domingo, 28 de maio de 2017

Malnutrição mata 114 crianças em três meses em Benguela

A malnutrição esteve na origem da morte de 114 crianças no primeiro trimestre deste ano na província angolana de Benguela, mas as autoridades sanitárias receiam que o número venha a aumentar devido aos muitos internamentos.


A informação foi hoje avançada pela supervisora do Programa de Subnutrição, Flora Vanda, que sublinha a diminuição de 15 óbitos comparativamente ao mesmo período de 2016.

A responsável disse que a maioria dos óbitos foram originados pela chegada tardia das crianças aos serviços de saúde ou unidades especializadas, sendo a situação agravada pela falta de produtos terapêuticos, nomeadamente o leite F75 e F100 e o Plumply-nut, utilizados na última fase do tratamento, associado a alimentos.

Enquanto isso, Eduane Danilo Lemos dos Santos, o filho mais velho do casal real do reino esclavagista de Angola, de 23 anos, comprou um relógio pela módica quantia de 500 mil euros…Também enquanto isso, o Parlamento prevê gastar quase 70 milhões de euros para comprar viaturas novas para os 220 deputados da IV legislatura, que serão eleitos a 23 de Agosto.

Sobre malnutrição das crianças angolanas, Flora Vanda, disse igualmente que muitas mortes ocorrem de forma mais célere quando associadas a doenças como a malária, sida e tuberculose.

Segundo a supervisora sanitária, as unidades sanitárias registam muitos internamentos com as doenças acima citada, que agravadas pelo desmame precoce, causam desnutrição e a morte pela procura tardia dos serviços de saúde especializados.

De janeiro a abril, o Programa Provincial de Subnutrição atendeu 4.488 crianças menores de cinco anos com má nutrição severa, devido ao desmame precoce e maus hábitos alimentares, das quais 953 ficaram internadas em unidades especializadas.

Adiantou que o programa supervisiona 74 centros e seis unidades especializadas de subnutrição, nos municípios de Balombo, Bocoio, Catumbela, Benguela, Ganda e Cubal, esta última ligada à igreja católica e que recebe pacientes de várias províncias do resto do país.

O programa conta com a ajuda de organizações não-governamentais como a norte-americana Joint Aid Management e a Visão Mundial Internacional, que disponibilizam de forma irregular produtos terapêuticos como o Plamply-nut e o leite F100.

Flora Vanda avançou que a intensificação das campanhas de educação e sensibilização são importantes para que as pessoas tenham consciência da importância do aleitamento materno pelo menos até ao sexto mês.

Angola24horas

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