segunda-feira, 2 de junho de 2025

Associação de imigrantes diz que Portugal é "prisão a céu aberto"... O presidente da maior associação de imigrantes do país afirmou hoje que Portugal é uma "prisão a céu aberto" para milhares de imigrantes que não têm processos resolvidos e vivem sob chantagem de expulsão.

© Leonardo Negrão / Global Imagens    Lusa  02/06/2025

Fazendo o balanço de um ano do Plano de Ação das Migrações, anunciado a 03 de junho de 2025, Timóteo Macedo, presidente da Solidariedade Imigrante, faz um "balanço bastante negativo" das políticas migratórias, tendo-se entrado "num estado de pânico, num estado de desespero, por parte de milhares de imigrantes que têm em cima da cabeça as notificações de abandono".

Além disso, as "renovações [de documentos] não funcionam e as pessoas estão numa prisão a céu aberto, como é Portugal", porque não podem ir aos seus países de origem nem resolver questões relacionadas com o reagrupamento familiar, condição essencial para o sucesso da integração.

Hoje, "Portugal tem políticas extremamente severas para com os imigrantes" e "não já a preocupação de melhorar os serviços públicos no sentido de atender" os estrangeiros, de modo a desincentivar quem procura o país.

"Vivemos em modo de pânico e isso leva as pessoas ao desespero, leva ao alimento das máfias e de muita gente sem escrúpulos", que se "aproveitam dos vazios legais" ou das regras de contratação, como a Via Verde para a Imigração, que "não estão a funcionar" e só servem "para cobrar mais a quem quer vir".

Na rede diplomática, "à volta das embaixadas, as pessoas usam e abusam da fragilidade destas pessoas que merecem procurar uma vida melhor", exemplificou Timóteo Macedo.

No passado, "Portugal era visto como um país que acolhia razoavelmente as pessoas e que tinha as políticas mais avançadas da Europa e isso deveria ser um motivo de orgulho para todos", recordou o dirigente da associação.

Anunciado a 03 de junho do ano passado, o Plano de Ação para as Migrações contemplava um leque de 41 medidas que visavam condicionar a chegada de novos estrangeiros.

A principal medida foi o fim das manifestações de interesse, um mecanismo que permitia a regularização de estrangeiros mesmo com visto de turismo, desde que tivesse 12 meses de descontos.

Este recurso, o principal motivo para as pendências existentes, teve um efeito de chamada e trouxe milhares de imigrantes para o país.

Hoje, o fim desse mecanismo e a falta de missões para contratar nos países de origem levou a que a maioria das pessoas que procuram Portugal seja oriunda do espaço lusófono, uma prioridade anunciada pelo Governo.

Contudo, "as pessoas nunca vão deixar de lutar pela sua vida e por isso vão entrar de outra forma e as pessoas continuam a entrar", mas a ausência de mecanismos de regularização "alimenta a exploração e a escravatura moderna" por parte das empresas.

O fecho das fronteiras promovido pelo governo AD "só beneficiou a extrema-direita", como "se prova com o resultado das eleições", observou.

O governo da AD não teve a "preocupação de se afastar das políticas mais retrógradas que a extrema-direita quer para Portugal, com uma mentalidade neocolonial, repressiva, exploratória dos imigrantes que nos procuram", acusou ainda.

A associação Solidariedade Migrante tem promovido protestos contra as políticas migratórias do governo e vai "continuar com os protestos e ações de luta no sentido de dar voz a esta terrível situação para que foram empurrados milhares de imigrantes em Portugal", acrescentou Timóteo Macedo.


Leia Também: Integração de imigrantes? Estratégia ainda por cumprir, diz Observatório

Ucrânia: Drones escondidos em camiões, 18 meses de planeamento e 41 bombardeiros nucleares russos destruídos: os planos da Operação "Pavutyna"

Por cnnportugal.iol.pt

A Ucrânia realizou este domingo um dos seus maiores ataques contra a Rússia desde o início da guerra a 24 de fevereiro de 2022. Aeronaves estavam escondidas no interior dos tetos de casas de madeira transportadas em camiões civis e foram ativadas remotamente

Ao 1.193.º dia desde o início da invasão russa, a Ucrânia levou a cabo um dos seus maiores ataques até ao momento. A operação está a ser nominada de “Pavutyna” (teia de aranha) e dizimou um total de 41 bombardeiros estratégicos russos, capazes de transportar ogivas nucleares.

Durante a tarde deste domingo, Volodymyr Zelensky anunciou que os serviços secretos utilizaram um total de 117 drones contra as bases aéreas russas. Kiev acrescenta que, desta vez, houve "perdas russas muito tangíveis" na operação.

Volodymyr Zelensky classifica sucesso do plano secreto do SBU contra as bases aéreas russas como  uma "operação brilhante", cita a Reuters. O presidente ucraniano destaca ainda que esta foi a "operação com maior raio de alcance" alguma vez efetuada com sucesso pelas forças armadas ucranianas.

 Ao jornal Politico, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) – as secretas ucranianas – explicam que lançaram enxames de drones contra quatro bases aéreas russas este domingo e confirma a destruição dos 41 bombardeiros, o representa perto de 30% do arsenal russo deste tipo de aeronaves.

“Os aviões militares russos estão neste momento a arder nas bases aéreas de Belaya, Diaghilev, Olenya e Ivanovo", disse ao Politico um membro do SBU, sob condição de anonimato.

A mesma fonte explica que o plano secreto foi “organizado pessoalmente” por Vasyl Malyuk, chefe máximo do SBU.

As secretas da Ucrânia estavam há largos meses - cerca de 18 avança a impensa ucraniana - a preparar a operação que consistiu em enviar drones FPV para território russo dentro de camiões civis que transportavam alojamentos de madeira.

A aeronaves não tripuladas estavam escondidas sob os tetos das casas de madeira. Este domingo e sem que nada o fizesse prever, “os tetos foram abertos remotamente do seu interior saíram os enxames de drones que atacaram os bombardeiros russos”, explica a fonte do SBU.

“Graças a Malyuk... a Rússia entendeu hoje o verdadeiro significado da palavra desmilitarização", refere o funcionário do SBU.

O SBU partilhou um conjunto de imagens captadas pelos drones durante a operação, onde se podem ver os bombardeiros do Kremlin em chamas nas bases militares. A veracidade das imagens ainda não foi confirmada de forma independente.

Os serviços secretos ucranianos garantem que todas as pessoas envolvidas na complexa operação logística do plano Teia já estavam em segurança na Ucrânia no momento dos ataques.

O conselheiro presidencial de Zelesnky reagiu à operação no X, publicando somente um emoji de uma teia de aranha.

Reação da Rússia

O ministério da Defesa da Rússia confirmou que foi alvo de um "ataque terrorista" contra as bases aéreas das de Murmansk, Irkutsk, Ivanovo, Ryazan e Amur, avança a agência estatal russa Interfax.

O Kremlim assegura ainda que todos os ataques foram travados, que há alguns participantes na operação detidos, mas confirma que há várias aeronaves em chamas.

A agência estatal russa TASS está a noticiar que o condutor de um dos camiões foi detido pelas autoridades e está a ser questionado sobre o ataque.

O relatório russo detalha ainda que “o exato número de UAV [drone] ainda não foi confirmado”, mas que já não existe qualquer ameaça nos céus russos.

A Operação 🕸️(Teia de Aranha) ocorre um dia antes da próxima ronda das negociações de paz entre Ucrânia e Rússia, em Istambul.

domingo, 1 de junho de 2025

Filantropo Mo Ibrahim urge líderes africanos a "pôr casa em ordem"

Por LUSA 

O filantropo sudanês Mo Ibrahim urgiu hoje os líderes africanos a "pôr a casa em ordem" para passarem a ser mais autossuficientes, em vez de dependerem da ajuda externa de outros países.

"Chegou a altura de nós, africanos, compreendermos que temos de cuidar de nós próprios. Não é aceitável que dependamos da bondade e da generosidade dos outros. É um disparate, inaceitável e incerto", afirmou, durante um encontro com jornalistas durante a conferência Ibrahim Governance Weekend (IGW), organizada pela Fundação Mo Ibrahim, em Marraquexe. 

Ibrahim lamentou o crescimento do nacionalismo, que está a pôr em causa as antigas normas da ordem internacional e o respeito pelo direito internacional. 

Perante a multiplicação de conflitos e os cortes na ajuda externa pelos países ocidentais, Ibrahim defendeu que os países africanos devem usar os próprios recursos para impulsionar o desenvolvimento económico e social do continente.

"Temos de confiar nos nossos próprios recursos. Temos de nos organizar, temos de pôr a casa em ordem. Somos um continente muito rico, mas somos um povo muito pobre. Porquê? Porque estamos a gerir mal os nossos países, os nossos recursos, o nosso povo", vincou. 

O objetivo da conferência, que começa hoje e continua até terça-feira, "é galvanizar estas questões e tentar levar África a ser autossuficiente, confiante e independente", disse. 

De acordo com dados recolhidos pela Fundação Mo Ibrahim (MIF na sigla inglesa), a ajuda externa aos países africanos caiu 11 pontos percentuais na última década. 

Moçambique é um dos países mais afetados pela suspensão da maioria da ajuda externa dos Estados Unidos pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. 

O país africano lusófono sofreu um corte de 172 milhões de dólares (204 milhões de euros no câmbio atual), de acordo com dados da MIF até ao final de março, quase 50% do total dos programas da USAID no país. 

A saúde é dos setores mais afetados, nomeadamente o financiamento da saúde maternoinfantil, do planeamento familiar e da saúde reprodutiva, bem como a prevenção e do tratamento da malária e da tuberculose.

No relatório "Financiar a África que queremos", defende-se a reforma do sistema financeiro multilateral, mas também o aumento de impostos a nível interno e o combate à fuga de capitais. 

Segundo os autores, os países africanos já são dos maiores produtores de minerais, possuem grandes reservas de petróleo e gás natural e têm grande potencial na produção de energia solar, geotérmica e eólica. 

Mas a MIF identifica um grande potencial de crescimento na produção industrial, pescas e agricultura e refere os créditos de carbono e de biodiversidade como possível fonte de rendimento, graças à riqueza em termos de florestas, turfeiras e mangais.

No relatório também se sugerem medidas para reforçar a segurança de investidores privados em África, como a criação de uma agência de 'rating' e uma moeda única africana.  

O IGW 2025 realiza-se entre 01 e 03 de junho em Marraquexe, sob o tema "Alavancar os recursos de África para colmatar o défice financeiro".

Políticos, académicos e ativistas vão debater como podem os países africanos mobilizar-se para acelerar o desenvolvimento social e económico num contexto internacional de declínio da ajuda externa.

Neste Dia Internacional da Criança, o Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, recebeu crianças das oito regiões administrativas do país para um encontro inédito na residência oficial em Bissau.

Durante o Djumbai, os pequenos representantes do Parlamento Nacional Infantil partilharam preocupações importantes, como o casamento precoce, tráfico de crianças, abandono escolar e a situação dos talibés.


Presidência da República da Guiné-Bissau

Hamza Abdel Cader Seide, Presidente do Conselho Nacional da Juventude Islâmica da Guiné-Bissau, anunciou em conferência de imprensa que a Reza de Tabaski será realizada no dia sábado.

Camião tomba nos EUA e liberta 14 milhões de abelhas

O pesado transportava 31 toneladas de colmeias  Foto: Gabinete do Xerife do Condado de Whatcom   Por jn.pt

Cerca de 14 milhões de abelhas escaparam, na passada sexta-feira, de um camião que capotou no noroeste do estado de Washington, nos EUA.

Segundo o Gabinete do Xerife do Condado de Whatcom, o veículo pesado, que transportava 31 toneladas de colmeias, despistou-se por volta das 4 horas da madrugada, perto de Lynden, junto à fronteira com o Canadá. De acordo com Amy Cloud, porta-voz do sistema de gestão de emergência do condado, o condutor perdeu o controlo do veículo numa curva apertada e acabou por tombar. 

O Condado de Whatcom revelou ainda que mais de duas dezenas de apicultores compareceram no local para ajudar no resgate das abelhas. A ideia é permitir que elas regressem às colmeias e encontrem a sua abelha rainha nos próximos dias. Inicialmente, as autoridades avançaram que tinham sido libertadas 250 milhões de abelhas, número entretanto retificado.

No dia do acidente, os cidadãos foram aconselhados a evitar a zona, sobretudo aqueles que fazem reação alérgica às picadas de abelha.

Vaticano: Papa evoca casamento como a união entre homem e mulher... O Papa Leão XIV recebeu hoje milhares de famílias na Praça de São Pedro, defendeu o matrimónio como a união entre homem e mulher, "não como um ideal", e criticou os que invocam a "liberdade de tirar a vida".

© Lusa  01/06/2025

"Com o coração cheio de gratidão e esperança, digo-vos, esposos, o matrimónio não é um ideal, mas o modelo do verdadeiro amor entre o homem e a mulher: amor total, fiel e fecundo", disse na homilia, citando a encíclica 'Humanae Vitae', de 1968.

O novo Papa presidiu ao seu primeiro grande evento jubilar desde a sua eleição, em 08 de maio, com uma missa dedicada às famílias, que encheram a Praça do Vaticano, apesar do calor intenso.

Na homilia, o pontífice defendeu os "casamentos santos" entre homens e mulheres para vencer "as forças que destroem as relações e as sociedades".

 O Papa sublinhou que "todos nós vivemos graças a uma relação, ou seja, a um vínculo livre e libertador de humanidade e de cuidado mútuo".

"Irmãos, se nos amarmos assim, sobre o fundamento de Cristo (...), seremos um sinal de paz para todos, na sociedade e no mundo. Não devemos esquecer: é do coração das famílias que nasce o futuro dos povos", advogou.

Leão XIV lamentou que "por vezes esta humanidade é traída" quando a vida não é protegida.

"É verdade que, por vezes, esta humanidade é traída. Por exemplo, quando a liberdade é invocada não para dar a vida, mas para a tirar; não para proteger, mas para ferir. No entanto, mesmo diante do mal que divide e mata, Jesus continua a rezar ao Pai por nós", argumentou.

Para defender a família, citou alguns casais e famílias que subiram juntos aos altares nas últimas décadas, como os pais de Santa Teresa do Menino Jesus, Luís e Célia Martin, beatificados em 2008, ou a família polaca Ulma, morta por proteger judeus na Segunda Guerra Mundial.

"Ao propor casais santos como testemunhas exemplares, a Igreja diz-nos que o mundo de hoje precisa da aliança conjugal para conhecer e aceitar o amor de Deus e para vencer, com o seu poder de unir e reconciliar, as forças que destroem as relações e as sociedades", afirmou.

A missa reuniu milhares de famílias de 131 países, de todo o mundo, para participar neste evento que lhes é dedicado no Ano Santo e que encheram a Praça de São Pedro, no Vaticano, com faixas e cartazes nos quais se podiam ler 'slogans' como "Papa Leão, protege a família".

Antes da Eucaristia, o pontífice percorreu a praça no seu papamóvel, abençoando dezenas de crianças que os seus ajudantes aproximaram do seu veículo descapotável e que chegaram a gritar "Papa Leão, protege a família".

China avisa EUA para "não brincarem com o fogo" em relação a Taiwan... A China avisou este domingo os Estados Unidos para "não brincarem com o fogo" em relação a Taiwan, depois de o responsável pela Defesa norte-americano ter acusado Pequim de estar a preparar a invasão da ilha.

© Lusa  01/06/2025

"A questão de Taiwan é puramente interna à China. Nenhum país estrangeiro tem o direito de interferir", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês num comunicado, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Pequim manifestou a "firme oposição" e "profunda insatisfação" face ao que considerou ser um discurso "cheio de provocações e incitamento" de Pete Hegseth, no sábado, durante o fórum de defesa Diálogo Shangri-La, que termina hoje em Singapura.

Hegseth avisou que os militares chineses "ensaiam diariamente" uma possível invasão de Taiwan e aludiu a uma alegada intenção de o fazer antes de 2027.

"Deixem-me ser claro: qualquer tentativa do Partido Comunista [chinês] de conquistar Taiwan pela força terá consequências devastadoras para o Indo-Pacífico e para o mundo. (...) A ameaça da China é real. E pode ser iminente", afirmou.

Embora nos últimos anos o ministro da Defesa chinês tenha participado no Diálogo de Shangri-La, onde deveria proferir hoje um discurso em que podia responder a Hegseth, Pequim decidiu não enviar Dong Jun este ano, sem explicação, e foi a diplomacia que reagiu.

No comunicado, o ministério advertiu os Estados Unidos de que "não devem ter ilusões quanto à utilização da questão de Taiwan como moeda de troca para conter a China".

Anunciou também que apresentou um protesto formal a Washington.

Pequim acusou ainda a administração do Presidente Donald Trump de fomentar o confronto entre blocos e de transformar a região da Ásia-Pacífico "num barril de pólvora".

Também acusou Washington de colocar armas ofensivas no Mar do Sul da China, rico em recursos naturais, uma zona chave para o comércio mundial que Pequim reivindica na sua quase totalidade.

Segundo o ministério, não há problemas de liberdade de navegação nas águas do Mar do Sul da China, onde Pequim tem disputas territoriais com países vizinhos como as Filipinas, a Malásia e o Vietname.

A China "gere as suas diferenças através do diálogo e em conformidade com a lei", acrescentou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

No discurso em Singapura, Hegseth advertiu que a China procura "dominar e controlar" a Ásia e garantiu que Washington não permitirá que Pequim altere o 'status quo' pela força.

A representação chinesa no Diálogo Shangri-La foi liderada pelo contra-almirante Hu Gangfeng, membro da Universidade de Defesa Nacional, que acusou os Estados Unidos de lançarem "acusações infundadas" para "semear problemas".

Taiwan foi a ilha onde se refugiaram as forças nacionalistas de Chiang Kai-chek quando perderam a guerra civil para o Partido Comunista Chinês, de Mao Zedong, que implantou a República Popular da China (RPC) em 1949, em substituição da República da China.

A reunificação de Taiwan à RPC é um dos objetivos a longo prazo traçados pelo Presidente chinês, Xi Jinping, desde que chegou ao poder em 2012.

O governo de Taipé, liderado pelo Partido Democrático Progressista (DPP), pró-soberania, argumenta que Taiwan já é independente 'de facto' com o nome de República da China, e que o futuro só pode ser decidido pelos 23 milhões de habitantes da ilha.

A RPC intensificou a campanha de pressão diplomática e militar contra Taiwan nos últimos anos, com manobras militares cada vez mais frequentes perto da ilha e forçando Taipé a perder aliados para Pequim.


Sete mortos em dois incidentes com pontes russas junto à Ucrânia... Uma segunda ponte desmoronou-se este domingo na região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, depois de um incidente semelhante na vizinha Bryansk ter matado sete pessoas, disseram as autoridades locais.

© Lusa  01/06/2025

O desmoronamento ocorreu quando a locomotiva de um comboio de mercadorias passou por cima da ponte e se incendiou, disse o governador de Kursk, Alexandr Khinshtein, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

O maquinista ficou ferido numa perna, mas não há outras vítimas apesar de a ponte ferroviária ter caído sobre uma estrada.

No caso da ponte na região russa de Bryansk, em que morreram sete pessoas, o governador local, Alexandr Bogomaz, atribuiu hoje o incidente a um atentado.

"A ponte explodiu quando o comboio Klimov-Moscovo, que transportava 388 passageiros, estava em funcionamento. De momento, sete pessoas morreram", disse Bogomaz à televisão russa.

O governador acrescentou que 47 pessoas foram hospitalizadas, incluindo três crianças, após o descarrilamento da locomotiva e de quatro carruagens.

O senador russo Andrei Klishas, colaborador próximo do Presidente Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de ter sido responsável pela explosão da ponte em Bryansk.

"O rebentamento da ponte e o acidente com o comboio de passageiros em Bryansk falam do facto de a Ucrânia ser dirigida por uma organização terrorista", escreveu Klishas nas redes sociais.

Klishas disse que a Ucrânia, que a Rússia invadiu em fevereiro de 2022, "há muito que perdeu as características de um Estado e tornou-se num enclave terrorista, sem fronteiras, sem órgãos legítimos e sem lei".

"A resposta é uma faixa de segurança tão ampla que excluiria a futura incursão de terroristas no nosso território", afirmou.

Klishas apelou para uma maior segurança no transporte ferroviário nas regiões fronteiriças, porque, segundo alegou, enquanto existir um "enclave terrorista" como vizinho, será "muito difícil" excluir tais tragédias.

Putin disse em fevereiro de 2022 que um dos motivos para a invasão da Ucrânia era o de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

A Rússia ocupa atualmente cerca de 20% do território da Ucrânia.

A guerra já custou dezenas de milhares de vidas civis e militares de ambos os lados.

A Rússia propôs à Ucrânia a realização da segunda ronda de conversações de paz em Istambul na segunda-feira, mas Kiev ainda não confirmou a sua presença.

A Ucrânia argumentou que Moscovo não cumpriu o compromisso de enviar previamente o memorando de acordo e as condições para um cessar-fogo.


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Guiné-Bissau pronta para exportar 130 mil toneladas de castanha de caju... A Guiné-Bissau está pronta para exportar 130 mil das 200 mil toneladas da castanha de caju que espera vender este ano, principalmente para a Índia, disse à Lusa o diretor-geral do Comércio Externo.

© Lusa   01/06/2025

De acordo com o responsável do Ministério do Comercio e Indústria guineense, Lassana Fati, teve início na quarta-feira o processo de escoamento das 130 mil toneladas da castanha, principal produto agrícola do país.

 O escoamento da castanha, em armazéns à volta do porto de Bissau, de onde são transportadas em camiões para o porto comercial, vai decorrer a granel ou em contentores para navios que vão chegando e saindo do porto nos próximos dias, disse Fati.

A Lusa constatou uma grande azáfama e homens no processo de descarga de sacas da castanha de camiões para um navio alugado por empresários indianos, que também fiscalizavam a operação.

"O processo de exportação da castanha de caju 2025 começou (...) e está a correr muito bem. Em menos de 24 horas já temos quase mil toneladas a serem exportadas. Isso demonstra que há uma dinâmica interessante", declarou Lassana Fati.

O diretor-geral do Comércio Externo guineense afirmou que, "se tudo correr bem", até finais de outubro o país poderá encerrar, "de forma satisfatória" o processo de exportação da castanha de caju de 2025.

Lassana Fati espera que o país possa exportar este ano 200 mil toneladas, o que faria superar as 163 mil toneladas exportadas em 2024, situação que ficou aquém das expectativas do Governo, disse.

Neste momento, adiantou Fati, 20 empresas, na maioria indianas, solicitaram e receberam do Ministério do Comercio e Indústria guineense licenças de exportação da castanha e, se o país conseguir escoar as 200 mil toneladas, poderá arrecadar cerca de 250 milhões de dólares (220,6 milhões de euros).

Em 2024, a exportação da castanha guineense foi feita por empresários indianos, chineses e vietnamitas, indicou o diretor-geral do Comércio Externo, para quem a "situação está boa este ano", tendo em conta o impacto das alterações climáticas na safra passada nas regiões do leste do país.

"As altas temperaturas afetaram a produção nas regiões de Bafatá e Gabu" em 2024, disse Lassana Fati.

Fati aproveitou a ocasião para convidar empresários portugueses a investirem no setor da castanha do caju da Guiné-Bissau, que disse ser "um potencial".


Leia Também: Keta Baldé nomeado Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

sábado, 31 de maio de 2025

PROCURADOR-GERAL DIZ QUE LIBERDADE DE EXPRESSÃO É FUNDAMENTAL PARA A DEMOCRACIA

Por  Rádio Sol Mansi 31/05/2025

O Procurador-Geral da República, Bacari Biai, defendeu neste sábado, 31 de maio, que a liberdade de expressão é essencial para a consolidação da democracia e a promoção de uma sociedade mais justa e participativa.  

A declaração foi feita durante uma palestra realizada na Casa dos Direitos, em Bissau, logo após o lançamento do movimento “Juventude Guineense pelos Direitos Humanos”, que visa reforçar a intervenção dos jovens na defesa dos direitos fundamentais.  

O evento contou com a presença de representantes da sociedade civil. Bubacar Turé, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, acusou o Estado guineense de ser o principal responsável pelas violações dos direitos humanos no país.  

Silvino António, presidente do novo movimento, destacou que a iniciativa surge como resposta à contínua deterioração das condições de vida da população e à falta de garantias dos direitos sociais.  

Apesar dos esforços da sociedade civil, persistem sérios problemas no país: a maioria da população continua sem acesso a água potável, milhares de crianças estão fora da escola, e os setores da saúde e da educação enfrentam constantes paralisações.  

Keta Baldé nomeado Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

 

O "combate do século": robô contra robô num ringue de boxe na China... Trocaram socos certeiros, caíram, levantaram-se, sempre com agilidade.

Por  SIC Notícias  31/05/2025

Dois robôs humanoides trocaram socos poderosos dentro de um ringue de boxe na China, durante um evento que entusiasmou a plateia.

O evento na cidade de Hangzhou, na província de Zhejiang, fez parte da Competição Mundial de Robôs do China Media Group e contou com demonstrações e partidas competitivas.

Desenvolvido pela Unitree Robotics, quatro equipas de operadores humanos controlaram os robôs G1 em combates competitivos num ringue de boxe.

Os robôs pugilistas demonstraram uma vasta gama de capacidades de combate e também conseguiam recuperar o equilíbrio rapidamente após quedas.

No final, um empate técnico dadas as capacidades dos dois pugilistas

A reza de Tabaski terá lugar no dia, sábado no território nacional. O anúncio foi feito hoje, 31.05.2025, pelo Porto-voz da União Nacional dos Imames da Guiné-Bissau, Aliu Candé, durante uma conferência de imprensa.

"Os ditadores normalmente não têm um final feliz"... O embaixador ucraniano junto da ONU em Genebra acredita que a Rússia pagará pelos crimes de guerra cometidos na Ucrânia e que há esse "medo" em Moscovo, até porque "os ditadores normalmente não têm um final feliz".

© Lusa   31/05/2025

Em entrevista concedida à Lusa em Genebra, o embaixador Yevhenii Tsymbaliuk recordou "as atrocidades" cometidas pela Federação Russa na Ucrânia desde 2014, e de forma particularmente intensa desde a invasão em grande escala em fevereiro de 2022, admitindo tem "dificuldade em identificar algum direito humano que não seja violado pela guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia".

"Tem de haver responsabilização e será feita. Muitos na Rússia desvalorizam, dizem que tal nunca sucederá, mas na realidade estão com medo. Um exemplo recente que mostra que realmente estão com medo é o facto de, nas recentes negociações em Istambul, tal como divulgado pela comunicação social, uma das exigências apresentadas pela delegação russa ser a de a Ucrânia prescindir de todo e qualquer pedido de compensações", aponta.

De acordo com o diplomata, "se não tivessem medo, não pensariam nisso e não fariam tais pedidos", naturalmente rejeitados por Kiev, pois "a responsabilização sempre fez parte dos planos e roteiros de paz da Ucrânia".

"Acho que pensam muito nisso. É muito difícil ignorar a posição da comunidade internacional. Sabemos que tudo pode mudar de um dia para o outro e, normalmente, os ditadores no mundo não têm um final de vida feliz. Estou certo de que na Rússia têm medo. E devem ter medo. Devem acordar com esse sentimento e tê-lo todo o tempo. E que pelo menos o medo os previna de cometerem ainda mais atrocidades e crimes contra a humanidade", diz.

Falando à Lusa na Representação Permanente da Ucrânia junto da Gabinete da ONU em Genebra, e tendo na parede atrás de si uma fotografia emoldurada de um civil a caminhar diante de um edifício residencial em escombros, Tsymbaliuk, que ocupa o cargo desde dezembro passado após uma longa carreira diplomática durante a qual lidou de perto com questões de direitos humanos, diz que a Rússia viola de forma sistemática todos os direitos humanos e o direito internacional, "até as próprias 'regras' da guerra".

"Menciono em primeiro lugar o direito à vida, porque a vida humana é o valor mais importante e, na nossa resistência à agressão russa, claro que tentamos preservar a vida humana o máximo possível. Infelizmente, a Rússia, apesar de dizer que considera a possibilidade de um cessar-fogo ou de negociações, continua - e deixe-me ser muito direto -- com as matanças, porque não encontro outro termo para ataques contra civis nas principais cidades ucranianas, como Kiev, Kharkiv, Kherson, Zaporijia e Dnipro", afirma.

Deplorando também a forma como os prisioneiros de guerra ucranianos são "permanentemente torturados, fisicamente e moralmente", o embaixador aborda de seguida uma das atrocidades que considera estar ao nível "dos piores exemplos medievais", o das "crianças raptadas pela Federação Russa para serem doutrinadas", que se estima rondarem as 19 mil.

Apontando que os russos "são mestres" na forma de executar esses raptos e deportações forçadas e ilegais, relata que muitas vezes "as pessoas são mortas e as crianças levadas", mas "também há outras formas de as 'roubar'", explicando que, por exemplo, os russos "usam os chamados campos de verão para convidar crianças dos territórios ocupados para participarem nestes campos, e as crianças nunca regressam".

No processo de "doutrinação", prossegue, a Federação Russa tenta apagar todas as raízes ucranianas e "ensina a sua versão da História".

"Uma pessoa disse uma vez que todos os países têm um futuro imprevisível, mas só há um país que tem um passado imprevisível: é a Rússia. Porque os livros [de História] são reescritos cada vez que a situação o exige", comenta.

Admitindo que é muito difícil obter e recolher informação sobre os casos das crianças raptadas, Yevhenii Tsymbaliuk considera, no entanto, que todos os dados recolhidos "já permitem colocar [o Presidente russo] Vladimir Putin e a senhora [comissária de direitos da criança da Rússia, Maria] Lvova-Belova sob investigação", tendo de resto levado o Tribunal Penal Internacional a emitir mandados de detenção contra ambos.

Neste contexto, o embaixador ucraniano expressou a sua gratidão "a todos os organismos da ONU que estão ativamente a monitorizar a situação", particularmente a Missão de Observação dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia -- "sempre dos primeiros a chegar para testemunhar com os próprios olhos, registar e reportar o que acontece no terreno" -, mas também o Alto Comissariado das Nações Unidas para a Ucrânia e a Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre a Ucrânia.

"É muito importante, porque o facto de a informação vir da ONU, assim como a metodologia utilizada, torna-a inquestionável. Estamos muito gratos pelo seu trabalho", declara.

De acordo com dados divulgados esta semana pelas Nações Unidas, desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, pelo menos 13.279 civis, incluindo 707 crianças, foram mortos. O número confirmado de civis feridos é de 32.449, incluindo 2.068 crianças.


Israel reivindica morte de comandante do Hezbollah... Israel reivindicou este sábado a morte de um alegado comandante do grupo libanês Hezbollah num ataque com um 'drone' na cidade de Deir Zahrani, no sul do Líbano, perto da fronteira israelita.

© Lusa   31/05/2025

O exército israelita disse tratar-se de Muhamad Ali Jamul, comandante da divisão de mísseis e foguetes do setor Shiqif do Hezbollah. 

O partido xiita ainda não se pronunciou sobre o anúncio israelita.

A agência nacional libanesa NNA tinha noticiado anteriormente que um libanês de 33 anos tinha morrido na sequência de um ataque de um 'drone' israelita.

O libanês conduzia o seu próprio veículo para casa quando foi atingido pelo 'drone', que o matou de imediato, precisou a NNA, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.

O ataque ocorreu dois dias depois de dois libaneses terem sido mortos em dois ataques separados pelo exército israelita no sul do Líbano.

Israel realizou, noutras ocasiões, ataques no Líbano para aniquilar o Hezbollah, alegando não violar o cessar-fogo acordado em novembro de 2024, embora tanto Beirute como o grupo tenham criticado estas ações, igualmente condenadas pela ONU.

O pacto foi alcançado após meses de combates na sequência dos atentados de 07 de outubro de 2023 do grupo extremista palestiniano Hamas contra Israel, que desencadearam a guerra atualmente em curso na Faixa de Gaza.

O Hezbollah atacou o norte de Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o Hamas, o que levou o exército israelita a invadir o país vizinho numa ofensiva que eliminou os principais dirigentes do grupo pró-iraniano.

O acordo alcançado estipulava que tanto Israel como o Hezbollah deveriam retirar as tropas do sul do Líbano.

O exército israelita manteve, no entanto, cinco postos no território do país vizinho, o que também foi criticado pelas autoridades libanesas e pelo grupo xiita.

O Hezbollah integra o chamado "eixo de resistência" contra Israel liderado pelo Irão, de que fazem parte outros grupos extremistas da região como o Hamas, a Jihad Islâmica ou os rebeldes houthis do Iémen.


UE: Laços entre China, Coreia do Norte e Rússia? "Extremamente preocupantes"... A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, qualificou hoje as contribuições da China e da Coreia do Norte para a Rússia na guerra contra a Ucrânia como um desafio de segurança global "extremamente preocupante".

© Lusa  31/05/2025

A China, parceira da Rússia, tem sido acusada de fornecer tecnologia militar a Moscovo, e a Coreia do Norte enviou soldados para combater nas fileiras russas, além de armamento. 

"Quando a China e a Rússia falam em liderar, em conjunto, mudanças que não se viam há cem anos e revisões da ordem de segurança global, devemos estar extremamente preocupados", afirmou Kallas no fórum Diálogo de Shangri-La, em Singapura.

"É o grande desafio do nosso tempo", disse a antiga primeira-ministra da Estónia e atual Alta Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança da União Europeia (UE), citada pela agência de notícias espanhola EFE.

Kallas afirmou no fórum de defesa mais importante da Ásia que "a segurança da Europa e a segurança do Indo-Pacífico estão intimamente ligadas".

A representante da UE foi precedida no pódio em Singapura pelo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, que alertou para alegados planos chineses de invasão iminente de Taiwan.

Hegseth procurou tranquilizar os aliados asiáticos quanto ao apoio dos Estados Unidos e apelou para o aumento das despesas com a defesa, tal como fez com os europeus.

Questionada sobre a pressão norte-americana para europeus e asiáticos gastarem mais em defesa, Kallas disse que isso é melhor do que a ausência de apoio ou de relações.

Kallas referiu que a UE quer construir "alianças de interesse mútuo" na Ásia-Pacífico, incluindo no domínio da defesa.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, abriu o fórum na sexta-feira com um apelo a uma "aliança entre a Europa e a Ásia" para não serem "vítimas das superpotências", como os Estados Unidos ou a China.

O grande ausente do evento deste ano é o ministro da Defesa chinês, Dong Jun.

O Ministério da Defesa da segunda maior economia do mundo anunciou na quinta-feira a participação no fórum de Singapura de uma delegação da Universidade de Defesa Nacional em vez de Dong, sem dar maiores explicações.

Nos últimos anos, a China enviou sempre o ministro da Defesa, que costumava reunir-se com o homólogo dos Estados Unidos à margem do fórum.


Leia Também: "A estratégia da Rússia é tentar manter os Estados Unidos numa posição de não aplicarem sanções, mas acredito que os eles já estão muito impacientes com esta abordagem russa e os sinais que chegam do lado norte-americano apontam para que não estejam dispostos a continuar a tolerar essa postura", diz Yevhenii Tsymbaliuk, em entrevista à Lusa na Representação Permanente da Ucrânia junto das Nações Unidas em Genebra.

Trump dá conselho matrimonial insólito a Macron após vídeo viral... Em causa está o momento em que Macron e Brigitte aterraram no Vietname e que se tornou viral.

© Kevin Dietsch/Getty Images    Notícias ao Minuto   

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou um conselho ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, e à esposa, Brigitte, após ser questionado sobre o polémico momento que marcou a aterragem do casal no Vietname.

"Certifiquem-se de que a porta permanece fechada", disse Trump, entre risos, ao ser questionado sobre a situação, durante uma conferência de imprensa na Sala Oval, esta sexta-feira.

O presidente norte-americano aproveitou ainda para dizer que conversou com Macron e que o casal está bem.

"Não, eu falei com ele e ele está bem, eles estão bem. São duas pessoas muito boas. Eu conheço-os muito bem. E não sei do que se tratava, mas eu conheço-o muito bem e eles estão bem", frisou.

Recorde-se que o vídeo do momento insólito entre o casal francês tornou-se viral nas redes sociais. As portas do avião tinham acabado de abrir, no domingo, quando Macron foi visto a conversar com a sua mulher. Macron esboçou um sorriso, momento em que Brigitte lhe empurrou o rosto, deixando-o visivelmente perplexo com a situação.  

O casal viria a esclarecer que se tratou de um momento de cumplicidade e que seria até normal, mas muitos continuam a  questionar a veracidade das alegações, acreditando mais na teoria de que os dois estariam de costas voltadas.

Joe Biden confiante na batalha contra cancro agressivo... O ex-presidente norte-americano afirmou sentir-se bem e otimista quanto ao futuro, destacando que o prognóstico é bom e que está a ser acompanhado por um dos melhores cirurgiões do mundo.

Por sicnoticias.pt com LUSA

O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou esta sexta-feira que se sente bem e otimista em relação ao futuro, na primeira declaração pública desde que anunciou o seu diagnóstico de cancro da próstata.

"Bem, o prognóstico é bom. Sabe, estamos a trabalhar em tudo. Está a progredir. Por isso, sinto-me bem", destacou Joe Biden, de 82 anos, em declarações aos jornalistas após um evento do Memorial Day, o feriado anual em homenagem aos soldados norte-americanos mortos que se assinala na última segunda-feira de maio.

"Estamos todos otimistas com o diagnóstico. Na verdade, tenho um dos melhores cirurgiões do mundo a trabalhar comigo", acrescentou.

O gabinete de Biden anunciou em 18 de maio que o ex-presidente democrata tinha sido diagnosticado alguns dias antes com uma forma agressiva de cancro da próstata com "metástases ósseas".

Este caso tem uma pontuação de 9 na escala de Gleason, que avalia a agressividade dos cancros da próstata numa progressão até 10.

O democrata explicou esta sexta-feira que decidiu seguir uma dieta como parte do seu tratamento.

"A nossa previsão é que vamos vencer este cancro. Não está em nenhum órgão, os meus ossos estão fortes, não penetrou. Por isso, sinto-me bem", insistiu.

O anúncio de Biden sobre o cancro reacendeu as especulações, alimentadas pelo seu sucessor Donald Trump e pela campanha republicana, sobre um possível encobrimento do declínio da saúde do democrata por parte da sua comitiva durante o seu mandato.

A ex-vice-presidente Kamala Harris entrou na corrida presidencial de 2024 depois de Biden ter desistido, no meio de preocupações com a sua saúde após um debate desastroso com o republicano.

Questionado sobre a polémica, o ex-presidente respondeu com sarcasmo: "Sou mentalmente incompetente e não consigo andar".

Biden vincou que não se arrepende de ter concorrido inicialmente à presidência para um segundo mandato e afirmou que os seus adversários democratas deveriam tê-lo desafiado, mas desistiram porque "os teria derrotado".

O democrata também assistiu esta sexta-feira a uma cerimónia, que assinalou o 10.º aniversário da morte do seu filho mais velho, Beau, que faleceu em 2015, vítima de cancro no cérebro, aos 46 anos.

"Para ser sincero, é um dia difícil", reconheceu.