quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Hezbollah preparava ataque "ainda maior" do que 7 de outubro

© Lusa     Por Lusa  23/10/24 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que o movimento xiita libanês Hezbollah tinha em preparação um ataque ao seu país "ainda maior" do que aquele que o grupo palestiniano Hamas executou em 07 de outubro de 2023.

"A cem metros, a duzentos metros da fronteira [israelo-libanesa], encontrámos túneis que preparavam uma invasão de Israel, um ataque ainda maior do que o de 07 de outubro, com jipes, com motorizadas, com 'rockets', mísseis", afirmou Netanyahu, entrevistado pelo canal de notícias francês Cnews e pela rádio Europe 1.

Em meados de outubro, após a intensificação das operações militares de Israel e invasão terrestre do Líbano, o chefe do Governo tinha dito ao diário francês Le Figaro que "uma quantidade de armas russas de última geração" tinha sido encontrada pelo Exército em esconderijos do grupo armado apoiado pelo Irão no sul do país.

Após quase um ano de trocas de tiros com o Hezbollah na fronteira com o Líbano, Israel iniciou, no dia 23 de setembro, uma intensa campanha de ataques aéreos contra os bastiões da organização xiita e, logo a seguir, uma ofensiva terrestre no sul.

Israel alega que quer afastar o Hezbollah da sua fronteira e pôr fim aos seus ataques com 'rockets', de forma a permitir o regresso de cerca de 60 mil habitantes deslocados do norte do território.

O Hezbollah argumenta por sua vez que está a a agir em apoio do Hamas e abriu uma frente contra Israel em 08 de outubro de 2023, um dia após o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em solo israelita, onde matou mais de 1.200 pessoas, sobretudo civis, e levou outras 250 como reféns.

Em, retaliação, Israel desencadeou uma grande operação na Faixa de Gaza, deixando mais de 42 mil mortos, também na maioria civis, segundo números do governo local controlado pelo Hamas.

À semelhança dos últimos dias, as hostilidades prosseguiram hoje com o Hezbollah a anunciar que visou uma base militar israelita a sul de Haifa, a principal cidade do norte do país.

Em comunicado, o movimento xiita afirmou que os seus combatentes realizaram um ataque aéreo com "um esquadrão de 'drones' explosivos na base de Tirat Carmel", no terceiro ataque reivindicado pelo Hezbollah em Haifa e na sua região em menos de 24 horas.

As sirenes de alerta voltaram depois a soar no centro de Israel após "disparos de projéteis do Líbano", anunciou o Exército israelita em comunicado.

Enquanto o grupo armado libanês advertia que as forças israelitas não conseguiram tomar nenhuma localidade no Líbano e que repeliu hoje uma tentativa de infiltração perto de Aitaroun, no sul do país, os arredores de Beirute voltaram a ser bombardeados.

A agência de notícias estatal libanesa deu conta de ataques israelitas nos subúrbios sul de Beirute, um bastião do Hezbollah, um dos quais contra um apartamento no distrito de Jnah.

"Um drone inimigo teve como alvo um apartamento em Jnah, perto da antiga localização da embaixada iraniana", segundo a agência noticiosa, relatando outros ataques nos bairros de Ouzai e Haret Hreik.

As autoridades libanesas informaram hoje que mais 28 pessoas morreram e outras 139 ficaram feridas em bombardeamentos levados a cabo pelas forças israelitas durante o último dia, o que eleva o número total de mortos para 2.574 desde outubro de 2023, a maioria nas passadas quatro semanas.

O Ministério da Saúde Pública indicou que nas últimas 24 horas ocorreram pelo menos 74 ataques aéreos contra diferentes áreas do país, a maioria dos quais no sul, registando-se mais de 11 mil bombardeamentos em pouco mais de um ano.

A ofensiva israelita deixou ainda mais de 1,2 milhões de deslocados, segundo as autoridades de Beirute, e cerca de 334.800 cidadãos sírios e outros 150.100 libaneses fugiram da violência no Líbano para a Síria.


Leia Também:  O Hezbollah garantiu hoje ter atingido com roquetes uma instalação industrial militar, nos arredores de Telavive, no centro de Israel.


quarta-feira, 23 de outubro de 2024

O financiamento de 50 mil milhões de dólares (46 mil milhões de euros) à Ucrânia com ativos russos congelados, hoje confirmado pelo G7, mostra que os "tiranos" têm de pagar pela destruição que causam, afirmou o Presidente norte-americano, Joe Biden.

© Getty Images     Por Lusa    23/10/24 

Financiamento de Kyiv com ativos russos mostra que "tiranos" devem pagar

O financiamento de 50 mil milhões de dólares (46 mil milhões de euros) à Ucrânia com ativos russos congelados, hoje confirmado pelo G7, mostra que os "tiranos" têm de pagar pela destruição que causam, afirmou o Presidente norte-americano, Joe Biden.

"Os tiranos serão responsabilizados pelos danos que causarem", avisou Biden quando faltam menos de duas semanas para as eleições presidenciais, entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, que determinarão o seu sucessor.

Em junho, os líderes do grupo das sete maiores economias mundiais concordaram em conceder um volumoso empréstimo para ajudar a Ucrânia no conflito com a Rússia, que se iniciou em fevereiro de 2022.

Os empréstimos têm como base os ativos russos congelados, uma vez que os juros obtidos sobre os lucros desses ativos seriam utilizados como garantia.

Daleep Singh, conselheiro adjunto de segurança nacional da Casa Branca para a economia internacional, indicou hoje que os Estados Unidos tencionam conceder um empréstimo de 20 mil milhões de dólares (18,5 mil milhões de euros). Os 30 mil milhões de dólares (28 mil milhões de euros) adicionais virão da União Europeia, do Reino Unido, do Canadá e do Japão, entre outros.

"Para ser claro, nada como isto foi feito antes", notou Singh, acrescentando que "nunca antes uma coligação multilateral congelou os ativos de um país agressor e, em seguida, aproveitou o valor desses ativos para financiar a defesa da parte prejudicada" num quadro de respeito pelo Estado de Direito e "mantendo a solidariedade."

Singh precisou que a administração Biden poderá dividir a sua quota-parte entre apoios à economia e às forças armadas da Ucrânia, sendo necessária uma ação do Congresso para enviar ajuda militar.

"Os EUA fornecerão 20 mil milhões de dólares de apoio à Ucrânia nesse esforço, seja dividido entre apoio económico e militar ou fornecido inteiramente por meio de ajuda económica", explicou a mesma fonte, indicando esperar que mais pormenores sejam definidos durante a reunião dos ministros das finanças do G7, que se realiza esta semana em Stresa, Itália.

O G7 anunciou em junho que a maior parte do empréstimo seria garantido pelos lucros obtidos com os cerca de 260 mil milhões de dólares em ativos russos imobilizados. A grande maioria desse dinheiro está retida em países da União Europeia.

A decisão foi tomada após meses de debate sobre a legalidade da medida.

Os EUA e os seus aliados congelaram imediatamente todos os ativos do banco central russo a que tinham acesso quando Moscovo invadiu a Ucrânia em 2022.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.


Leia Também: A NATO indicou hoje que os seus países-membros têm provas sobre o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia, admitindo o risco de uma escalada da guerra na Ucrânia apoiada por vários aliados de Moscovo.

Conheça o Maior Cemitério do Mundo

O maior cemitério do mundo em termos de área é o Cemitério de Wadi-us-Salaam, localizado em Najaf, no Iraque. Este cemitério é um dos maiores do mundo em termos de extensão e é notável por sua vastidão.
A dimensão e a importância cultural e religiosa fazem do Cemitério de Wadi-us-Salaam um local de significativa relevância no mundo dos cemitérios.👇

Israel conseguiu eliminar toda a cadeia de comando do movimento palestiniano Hamas e do seu aliado libanês Hezbollah, ambos apoiados pelo Irão, e desmantelou grande parte das suas capacidades militares, noticiou a AFP citando um alto responsável de Telavive.

© ZAIN JAAFAR/AFP via Getty Images   Por Lusa   23/10/24 

 Exército israelita acredita ter eliminado liderança do Hamas e Hezbollah

Israel conseguiu eliminar toda a cadeia de comando do movimento palestiniano Hamas e do seu aliado libanês Hezbollah, ambos apoiados pelo Irão, e desmantelou grande parte das suas capacidades militares, noticiou a AFP citando um alto responsável de Telavive.

Israel, adiantou a mesma fonte a coberto de anonimato, não está a travar "uma guerra contra Gaza, ou outra guerra contra o Líbano", mas sim "uma guerra contra o Irão, por vezes diretamente, por vezes indiretamente, através dos aliados do Irão".

"Estamos preparados para meses e vamos ficar o tempo que for necessário para garantir a nossa segurança", disse a mesma fonte, referindo-se às operações militares em curso na Faixa de Gaza e no Líbano, bem como a uma potencial resposta israelita ao ataque iraniano de 01 de outubro.

Após um ano de ofensiva israelita na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, a guerra estendeu-se em setembro ao Líbano, onde as forças israelitas conduzem operações terrestres, apoiadas por ataques aéreos, contra o Hezbollah.

Na Faixa de Gaza, o exército está atualmente a conduzir uma grande ofensiva no norte do território, com um pesado balanço humano, segundo fontes palestinianas.

Desde 07 de outubro de 2023, 29 soldados israelitas morreram em trocas de tiros com o Hezbollah e 358 foram mortos em Gaza, segundo um relatório da AFP baseado em números oficiais israelitas.

O objetivo do exército é enfraquecer o mais possível estes "grupos terroristas", explicou a fonte anónima.

Na Faixa de Gaza, o alto responsável estimou que o movimento islamita detém "cerca de mil" combatentes e "no máximo uma centena" de foguetes de longo alcance capazes de atingir Telavive.

Israel pretende ainda transitar de uma dinâmica centrada em "organizações para (uma dinâmica centrada em) Estados" e não pretende "tomar o lugar do Líbano", adiantou.

Apenas Israel se encontra "em posição de fazer cumprir" os parâmetros da Resolução 1701, que prevê a cessação das hostilidades em ambos os lados da fronteira e que apenas as forças de manutenção da paz da ONU e o exército libanês podem ser destacados para o sul do Líbano, pelo que o seu exército deve permanecer no local.

"O exército vai ficar o tempo que for necessário" e "só quando a segurança estiver garantida é que será altura de pensar na fase seguinte", acrescentou.

A ofensiva contra Gaza foi lançada após os atentados do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e quase 250 reféns, segundo Israel.

As autoridades de Gaza, sob o controlo do Hamas, referiram cerca de 42.800 mortos, para além de cerca de 750 palestinianos mortos pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Leste.


Leia Também: O Hezbollah confirmou hoje a morte de Hashem Safieddine, presumível sucessor de Hassan Nasrallah à frente do movimento xiita libanês, depois de o exército israelita ter anunciado que o tinha "eliminado" no início deste mês num ataque perto de Beirute.

Tumultos em Lisboa: "Há necessidade de ver quem está a coordenar a intervenção, porque isto não é normal"

O tenente-coronel João Alvelos, especialista em segurança do OSCOT, acredita que há alguém por detrás dos desacatos que estão a assolar vários bairros de Lisboa. "Porque é que agora toda a gente em Almada e em Oeiras se lembra de atear fogo?", questiona.

Eduardo Jorge da Costa Sanca, membro de Conselho Nacional de jurisdição e Conselho fiscal do PAIGC em Conferência de imprensa.


 Radio Voz Do Povo 


Outra vez, o imbatível (Eduardo Jorge da Costa Sanca) conseguiu argumentar com eloquência sobre DSP. O eloquente sempre foi muito forte no discurso lógico. 

Ao me ver, seu rosto se abre (conferência de imprensa) em um largo sorriso, suas bochechas fortemente eriçadas parecendo ainda mais redondas do que quando o segundo vídeo. 

Estás a fazer um bom trabalho pela construção de uma nova liderança política, mas é bom lembrar de que moderadamente, partido PAGC não tem nada para dar e muito menos tem o respeito à soberania da nação, a paz, a inclusão social e a sustentabilidade ambiental, que contemple as necessidades e os interesses do nosso país em desenvolvimento, com novas diretrizes para o comércio exterior, a integração comercial e as parcerias internacionais, muito menos, tem alguma credibilidade para falar da justiça, educação, saúde e segurança pública. Apenas, tens o meu total apoio na luta contra liderança corrupta e falhada do seu líder.

Eu sei que uma das estratégias usadas por falhado (DSP) é enganar a JAAC eternamente, ele é um manipulador por excelência! Muitos já têm consciência da sua falhada liderança frente do partido! E vai continuar nessa fuga pela frente até quando? Ao ouvir o argumento falso do seu populismo crônico, percebi que ele anda muito cansado e sem direção. Ele virou legislador sobre assuntos Constitucionais, por isso, fala sobre observar os pressupostos democráticos que lhe convém. E, vai persistir pela frente com manobras politicas falsas. Nunca ele vai justificar porque perdeu o GV. 

Concluindo: o discurso foi Brilhantemente E-X-E-C-U-T-A-D-O!
Curto, Claro e Inequívoco facto !
Adorei! Volta mais com novas diretrizes para o povo.
Wednesday 23 October 1544.
Inglaterra- London 

Leopold Sedar Domingos fez uma transmissão ao vivo

A Ucrânia apelou hoje a todos os soldados norte-coreanos que venham a ser enviados por Moscovo para o seu território que se rendam, após informações divulgadas por Seul sobre o envio destes militares para a Rússia.

© Reuters    Por Lusa    23/10/24 

 Kyiv pede a soldados norte-coreanos em território ucraniano que se rendam

A Ucrânia apelou hoje a todos os soldados norte-coreanos que venham a ser enviados por Moscovo para o seu território que se rendam, após informações divulgadas por Seul sobre o envio destes militares para a Rússia.

"Rendam-se como prisioneiros de guerra! A Ucrânia vai abrigá-los, alimentá-los e mantê-los quentes!", diz uma mensagem, também traduzida para coreano e dirigida aos "combatentes" norte-coreanos, publicada por uma divisão dos serviços de informação militares ucranianos.

Já as autoridades norte-americanas garantiram hoje que confiam nas informações obtidas pelos serviços de informações da Coreia do Sul sobre o envio de 3.00 soldados norte-coreanos para ajudar a Rússia na guerra da Ucrânia, mas decidiram manter-se cautelosos quando se trata de abordar o assunto.

Vendant Patel, porta-voz adjunto do Departamento de Estado norte-americano, evitou confirmar que este destacamento de militares já ocorreu, como afirmou Seul, que garante que as primeiras tropas já se encontram na cidade russa de Vladivostok.

No entanto, Patel afastou que tal se deva a problemas de "credibilidade" entre as partes e garantiu que "nem tudo é uma questão de confiança".

"Quando falamos em nome dos Estados Unidos temos de fornecer a informação mais precisa e verdadeira possível", explicou o porta-voz numa conferência de imprensa.

Neste sentido, afirmou que Washington "tem processos próprios, já implementados, para analisar a situação e poder reportar publicamente o que está a acontecer".

Patel lamentou que, se esta informação for corroborada, representará um "enorme perigo" para o mundo.

A Coreia do Sul avançou hoje que os norte-coreanos enviaram mais 1.500 soldados para a Rússia, acrescentando que um total de 10.000 militares devem ser mobilizados para território russo até dezembro.

"Estima-se que mais 1.500 soldados tenham sido enviados para a Rússia", elevando o total para 3.000, disse o deputado Park Sun-won, membro da comissão parlamentar de informação sul-coreana, após uma reunião com o Serviço Nacional de Informações da Coreia do Sul (NIS, serviços secretos).

No entanto, os Estados Unidos ainda não confirmaram esta informação de forma independente.


Leia Também: O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que a formação de um mundo multipolar "está em curso", na intervenção na sessão de abertura da cimeira do bloco das principais economias emergentes (BRICS), na cidade russa de Kazan.


Guiné-Bissau e Cabo Verde Lideram Crescimento Económico Entre Países Lusófonos

www.clbrief.com 23 October 2024

Fundo Monetário Internacional (FMI) a projeção de crescimento este ano da economia brasileira, a maior do espaço lusófono, onde Guiné-Bissau e Cabo Verde deverão registar os crescimentos mais acelerados.

No relatório Perspetivas Económicas Mundiais, o FMI elevou, de 2,1% para 3%, a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano. Apesar da melhoria nas expectativas para este ano, o fundo estima desaceleração para 2025, com o crescimento caindo de 2,4% para 2,2%.

As estimativas para 2024 estão abaixo das previsões oficiais. A Secretaria de Política Económica do Ministério da Fazenda projeta um crescimento de 3,2% neste ano.

De acordo com o relatório divulgado no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorrem esta semana na capital norte-americana, a Guiné-Bissau deverá crescer 5% neste e no próximo ano, depois de em 2023 ter registado uma expansão de 5,2%.

Cabo Verde, por seu lado, deverá registar uma ligeira desaceleração do crescimento económico, passando de 5,1%, no ano passado, para 4,7% neste e no próximo ano.

Moçambique, por outro lado, deverá registar um abrandamento, de 5,4% no ano passado para 4,3% neste e no próximo ano.

O FMI prevê ainda que a economia de Angola cresça 2,4% este ano e acelere para 2,8% em 2025. O crescimento económico de Angola neste e no próximo ano ficará abaixo não só da média da África subsaariana, mas também do grupo de países exportadores de petróleo.

Enquanto as economias da região vão crescer, em média, 3,6% e 4,2% neste e no próximo ano, os exportadores de petróleo deverão registar uma expansão de 2,7% e 3,2% em 2024 e 2025, acima de Angola, o segundo maior produtor da África subsaariana, numa lista de exportadores de petróleo onde estão também Nigéria, Gabão e Guiné Equatorial, entre outros.

O relatório não apresenta uma análise detalhada sobre as economias africanas, já que se refere à economia mundial, mas ainda assim revela alguns números sobre o cenário macroeconómico para todos os países. Assim, constata-se também que o Fundo prevê que a inflação em Angola fique, este ano, nos 28,4%, baixando para 21,3% no próximo ano, enquanto a média da região será de 18,1% e 12,3% em 2024 e 2025.

A Guiné Equatorial regista, tal como todos os outros Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), uma expansão económica este ano, mas é o único que deverá estar em recessão em 2025, ano em que o FMI prevê que esta economia caia 4,8%, ao contrário dos restantes países lusófonos em África, que mantêm ou aceleram o crescimento no próximo ano.

Em São Tomé e Príncipe, as previsões do Fundo apontam para uma recuperação económica, com o arquipélago a passar de 0,4%, no ano passado, para 1,1% este ano e 3,3% em 2025, ano em que o programa de ajustamento financeiro aprovado esta semana pelo corpo técnico do FMI já deverá estar em vigor.

Quanto a Portugal, deverá crescer 1,9% este ano e 2,3% em 2025, segundo as projeções do FMI, mais otimistas do que as do Governo português.

Pelundo Kuma e contente i ena fala obrigado Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo... Kuma carro tchiga diritu!


 Estamos a Trabalhar

NO COMMENT.

 

@Estamos a Trabalhar

Bodjam Candé, Diretor Geral de Turismo pediu a demissão do cargo.

O bloqueio de Taiwan pela República Popular da China constituiria, por si só, um "ato de guerra", afirmou hoje o ministro da Defesa taiwanês, depois de Pequim ter encenado este cenário durante os últimos exercícios militares.

© Getty Images/SAM YEH/AFP    Por Lusa   23/10/24 

Taiwan diz que bloqueio da ilha pela China seria ato de guerra

O bloqueio de Taiwan pela República Popular da China constituiria, por si só, um "ato de guerra", afirmou hoje o ministro da Defesa taiwanês, depois de Pequim ter encenado este cenário durante os últimos exercícios militares.

Wellington Koo afirmou, citado pela imprensa local, que o bloqueio podia ser considerado um "ato de guerra", de acordo com a definição da ONU, uma vez que, para tal, o Exército chinês teria de proibir totalmente a entrada de navios e aviões em Taiwan, um território governado autonomamente desde 1949 e considerado por Pequim como uma província sua.

"Há uma diferença significativa entre as manobras militares e um bloqueio efetivo, e o impacto na comunidade internacional seria completamente diferente", observou.

O ministro lembrou que, de acordo com um relatório recente do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais dos Estados Unidos (CSIS), o transporte marítimo no estreito representou cerca de um quinto do comércio marítimo mundial em 2022.

"Se o Partido Comunista Chinês levar a cabo um bloqueio, tal como definido pelo Direito internacional, isso terá um impacto grave no comércio e na economia mundiais e a comunidade internacional não poderá ignorar tal ação", afirmou Koo.

As observações foram feitas nove dias depois de a China ter efetuado nova vaga de exercícios militares em torno de Taiwan, nos quais os militares chineses simularam um bloqueio dos portos e de outras áreas importantes da ilha.

Durante estes exercícios, a China utilizou um número recorde de 153 aeronaves, incluindo caças, helicópteros e veículos aéreos não tripulados ("drones"), e usou a Guarda Costeira para cercar a ilha principal de Taiwan pela primeira vez.

O Ministério da Defesa de Taiwan informou também, em comunicado, ter detetado a passagem do Liaoning, o mais antigo dos porta-aviões chineses, pelo estreito de Taiwan, na noite de terça-feira.

De acordo com o Ministério, o navio navegou na direção norte com outros navios da marinha chinesa, depois de ter passado em torno da ilha de Pratas, um território controlado por Taiwan na parte norte do mar do Sul da China.

"Atualmente, o porta-aviões dirige-se para noroeste", disse o ministro da Defesa de Taiwan, acrescentando que, após as últimas manobras da China, nas quais o Liaoning participou, as Forças Armadas de Taiwan têm acompanhado "de perto" os movimentos do porta-aviões.

Em agosto passado, o Conselho para os Assuntos Continentais de Taiwan publicou um relatório em que advertia que Pequim podia utilizar porta-aviões para cercar a ilha e impedir qualquer assistência externa através de uma estratégia "anti-acesso / negação de área" (A2/AD).

A agência encarregada das relações com a China continental referiu que os porta-aviões Liaoning e Shandong estão a "desenvolver constantemente capacidades de combate" e a "realizar treinos a longo prazo além da primeira cadeia de ilhas", para "construir uma capacidade de defesa entre a primeira e a segunda cadeia de ilhas".

A primeira cadeia de ilhas é um conceito estratégico que normalmente se refere à linha que vai das ilhas Curilhas, passando pelo Japão, Taiwan e Filipinas, até Singapura, enquanto a segunda cadeia de ilhas se estende do arquipélago japonês de Ogasawara até Palau.


Leia Também: China inicia exercícios de disparo de munições reais perto de Taiwan

Presidente da liga dos clubes recebeu uma viatura dado pelo presidente da República General Umaro Sissoco Embalo



terça-feira, 22 de outubro de 2024

"Acordo de defesa histórico" entre Reino Unido e Alemanha... O acordo vai ser assinado esta quarta-feira, em Londres.

© Sean Gallup/Getty Images   Por Notícias ao Minuto 22/10/24 

É a primeira vez que o Reino Unido e a Alemanha vão assinar um pacto de defesa. Trata-se de "um acordo histórico", segundo um comunicado na página do governo britânico, que acontece "num momento importante para a NATO e segurança e prosperidade europeias". 

Lê-se ainda que "a assinatura do 'Trinity House Agreement' marca uma importante mudança na relação dos dois países e na segurança da Europa". Diz também que este pacto "entre os dois países que mais gastam em segurança vai fortalecer a segurança nacional e o crescimento económico", tendo em conta "a crescente agressão russa e as crescentes ameaças". 

Os países vão trabalhar em conjunto no desenvolvimento de armas que tenham um alcance e uma precisão maiores do que os atuais sistemas de mísseis de longo alcance como o 'storm shadow' que o Reino Unido deu à Ucrânia. Vão ainda colaborar com veículos armados e drones terrestres e irão trabalhar para equipar os helicópteros alemães 'sea king' com sistemas modernos de mísseis. 

Para o secretário da defesa britânico, John Healey MP, este acordo é um momento importante para a relação dos dois países. Diz que "cumpre o manifesto do governo de estabelecer uma nova relação de defesa com a Alemanha". 

Já o ministro da defesa alemão, Boris Pistorius, afirma que "com projetos no domínio do ar, terra, mar e cibernético, vamos aumentar, em conjunto, as nossas capacidades de defesa, reforçando assim o pilar europeu no âmbito da NATO", referindo ainda com a guerra da Ucrânia "não devemos dar por garantida a segurança na Europa".  

O comunicado refere ainda que "o acordo é um exemplo fundamental de que o Governo britânico está a cumprir o compromisso de reforçar as relações com os aliados europeus e a segurança nacional". 

Este acordo é assinado depois do secretário da defesa britânico ter visitado Berlim para iniciar as negociações, em julho. "É o primeiro pilar de um tratado mais amplo entre o Reino Unido e a Alemanha prometido pelo primeiro-ministro Keir Starmer e pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, em agosto". 


Leia Também: A Alemanha recusou hoje que a abertura da nova base da NATO no Mar Báltico viole qualquer disposição do tratado que firma o estatuto internacional do país desde a reunificação, na sequência de acusações da Rússia.

Guerra na Ucrânia: O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou hoje que cerca de 12.000 soldados norte norte-coreanos, repartidos por duas brigadas militares, vão combater ao lado da Federação Russa na guerra em curso na Ucrânia, segundo informações recolhidas por Kiev.

© REUTERS/Gleb Garanich    Por Lusa    22/10/24 21

Zelensky afirma que 12 mil norte-coreanos vão combater pela Rússia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou hoje que cerca de 12.000 soldados norte norte-coreanos, repartidos por duas brigadas militares, vão combater ao lado da Federação Russa na guerra em curso na Ucrânia, segundo informações recolhidas por Kiev.

Num vídeo publicado através das suas páginas nas redes sociais, Zelensky frisou que "a vida humana não é valorizada" nos regimes de Moscovo e de Pyongyang e pediu colaboração a todos os aliados rumo ao objetivo comum de acabar com a guerra, que se expandiu com a invasão militar em larga escala desencadeada pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022.

"Se a Coreia do Norte puder intervir numa guerra na Europa, é evidente que não foi exercida pressão suficiente sobre este regime. Se a Rússia puder continuar a expandir e alargar esta guerra, então todos os que não estão a ajudar a forçar a Rússia a aceitar a paz estão, de facto, a ajudar Putin a travar esta guerra", disse.

O chefe de Estado vincou ainda que a Ucrânia sabe como responder a mais "um desafio", desde que "os aliados não fechem os olhos" e deem "uma resposta firme e concreta" para "deter os agressores".

Na sexta-feira, o Serviço Nacional de Informações da Coreia do Sul (NIS) garantiu que Pyongyang pretende enviar cerca de 12 mil soldados para a Ucrânia e que 1.500 já foram transferidos na semana passada para instalações militares russas nas regiões de Primorye, Khabarovsk e Amur, no Extremo Oriente.

As autoridades ucranianas informaram posteriormente que Moscovo planeia enviar cerca de 10.000 soldados norte-coreanos para a região de Kursk a partir de 01 de novembro para conter os avanços do Exército ucraniano.


Exército israelita diz ter "eliminado" sucessor de Nasrallah no Hezbollah... O anúncio foi feito pelo exército de Israel através de um comunicado divulgado nas redes sociais.

© Mohamed Azakir/Reuters  Por Notícias ao Minuto  22/10/24 

O exército israelita afirmou, na noite desta terça-feira, ter "eliminado" o chefe do conselho do Hezbollah, Hashem Safieddine, que seria o sucessor de Hassan Nasrallah, também morto durante um ataque.

"É agora possível confirmar que, num ataque efetuado há cerca de três semanas, Hashem Safieddine, chefe do conselho executivo da organização terrorista Hezbollah, e Hussein Ali Al-Zeima, chefe dos serviços secretos, foram eliminados nos subúrbios do sul de Beirute, juntamente com outros comandantes do Hezbollah", avançou o exército israelita num comunicado divulgado nas redes sociais.

Desde o ataque israelita de 4 de outubro, nos subúrbios do sul de Beirute, que o destino de Hashem Safieddine, sucessor de Hassan Nasrallah à frente do Hezbollah, é incerto. No dia seguinte ao ataque, um responsável do grupo revelou que o contacto com o dirigente tinha sido "perdido". No entanto, para já, o movimento pró-iraniano não confirmou a morte.

Já esta terça-feira, o chefe do Comando Norte das Forças Armadas israelitas garantiu ter derrotado os combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah em todas as zonas do sul do Líbano onde operou, no âmbito da ofensiva contra infraestruturas do movimento.

Gordin congratulou-se com o facto de, desde o início da Operação 'Flechas do Norte', as Forças Armadas israelitas terem conseguido desferir "um golpe muito sério ao comando e controlo do Hezbollah", eliminando grande parte da sua liderança, incluindo o secretário-geral, Hassan Nasrallah, num ataque em Beirute a 27 de setembro.

Os ataques do Exército israelita ao Líbano durante o último ano têm um balanço provisório de mais de 2.500 mortos, principalmente devido aos "bombardeamentos seletivos" de zonas residenciais da capital, Beirute, graças aos quais conseguiu eliminar numerosos membros do Hezbollah.


Leia Também: O chefe do Comando Norte das Forças Armadas israelitas garantiu hoje ter derrotado os combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah em todas as zonas do sul do Líbano onde operou, no âmbito da ofensiva contra infraestruturas do movimento 

Presidente da República da Guiné-Bissau 🇬🇼 GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ, preside à cerimónia de posse dos novos procuradores da República da Guiné-Bissau 🇬🇼.




 Gaitu Baldé 

O Exército israelita declarou hoje ter atingido um 'bunker' do grupo xiita libanês Hezbollah que continha "dezenas de milhões de dólares", no âmbito da sua ofensiva no Líbano contra os interesses financeiros daquele movimento.

© Getty Images   Por Lusa  21/10/24 

 Israel atinge 'bunker' do Hezbollah com "dezenas de milhões de dólares"

O Exército israelita declarou hoje ter atingido um 'bunker' do grupo xiita libanês Hezbollah que continha "dezenas de milhões de dólares", no âmbito da sua ofensiva no Líbano contra os interesses financeiros daquele movimento.

"A Força Aérea israelita efetuou uma série de ataques de precisão contra alvos financeiros do Hezbollah", declarou o porta-voz do Exército, o contra-almirante Daniel Hagari.

"Um dos nossos alvos prioritários era um cofre subterrâneo que continha dezenas de milhões de dólares em dinheiro e ouro. O dinheiro era utilizado para financiar os ataques do Hezbollah contra Israel", acrescentou, sem especificar a sua localização exata.

Esta nova fase do conflito, de aumento dramático de tensões entre Israel e o Hezbollah, foi desencadeada por dois dias de explosões simultâneas dos dispositivos de comunicação do grupo, primeiro 'pagers', depois 'walkie-talkies' - a 17 e 18 de setembro -, ataques atribuídos a Israel que fizeram cerca de 40 mortos e de 3.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço divulgado pelas autoridades libanesas.

Há mais de um ano que as forças israelitas e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, nos piores confrontos desde a guerra de 2006, que se intensificaram fortemente este verão, após um ataque que matou 12 crianças nos Montes Golã, ocupados por Israel desde 1967.

As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez mais de 42.000 mortos e de 99.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, segundo os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se logo a 08 de outubro aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte, que faz a comunidade internacional temer o alastramento da guerra a toda a região do Médio Oriente -- mais ainda desde 01 de outubro, data em que Israel iniciou uma ofensiva terrestre em território libanês.


Leia Também: O ministro francês da Defesa, Sebastien Lecornu, disse hoje que teme "uma guerra civil iminente" no Líbano devido à crescente tensão entre as diferentes confissões religiosas.

Leia Também: As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram hoje que eliminaram até ao momento sete comandantes de brigada do Hezbollah e reiteraram a intenção de continuar a ofensiva no sul do Líbano contra o grupo xiita apoiado pelo Irão.

Um rasto de destruição marca várias artérias centrais de Maputo ao início da noite, após várias horas de confrontos entre manifestantes e polícia, e tiros constantes para o ar e de gás lacrimogéneo, em diferentes pontos da capital moçambicana.

© Lusa    Por Lusa   21/10/24 

Rasto de destruição em várias artérias centrais de Maputo após confrontos

Um rasto de destruição marca várias artérias centrais de Maputo ao início da noite, após várias horas de confrontos entre manifestantes e polícia, e tiros constantes para o ar e de gás lacrimogéneo, em diferentes pontos da capital moçambicana.

Pelas 18h00 locais (menos uma hora em Lisboa), já depois de cair a noite, eram visíveis fogueiras e pneus a arder, ainda, em vários ruas onde, durante o dia, se registaram confrontos, com arremesso de pedras e outros objetos por parte de manifestantes e carga policial.

Pedras de todas as dimensões ainda marcam todo o percurso central da avenida Joaquim Chissano, local onde na sexta-feira ocorreu o duplo homicídio de dois apoiantes de Venâncio Mondlane, incluindo o seu advogado, Elvino Dias, e para onde o candidato presidencial tinha convocado a saída de uma manifestação para esta manhã, que nunca chegou a acontecer devido à forte intervenção da polícia.

Equipamento publicitário urbano destruído pelas chamas, pneus ardidos e em chamas, paus e contentores do lixo atravessados nas ruas podiam ser vistos na mesma zona e nos bairros envolventes, perante a presença de dezenas de viaturas da polícia, incluindo blindados da Unidade de Intervenção Rápida.

Contudo, nas últimas horas não voltaram a ser ouvidos novos disparos da polícia, apesar de presença de várias dezenas de agentes, de várias forças, fortemente armados, nas ruas mais críticas.

Na zona do Xiquelene, junto à Praça dos Combatentes, outro ponto da cidade marcado por fortes confrontos ao longo do dia, podia ser visto um forte contingente policial, incluído blindados da Unidade de Intervenção Rápida, com uma das vias cortada ao trânsito enquanto pneus eram consumidos pelas chamas.

No entanto, também aqui não se registava a intervenção da polícia há algumas horas, enquanto as dezenas de vendedores que fazem negócio na rua voltavam a colocar as bancas, tentando vender o que não conseguiram ao longo do dia.

Durante os confrontos várias pessoas ficaram feridas, nomeadamente atingidas pelos disparos de gás lacrimogéneo feitos pela polícia, incluindo pelo menos três jornalistas, tendo o Hospital Central de Maputo convocado para as 09:00 de terça-feira uma conferência de imprensa de balanço.

Os confrontos entre a polícia e os manifestantes começaram cerca das 07:30, com a força policial a dispersar os grupos que se começavam a juntar para participarem nas marchas pacíficas.

Mondlane acusou as forças policiais de dispararem "balas verdadeiras" contra manifestantes durante as marchas e afirmou que os moçambicanos juntaram-se para "salvar o país".

O candidato presidencial convocou as marchas no sábado, como forma de repúdio pelo homicídio de Elvino Dias, seu advogado, e Paulo Guambe, mandatário do partido Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), que o apoia.

Mondlane classificou os líderes da polícia moçambicana como verdadeiros terroristas e prometeu continuar os protestos em mais três fases até à divulgação dos resultados das eleições pelo Conselho Constitucional.

A resposta policial hoje às manifestações foi condenada pela comunidade internacional e houve vários apelos à contenção de ambas as partes, nomeadamente de Portugal, da União Europeia e da União Africana.


O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou hoje um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 400 milhões de dólares (370 milhões de euros), numa reunião em Kiev com o Presidente ucraniano.

© Reuters  Por Lusa  21/10/24 

EUA anunciam novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 370 milhões

O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou hoje um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 400 milhões de dólares (370 milhões de euros), numa reunião em Kiev com o Presidente ucraniano.

"Hoje recebi o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em Kiev. Agradeci-lhe por um novo pacote de assistência à defesa da Ucrânia", escreveu após a reunião o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa mensagem publicada nas redes sociais, na qual também informou sobre o montante e a composição do novo pacote de ajuda.

"Sob a liderança de Joe Biden, os Estados Unidos continuam a aumentar este apoio. Hoje quero anunciar a atribuição de um pacote de ajuda presidencial de 400 milhões de dólares em munições, equipamento militar e armamento para a Ucrânia", disse Austin durante a reunião com Zelensky, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

O Pentágono afirmou em comunicado que o novo pacote inclui munições para sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS), mísseis anti-tanque e anti-armadura, veículos blindados, armas ligeiras, granadas, equipamento de comunicações e equipamento para proteger infraestruturas nacionais críticas.

"Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com cerca de 50 aliados e parceiros para satisfazer as necessidades urgentes da Ucrânia no campo de batalha e defender-se contra a agressão russa", acrescentou o Departamento de Defesa norte-americano.

Zelensky adiantou nas redes sociais que os dois discutiram "prioridades críticas de defesa para a Ucrânia", que incluem "as capacidades de defesa aérea da Ucrânia, os preparativos para o inverno e a expansão da utilização de armamento de longo alcance contra alvos militares russos".

Esta última questão refere-se ao pedido de Kiev aos EUA, ao Reino Unido e à França para que lhe seja permitido atingir alvos militares dentro da Rússia com os mísseis fornecidos por estes países, que proíbem tal uso por receio da reação de Moscovo.

Austin reafirmou que "os EUA continuarão a apoiar a Ucrânia em termos de segurança", em conformidade com o acordo de cooperação militar assinado pelos dois países, de acordo com Zelensky.

"Austin também partilhou os seus planos de convocar uma nova reunião em formato Ramstein para coordenar uma maior assistência com os aliados internacionais", acrescentou ZelenskY.

Os aliados da Ucrânia deveriam ter-se reunido na base americana de Ramstein, no sul da Alemanha, em 12 de outubro, mas a reunião foi cancelada quando o Presidente dos EUA, Joe Biden, cancelou a sua participação devido à devastação causada no seu país pelo furacão Milton.

A reunião terá lugar em novembro por videoconferência, de acordo com a Casa Branca.

No encontro com Austin, Zelensky mencionou também o designado Plano de Vitória, um documento no qual Kiev pede aos EUA e a outros aliados a garantia da sua adesão à NATO quando a guerra terminar e o fornecimento de armas e liberdade de ação suficientes para forçar a Rússia a sentar-se e a negociar nos próximos meses.

O pacote de ajuda anunciado hoje por Austin em Kiev é o segundo aprovado pela Casa Branca este mês, com Biden a anunciar um pacote de ajuda militar de 425 milhões de dólares (393 milhões de euros) à Ucrânia a 16 de outubro.

A visita de Austin a Kiev ocorre duas semanas antes das eleições presidenciais americanas de 05 de novembro.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.


Veja Também: Coreia do Norte ajuda Moscovo: "É a primeira vez que Putin assume que os russos não são capazes de defender a própria Rússia" 

Putin vai encontrar-se com António Guterres na Rússia na 5.ª-feira

© ALEXEY NIKOLSKY/AFP via Getty Images   Notícias ao Minuto   21/10/24 

O presidente russo e o secretário-geral da ONU vão reunir-se à margem da cimeira dos BRICS, em Kazan, na Rússia. O anúncio foi feito pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Kremlin. O encontro vai acontecer na quinta-feira, sendo a primeira vez que ambos se reencontram desde 2022.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, vão reunir-se, esta quinta-feira, à margem da cimeira dos BRICS, em Kazan, na Rússia. 

Segundo avançou a agência de notícias AFP, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Kremlin, Yuri Ushakov, disse que "no dia 24 de outubro, estão agendadas sete reuniões bilaterais, após o final dos eventos", sendo que uma dessas reuniões será com o secretário-geral da ONU. 

Esta será a primeira vez que os dois líderes mundiais se encontram desde 2022. 

A 16ª edição da Cimeira dos BRICS decorre entre 22 e 24 de outubro e o encerramento será feito pelo presidente russo, numa conferência de imprensa, segundo a agência de notícias britânica Reuters. 

Vão estar presentes 36 países, sendo que 22 estarão representados pelos seus chefes de estado. Estarão também presentes seis organizações internacionais. 

O Brasil, a Rússia, a Índia e a China criaram o grupo BRIC em 2006, para defender uma maior representação dos países emergentes e em desenvolvimento nas organizações internacionais. A adesão da África do Sul em 2010 acrescentou a letra S à sigla. 

Além de Guterres, Vladimir Putin vai manter reuniões bilaterais com vários líderes do grupo BRICS, como o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, bem como com outros líderes convidados para a cimeira em Kazan.

"Naturalmente, uma atividade internacional de tal magnitude não acontecerá sem reuniões bilaterais. Temos muitas planeadas, penso que não será fácil para o nosso Presidente, no entanto, ele próprio manifestou o desejo de conhecer literalmente todos os chefes de estado que se deslocam a Kazan", afirmou Ushakov.

Durante a próxima cimeira, os líderes dos países membros deverão definir os critérios para que outras 15 nações se juntem ao bloco na categoria especial de parceiros associados.

Vladimir Putin já tinha afirmado que cerca de 30 países tinham demonstrado interesse em aderir de uma forma ou outra aos BRICS.

Entre os estados que manifestaram publicamente interesse em aderir ao grupo estão Cuba, Venezuela, Turquia, Azerbaijão e Malásia.

Durante a reunião, o Brasil assumirá a liderança dos BRICS durante um ano, a partir de 01 de janeiro de 2025, mas o líder brasileiro, Lula da Silva, vai faltar ao encontro na Rússia por impedimento de saúde.

Na última cimeira, realizada no ano passado na África do Sul, o Presidente russo participou por videoconferência, no seguimento da emissão de um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional contra Putin devido ao seu papel na deportação de crianças ucranianas após a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Segundo Moscovo, mais de 20 dirigentes internacionais são esperados em Kazan.


Veja Também: Reunião de Guterres com Putin é "estranha". "Recusou-se a participar na Cimeira da Paz" 

Veja Também: Guterres reúne-se com Putin: "Se for apenas para tomar chá, estará a prestar um mau serviço à ONU"