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POR LUSA 24/10/23
O primeiro-ministro interino do Líbano visitou hoje as tropas destacadas junto à fronteira com Israel e as forças de manutenção da paz da ONU, quando o Hezbollah e as tropas israelitas entram na terceira semana de confrontos.
A visita do primeiro-ministro, Najib Mikati, à tensa província do sul do país é a primeira desde que começaram os confrontos ao longo da fronteira, na sequência de um ataque surpresa do grupo islamita palestiniano Hamas a Israel, a 07 de outubro.
Decorre dois dias depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter visitado as tropas do país do seu lado da fronteira, no domingo.
Mikati e os governos estrangeiros têm-se esforçado por impedir que a guerra entre Israel e o Hamas se estenda ao Líbano, tendo o movimento xiita libanês Hezbollah advertido Israel contra uma incursão terrestre na Faixa de Gaza, que este já cercou, cortando o abastecimento de alimentos, água, eletricidade e combustível, e tem incessantemente bombardeado.
O vice-líder do Hezbollah, Sheikh Naim Kassem, disse que o grupo está no "coração" da guerra para "defender Gaza e enfrentar a ocupação".
"O dedo está no gatilho, na medida em que considerar necessário para o confronto", declarou Kassem na rede social X (antigo Twitter).
Até à data, os confrontos entre o Hezbollah e o Exército israelita têm estado limitados a várias cidades ao longo da fronteira.
O grupo xiita libanês anunciou hoje mais seis baixas nas suas fileiras, o que eleva para 35 o número total de membros mortos desde que começaram, a 08 de outubro, os combates com as forças israelitas através da fronteira entre os dois países.
A violência também causou até agora a morte de pelo menos oito civis libaneses e de outros tantos combatentes de diversas fações, ao passo que mais de 19.000 pessoas continuam deslocadas dentro do Líbano, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Em 2006, Israel e o Hezbollah travaram uma guerra de um mês que terminou num impasse. Israel vê o grupo xiita libanês apoiado pelo Irão como a sua maior ameaça, estimando que terá cerca de 150.000 'rockets' e mísseis apontados a Israel.
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