quarta-feira, 25 de outubro de 2023

PRESIDENTE DA REPÚBLICA VISITA A FUNDAÇÃO CHAMPALIMAUD EM LISBOA

 Presidência da República da Guiné-Bissau   25.10.23

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, visitou as instalações da Fundação Champalimaud, em Lisboa,  numa visita guiada pela Presidente da Instituição, Dra. Leonor Beleza.

Na ocasião, o Chefe de Estado guineense congratulou “todos os que souberam concretizar um sonho que ajudou – e ajuda – milhões de seres humanos em todo o mundo,  demonstrando estar à altura do sonho visionário de um português de excepção, António Champalimaud. “🇵🇹🇬🇼

RÚSSIA: Parlamento russo aprova saída do tratado que proíbe testes nucleares

© MIKHAIL METZEL/POOL/AFP via Getty Images)

POR LUSA    25/10/23 

A câmara alta do parlamento russo aprovou hoje a rescisão do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares, faltando apenas a aprovação final do presidente para a Rússia abandonar o acordo ratificado em 2000.

A votação foi feita na sequência do anúncio avançado por Vladimir Putin no início deste mês, quando afirmou que Moscovo poderia revogar a sua decisão de ratificar o acordo para espelhar a posição assumida pelos EUA, que assinaram mas não ratificaram a proibição dos testes nucleares.

Assinado em 24 de setembro de 1996, o tratado -- conhecido como CTBT - é um dos últimos acordos internacionais sobre armamento que a Rússia ainda considera vinculativo.

Em conjunto, a Rússia e os Estados Unidos têm 90% de todas as ogivas nucleares do mundo.

O CTBT proíbe todas as explosões nucleares em qualquer parte do mundo, mas o tratado nunca foi totalmente implementado, já que não foi ratificado nem pelos EUA, nem pela China, Índia, Paquistão, Coreia do Norte, Israel, Irão ou Egito.

A decisão russa tem causado preocupações aos países ocidentais, que receiam que Moscovo possa retomar os testes nucleares para tentar desencorajar o Ocidente de continuar a dar apoio militar à Ucrânia.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, garantiu, no início deste mês, que Moscovo continuará a respeitar a proibição e só retomará os testes nucleares se Washington o fizer primeiro.

Ryabkov adiantou hoje que o seu ministério recebeu propostas dos EUA para retomar um diálogo sobre estabilidade estratégica e questões de controlo de armas, considerando, no entanto, que isso é impossível no atual ambiente político.

"Não estamos preparados para isso porque o regresso a um diálogo sobre estabilidade estratégica... tal como foi conduzido no passado é impossível até que os EUA revejam o seu curso político profundamente hostil em relação à Rússia", disse Ryabkov, citado pelas agências de notícias russas.


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Guiné-Bissau "está pronto" para assumir presidência da CPLP, diz PR

© Getty Images

POR LUSA   25/10/23 

O Presidente da República da Guiné-Bissau disse hoje, em Lisboa, que o país "está pronto" para assumir a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2025, e tem objetivos no que respeita a livre circulação.

Umaro Sissoco Embaló fez a afirmação durante a visita que fez esta manhã à sede da CPLP, onde foi recebido, em sessão solene, pelo Secretário Executivo da organização, Zacarias da Costa, e pelos representantes permanentes dos nove Estados-Membros.

"A Guiné-Bissau já está pronta para assumir a presidência [da CPLP] a partir de 2025", afirmou o chefe de Estado guineense durante aquela que é a sua segunda visita como Presidente à sede da organização.

Sissoco Embaló realçou que o seu país "tem objetivos" para a organização que fazem parte do "objetivo comum de reforçar" a comunidade, "não só no que diz respeito à livre circulação", mas também "às culturas".

A CPLP, realçou, é a "única organização que está nos quatro cantos do mundo" e com os seus Estados-membros a integrarem várias organizações, salientando que "não podia" fazer a visita oficial, que está a realizar, de dois dias, a Portugal "sem testemunhar" que a Guiné-Bissau é um dos nove Estados-membros desta comunidade lusófona.

O secretário executivo da comunidade, por seu lado, considerou esta segunda visita, depois da de 2020, reveladora "do empenho" do chefe de Estado e da Guiné-Bissau na organização e "um sinal do compromisso [da Guiné-Bissau], que, como sabem, saiu reforçado pela disponibilidade expressa para acolher a próxima cimeira da CPLP, em 2025, conforme foi anunciado no passado mês de agosto na cimeira de São Tomé".

Zacarias da Costa afirmou ainda que aquele país "vai continuar a desempenhar um papel ativo e preponderante na consolidação" da organização CPLP.

A Guiné-Bissau vai suceder a São Tomé e Príncipe na presidência rotativa da CPLP, lugar que deverá assumir na próxima cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que decorre em 2025.

O Presidente da Guiné-Bissau, condecorado na terça-feira por Marcelo Rebelo de Sousa com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique, disse na altura que é um homem do povo, um disciplinador, e não um ditador" e salientou que conseguiu reposicionar o seu país no "concerto das nações".

Nas declarações aos jornalistas em Belém, o presidente da Guiné-Bissau afirmou que a sua prioridade em termos de política externa é a relação com Portugal, considerando que é crucial para a imagem externa do país, que recentemente ocupou a presidência da CEDEAO, vai ocupar a liderança da CPLP e aspira a ter também a presidência da União Africana.

"A relação forte com Portugal é muito importante para nós e para o mundo. Na Europa, a primeira coisa que me perguntam nas reuniões, é como está a relação com Portugal", disse o governante.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, por seu lado, elogiou a "estabilização institucional" da Guiné-Bissau e saudou a "capacidade de diálogo" entre altos representantes dos dois países.

Ainda na terça-feira Sissoco Embaló teve um almoço de trabalho com o primeiro-ministro, António Costa, no qual foram levantados os temas dos vistos e dos antigos militares portugueses na Guiné-Bissau.

Além da Guiné-Bissau integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.


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PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBIDO PELO PRIMEIRO MINISTRO DE PORTUGAL

 Presidência da República da Guiné-Bissau   25.10.2023

No contexto da visita de Estado, que está a realizar em Portugal, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi recebido pelo Primeiro Ministro, António Costa. 

Na ocasião foi abordado o aprofundamento das relações bilaterais, a cooperação no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e os múltiplos desafios nos contextos regionais e global.🇬🇼🇵🇹



Veja Também:  Visita do Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo a Portugal.

Visita de estado do Presidente da República, General Umaro Sissoco Embalo a Portugal. A primeira de um chefe de estado da Guiné-Bissau a Portugal após 50 anos da independência do país.   ©Radio Voz Do Povo 👇

Guterres criticou ocupação e Hamas. Neutralidade exaltou ânimos

© Getty Images

Notícias ao Minuto   25/10/23 

Várias entidades israelitas atacaram o secretário-geral da ONU e, numa exigência algo invulgar no contexto das Nações Unidas, o embaixador de Israel na ONU exigiu a sua demissão.

As posições da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a ocupação da Palestina não são recentes. Há dezenas de resoluções da Assembleia Geral da ONU sobre a autodeterminação do povo palestiniano, a autonomia do seu governo, a soberania sobre recursos naturais, a ilegalidade da ocupação e de colonatos na Cisjordânia, tudo fatores que são reconhecidamente restringidos pelo governo e pelas forças de segurança israelita.

No entanto, apesar de não existirem surpresas sobre a posição da ONU, nem sobre a posição de António Guterres como mediador neutro e objetivo em qualquer conflito mundial, as declarações do secretário-geral da ONU causaram grande revolta na missão diplomática israelita, indignada com um discurso moderado, em 'horário nobre', que escrutinou a ocupação e os ataques contra civis (de ambos os lados).

"É importante reconhecer que os ataques do Hamas não surgiram do nada. Os palestinianos têm sido sujeitos a 56 anos de ocupação sufocante. Viram as suas terras serem continuamente devoradas por colonatos e assoladas pela violência; a sua economia foi sufocada; as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas. As suas esperanças de uma solução política para a sua situação têm vindo a desaparecer", disse Guterres, numa reunião do Conselho de Segurança da ONU.

O diplomata fez questão de vincar que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas", da mesma forma que os ataques do Hamas "não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano".

Para Israel, porém, condenar ataques contra civis de ambos os lados foi, de alguma forma, a gota de água. Logo a seguir, o embaixador israelita nas Nações Unidas, Gilad Erdan, fez uma exigência algo invulgar no seio da organização sediada em Nova Iorque: a demissão do secretário-geral da ONU.

"O secretário-geral da ONU, que demonstra compreensão pela campanha de assassínio em massa de crianças, mulheres e idosos, não está apto para liderar a ONU. Peço-lhe que renuncie imediatamente", disse Erdan, interpretando a condenação clara de Guterres contra o Hamas como uma "compaixão pelas terríveis atrocidades" contra Israel.

O embaixador também questionou as críticas que Guterres fez à organização do Conselho de Segurança, que considerou como desatualizada após ter sido criado no final da Segunda Guerra Mundial, e admitiu que Israel irá "reavaliar as relações com a ONU e os seus funcionários que estão estacionados na nossa região".

Em Telavive, o ministério dos Negócios Estrangeiros israelita juntou-se ao pedido de demissão do seu embaixador, e o ministro, Eli Cohen, afirmou mesmo que "não há espaço para uma abordagem equilibrada" no que diz respeito à situação na Faixa de Gaza. Cohen também confirmou que, devido ao discurso, cancelou uma reunião com o líder da ONU.

Também houve revolta pelas famílias dos reféns israelitas do Hamas, que Guterres defendeu convictamente. Mas a indignação do português sobre a existência de reféns em Gaza não foi suficiente e, em comunicado, o grupo que representa as famílias disse ser "uma vergonha dar legitimidade a crimes contra a humanidade quando se trata de judeus!" "As declarações do secretário-geral da ONU são escandalosas!", reiteraram.

O posicionamento de Israel contra o líder da organização humanitária internacional manifestou-se, na prática, numa recusa de entrada a um dos seus principais representantes. Esta manhã, Martin Griffiths, o chefe de assuntos humanitários da ONU, viu o seu visto de entrada no país ser recusado, e Gilad Erdan avisou que Israel ia continuar a recusar vistos a oficiais das Nações Unidas. "Está na altura de lhes darmos uma lição", disse o embaixador.

"Assédio" e críticas "preocupantes". Guterres defendido em Lisboa e Ramallah

Apesar das críticas infindáveis de autoridades israelitas, o discurso de António Guterres também foi muito elogiado, especialmente por lados internacionais que sempre se manifestaram a favor da autodeterminação palestiniana e da condenação da violência de Israel e do Hamas.

Em Portugal, Mariana Mortágua (BE) e Rui Tavares (Livre) demonstraram o seu apoio ao secretário-geral da ONU, com a primeira a explicar que "bastou dizer o óbvio para que António Guterres ficasse sob assédio do regime israelita" e o segundo a considerar "preocupante" a tentativa de "confundir e minar a credibilidade" do português.

Na Palestina, o ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano defendeu Guterres e considerou que este teve toda a razão em apontar as décadas de ocupação e repressão, e disse que a posição de Israel é de "desrespeito e falta de compromisso" com as Nações Unidas, as suas convenções e as resoluções sobre os palestinianos.

E, na América Latina, onde o apoio à Palestina é uma política muito comum entre os vários países (nomeadamente no Brasil, através de Lula da Silva), o presidente colombiano também colocou-se do lado de António Guterres, garantindo que este "conta com todo o apoio e solidariedade" da Colômbia.

"Dizer a verdade não é razão de demissão. Israel deve cumprir com as resoluções das Nações Unidas", declarou Gustavo Petro.

Os ataques do Hamas contra Israel, que arrancaram no dia 7 de outubro, causaram cerca de 1.400 mortos do lado israelita, com o exército a declarar que encontram-se em Gaza cerca de 220 reféns. Mas a resposta de Telavive tem causado grande consternação por todo o mundo, devido à enorme escala da devastação e ao impacto sobre a população civil palestiniana no pequeno enclave.

Os bombardeamentos israelitas já provocaram pelo menos 5.700 mortos (mais de 700 nas últimas 24 horas), entre os quais se encontram mais de 2.300 crianças. Há dezenas de milhares de feridos que, alertam os profissionais de saúde no local, não vão sobreviver devido ao colapso do sistema de saúde, que tenta operar sem fornecimento de eletricidade, de combustível ou de água potável - um fornecimento que foi completamente cortado por Israel, que controla o que entra na Faixa de Gaza.


Leia Também: Mortágua "solidária" com Guterres e Tavares alerta: "Preocupante"

Dependência de álcool em Portugal aumentou quase 50% na última década

Bebidas alcoólicas (Pexels)

Por Agência Lusa,   25/10/23

Apesar deste aumento de quase 50%, a procura dos serviços tem-se mantido “relativamente estável nos últimos anos”, o que indica que “não está a ser devidamente acompanhado da sinalização [dos casos] e do devido encaminhamento para as estruturas”, adiantou a psiquiatra Joana Teixeira

A dependência de álcool em Portugal aumentou quase 50% na última década, mas a procura dos serviços tem-se mantido estável, alertou esta quarta-feira a Sociedade Portuguesa de Alcoologia, defendendo ser necessária uma maior intervenção para detetar estes doentes e tratá-los.

Citando dados do inquérito à população geral, promovido pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), Joana Teixeira disse à agência Lusa que a prevalência da dependência de álcool aumentou de 3%, em 2012, para 4,2% em 2022.

Apesar deste aumento de quase 50%, a procura dos serviços tem-se mantido “relativamente estável nos últimos anos”, o que indica que “não está a ser devidamente acompanhado da sinalização [dos casos] e do devido encaminhamento para as estruturas”, adiantou a psiquiatra, que falava à Lusa a propósito do congresso “Alcoologia em tempo de mudança”, promovido pela SPA, que decorre na quinta e sexta-feira no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL).

Para Joana Teixeira, tem de haver simultaneamente um reforço das estruturas de tratamento, “que não têm estado a ser devidamente dotadas de recursos nos últimos anos”, e “uma maior capacidade de intervenção quando a doença está efetivamente estabelecida”.

“Temos de detetar estes doentes e tratá-los”, para evitar um aumento das doenças atribuíveis ao álcool, como a cirrose hepática e algumas doenças neoplásicas.

A também coordenadora da Unidade de Alcoologia e Novas Dependências do CHPL assinalou, contudo, uma melhoria na deteção destes casos e no encaminhamento por parte de alguns centros de saúde, mas ainda aquém do desejável.

Defendeu por isso a necessidade de dotar o país e a saúde de recursos, “não só nas campanhas de prevenção, mas também nas campanhas de tratamento”.

Apesar de a maioria dos doentes com dependência de álcool continuar a ser homens (80%), está a registar-se um aumento de consumo de álcool nas mulheres e nos jovens.

“Nos jovens, não só tem aumentado o consumo em quantidade, como também tem aumentado em idades mais jovens”, sublinhou, advertindo que “qualquer consumo de álcool nesta fase é muito prejudicial para a saúde”, porque ainda não têm o sistema nervoso completamente formado.

Manifestou-se ainda preocupada com o número de condutores com excesso de álcool envolvidos em acidentes rodoviários, defendendo um incentivo a campanhas de prevenção e um aumento da fiscalização: “Só assim se consegue efetivamente ver alguma repercussão, depois, na prática”.

Sobre o tema do congresso, Joana Teixeira explicou que a SPA considera estar-se num momento “de mudança” com a criação do Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD) que vai substituir o SICAD.

“O ano 2023 tem estado a ser pautado pela reorganização da estrutura dos serviços, dos comportamentos aditivos e dependências e a Sociedade acha que isto é realmente uma oportunidade para melhorar a intervenção na área dos problemas relacionados com o álcool”, adiantou.

Para Joana Teixeira, a criação do ICAD demonstra que “há efetivamente vontade de melhorar a abordagem da problemática dos comportamentos aditivos e das dependências em Portugal”, observando que nos últimos 20 anos o consumo de álcool em Portugal tem-se mantido estável, o que indica ser necessário fazer mais.

“Setenta e cinco por cento da população portuguesa já consumiu bebidas alcoólicas e este valor tem-se mantido estável nos últimos 20 anos. Portanto, isto mostra que há alguma coisa que precisa de ser feita um pouco melhor”, defendeu.

A presidente da SPA espera que o congresso promova “uma discussão que seja produtiva para todos e que possa até vir a ser utilizada em benefício do futuro da alcoologia em Portugal” e também na reorganização dos serviços que está a ser feita.

No congresso, vão estar presentes vários especialistas, entre os quais o diretor-geral do SICAD, João Goulão.

Em ato histórico, Arábia Saudita interceta míssil destinado a Israel

Por sicnoticias.pt

Disparo feito a partir do Iémen tinha o território israelita como destino. O relato do correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman, que explica que se trata da "primeira vez na história" em que um "país árabe participa numa guerra para defender Israel".

A Arábia Saudita intercetou um míssil balístico lançado a partir do Iémen e que tinha Israel como destino, apurou o correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman.

A interceção feita pelas autoridades sauditas acontece numa altura em que os dois países tentam, há vários meses, desenvolver esforços no sentido de normalizar as relações diplomáticas que mantêm.

"Seria a primeira vez na história que um país árabe participa numa guerra para defender Israel e essa é uma mudança importante do ponto de vista estratégico, porque mostra que há vínculos que estão a começar a desenvolver-se entre a Arábia Saudita e Israel. Isso pode ser importante para o pós-conflito entre Israel e o Hamas", explica Henrique Cymerman.

Nos últimos dias, cinco mísseis balísticos e 30 drones foram lançados pelos hutis, movimento pró-iraniano do Iémen, sobre território israelita.


terça-feira, 24 de outubro de 2023

Primeiro-ministro libanês visita tropas na tensa fronteira sul do Líbano

© Getty Imagens

POR LUSA   24/10/23 

O primeiro-ministro interino do Líbano visitou hoje as tropas destacadas junto à fronteira com Israel e as forças de manutenção da paz da ONU, quando o Hezbollah e as tropas israelitas entram na terceira semana de confrontos.

A visita do primeiro-ministro, Najib Mikati, à tensa província do sul do país é a primeira desde que começaram os confrontos ao longo da fronteira, na sequência de um ataque surpresa do grupo islamita palestiniano Hamas a Israel, a 07 de outubro.

Decorre dois dias depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter visitado as tropas do país do seu lado da fronteira, no domingo.

Mikati e os governos estrangeiros têm-se esforçado por impedir que a guerra entre Israel e o Hamas se estenda ao Líbano, tendo o movimento xiita libanês Hezbollah advertido Israel contra uma incursão terrestre na Faixa de Gaza, que este já cercou, cortando o abastecimento de alimentos, água, eletricidade e combustível, e tem incessantemente bombardeado.

O vice-líder do Hezbollah, Sheikh Naim Kassem, disse que o grupo está no "coração" da guerra para "defender Gaza e enfrentar a ocupação".

"O dedo está no gatilho, na medida em que considerar necessário para o confronto", declarou Kassem na rede social X (antigo Twitter).

Até à data, os confrontos entre o Hezbollah e o Exército israelita têm estado limitados a várias cidades ao longo da fronteira.

O grupo xiita libanês anunciou hoje mais seis baixas nas suas fileiras, o que eleva para 35 o número total de membros mortos desde que começaram, a 08 de outubro, os combates com as forças israelitas através da fronteira entre os dois países.

A violência também causou até agora a morte de pelo menos oito civis libaneses e de outros tantos combatentes de diversas fações, ao passo que mais de 19.000 pessoas continuam deslocadas dentro do Líbano, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Em 2006, Israel e o Hezbollah travaram uma guerra de um mês que terminou num impasse. Israel vê o grupo xiita libanês apoiado pelo Irão como a sua maior ameaça, estimando que terá cerca de 150.000 'rockets' e mísseis apontados a Israel.



Leia Também: Uma célula de mergulhadores do grupo islamita palestiniano Hamas, que procuravam infiltrar-se em Israel por mar, foi intercetada por militares israelitas, informaram hoje as Forças Armadas de Telavive.

PRESIDENTE DA REPÚ BLICA HOMENAGEADO EM LISBOA COM O GRANDE-COLAR DA ORDEM DO INFANTE D.HENRIQUE

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi homenageado, hoje, no Palácio de Belém, pelo homólogo Marcelo Rebelo de Sousa, com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique - o mais alto grau da Ordem concedido pelo Presidente da República Portuguesa a Chefes de Estado estrangeiros.🇬🇼🇵🇹

 Presidência da República da Guiné-Bissau

PRESIDENTE DA REPÚBLICA INICIA VISITA DE ESTADO A PORTUGAL

 Presidência da República da Guiné-Bissau   24 de outubro 2023

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi recebido pelo Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, na Praça do Império - Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, numa cerimónia oficial de boas-vindas. Foram prestadas Honras Militares, com a execução dos Hinos Nacionais dos dois países, revista e desfile da Guarda de Honra.

Após ter depositado uma coroa de flores junto ao túmulo de Luís Vaz de Camões, o Chefe de Estado guineense deslocou-se para o Palácio de Belém, onde foi recebido pelo seu homólogo, para uma reunião a sós, posteriormente alargada às respetivas delegações, seguido de uma conferência de imprensa conjunta.🇬🇼🇵🇹


MNE israelita cancela reunião com Guterres. "Em que mundo é que vive?"

© Reuters

Notícias ao Minuto    24/10/23 

Não só o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) israelita, Eli Cohen, criticou o discurso do secretário-geral da ONU, como também o embaixador do país na organização, Gilad Erdan, pediu que este renunciasse ao cargo.

O primeiro-ministro de Israel, Eli Cohen, cancelou, esta terça-feira, o encontro que estava marcado com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

"Não me vou encontrar com o secretário-geral da ONU. Depois do ataque [do Hamas] a 7 de outubro, não há espaço para uma abordagem equilibrada. O Hamas tem de ser eliminado da face da Terra", escreveu o ministro na rede social X (antigo Twitter).

A informação surge depois de o responsável pasta dos Negócios Estrangeiros israelita já ter mostrado o seu descontentamento perante o posicionamento de Guterres, que na abertura do Conselho de Segurança da ONU condenou inequivocamente os "atos de terror" e "sem precedentes" desse dia perpetrados pelo Hamas em Israel, salientando que "nada pode justificar o assassinato, o ataque e o rapto deliberados de civis".

Guterres não deixou, no entanto, de olhar para o outro lado, e admitir que é "importante reconhecer" que os ataques do grupo islamita Hamas "não aconteceram do nada", frisando que o povo palestiniano "foi sujeito a 56 anos de ocupação sufocante".

O português notou ainda que estava "profundamente preocupado com as claras violações" do direito humanitário internacional em Gaza e reiterou os seus apelos por um cessar-fogo humanitário imediato.

O ministro israelita respondeu dando detalhes explícitos sobre os ataques que aconteceram, e perguntou: "Sr. secretário-geral, em que mundo é que vive?". Depois da questão, respondeu: "Sem dúvida, não é no nosso".

O responsável defendeu ainda que Israel se retirou de Gaza em 2005, com a chamada 'Lei de Implementação do Plano de Retirada'. "Demos Gaza aos palestinianos até ao último milímetro. Não há disputas em relação ao território", reforçou.

Também o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, denunciou na plataforma X o "discurso chocante" de António Guterres, a quem acusou de ver a situação de "uma forma distorcida e imoral".

"A sua declaração de que 'os ataques do Hamas não aconteceram do nada' expressou uma compreensão do terrorismo e do assassínio. É realmente incompreensível. É verdadeiramente triste que o líder de uma organização que surgiu após o Holocausto tenha opiniões tão horríveis. Uma tragédia!", acrescentou Erdan.

O responsável chega mesmo, através do X, a pedir que Guterres renuncie ao cargo de secretário-geral da ONU.



Leia Também: Invasão de Gaza está a ser adiada por questões estratégicas, diz exército

Embaixador israelita pede demissão de Guterres da liderança da ONU

© Lusa

POR LUSA   24/10/23 

O embaixador israelita junto das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, pediu hoje ao secretário-geral, António Guterres, que se demita "imediatamente" após ter dito que os ataques do Hamas "não aconteceram do nada".

"O secretário-geral da ONU, que demonstra compreensão pela campanha de assassínio em massa de crianças, mulheres e idosos, não está apto para liderar a ONU. Peço-lhe que renuncie imediatamente", escreveu o diplomata na plataforma X (antigo Twitter).

"Não há qualquer justificação ou sentido em falar com aqueles que demonstram compaixão pelas mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu. Simplesmente não há palavras", acrescentou.

Momentos antes, na abertura da reunião do Conselho de Segurança, Guterres condenou inequivocamente os "atos de terror" e "sem precedentes" de 07 de outubro perpetrados pelo grupo islamita Hamas em Israel, salientando que "nada pode justificar o assassínio, o ataque e o rapto deliberados de civis".

Contudo, o secretário-geral da ONU admitiu ser "importante reconhecer" que os ataques do grupo islamita Hamas "não aconteceram do nada", frisando que o povo palestiniano "foi sujeito a 56 anos de ocupação sufocante".

"Viram as suas terras serem continuamente devoradas por colonatos e assoladas pela violência; a sua economia foi sufocada; as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas. As suas esperanças de uma solução política para a sua situação têm vindo a desaparecer", prosseguiu Guterres.

O líder da ONU sublinhou, porém, que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas", frisando ainda que "esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano".



Leia Também: Guterres "preocupado" com "violações" do direito humanitário em Gaza

Guterres "preocupado" com "violações" do direito humanitário em Gaza

© Getty Images

POR LUSA    24/10/23 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse hoje estar "profundamente preocupado com as claras violações" do direito humanitário internacional em Gaza e reiterou os seus apelos por um cessar-fogo humanitário imediato.

Na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a atual situação no Médio Oriente, realizada ao 18.º dia da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, Guterres disse que o cenário está a ficar pior a cada momento e que as divisões estão a fragmentar sociedades, além das tensões ameaçarem "transbordar" para a restante região.

Guterres condenou inequivocamente os "atos de terror" e "sem precedentes" de 07 de outubro perpetrados pelo Hamas em Israel, salientando que "nada pode justificar o assassinato, o ataque e o rapto deliberados de civis".

Contudo, o secretário-geral da ONU admitiu ser "importante reconhecer" que os ataques do grupo islamita Hamas "não aconteceram do nada", frisando que o povo palestiniano "foi sujeito a 56 anos de ocupação sufocante".

"Viram as suas terras serem continuamente devoradas por colonatos e assoladas pela violência; a sua economia foi sufocada; as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas. As suas esperanças de uma solução política para a sua situação têm vindo a desaparecer", prosseguiu Guterres.

O líder da ONU sublinhou, porém, que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas", frisando ainda que "esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano".


Leia Também: O emir do Qatar - país que acolhe parte da liderança do movimento islamita Hamas - alertou hoje para a escalada do conflito na Faixa de Gaza, apontando que a morte de civis "ultrapassa todos os limites". 


Leia Também: Google e Apple desativaram trânsito em tempo real em Israel e Gaza 


SENEGAL: Líder da oposição senegalesa Ousmane Sonko em coma após 2.ª greve de fome

© Lusa

POR LUSA    24/10/23 

O líder da oposição senegalesa, Ousmane Sonko, que iniciou uma segunda greve de fome na semana passada, entrou em coma segunda-feira e o seu estado de saúde "está a agravar-se de forma preocupante", confirmou hoje o seu partido.

Sonko encetou uma nova greve de fome, na passada semana, para protestar contra a sua detenção.

"O imprevisível pode acontecer a qualquer momento, pois pode apanhar de surpresa o serviço de vigilância e de cuidados hospitalares", declarou hoje na rede social X (antigo Twitter), El Malick Ndiaye, porta-voz do partido Patriotas Senegaleses do Trabalho, da Ética e da Fraternidade (Pastef, no acrónimo em francês).

"Apelo solenemente ao Presidente da República e à ministra da Justiça, que têm o poder de ativar mecanismos que não ponham em causa a separação de poderes e que sejam coerentes com os direitos cívicos individuais, garantidos e protegidos pelos instrumentos internacionais dos direitos humanos", acrescentou.

O porta-voz do Pastef apelou ainda às "autoridades religiosas" e à comunidade internacional para que usem a sua influência e evitem "o irreparável", que teria "consequências graves para a paz, a segurança e a estabilidade na sub-região".

Em 17 de outubro, Sonko anunciou que tinha iniciado uma nova greve de fome para protestar contra a sua detenção e a de alguns dos seus apoiantes, depois de ter sido hospitalizado em agosto devido a uma primeira greve de fome.

Segundo a imprensa senegalesa, Sonko permaneceu no hospital depois de ter suspendido, em 02 de setembro, a primeira greve de fome, iniciada em 30 de julho e que o levou a ser hospitalizado numa unidade de cuidados intensivos devido à deterioração do seu estado de saúde.

Apesar desta situação, o líder da oposição recebeu recentemente uma boa notícia quando, em 12 de outubro, um tribunal decidiu retirá-lo de uma lista que o impedia de participar nas eleições presidenciais previstas para 24 de fevereiro.

O representante legal do Estado senegalês anunciou, no entanto, que vai recorrer da decisão, argumentando que o juiz é irmão de um colaborador de Sonko e membro do Pastef, formação partidária que foi dissolvida pelas autoridades em 31 de julho.

O tribunal tomou a decisão depois de o Supremo Tribunal do Senegal ter rejeitado, em 06 de julho, um recurso da oposição contra a decisão das autoridades de impedir o seu partido de receber formulários de recolha de patrocínios para as eleições, necessários para financiar a sua campanha.

O órgão responsável por esta decisão, a Direção Geral das Eleições (DGE), utilizou como argumento o facto de Sonko já não constar das listas eleitorais depois de ter sido condenado, em 01 de junho, por "corrupção de menores" no caso de uma jovem massagista que o acusou de violação e de a ter ameaçado de morte.

Seguiram-se violentos protestos que causaram pelo menos 16 mortos, segundo o Governo, número que a Amnistia Internacional elevou para 23.

Além disso, o líder da oposição está detido desde julho e as autoridades acusaram-no, entre outras coisas, de apelar à insurreição, de atentar contra a segurança do Estado e de associação criminosa a uma empresa terrorista.

Na sequência da sua detenção, eclodiram na capital, Dacar, e noutras cidades do país, confrontos entre a polícia e apoiantes de Sonko, que causaram pelo menos dois mortos.

Conhecido pelo seu discurso "antissistema" e pelas suas críticas à corrupção e ao neocolonialismo francês, Sonko denunciou a "instrumentalização" da justiça pelo Presidente senegalês, Macky Sall, para o impedir de se candidatar às eleições de 2024.