segunda-feira, 12 de junho de 2023

Ucrânia. Explosão destruiu comboio que transportava combustível russo

© Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA  12/06/23 

O presidente da câmara da cidade ucraniana ocupada de Melitopol, que continua em funções em território controlado por Kyiv, indicou hoje que uma explosão destruiu esta madrugada a locomotora de um comboio utilizado pelos russos para transportar combustível.

"Segundo informação atualizada, a explosão da noite passada destruiu uma locomotora do inimigo numa estação. Os russos utilizam este equipamento para transportar combustível para a frente" de batalha, escreveu o autarca ucraniano, Ivan Fedorov, na sua conta da plataforma digital Telegram.

A explosão ocorreu, segundo Fedorov, na própria cidade de Melitopol.

A 22 de abril, outra locomotora teve o mesmo destino, na mesma estação, indicou o autarca, acrescentando que este tipo de acidentes mina a capacidade do exército russo para abastecer de combustível a linha da frente.

A Ucrânia intensificou nos últimos meses os seus esforços para destruir infraestruturas logísticas russas nos territórios ocupados, com ações de sabotagem ou utilizando mísseis de precisão enviados ao Governo de Kiev pelos seus aliados ocidentais.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 474.º dia, 8.983 civis mortos e 15.442 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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