sábado, 27 de abril de 2024

À margem das comemorações do cinquentenário do 25 de abril, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, manteve um encontro com Luís Montenegro, o novo Primeiro-Ministro de Portugal no Palácio de São Bento.

Nesta ocasião, na residência oficial do chefe do governo português, foi passado em revista as relações entre Portugal e a Guiné-Bissau, bem como a implementação do programa de cooperação, visando contribuir para o desenvolvimento e progresso da Guiné-Bissau. 🇬🇼🇵🇹 

Presidência da República da Guiné-Bissau

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Por Suzi Barbosa.
Em virtude de algumas notícias falsas veiculadas nas redes sociais sobre a minha pessoa,  venho por este meio esclarecer que não correspondem à verdade.
Em primeiro lugar,  cheguei a Portugal no vôo da TAP, no passado dia 23 de Abril, na companhia da minha filha.
Em segundo lugar, em momento algum me foi retirado o passaporte nem fui impedida de viajar por nenhuma entidade,  muito menos pelo Presidente da República Umaro Sissoco Embaló.

Em terceiro lugar, o Presidente da República jamais ameaçou retirar-me a casa, até porque ele sabe muito bem que essa casa é propriedade familiar e não minha casa particular.

Por último, contrariamente ao que também vem sendo veiculado, a minha filha, Mouna Omar Sissoco Embaló, não é adoptada, mas sim biológica.  Mas não darei mais detalhes sobre este assunto, pois só me competem a mim e ao pai da minha filha,  enquanto pais biológicos que ambos sabemos que somos.

Em circunstâncias normais, eu não teria porque fazer nenhum esclarecimento à cerca da minha vida privada, mas para evitar mais especulações, vindas sobretudo de pessoas que nada sabem da minha vida e com as quais não tenho nenhum contacto nem pretendo ter, fica aqui o esclarecimento público para os interessados.
Futuramente, verifiquem bem as vossas fontes antes de divulgar notícias falsas.
Suzi Barbosa

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou, no Centro Cultural de Belém, na sessão comemorativa do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974, que contou com a participação de chefes de Estado dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste.

No ocasião, o chefe de Estado sublinhou o papel da Guiné-Bissau na revolução e manifestou o "orgulho" do povo guineense de ter dado "o contributo original" para a transformação histórica que culminou na Revolução de Abril, na descolonização, e na democracia nos PALOP.🇬🇼🇵🇹 

Presidência da República da Guiné-Bissau

No âmbito da sessão comemorativa do 25 de Abril no Centro de Belém, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, juntou-se ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, e demais chefes de Estado Estado dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, num Jantar Oficial no Palácio da Ajuda.🇬🇼🇵🇹

 Presidência da República da Guiné-Bissau

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Café: Será que o café e o descafeinado afetam os seus níveis de colesterol?... Uma técnica em nutrição revela tudo o que precisa de saber. Se costuma bebê-lo, veja o que pode acontecer.

© Shutterstock
Por  Notícias ao Minuto  26/04/24

Costuma beber café ou descafeinado todos os dias? Acha que pode afetar de alguma forma o seu colesterol? Ana Luzón, técnica em nutrição, revelou ao agregador de blogues HuffPost o que pode acontecer.

"Embora nenhum alimento de origem vegetal forneça colesterol, constatou-se que o café contém óleos que afetam a síntese do colesterol e que podem aumentar as partículas de LDL", explica.

Ainda assim, cita também um estudo de 2023 publicado na revista Nature. "Sugere que o café contém outras substâncias que neutralizam os efeitos umas das outras, tornando-o 'neutro' Ou seja, não é prejudicial."

E no que diz respeito ao descafeinado? "Apesar da falta de cafeína, mantém algumas propriedades do café. O descafeinado possui ainda muitos antioxidantes e benefícios típicos do café comum, embora não contenha cafeína."

"É toda a nossa alimentação e o nosso estilo de vida que serão mais decisivos se quisermos ter uma boa saúde."



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Estados Unidos retiram soldados do Chade e do Níger

© Getty Images
Por Lusa  26/04/24
Os Estados Unidos vão retirar já este fim de semana perto de uma centena de soldados deslocados no Chade, ao mesmo tempo que estão a preparar a retirada de um milhar de soldados do Níger, anunciou o Pentágono.

"O USAFRICOM [comando norte-americano de África] está a planear o reposicionamento de algumas forças militares norte-americanas do Chade, uma parte das quais já estava programada para partir", admitiu o porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, general Patrick Ryder, numa conferência de imprensa em Washington esta quinta-feira, na sequência de uma notícia nesse sentido, publicada no mesmo dia pelo diário New York Times (NYT).

"Trata-se de uma medida temporária, que faz parte de uma revisão em curso da nossa cooperação em matéria de segurança, que será retomada após as eleições presidenciais de 06 de maio no Chade", acrescentou.

Em relação ao Níger, Ryder confirmou o "início" das conversações, igualmente este dia 25, em Niamey, entre a embaixadora dos Estados Unidos no país, Kathleen FitzGibbon, e o major-general Kenneth Ekman, diretor de Estratégia do USAFRICOM, e a junta militar no poder "sobre uma retirada ordenada e segura das forças dos Estados Unidos do Níger".

O porta-voz do Pentágono sublinhou que Washington continua "empenhado" em "combater as organizações extremistas violentas na África Ocidental", mas não precisou para onde serão deslocados os militares norte-americanos estacionados na região.

Os Estados Unidos investiram 110 milhões de dólares numa base de drones no Níger, fundamental para o AFRICOM na monitorização de organizações extremistas violentas, mas o porta-voz do Pentágono não revelou se Washington já tem um local alternativo para deslocar os cerca de 1.000 militares que lá tem estacionados, quando interrogado expressamente sobre a questão pelos jornalistas.

A decisão da retirada das forças especiais norte-americanas do Chade - cerca de 75 boinas verdes do 20.º Grupo de Forças Especiais da Guarda Nacional, segundo o NYT - acontece no contexto do corte de relações diplomáticas e militares entre vários países do Sahel -- nomeadamente do Mali, Burkina Faso e Níger - e o Ocidente -- sobretudo a França, mas também Estados Unidos -, e do reforço paralelo das relações entre os mesmos países e a Rússia.

No caso do Chade, até agora um aliado sólido do Ocidente na região, não é ainda claro se a saída dos militares norte-americanos -- que regressam já este fim de semana a casa, através da Alemanha, segundo o NYT e o Washington Post esta quinta-feira - será definitiva, não obstante a declaração de Ryder.

A decisão do Pentágono dá resposta a uma carta enviada em 08 de abril, pelo chefe de Estado-Maior da Força Aérea chadiana, general Idriss Amine Ahmed, ao adido militar na embaixada dos Estados Unidos em N'Djamena, pedindo-lhe que suspendesse "imediatamente as atividades militares" na base área de Adji Kossei (BAK), onde os soldados norte-americanos treinam as forças especiais chadianas na luta contra o grupo extremista islâmico Boko Haram.

A carta "apanhou de surpresa e intrigou os diplomatas e oficiais militares norte-americanos", segundo dois funcionários norte-americanos ao NYT, sob anonimato, porque não foi enviada através dos canais diplomáticos oficiais, e parece ser uma tática de negociação de alguns membros das forças armadas e do governo para pressionar Washington a conseguir um acordo mais favorável antes das eleições de maio, ainda segundo fontes não reveladas pelo jornal.

Certo é que, diferentemente do que aconteceu no Níger com os Estados Unidos -- e no Mali, Burkina Faso e também Níger com França -, o líder da junta militar no Chade, general Mahamat Idriss Déby Itno, não pediu a saída dos militares norte-americanos, assim como não afastou a França, de quem é, de longe, o principal aliado na região.

O NYT dá, no entanto, voz a alguns analistas segundo os quais "a retirada dos franceses é inevitável", atendendo ao reforço recente dos laços Mahamat Déby Itno com os líderes golpistas do Sahel e mesmo com a Rússia, onde se deslocou no início deste ano para se encontrar com o Presidente, Vladimir Putin.

França quer força de reação rápida europeia com 5.000 militares em 2025

© Umit Donmez/Anadolu via Getty Images
Por Lusa  26/04/24 
A França defende a criação de uma "força de reação rápida europeia" com cerca de 5.000 soldados até 2025, que poderá intervir em situações de crise quando a NATO não atuar, disse hoje o ministro das Forças Armadas francês.

"É uma questão fundamental e sobre a qual espero que possamos chegar a uma conclusão já no próximo ano, sendo muito reativos e muito rápidos", disse Sébastien Lecornu numa entrevista ao canal de televisão France 2.

O ministro insistiu que esta força de reação rápida, "para colocar em segurança cidadãos europeus, portugueses, italianos, alemães e franceses", deve poder ser criada "muito rapidamente".

Segundo Lecornu, o objetivo deste ainda projeto passar por "colocar forças em posição de contribuir" para "ser reativo em caso de crise", e acrescentou que não haveria perda de soberania para os países envolvidos, que manteriam o controlo sobre os seus dispositivos militares.

Sébastien Lecornu justificou este projeto com o facto de existirem "muitas crises em que a NATO não tem competências paa atua e em que a França realiza frequentemente operações sozinha".

O ministro deu como exemplo a retirada de cidadãos europeus em países em crise, como aconteceu no Sudão em abril de 2023, quando Paris mobilizou aviões e navios militares para retirar mais de mil estrangeiros de mais de 80 nacionalidades diferentes, entre os quais pouco mais de 200 cidadãos franceses.

Lecornu considerou que operações como esta (denominada Sagittaire) em Cartum, na capital do Sudão, com muitos países envolvidos, deveria ser natural partilhar o fardo, que "tem um preço e um valor", entre os países europeus.

"Temos missões que são militarizadas, mas que a NATO não precisa de conhecer por uma série de razões, e sobre as quais dizemos agora 'vamos fazê-lo na Europa', e isso, para nós, é pragmatismo", afirmou o ministro.

Esta "força europeia de reação rápida" foi uma das iniciativas lançadas na quinta-feira pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, num longo discurso na Universidade de Sorbonne, em Paris, no qual defendeu o relançamento da União Europeia (UE), no contexto das eleições para o Parlamento Europeu, em junho.

No discurso, o Presidente francês apresentou a sua visão para a Europa, centrada principalmente na defesa e nas políticas económicas e comerciais, depois de fazer um balanço da UE desde 2017.

Macron afirmou que os europeus não podem contar apenas com o apoio dos Estados Unidos para a sua defesa, porque para Washington "não é a prioridade" e, sem chegar ao ponto de pedir a criação de um exército europeu, apelou a uma "intimidade estratégica" no domínio militar entre os Estados-membros da UE.

O Presidente francês explicou que é necessário "aumentar as despesas com a defesa", sugerindo um empréstimo europeu para financiar o esforço de defesa, para além de aplicar "a preferência europeia na compra de equipamento militar", bem como acelerar a integração dos exércitos face a ameaças como a Rússia, com a qual tem havido um aumento de tensões nas últimas semanas pelo apoio prestado pela França à Ucrânia.

Tudo isto com base na ideia de que a Europa é "mortal" e que "pode morrer" ou ser "relegada", segundo frisou o chefe de Estado francês na mesma intervenção.


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Circular № 002/2024/GSEC/MNECIC...

Zelensky avisa que catástrofe de Chernobyl pode repetir-se em Zaporíjia

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Por Lusa  26/04/24 
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou hoje a comunidade internacional a pressionar a Rússia para que devolva a central nuclear de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, advertindo contra uma nova catástrofe como a de Chernobyl, há quase quatro décadas.

"A central nuclear de Chernobyl esteve ocupada durante 35 dias. Os soldados russos saquearam os laboratórios, capturaram os guardas e maltrataram o pessoal, utilizando-os para lançar novas hostilidades", afirmou Zelensky, num discurso proferido no 38.º aniversário da catástrofe nuclear (1986), hoje assinalado.

"A radiação não conhece fronteiras e não faz distinção entre bandeiras nacionais. A catástrofe de Chernobyl mostrou ao mundo a rapidez com que as ameaças mortais podem surgir", disse Zelensky, que reconheceu o trabalho de "dezenas de milhares de pessoas" para impedir essas "terríveis consequências".

O Presidente ucraniano procurou estabelecer um paralelo entre esse episódio e a situação atual na central de Zaporíjia, "mantida refém", frisou, por "terroristas" russos.

"O mundo inteiro tem o dever de pressionar a Rússia para que esta liberte a central e a devolva ao controlo total da Ucrânia", defendeu, afirmando que só assim será possível "garantir que o mundo não sofra novas catástrofes radiológicas, exatamente a ameaça que existe todos os dias com a presença de invasores russos na central nuclear de Zaporíjia".

Desde 04 de março de 2022, menos de duas semanas após o início da invasão da Ucrânia, a central nuclear de Zaporíjia está sob controlo russo.

É a maior central nuclear da Europa e não produz eletricidade desde 11 de setembro de 2022. Os seus seis reatores estão em modo de paragem a frio.

Uma missão da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), agência que integra o sistema das Nações Unidas, está permanentemente no local desde 04 de setembro de 2022. No entanto, tal não impediu que as instalações fossem palco de ataques de que se acusam mutuamente russos e ucranianos.

O pior acidente nuclear da história ocorreu em 26 de abril de 1986 na Ucrânia - que era, na altura, uma das 15 repúblicas soviéticas -, quando um reator da central de Chernobyl, localizada a cerca de 100 quilómetros de Kiev, explodiu, contaminando cerca de três quartos da Europa, especialmente a Ucrânia, a Rússia e a Bielorrússia.

Calcula-se que cerca de 350 mil pessoas terão sido deslocadas e que a saúde de muitos milhares foi afetada, direta ou indiretamente, pelos efeitos do acidente.

UE desbloqueia 47 milhões de euros para combater terrorismo no Benim

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Por Lusa  26/04/24 
A União Europeia vai desbloquear 47 milhões de euros para "apoiar a luta contra o terrorismo" no Benim, anunciou hoje o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Cotonou, durante uma visita à África Ocidental.

Há vários anos que o norte do Benim é alvo de ataques e incursões de terroristas da região do Sahel.

"Estamos a mobilizar 47 milhões de euros só este ano", declarou Louis Michel à imprensa após uma reunião com o chefe de Estado do Benim, Patrice Talon.

Este montante será utilizado, nomeadamente, "para a aquisição de drones e de aviões de recolha de informações", bem como para "materiais e equipamentos de segurança e de luta contra o terrorismo", acrescentou.

No dia anterior, esteve em Abidjan, na Costa do Marfim, onde também afirmou o empenhamento da União Europeia na luta contra o terrorismo.

Nos últimos anos, as regiões setentrionais do Benim, do Togo e do Gana têm sido alvo de ataques e incursões de combatentes do grupo Estado Islâmico e da Al-Qaida, que florescem no Sahel e procuram alastrar-se para sul.

A região da fronteira norte com o Burkina Faso continua a ser o epicentro dos ataques no Benim. A fronteira com o Níger também se tornou recentemente uma fonte de preocupação, especialmente desde o derrube do Presidente nigerino, Mohamed Bazoum, pelos militares em julho de 2023.

Em resposta às ameaças, o Benim lançou a Operação Mirador em janeiro de 2022, um destacamento de cerca de 3.000 soldados para proteger as fronteiras do país. Há alguns meses, começou a recrutar mais 5.000 soldados para reforçar a segurança no norte do país.

As autoridades do Benim, que raramente comunicam sobre estes ataques, informaram em abril de 2023 que se tinham registado cerca de 20 incursões transfronteiriças desde 2021.

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China quer levar astronautas à Lua até ao final desta década... Os planos da agência espacial chinesa para o satélite natural não se ficam por aqui.

© Reuters
Por Miguel Patinha Dias  Notícias ao Minuto  26/04/24

A agência espacial chinesa partilhou os seus planos para conduzir a sua primeira missão tripulada até à superfície da Lua.

Como refere o site Digital Trends, a agência espacial chinesa espera colocar os seus primeiros astronautas na superfície da Lua até ao final desta década. O plano pretende colocar dois astronautas na superfície da Lua durante um período de seis horas, com um terceiro a ficar encarregue da aeronave que fará o trio regressar à Terra.

Mais ainda, a agência espacial chinesa revelou também que tem planos para construir uma estação internacional dedicada a pesquisa e desenvolvimento na Lua até 2040.

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Rússia bombardeia comboio com armas ocidentais na Ucrânia

© PixaBay
Por Lusa   26/04/24

A Rússia bombardeou hoje a rede ferroviária ucraniana para evitar a passagem de um comboio que transportava armas dos aliados ocidentais, denunciou uma fonte das autoridades de segurança de Kyiv, alegação entretanto confirmada pelo exército de Moscovo.

Segundo um responsável ucraniano, citado pela agência francesa de notícias AFP, o ataque visou "paralisar" o fornecimento de provisões militares, parte das quais enviadas pelos países ocidentais para ajudar Kyiv a combater a Rússia.

A mesma fonte adiantou que Moscovo tem feito uma série de ataques nas ferrovias ucranianas, apontando que tais ações "são medidas clássicas antes de uma ofensiva".

O objetivo "é paralisar as entregas, o transporte de carga militar", referiu.

O exército russo anunciou, entretanto, ter atingido um comboio na região ucraniana de Donetsk (leste) que transportava armas ocidentais para entregar a Kyiv.

"Um comboio com armas e equipamento militar ocidental foi atingido perto da cidade de Udachne", disse o Ministério da Defesa russo, sem avançar mais pormenores sobre o resultado do ataque.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.



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Rádios BBC e Voice of America suspensas por duas semanas no Burkina Faso

© Lusa
Por Lusa  26/04/24 
As rádios BBC e Voice of America (VOA) foram suspensas durante duas semanas no Burkina Faso por divulgarem um relatório da Human Rights Watch (HRW) que acusa o exército de "abusos" contra civis, anunciaram hoje as autoridades locais.

O Conselho Superior de Comunicação (CSC) do Burkina Faso "decidiu suspender os programas das duas rádios internacionais (a britânica BBC e a norte-americana VOA), que emitem em Ouagadougou, por um período de duas semanas", segundo um comunicado de imprensa da entidade reguladora.

O CSC justificou esta decisão pela "divulgação de um artigo a acusar o exército do Burkina Faso de abusos contra populações civis, na quinta-feira, nas rádios e nas plataformas digitais da BBC-Afrique e da VOA".

A entidade afirmou ter "detetado no conteúdo do referido artigo declarações categóricas e tendenciosas contra o exército do Brukina Faso sem provas tangíveis, especialmente porque o mesmo artigo apela a uma investigação independente".

No seu relatório publicado na quinta-feira, a organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch acusou o exército do Burkina Faso, que luta contra grupos 'jihadistas' armados, de ter "executado pelo menos 223 civis", incluindo pelo menos 56 crianças, durante dois ataques no norte do país.

As autoridades do Burkina Faso, contactadas pela AFP, não reagiram a estas acusações realizadas pela organização não-governamental.

O CSC indicou ainda que "ordenou" aos fornecedores de serviços de internet "que suspendessem" o acesso aos portais e "outras plataformas digitais da BBC, VOA e da ONG no território" do Burkina Faso.

A entidade reguladora considerou que a "abordagem" da BBC e da VOA "mina os princípios fundamentais do processamento de informação, na medida que constitui desinformação suscetível de trazer descrédito ao exército" e "é, além disso, suscetível de criar perturbações na ordem pública".

A autoridade de comunicação convidou "todos os meios de comunicação social a absterem-se de divulgar, através dos seus diversos meios de comunicação, [o] artigo tendencioso (...) de natureza subversiva", lembrando que "qualquer infrator está exposto às sanções previstas nos textos em vigor".

O Burkina Faso, liderado por militares devido a golpes de Estado em 2022, já suspendeu temporariamente ou indefinidamente a transmissão de vários canais de televisão ou rádio e expulsou correspondentes estrangeiros.



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HRW: Exército do Burkina Faso massacrou mais de 200 civis em ataque a aldeias

©  Lassana Bary/Twitter
Por Lusa  26/04/24
As forças militares do Burkina Faso mataram 223 civis, incluindo bebés e crianças, em ataques a duas aldeias acusadas de cooperar com terroristas, denunciou a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) num relatório divulgado na quinta-feira.
Os assassínios em massa ocorreram a 25 de fevereiro nas aldeias de Nondin e Soro, no norte do país, e cerca de 56 crianças estavam entre os mortos, segundo o relatório.

A organização de defesa dos direitos humanos apelou às Nações Unidas e à União Africana para que disponibilizem investigadores para apoiarem os esforços locais para levar os responsáveis à Justiça.

O porta-voz da ONU Stéphane Dujarric declarou que as Nações Unidas não têm qualquer confirmação do ataque, mas acrescentou: "Posso dizer-vos que estes relatos são extremamente, extremamente perturbadores e que iremos analisá-los".

"Os massacres das aldeias de Nondin e Soro são apenas os mais recentes massacres de civis pelos militares do Burkina Faso nas suas operações de combate à insurreição", afirmou a diretora executiva da HRW, Tirana Hassan, num comunicado.

"A assistência internacional é fundamental para apoiar uma investigação credível sobre possíveis crimes contra a humanidade", sublinhou.

O outrora pacífico Burkina Faso tem sido devastado pela violência que opõe extremistas islâmicos ligados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico (EI) às forças apoiadas pelo Estado.

Ambas as partes têm atacado civis, obrigando à deslocação de mais de dois milhões de pessoas, mais de metade das quais são crianças.

A maioria dos ataques não é denunciada nem punida, num país governado por uma liderança repressiva que silencia os dissidentes.

O relatório da HRW forneceu um raro relato em primeira mão dos assassínios cometidos, feito por sobreviventes, num contexto de acentuado aumento do número de vítimas civis às mãos das forças de segurança do Burkina Faso, numa altura em que a junta militar enfrenta dificuldades para vencer uma crescente rebelião 'jihadista' e ataca os habitantes sob o pretexto do combate ao terrorismo.

Mais de 20.000 pessoas foram mortas no Burkina Faso desde que a violência ligada à Al-Qaida e ao EI pela primeira vez se abateu sobre o país da África Ocidental há nove anos, de acordo com o Projeto de Localização e Números de Conflitos Armados, uma organização sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos.

O Burkina Faso sofreu dois golpes de Estado em 2022. Desde que tomou o poder, em setembro desse ano, a junta liderada pelo capitão Ibrahim Traoré prometeu derrotar os rebeldes, mas a violência só piorou, segundo os analistas.

Cerca de metade do território do país continua atualmente fora do controlo do Governo.

Frustrada com a ausência de progressos ao longo de anos de ajuda militar ocidental, a junta cortou os laços militares com França, antiga potência colonial, e recorreu então à Rússia para obter apoio em matéria de segurança.


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Suspenso procurador guineense detido em Lisboa por suspeita de tráfico de droga

Por  Cnnportugal.iol.pt
Ministério Público fala em "gravidade" em relação aos possíveis crimes
O procurador da Guiné-Bissau Eduardo Mancanha, detido em Lisboa por suspeita de tráfico de droga, foi esta quinta-feira suspenso de funções pelo Conselho Superior de Magistratura do Ministério Público, anunciou o órgão através de um comunicado.

No documento, refere-se que Eduardo Mancanha, que se encontrava de licença de serviço para estudar em Portugal, há mais de três anos, foi detido “em flagrante delito” na posse de dois quilogramas de um produto que se presume ser droga.

“Tendo em conta a gravidade da referida conduta”, o Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público, à luz dos estatutos dos magistrados do Ministério Público, decidiu suspender preventivamente Eduardo Mancanha das funções.

Ao mesmo tempo, adianta-se ainda no comunicado, o mesmo órgão mandou instaurar um processo disciplinar ao magistrado e indicou o procurador-geral adjunto, Quintino Inbequi, para conduzir os inquéritos.

No comunicado da Procuradoria guineense realça-se que, segundo as informações recebidas de forma oficiosa, Eduardo Mancanha foi detido no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, quando se preparava para viajar para Bissau, no domingo.

MINISTÉRIO DO INTERIOR SECRATARIA DE ESTADO DA ORDEM PUBLICA – DESPACHO №_____ /GSEOP/2024

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Novo Embaixador da China para Guiné-Bissau, Yang Renhuo acaba de chegar ao país esta quinta-feira, em substituição do Guo Ce, que terminou a missão há três semanas.

 Radio Voz Do Povo

Historiador Julião Soares Sousa: “INDEPENDÊNCIAS DAS COLÓNIAS PORTUGUESAS DE ÁFRICA FORAM A CONSEQUÊNCIA DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS EM PORTUGAL”

 O DEMOCRATA  25/04/2024 
O especialista em história contemporânea e investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra (CEIS20), Julião Soares Sousa, afirmou que as independências das colónias portuguesas de África, sem sombras de dúvidas, foram uma consequência da revolução dos Cravos em Portugal.

“Mas também não sei até que ponto a Proclamação do Estado da Guiné-Bissau, feita solenemente a 24 de Setembro de 1973 em Boé teria influenciado a queda do regime em Portugal. Penso que terá tido alguma influência e, por conseguinte, influenciado a própria independência das outras colónias. É que a partir do momento em que há uma proclamação unilateral que concitou o apoio de mais de 80 países em poucos dias, houve uma alteração profunda na relação de forças”, explicou o historiador guineense doutorado na história contemporânea, respondendo a questão sobre a influência da revolução dos Cravos na independência das colónias de Portugal, em África.

O historiador guineense que vive em Portugal foi convidado a debruçar sobre a influência da revolução de 25 de abril de 1973, em Portugal, nas independências das colónias portuguesas em África, como também as ilações que se podem tirar deste ato histórico que contribuiu para a implementação da democracia em Portugal.

O Democrata (OD): A Revolução de 25 de Abril, conhecida como a Revolução dos Cravos, que derrubou o regime fascista instalado desde 1933 em Portugal, abriu caminho para a implementação do regime democrático. Pode explicar-nos de forma detalhada o nascimento deste movimento de capitães que rumores indicam ter sido na Guiné-Bissau?

Julião Soares Sousa (JSS):
O chamado movimento dos capitães ou Movimento das Forças Armadas (MFA) que estaria por detrás da Revolução dos Cravos em Portugal começou como um levantamento corporativo de oficiais e milicianos que, grosso modo, tinha participado nas campanhas militares nas colónias em África e que reivindicavam os seus direitos corporativos. Havia também o tempo de contagem do Serviço militar em Campanha e a questão remuneratória. Tinham sido publicados vários diplomas (a Lei do Serviço Militar 2135 de 11 de Julho de 1968; decretos-lei n.º 353 e n.º 409, de julho e agosto de 1973, respetivamente) que visavam atenuar a falta de homens que as campanhas de África exigiam.

Nem mesmo a posterior suspensão dos decretos pelo regime de Marcello Caetano foi suficiente para frenar a marcha em direção à deposição do regime. Isso despoletou uma série de reuniões clandestinas que culminariam com a criação do MFA e com o advento da Revolução. Os revoltosos pretendiam também o fim das guerras coloniais, a democratização e a criação de vários órgãos como a Junta de Salvação Nacional e mais tarde, depois da consolidação da Revolução, de um Governo Provisório.

A Guiné seria um palco importante nessa contestação ao regime, sobretudo quando em junho de 1973, o regime de Marcello Caetano decidiu organizar um Congresso dos Combatentes no Porto, com o intuito de amealhar o apoio dos militares à sua política colonial. Mais de 400 combatentes portugueses estacionados na Guiné contestaram a realização do referido Congresso e chegaram mesmo a enviar um telegrama ao congresso. Muitos combatentes (do quadro) tentaram inscrever-se de forma a forjar outras conclusões do Congresso e foram proibidos. Creio que isso teria sido também um elemento detonante. Havia já uma convicção dos militares portugueses nas colónias, sobretudo na Guiné de que a guerra não tinha solução militar, mas política. Essa contestação veio pôr a descoberta a fraqueza do regime e a vulnerabilidade em que se encontrava, quer em Portugal, quer nos espaços de colonização portuguesa em África, mormente na Guiné-Bissau.

OD: É verdade que as pesadas derrotas ou mortes de tropas portuguesas nos campos de batalha na Guiné, em Moçambique e em Angola motivaram essa revolta de soldados?


JSS: A situação militar no terreno não era a mais favorável para o exército colonial português. Na Guiné, entre 1972 e 1973 tinha-se agravado irremediavelmente com a introdução, por parte do PAIGC, de meios militares cada vez mais sofisticados com os “Grad” e os “Strella”. Tinha-se chegado a um ponto de não retorno, com o exército colonial português praticamente remetido a uma situação defensiva.

A dureza da guerra pode ter sido uma outra detonante, face à rigidez do regime que desde há muito vinha sendo contestado a nível doméstico, em Portugal, umas vezes visivelmente outras subterraneamente/clandestinamente.

OD: Qual é a influência da Revolução dos Cravos nas independências dos países africanos de língua oficial portuguesa?

JSS: Penso que já respondi a esta pergunta algures.

OD: A Guiné-Bissau proclamou unilateralmente a sua independência em 24 de setembro de 1973, mas foi reconhecida pelo governo português a 10 de setembro de 1974. Pode-se afirmar que a Revolução dos Cravos influenciou a independência dos países africanos, dado que todos obtiveram a independência depois deste acontecimento histórico?

JSS: Sim, em parte as independências das colónias portuguesas de África foram uma consequência da Revolução dos Cravos em Portugal, sem sombra de dúvidas. Mas também não sei até que ponto a Proclamação do Estado da Guiné-Bissau, feita solenemente a 24 de setembro de 1973 em Boé teria influenciado a queda do regime em Portugal, penso que terá tido alguma influência e, por conseguinte, influenciado a própria independência das outras colónias. É que a partir do momento em que há uma proclamação unilateral que concitou o apoio de mais de 80 países em poucos dias, houve uma alteração profunda na relação de forças.

Mais tarde ou mais cedo os outros movimentos iam seguir o mesmo passo dado pelo PAIGC na Guiné. Com a Revolução dos Cravos, a situação da independência tornou-se praticamente inadiável. Relembro, contudo, que, quando foi das negociações para a independência da Guiné, as duas delegações, a portuguesa e a do PAIGC, tiveram uma acesa discussão sobre a data em que essa independência deveria ocorrer.

O PAIGC sugeria que fosse no dia 12 de Setembro de 1974 que era a data do nascimento de Amílcar Cabral. Portugal recusou a proposta, talvez por ser uma data simbólica para o PAIGC e ao invés sugeriu que fosse no dia 10 de Setembro. A partir daí não foi possível evitar as negociações com os movimentos de libertação de Angola e de Moçambique. Os processos de independência não foram lineares.

OD: Como eram as colónias de Portugal antes de 25 de abril e o que mudou depois da chamada Revolução dos Cravos?

JSS: Bom, as colónias de Portugal em África eram territórios profundamente amordaçados. Não havia liberdade de criação de partidos. Aliás mesmo em Portugal os partidos da oposição que haviam estavam todos na clandestinidade. Havia discriminação racial e exclusão da grande maioria da população da cidadania e do gozo de direitos civis e políticos. Havia igualmente, a exploração da mão-de-obra, trabalho forçado, que apesar das reformas que o regime colonial tentou promover foram apenas cosméticas. No caso concreto da Guiné, o próprio Spínola, que foi Governador da então “província” ultramarina, chegou a afirmar que a subversão local se aproveitou muito dessas condições objetivas e subjetivas que enumeramos acima. É evidente que a mudança operada e que deve constituir motivo de orgulho para todos nós é que se conquistou a independência.

Apesar disso, são ainda inúmeros os problemas e os obstáculos a enfrentar. Por exemplo, atacar a pobreza extrema, a exclusão social, resolver a questão do emprego jovem, fixar as populações localmente através da geração de empregos, construir infraestruturas rodoviárias que integrem o país e as ligações com os países vizinhos; apostar seriamente na formação de quadros e tentar fixá-los no nosso país, melhoria das condições salariais, entre outras muitas coisas. Se não formos capazes de fazer isso teremos o nosso sonho de desenvolvimento posto em causa por muitas gerações. Porque neste mundo a competição pelos quadros e pela mão-de-obra é cada vez maior. Se não soubermos gerar as condições para competir estaremos irremediavelmente perdidos.

OD: Há quem diga que a Revolução de 25 de abril foi apenas um pretexto para salvar a pele dos portugueses e não dos cidadãos dos países dominados. Concorda com essa narrativa?

JSS: Não acredito nessa narrativa. Vale a pena lembrar que a guerra colonial em três frentes de batalha (Guiné, Angola e Moçambique), principalmente na Guiné, também pesou nessa equação. Havia militares portugueses a combater nessas três frentes de guerra que estavam cansadas da guerra em África e para os quais os sacrifícios que estavam a ser consentidos em África não se justificavam.

No processo da Revolução em Portugal, muitos dos militares que tomaram parte no movimento das Forças Armadas estiveram ou passaram pela Guiné. Assim sendo, experimentaram as agruras da guerra num terreno considerado difícil. Se se tiver em conta que um dos objetivos da própria revolução era a democratização do país, então não se percebe como seria possível democratizar sem descolonizar. As colónias foram e eram uma autêntica pedra no sapato do regime colonial. E sê-lo-iam para qualquer regime, incluindo o democrático. Por isso devemos estabelecer sempre uma ligação entre a Revolução, a Democracia e a Descolonização.

OD: Que ilações se podem tirar dos 50 anos depois desta revolução, sobretudo para os países como a Guiné-Bissau em que se fala de mãos ocultas dos militares na administração do país?

JSS: Considero que os países africanos estão a fazer o seu percurso. Os processos de independência não são fáceis. As próprias revoluções que visam a transformação radical das estruturas coloniais e o advento de novas estruturas são processos complexos. Mesmo em Portugal houve muitos problemas depois da Revolução dos Cravos até o país se estabilizar e ter o sistema democrático que hoje constitui um dos alicerces da estabilidade do país. Então se olharmos para o passado de Portugal também houve momentos de instabilidade que duraram anos.

Estou a pensar por exemplo na situação pós-Revolução Republicana de 1910. Não quero com isso dizer que a instabilidade é uma fatalidade. Não, não é e não deve ser um estigma. O que importa é que haja consensos nacionais alargados para que não se perca a oportunidade de alicerçar o nosso sistema político democrático e assente no parlamentarismo e vontade política para elevar as condições de vida material das populações. Acho que todos somos responsáveis nesse processo de construir um país em que impere a irmandade, a paz e o progresso que foi um dos lemas, se se quiser, da luta de libertação nacional.

Por: Assana Sambú

25 de Abril: Umaro Sissoco Embaló sublinha "o contributo original" da Guiné na Revolução de Abril

© Lusa
Por Lusa 25/04/24

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, manifestou hoje o "orgulho" do povo guineense de ter dado "o contributo original" para a transformação histórica que culminou na Revolução de Abril, na descolonização, e na democracia nos PALOP.

Presidente da República Umaro Sissoco Embalo discursa na comemorações de 25 de Abril em Portugal.☝ @Malafi Camara
Sissoco Embaló recordou que há 50 anos, quando se deu o 25 de Abril, o "povo guineense em luta - dirigido pelo Partido Africano para a Independência da Guin+é e Cabo Verde (PAIGC) de Amílcar Cabral - já tinha proclamado unilateralmente a sua própria independência nacional, o seu próprio Estado" e este "evento histórico relevante" em 24 de Setembro de 1973, foi reconhecido "por uma larga maioria" dos membros da ONU.

"A evocação da Revolução portuguesa do 25 de Abril convoca imediatamente para uma reflexão conjunta das lutas de libertação nacional dos nossos povos", disse Embaló, sublinhando a ocorrência de "dois processos históricos que se cruzavam".

Estes dois processos, disse, "tinham em comum uma mesma aspiração", liberdade e libertação nacional, pelo que não foi "de estranhar que uma convergência estratégica -- entre os combatentes contra o Império e os combatentes contra a ditadura - começasse a ganhar, pouco a pouco, maior densidade, maior força".

Sissoco Embaló discursava em Lisboa durante a sessão comemorativa do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974, que contou com a participação de chefes de Estado dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste.

"A memória coletiva dos nossos povos guarda uma certeza inabalável: a revolução do 25 de Abril de 1974 acabou com a guerra", sublinhou ainda, recordando que esta começou em Angola, se estendeu à Guiné e, depois, a Moçambique.

"De facto, acabar com a guerra foi o propósito primordial que animou os Capitães de Abril", e "tratou-se, sem dúvida, de um feito histórico inesquecível", declarou.

Foi também o 25 de abril, disse ainda, que "abriu caminho à implementação do conceito de descolonização consagrado na Carta da Organização das Nações Unidas", recordando, porém, que, não obstante o "sucesso de abril", "foi preciso vencer ainda muitas resistências", ilustradas pelo facto de Portugal apenas proclamar oficialmente o princípio da autodeterminação das suas ex-colónias "em 27 de julho de 1974 - três meses após a revolução do 25 de Abril".



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No âmbito das comemorações do cinquentenário do 25 de Abril, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou juntamente com o seu homólogo português, S.E Marcelo Rebelo de Sousa e outros chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)num evento que celebra as relações com a Lusofonia, na sede mundial do Imamat Ismaili (Diwan), em Lisboa. 🇵🇹🇬🇼

  Presidência da República da Guiné-Bissau