhimento dos que querem a trabalhar consigo e voltou a defender a importância do reagrupamento familiar, apesar das restrições que o Governo pretende introduzir neste mecanismo.

“Nós não estamos a limitar aquele núcleo essencial das famílias, é bom que se diga isto também”, afirmou.

O novo regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, que limita os vistos para procura de trabalho ao "trabalho qualificado" e restringe o reagrupamento familiar de imigrantes, foi aprovado na quarta-feira em plenário por PSD, Chega e CDS-PP e, segundo o portal da Assembleia da República, seguiu para o Palácio de Belém na quinta-feira.

PS, Livre, PCP, BE, PAN e JPP votaram contra, enquanto a IL se absteve na votação final global do texto de substituição, elaborado a partir de uma proposta do Governo PSD/CDS-PP e de um projeto de lei do Chega.

Quanto à concessão de autorizações de residência a cidadãos provenientes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e abrangidos pelo respetivo acordo de mobilidade, o novo regime impõe como condição a posse prévia de um visto de residência – quando atualmente basta um visto de curta duração ou uma entrada legal em território nacional.