segunda-feira, 16 de outubro de 2023
Presidente da Associação dos Retalhistas dos Mercados da GB, anúncia, falta de açucar no mercado nacional
Que impacto tem a redução de preços da Guiné-Bissau?
Na Guiné-Bissau, consumidores e especialistas avaliam impacto da redução dos preços de alguns produtos essenciais no mercado nacional.
O Lassana Cassamá tem a reportagem👇
Gaza. Putin regista aumento de vítimas civis e contacta homólogos árabes
© Contributor/Getty Images
POR LUSA 16/10/23
O presidente russo Vladimir Putin alertou hoje para o "aumento catastrófico" do número de vítimas civis em Gaza e para o risco de uma "guerra regional", face à escalada do conflito entre Israel e o Hamas palestiniano.
Segundo o Kremlin, Putin manifestou uma "inquietação extrema face à escalada das hostilidades em larga escala, acompanhada por um aumento catastrófico do número de vítimas civis e um agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza", no decurso de um contacto telefónico com os homólogos iraniano, egípcio, sírio e com o presidente da Autoridade palestiniana.
O Kremlin pediu ainda um "imediato" cessar-fogo entre israelitas e palestinianos e o reinício do processo de diálogo político no Médio Oriente, e admitiu um contacto de Putin com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
De acordo com um comunicado da presidência egípcia, o Presidente Abdel Fattah al-Sisi abordou hoje com Putin a necessidade de proporcionar ajuda humanitária urgente e segura a Gaza, face à deterioração da situação humanitária devido aos bombardeamentos israelitas como represália pelos ataques do Hamas em 07 de outubro.
No contacto telefónico, os dois dirigentes sublinharam a "gravidade da situação humanitária na Faixa de Gaza e a necessidade de proporcionar uma passagem segura e ajuda humanitária de socorro de forma urgente", indica o comunicado da presidência.
As duas partes referiram a importância de "seguir a via da desescalada" para "recuperar a estabilidade e a segurança" e ainda "priorizar a proteção dos civis e proibir que sejam expostos a ataques".
Registou-se ainda a necessidade de "trabalhar seriamente para abordar a origem da crise", em particular a "ausência de um horizonte político para resolver a causa palestiniana de forma justa e permanente, e ainda o estabelecimento do Estado palestiniano segundo a legitimidade internacional acordada".
O Egito aguarda a autorização de Israel para abrir a passagem fronteiriça de Rafah, que liga o norte da península egípcia do Sinai com a Faixa de Gaza, para o envio de ajuda humanitária urgente e permitir a entrada de estrangeiros, mas que tem sido bombardeada pela aviação israelita.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado passado um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Em Gaza, os mortos devido aos bombardeamentos já ultrapassam os 2.750, o número mais elevado da história do enclave, que já regista mais vítimas mortais face ao conflito de 2014 que se prolongou por 55 dias, e mais de 9.700 feridos.
Em Israel, e na sequência do ataque do Hamas em 07 de outubro, foram mortas 1.400 pessoas, na maioria civis, o pior registo da história do país.
França quer acelerar expulsão de 193 estrangeiros radicalizados
© Reuters
POR LUSA 16/10/23
França quer acelerar a expulsão de 193 estrangeiros radicalizados em situação irregular naquele país, anunciou hoje o ministro do Interior, Gérald Darmanin, após uma reunião de segurança organizada na sequência do recente ataque que matou um professor.
Um professor francês foi esfaqueado mortalmente na sexta-feira por um antigo aluno radicalizado em frente a uma escola secundária em Arras, no norte de França. O jovem de 20 anos, de nacionalidade russa, estava sinalizado pelas autoridades por suspeitas de radicalização islâmica.
O caso provocou uma onda de indignação e levou o Governo francês a elevar o nível de alerta de ataque para o seu nível máximo, tendo colocado em estado de prontidão cerca de 7.000 militares.
Destas 193 pessoas inscritas no ficheiro de pessoas radicalizadas (FSPRT), 85 "provavelmente já não se encontram em França", referiu, em declarações à agência AFP, o gabinete do ministro do Interior, que clarificou que será necessária uma "verificação caso a caso" sobre estas pessoas.
Foi também solicitado aos autarcas um "novo exame aprofundado" de 2.852 pessoas em situação regular e que constam nos registos do FSPRT.
No total, estão inscritas no FSPRT 20.120 pessoas, incluindo 4.263 estrangeiros em situação regular ou irregular.
Desde 2015, 922 pessoas cadastradas nesta listagem foram expulsas do país, segundo o executivo francês.
O ministro do Interior francês também anunciou hoje que 102 pessoas foram detidas por atos antissemitas ou de apologia pública do terrorismo desde o ataque-surpresa do grupo islamita palestiniano Hamas contra Israel, perpetrado em 07 de outubro.
Entre os 102 detidos, 27 são estrangeiros, informou o ministro, acrescentando que 11 deles estão "atualmente num centro de detenção administrativa ou na prisão".
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Radio TV BantabaExército israelita continua a concentrar forças no sul do país
© Reuters
POR LUSA 16/10/23
A presença de forças israelitas na zona sul de Israel intensifica-se nas zonas paralelas à Faixa de Gaza, com forças mecanizadas e transporte de tropas acompanhadas de alguns civis armados.
"Estávamos a viver problemas, uma crise política, mas agora o que temos é união", disse à Lusa um jovem ajudante de uma unidade de enfermeiros a meio caminho entre em Be'er Sheva, 40 quilómetros a leste de Gaza, e a cidade de Sderot.
"Estou aqui para ajudar a levar equipamento médico para as tropas", acrescenta o jovem fardado e armado, afirmando que a "a maior parte da população de Gaza (mais de um milhão de civis) é, na maior parte, apoiante do Hamas".
Na Faixa de Gaza estão mais de um milhão de civis, enquano as forças envolvidas na campanha israelita se mobilizam diariamente para as áreas a leste e norte do enclave.
"Em Sderot, arrisco dizer que se encontram neste momento apenas 2.500 civis israelitas", disse à Lusa uma fonte médica do centro de saúde que se mantém operacional na periferia da cidade frente a Gaza.
As ordens de evacuação da cidade foram decretadas na semana passada, mas a retirada é voluntária.
A maior parte dos acessos à principal estrada que liga o norte ao leste de Gaza estão condicionadas por militares israelitas, dando passagem a tanques e a veículos de abastecimento de combustível militar.
Os disparos de artilharia pesada de Israel começaram às 14h15 (14h15 em Lisboa).
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O “metro de Gaza”: a misteriosa rede de túneis subterrâneos utilizada pelo Hamas
Por Joshua Berlinger CNN, 16/10/23
Em 2021, o Hamas afirmou ter construído 500 quilómetros de túneis sob Gaza.
Os inúmeros túneis sob Gaza são mais conhecidos como passagens utilizadas para contrabandear mercadorias do Egipto e lançar ataques contra Israel.
Mas existe uma segunda rede subterrânea a que as Forças de Defesa de Israel (FDI) se referem coloquialmente como o "metro de Gaza". É um vasto labirinto de túneis, segundo alguns relatos, vários quilómetros abaixo do solo, usado para transportar pessoas e mercadorias; para armazenar rockets e esconderijos de munições; e abrigar centros de comando e controle do Hamas, tudo longe dos olhos curiosos das aeronaves e drones de vigilância das FDI.
Em 2021, o Hamas afirmou ter construído 500 quilómetros de túneis sob Gaza, embora não seja claro se esse número é exato ou se se trata de uma encenação. A ser verdade, os túneis subterrâneos do Hamas teriam um pouco menos de metade do comprimento do sistema de metro de Nova Iorque.
"É uma rede de túneis muito complexa, muito grande - enorme - num pedaço de território bastante pequeno", explica Daphne Richemond-Barak, professora da Universidade Reichman de Israel e especialista em guerra subterrânea.
Não se sabe ao certo quanto terá custado a rede de túneis ao Hamas, que governa a empobrecida faixa costeira. O valor é provavelmente significativo, tanto em termos de mão de obra como de capital.
Gaza está sob um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo por parte de Israel, bem como um bloqueio terrestre por parte do Egipto, desde 2007 e não se crê que possua o tipo de maquinaria maciça tipicamente utilizada para construir túneis subterrâneos profundos. Os peritos afirmam que os escavadores, utilizando ferramentas básicas, devem ter escavado as profundezas do subsolo para desenvolver a rede, que está ligada à eletricidade e reforçada com betão. Há muito que Israel acusa o Hamas de desviar betão destinado a fins civis e humanitários para a construção de túneis.
Os críticos do Hamas também afirmam que os gastos maciços do grupo em túneis poderão ter sido utilizados para construir abrigos anti-bombas para civis ou redes de alerta precoce, como as que existem do outro lado da fronteira em Israel.
A vantagem assimétrica
Os túneis têm sido um instrumento de guerra desde os tempos medievais. Atualmente, oferecem a grupos militantes como o Hamas uma vantagem na guerra assimétrica, anulando algumas das vantagens tecnológicas de um exército mais avançado como as IDF.
O que torna os túneis do Hamas diferentes dos da Al Qaeda nas montanhas do Afeganistão ou dos vietcongues nas selvas do Sudeste Asiático é o facto de ter construído uma rede subterrânea sob uma das áreas mais densamente povoadas do planeta. Cerca de dois milhões de pessoas vivem nos 365 quilómetros quadrados que constituem a Cidade de Gaza.
"É sempre difícil lidar com túneis, não me interpretem mal, em qualquer contexto, mesmo quando se encontram numa zona montanhosa, mas quando se trata de uma zona urbana, tudo é mais complicado - os aspectos tácticos, os aspectos estratégicos, os aspectos operacionais e, claro, a proteção que se pretende garantir à população civil", afirma Richemond-Barak, que é também membro sénior do Lieber Institute for Law and Land Warfare e do Modern War Institute em West Point.
Soldados israelitas de combate especial realizam um exercício de treino utilizando tecnologia de campo de batalha de realidade virtual para simular túneis do Hamas que vão de Gaza a Israel, numa base do exército israelita em Petach Tikva, em abril de 2017. Rina Castelnuovo/Bloomerg/Getty Images/File
Desde o ataque terrorista de 7 de outubro em Israel, no qual pelo menos 1400 pessoas, na sua maioria civis, foram mortas, as FDI têm alegado repetidamente que o Hamas se esconde nestas passagens "debaixo de casas e dentro de edifícios habitados por civis inocentes de Gaza", transformando-os efetivamente em escudos humanos. Desde então, os ataques aéreos militares israelitas já mataram pelo menos 2.670 palestinianos, informou o Ministério da Saúde de Gaza em comunicado no domingo.
Espera-se que as FDI ataquem a rede na sua próxima incursão terrestre em Gaza, uma vez que, nos últimos anos, tem feito um esforço extremo para eliminar os túneis do Hamas. Israel lançou um ataque terrestre a Gaza em 2014 para tentar eliminar as passagens subterrâneas.
Na sexta-feira, Israel avisou cerca de 1,1 milhões de pessoas que vivem em Gaza para se deslocarem para sul antes da sua provável operação, de acordo com as Nações Unidas. Os críticos afirmam que tal ordem é impossível de executar num curto espaço de tempo, no meio de uma zona de guerra. O principal funcionário da ONU para os direitos humanos disse que o pedido de evacuação "desafia as regras da guerra e a humanidade básica".
As pessoas que vivem no norte de Gaza devem fugir para o sul
O exército israelita ordenou a 1,1 milhões de pessoas que abandonassem o norte de Gaza, densamente povoado, incluindo a cidade de Gaza, e se deslocassem para o sul da faixa. As Nações Unidas afirmaram que a instrução causaria "consequências humanitárias devastadoras".
A retirada de civis da cidade de Gaza ajudaria a tornar mais segura a eliminação dos túneis, mas tais operações serão perigosas, considera Richemond-Barak.
As FDI podem tornar os túneis temporariamente inutilizáveis ou destruí-los. De acordo com Richemond-Barak, bombardear as passagens subterrâneas é normalmente a forma mais eficiente de os eliminar, mas esses ataques podem afetar os civis.
O que é claro é que a tecnologia por si só não será suficiente para acabar com a ameaça subterrânea.
Israel gastou milhares de milhões de dólares a tentar proteger a fronteira com um sistema inteligente que inclui sensores avançados e muros subterrâneos, mas mesmo assim o Hamas conseguiu lançar o seu ataque de 7 de outubro por terra, ar e mar.
Para Richemond-Barak, é necessária uma abordagem holística, que recorra a informações visuais, ao controlo das fronteiras e até a pedir aos civis que estejam atentos a qualquer coisa suspeita.
"Não existe uma solução infalível para lidar com uma ameaça de túnel", disse Richemond-Barak. "Não existe um Domo de Ferro para túneis.
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Israel nega cessar-fogo para saída de estrangeiros da Faixa de Gaza
© Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images
POR LUSA 16/10/23
Israel negou hoje a existência de um cessar-fogo com o Hamas no sul da Faixa de Gaza para a entrada de ajuda humanitária e a saída de estrangeiros pela fronteira com o Egito.
"Não há cessar-fogo e não há entrada de ajuda humanitária em Gaza em troca da saída de estrangeiros", afirmou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu num curto comunicado citado pela agência francesa AFP.
A situação permanecia confusa esta manhã no posto fronteiriço de Rafah, que liga o sul da Faixa de Gaza à península egípcia do Sinai, onde centenas de pessoas aguardavam a abertura dos portões.
Os Estados Unidos tinham anunciado que Rafah seria aberta hoje de manhã para permitir a saída de estrangeiros retidos na Faixa de Gaza pela guerra entre o grupo islamita Hamas e Israel.
As autoridades do Cairo disseram que a abertura só ocorreria se fosse permitida a entrada de ajuda humanitária, numa operação que estaria a ser coordenada com a ONU.
Segundo testemunhas do lado egípcio, os comboios de ajuda ainda não tinham deixado hoje a cidade de Al-Arich, cerca de 40 quilómetros a leste de Rafah.
Fontes da segurança egípcia disseram hoje à agência EFE que a passagem seria aberta, mas que se desconhecida ainda a hora.
"A passagem vai ser aberta hoje, mas não há confirmação da hora", disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas devido à sensibilidade do assunto, que tem estado a ser negociado com os Estados Unidos.
O exército israelita tem bombardeado Gaza desde que comandos do Hamas mataram mais de 1.400 pessoas durante numa incursão sem precedentes em Israel em 07 de outubro.
Israel declarou guerra ao Hamas e concentrou tropas e armamento junto à fronteira para um eventual ataque terrestre que disse ser destinado a eliminar o grupo islamita.
O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido.
Numa antecipação do ataque, Israel aconselhou os residentes no norte da Faixa de Gaza a fugirem para o sul, tendo dado inicialmente um prazo de 24 horas, que foi sendo alargado após críticas da comunidade internacional, incluindo a ONU.
Em causa está a movimentação de 1,1 milhões de pessoas, cerca de metade da população da Faixa de Gaza.
Já hoje, o porta-voz do exército israelita para a imprensa árabe, Avichay Adraee, anunciou nas redes sociais uma trégua nos bombardeamentos nas zonas demarcadas para a fuga da população do norte para o sul.
As forças israelitas "abster-se-ão de atacar os eixos demarcados entre as 08:00 [locais, 06:00 em Lisboa] e as 12:00 [10:00]", declarou o porta-voz, fazendo acompanhar o anúncio com um mapa a indicar o corredor em causa.
"Para vossa própria segurança, aproveitem este curto espaço de tempo para se deslocarem do norte e da cidade de Gaza para o sul", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.
O Hamas disse hoje que os bombardeamentos israelitas provocaram cerca de 2.750 mortos e mais de 9.700 feridos na Faixa de Gaza.
A ONU calcula que a guerra entre Israel e o Hamas já tenha provocado mais de um milhão de deslocados na Faixa de Gaza desde 07 de outubro.
As autoridades israelitas anunciaram hoje também a evacuação de 28 povoações ao longo da fronteira com o Líbano, no norte do país.
A decisão seguiu-se à morte de cinco pessoas por disparos provenientes do Líbano atribuídos à milícia xiita libanesa Hezbollah, apoiada pelo Irão.
Leia Também: Cerca de 2.750 pessoas foram mortas por ataques israelitas na Faixa de Gaza, de acordo com um balanço atualizado divulgado hoje pelo Ministério da Saúde do Hamas, o movimento islamita no poder no enclave palestiniano.
Vladimir Putin visita China à procura de apoio económico e diplomático
© ALEXEY NIKOLSKY/POOL/AFP via Getty Images
POR LUSA 16/10/23
O Presidente russo, Vladimir Putin, deve reunir esta semana com os líderes chineses em Pequim, numa visita que sublinha o apoio económico e diplomático da China a Moscovo, sob crescente isolamento, devido à invasão da Ucrânia.
A visita de Putin constitui também uma demonstração de apoio à Iniciativa Faixa e Rota, um gigantesco projeto internacional de infraestruturas que se tornou no principal programa da política externa de Pequim.
A China considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a sua relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão, marcada por disputas em torno do comércio e tecnologia ou diferendos em questões de Direitos Humanos, o estatuto de Hong Kong ou Taiwan e a soberania dos mares do Sul e do Leste da China.
O líder russo é um dos convidados mais importantes a participar no fórum que assinala o 10.º aniversário da iniciativa "Faixa e Rota", ao abrigo da qual as empresas chinesas construíram portos, estradas, linhas ferroviárias, centrais elétricas e outras infraestruturas em todo o mundo, financiadas por bancos de desenvolvimento chineses. O programa cimentou o estatuto da China como líder e credora entre os países em desenvolvimento.
O programa da visita de Putin não foi confirmado, mas as autoridades chinesas sugeriram que o líder russo chega hoje a Pequim.
Questionado pelos jornalistas na sexta-feira sobre a visita à China, Putin disse que vai conversar com os líderes chineses sobre projetos relacionados com a Faixa e Rota, que Moscovo pretende associar aos esforços empreendidos por uma aliança económica entre nações da antiga União Soviética, maioritariamente localizadas na Ásia Central, para "alcançar objetivos de desenvolvimento comum".
Putin também minimizou o impacto da influência económica da China numa região que a Rússia há muito considera como a sua área natural de influência e onde tem trabalhado para manter a hegemonia política e militar.
"Não temos contradições, pelo contrário, existe uma certa sinergia", afirmou o líder russo.
Putin referiu que ele e Xi também vão abordar os crescentes laços económicos e financeiros entre Moscovo e Pequim.
"Um dos principais domínios são as relações financeiras e a criação de novos incentivos para fazer pagamentos em moeda nacional", disse Putin. "O volume está a crescer rapidamente, há boas perspetivas nas áreas da alta tecnologia e no setor da energia", contou.
Alexander Gabuev, diretor do Centro Carnegie Rússia - Eurásia, afirmou que, do ponto de vista da China, a Rússia é um "país vizinho seguro e amigável e uma fonte de matérias-primas baratas, que apoia as iniciativas chinesas na cena internacional e que é também fonte de tecnologia militar, alguma da qual a China não possui".
"Para a Rússia, a China é a tábua de salvação económica na sua repressão brutal contra a Ucrânia", disse Gabuev, citado pela agência de notícias Associated Press.
"É o principal mercado para as matérias-primas russas, é um país que fornece a sua moeda e sistema de pagamento para regular o comércio da Rússia com o mundo exterior - com a própria China, mas também com muitos outros países, e é também a principal fonte de importações tecnológicas sofisticadas, incluindo bens de dupla utilização que entram na máquina militar russa", descreveu.
Gabuev afirmou que, embora seja improvável que Moscovo e Pequim forjem uma aliança militar formal, a sua cooperação em matéria de defesa vai aumentar.
"Não espero que a Rússia e a China criem uma aliança militar", disse. "Ambos os países são auto-suficientes em termos de segurança e beneficiam de parcerias, mas nenhum deles exige realmente uma garantia de segurança do outro. Ambos pregam a autonomia estratégica", lembrou.
"Mas vai haver uma cooperação militar mais estreita, mais interoperabilidade, mais cooperação na projeção de forças em conjunto, incluindo em locais como o Ártico, e mais esforços conjuntos para desenvolver uma defesa antimíssil que torne o planeamento nuclear dos Estados Unidos e dos seus aliados na Ásia e na Europa mais complicado", acrescentou.
China e a antiga União Soviética foram rivais durante a Guerra Fria, disputando entre si influência entre os Estados comunistas. Desde então, estabeleceram parcerias nas esferas económica, militar e diplomática.
Poucas semanas antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, Putin e Xi declararam, em Pequim, uma amizade "sem limites".
As tentativas de Pequim de se apresentar como mediador de paz neutro na guerra foram amplamente rejeitadas pela comunidade internacional.
A China condenou as sanções internacionais impostas à Rússia, mas não abordou diretamente o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional contra Putin, acusado de envolvimento no rapto de milhares de crianças na Ucrânia.
Leia Também: Ucrânia diz que repeliu mais de 50 ataques russos nas últimas 24 horas
Pyongyang criticado por alegada transferência de armamento para Moscovo
© Reuters
POR LUSA 16/10/23
O Governo sul-coreano criticou hoje a Coreia do Norte pela alegada transferência de armamento para a Rússia, depois de os líderes de Pyongyang e Moscovo se terem reunido, em setembro, para reforçar as relações bilaterais.
"A Coreia do Norte negou a troca de armas com a Rússia em várias ocasiões, mas as circunstâncias estão a vir à tona", disse, em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul Koo Byoung-sam, afirmando que o regime de Pyongyang está a "revelar a sua verdadeira natureza".
Koo sublinhou que qualquer troca de armas com a Coreia do Norte deve ser evitada, uma vez que viola as sanções impostas pelas Nações Unidas a Pyongyang.
Recordou, além disso, que "a Rússia, em especial, deve cumprir as obrigações enquanto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU".
As declarações de Koo surgem depois de a Casa Branca ter afirmado, na sexta-feira, que a Coreia do Norte enviou mais de mil contentores com equipamento militar e munições para a Rússia, por via férrea e marítima, para serem utilizados na guerra na Ucrânia.
A Casa Branca revelou imagens que mostram o envio, entre 07 de setembro e 01 de outubro, de uma série de contentores do porto de Rason (nordeste da Coreia do Norte) para Dunay, perto de Vladivostok (extremo oriente da Rússia), que foram depois transportados de comboio para um depósito de munições perto de Tikhoretsk, a cerca de 290 quilómetros da fronteira russa com a Ucrânia.
As imagens de satélite revelam ainda um aumento sem precedentes do tráfego ferroviário de mercadorias na fronteira entre a Rússia e a Coreia do Norte, ultrapassando os volumes de comércio registados antes da pandemia de covid-19.
Acredita-se que estas trocas comerciais foram cimentadas na cimeira de 13 de setembro entre o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, na região russa de Amur.
Tanto a Casa Branca como os 'media' norte-americanos afirmam que, em troca de artilharia e outros materiais militares que a Rússia pode utilizar na Ucrânia, Pyongyang quer tecnologia militar avançada.
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Cabo Verde: Maior investimento estrangeiro abandonado e Governo procura de alternativas
Hotel do projeto Macau Legend Developement, Cidade da Praia, Cabo Verde
Por voaportugues.com 16/10/23
Com o anúncio do abandono do projeto que, segundo o plano avançado inicialmente, deveria ser inaugurado em 2021, o primeiro-ministro anunciou que o Governo vai reverter a concessão que era de 25 anos e criar condições para o surgimento de novos projetos.
PRAIA — Anunciado há anos como o maior investimento privado externo em Cabo Verde, no valor de 270 milhões de dólares, que iria promover centenas ou milhares de empregos, o Macau Legend Developement abandonou recentemente o projeto de construção de um hotel –casino na cidade da Praia.
Para a história ficaram um hotel não concluído, muito criticado por ser um "corpo estranho" numa zona residencial da capital, Prainha, e uma pequena ponte que liga o ilhéu Santa Maria, Djéu, à cidade.
Ativistas e analistas económicos esperam que o Governo envolva os diferentes atores políticos, empresários e a sociedade civil na formatação e implementação de um novo projeto que seja abrangente e sirva a capital do arquipélago, sem esquecer a preservação ambiental e marinha.
Com o anúncio do abandono do projeto que, segundo o plano avançado inicialmente, deveria ser inaugurado em 2021, o primeiro-ministro anunciou que o Governo vai reverter a concessão que era de 25 anos e criar condições para o surgimento de novos projetos.
“Agora vamos fazer as partes que tem a ver com todo o suporte juridico… depois ver que destino dar a esse investimento que não pode ficar assim como está… isso é claro”, disse Ulisses Correia e Silva.
Ponte que liga o ilhéu de Santa Maria à cidade da Praia construída pelo projeto Macau Legend Developement, Cabo Verde
O presidente da Associação de Turismo de Santiago considera que a ideia da construção de um casino na cidade da Praia foi boa, só que a localização para a construção da infraestrutura foi um erro.
Eugénio Inocêncio diz que agora deve-se aproveitar a oportunidade para desenvolver um projeto que transforme toda a área em espaços de lazer, restaurantes e belas praias balneares.
Inocêncio considera que todas as forças vivas desde o Governo, Câmara Municipal da Praia, personalidades da sociedade civil, estruturas públicas e privadas ligadas ao turismo e empresariado nacional devem juntar as vozes e forças no sentido de se traçar e implementar um projeto com ganhos amplos.
No que toca a meios para a implementação de um novo projeto, Inocêncio diz que estão ao alcance do país e realça que “são valores com retorno, não são custos mas sim investimentos… nomeadamente para se pagar eventuais créditos necesários… é há fundos internacionais para isso”.
Na mesma linha de pensamento, o presidente da Câmara Municipal da Praia considera que a paralisação do projeto deve agora ser aproveitada para se repensar e adaptar o mesmo aos reais anseios do país e à vontade dos cidadãos.
Francisco Carvalho afirma que por se tratar do município que alberga o projeto, o Governo deve envolver a Câmara e fornecer todas as informações.
“Nós já percebemos que os paraenses querem que o Djéu e a Praia da Gamboa sejam devolvida ao seu convivio… sabemos que o espaço representou para Charles Darwin aspeto central… então temos a oportunidade de incluir agora o Djéu dentro desse percurso turístico –cultural”, sustenta o autarca.
Tal como alguns ativistas e ambientalistas, também o edil praiense defende a necessidade da criação de estruturas no futuro projeto, visando estudos e preservação do ambiente e do ecossistema marinho.
Esta ideia é reforçada pela bióloga Ana Gonçalves que trabalha na Associação do Desenvolvimento e Defesa do Ambiente (ADAD).
“Tendo em conta que possui espécies endémicas e uma parte histórica, eu acho que sim que deve ser preservado e ver duma forma sustentável como é que podemos desenvolver o turismo, criar mais áreas verdes ao longo daquela costa”, defende aquela bióloga.
O acordo de concessão para a construção e exploração de uma estância turística vocacionada para jogos no ilheu de Santa Maria foi assinado com o Executivo cabo-verdiano em 2015 e a primeira pedra foi lançada em fevereiro de 2016 pelo empresário macaense, David Show.
As obras arrancaram mas, com o aparecimento de pandemia da Covid-19, ficaram em banho maria, mas agora o Macau Legend Devolopement anunciou o abandono do projecto.
Antes a empresa liderada pelo conhecido magnata de jogos tinha garantido que apresentaria um plano para a retoma das obras, o que acabou por não acontecer.
domingo, 15 de outubro de 2023
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, disse hoje que "as políticas e ações do Hamas não representam o povo palestino".
© Jade Gao - Pool/Getty Images
POR LUSA 15/10/23
"Políticas e ações do Hamas não representam povo palestiniano", diz Abbas
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, disse hoje que "as políticas e ações do Hamas não representam o povo palestino".
De acordo com a agência oficial de notícias palestiniana Wafa, Mahmoud Abbas afirmou, durante uma conversa com o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que "as políticas e ações do Hamas não representam o povo palestino".
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é o único representante legítimo do povo palestino, segundo Mahmoud Abbas.
Nicolás Maduro falou por telefone com o presidente da Autoridade Palestiniana para lhe manifestar o seu apoio e também "à causa palestiniana", e ordenou o envio de ajuda humanitária, anunciaram hoje as autoridades.
Israel encontra-se em alerta máximo desde 07 de outubro, quando combatentes palestinianos do movimento islamita Hamas atacaram o sul do país em várias frentes a partir da Faixa de Gaza, matando mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, e capturando outras 155, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas -- segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas.
Tratou-se de uma ofensiva apoiada pelo grupo xiita libanês Hezbollah e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas - grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel -- e ao qual Israel impôs um cerco total, cortando o abastecimento de água, combustível e eletricidade, a forte retaliação israelita matou até agora mais de 2.670 pessoas, incluindo mais de 700 crianças, e feriu pelo menos 9.600.
Leia Também: Biden realça "direito à dignidade" de palestinianos em conversa com Abbas
Executivo de Geraldo Martins entrega Programa e proposta do OGE do ano 2023 na ANP
Bissau, 15 Out 23 (ANG) – O Governo da décima primeira legislatura liderado por Geraldo Martins procedeu na sexta-feira, a entrega do seu Programa de governação e a proposta do Orçamento Geral de Estado(OGE) relativo ao ano 2023, na Assembleia Nacional Popular (ANP).
De acordo com o comunicado enviado à ANG pelo secretário de Estado da Comunicação Social e Porta Voz do Governo, Francisco Seco Muniro Conté, com este acto formal, o executivo liderado por Geraldo Martins, cumpre as disposições constitucionais no que diz respeito a submissão dos instrumentos de governação.
A nota informa que, o Programa do Governo da décima primeira legislatura, é o resultado das propostas submetidas ao plesbicito pela Plataforma de Aliança Inclusiva(PAI Terra Ranka) e assume uma forte aposta no fortalecimento das instituições republicanas no combate a pobreza, através de um crescimento rebusto liderado por um sector privado forte.
O comunicado informa que, a criação de infraestruturas, que sirvam de suporte ao referido crescimento, aposta ainda na valorização do capital humano, na consolidação da política externa e a integração da diáspora e da preservação da nossa rica biodiversidade.
O documento disse que o Programa de Governo é constituído por seis eixos e está alinhado com o Plano Estratégico e Operacional Terra Ranka. Assim como as estratégias regionais globais para a promoção de desenvolvimento inclusivo e sustentável.
“Neste caso o executivo submeteu igualmente à ANP, a proposta do OGE para 2023, aprovado retroativamente pelo Conselho de Ministros na sua sessão do dia 05 de Outubro de 2023.
Homem mata criança palestiniana de seis anos com 26 facadas em Chicago. Polícia fala em crime de ódio
Wadea Al-Fayoume (CAIR)
Por cnnportugal.iol.pt 15/10/23
A mãe da criança está internada no hospital em estado crítico
Uma criança de apenas seis anos foi esfaqueada até à morte por um homem de 71 anos em Plainfield, no estado norte-americano de Chicago, num caso que a polícia acredita que está relacionado com um crime de islamofobia, na sequência do ataque do Hamas a Israel.
A polícia já prendeu o homem, tendo confirmado que em causa está um crime de ódio, uma vez que o menino, identificado como Wadea Al-Fayoume, tinha dupla nacionalidade palestiniana e norte-americana. A mãe da criança, também muçulmana, ficou gravemente ferida na sequência do ataque.
De resto, foi a própria mãe, Hanaan Shahin, a dar o alerta para o caso, tendo ligado para o serviço de emergência a denunciar um ataque com faca por parte do seu senhorio, que matou o seu filho com 26 facadas no peito, tronco e braços.
Quando os agentes da polícia chegaram ao local encontraram o homem sentado no chão, perto da porta de entrada, com um corte na testa. Pouco depois encontraram as duas vítimas no quarto.
A criança ainda foi transportada para o hospital, mas acabou por morrer na sequência dos ferimentos. A mulher, apesar da condição grave, deve conseguir sobreviver.
A polícia também encontrou no local a arma do crime, com o xerife do condado de Will a explicar à ABC7 que o suspeito vai ser acusado de dois crimes de homicídio em primeiro grau, um deles na forma tentada, além de dois crimes de ódio e de assalto agravado.
O caso já foi denunciado pelo Conselho para as Relações Américo-Islâmicas (CAIR), um grupo que defende os direitos civis dos muçulmanos nos Estados Unidos, e que classificou este como um crime de ódio.
Hamas “não tem legitimidade nenhuma para discutir o direito internacional quando fez um ataque em que violou as regras todas”
Armando Marques Guedes, especialista em Relações e Política Internacionais, diz que o Hamas “não tem legitimidade nenhuma para discutir o direito internacional quando fez um ataque em que violou as regras todas”.
“Até ontem - e ontem fez uma semana exata do princípio dos ataques - havia mais mortes e mais feridos israelitas do que eram os palestinianos”, diz.
ISRAEL/PALESTINA: Exército israelita diz que há 155 reféns nas mãos do Hamas
© Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
POR LUSA 15/10/23
O Exército israelita afirmou hoje ter notificado as famílias de 155 reféns sobre o seu cativeiro, atualizando o balanço anterior, que dava conta de 126 pessoas capturadas em poder do movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
"Estamos a efetuar esforços colossais para a libertação dos reféns", garantiu o porta-voz militar Daniel Hagari numa conferência de imprensa, precisando que as famílias de "155 cativos" tinham sido contactadas.
Israel encontra-se em alerta máximo desde 07 de outubro, quando combatentes palestinianos do movimento islamita Hamas atacaram o sul do país em várias frentes a partir da Faixa de Gaza, matando mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, e capturando outras, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas - segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas.
Tratou-se de uma ofensiva apoiada pelo grupo xiita libanês Hezbollah e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
A forte retaliação israelita matou até agora mais de 2.670 pessoas, incluindo mais de 700 crianças, e feriu pelo menos 9.600 na Faixa de Gaza, um enclave palestiniano pobre desde 2007 controlado pelo Hamas, grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.
Israel, que impôs um cerco total a Gaza, cortando o abastecimento de água, combustível e eletricidade, e planeia uma ofensiva maciça ao norte daquele território palestiniano, emitiu um ultimato para a população civil (cerca de 1,1 milhões de pessoas) o abandonar e se dirigir para o sul - uma deslocação forçada que originou protestos da comunidade internacional e que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que, para os grupos mais fragilizados, poderá "equivaler a uma sentença de morte".
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Israel. União Africana e Liga Árabe discutiram "situação catastrófica"
© Luis Tato/AFP via Getty Images
POR LUSA 15/10/23
O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, encontrou-se hoje com o secretário-geral da Liga Árabe, Aboul Gheit, com quem discutiu a "situação catastrófica" na Palestina devido à guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.
"Fui recebido hoje no Cairo pelo secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, Aboul Gheit. Discutimos a situação cada vez mais catastrófica nos territórios palestinianos ocupados", declarou Mahamat na sua conta da rede social X (antigo Twitter).
"Reiterei a posição da União Africana", acrescentou o político chadiano, sem fornecer mais pormenores.
Em 07 de outubro, Mahamat instou israelitas e palestinianos a porem termo às "hostilidades militares" para regressarem à mesa das negociações, depois de o Hamas ter lançado um ataque surpresa contra Israel a partir da Faixa de Gaza nesse dia.
O presidente da Comissão da União Africana (UA) manifestou então a sua "maior preocupação" com "as hostilidades israelo-palestinianas em curso, que estão a ter graves consequências para a vida dos civis israelitas e palestinianos, em particular, e para a paz na região, em geral".
Mahamat fez "um apelo urgente a ambas as partes para que ponham fim às hostilidades militares e regressem, incondicionalmente, à mesa das negociações para implementar o princípio de dois Estados vivendo lado a lado, para salvaguardar os interesses dos povos palestiniano e israelita".
O Governo israelita confirmou no domingo que mais de 1.400 pessoas foram mortas em Israel desde o início da guerra com as milícias de Gaza, em 07 de outubro, e que pelo menos 126 foram raptadas e feitas reféns na Faixa de Gaza.
De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, 2.329 pessoas morreram até agora na Faixa de Gaza em consequência dos ataques do exército israelita, que também deixaram mais de 9.000 feridos.
O grupo islamita Hamas lançou no dia 07 um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
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Guiné-Bissau: PRESIDENTE DA REPÚBLICA EFECTUA VISITA À CIDADE DE BAFATÁ
ISRAEL/PALESTINA: Cidade israelita de Sderot evacuada sob disparos do Hamas
© YURI CORTEZ/AFP via Getty Images
POR LUSA 15/10/23
A cidade israelita de Sderot, vizinha do território de Gaza, está a ser evacuada sob disparos de foguetes do movimento islamita Hamas contra a zona urbana.
A poucos minutos das 13h00 (11h00 de Lisboa) os foguetes disparados de Gaza foram apontados contra a periferia leste da cidade, não provocando vítimas.
Hoje, a meio da manhã, as autoridades israelitas decretaram a evacuação da cidade que já estava parcialmente desocupada porque parte da população tem abandonado as casas ao longo dos últimos dias.
Alguns autocarros de passageiros deslocaram-se para norte acompanhados de pequenas colunas de veículos civis escoltados pelas forças de segurança, que montaram uma operação de retirada dos residentes.
São muito poucos os automóveis estacionados na cidade deserta a leste de Gaza e a maior parte das residências tem as janelas fechadas, com persianas fechadas ou com as cortinas corridas.
A artilharia de campanha de Israel continua a atingir Gaza e, ao contrário dos últimos dias, é percetível a passagem de aviões de combate, a grande altitude sobre o enclave.
Leia Também: Cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas na Faixa de Gaza numa semana devido à guerra que eclodiu entre Israel e o Hamas, informou hoje a agência da ONU para os refugiados palestinianos.
O Secretário Geral da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços, anuncia que a partir do mês Janeiro a Guiné-Bissau passará assumir a presidência rotativa da Câmara Consular da UEMOA, para um mandato de três anos.
Saliu Bá falava à margem do torneio organizado pelo ministério do comércio alusivo Outubro mês de Consumo dos produtos locais da UEMOA.
Segredo da longevidade? Para esta centenária, uma das chaves é... xerez
© Reprodução/The Yorkshire Post
Notícias ao Minuto 15/10/23
Ainda que o marido não soubesse dançar, isso não impediu a centenária de o fazer até aos 96 anos.
Rodeada pela família no seu 105.º aniversário, uma centenária de Yorkshire, no Reino Unido, revelou que o segredo para a sua longevidade passa por tomar dois copos de xerez antes de dormir, bem como por comer tostas barradas com Marmite ao pequeno almoço.
“A minha mãe costumava meter muito, mas não é suposto. Não me fez qualquer mal, ainda assim. Bebo dois copos de xerez à noite, o que me ajuda a dormir, e são as únicas coisas que faço regularmente. Também nunca fumei. E dancei muito”, contou Joan Prince, citada pelo The Yorkshire Post.
Aos 17 anos, a mulher ficou noiva do namorado, Granville Price, com quem estava havia dois anos, mas a sua mãe considerou que não se poderia casar até completar 21 anos. O casal deu o nó em 1939, mudando-se para Sheffield, onde ainda reside.
Ainda que o marido não soubesse dançar, isso não impediu a centenária de o fazer até aos 96 anos.
“Costumava dançar, jardinar, pintar, desenhar, costurar… Agora não tenho visão, não o consigo fazer. Também costumava cantar, mas já não o faço”, lamentou.
Desde os 14 anos que Joan trabalhava na loja de ‘fish and chips’ dos pais e, com o brotar da Segunda Guerra Mundial, vendia mercearia a partir da sua sala de estar. Com a chegada dos supermercados, nos anos 70, deixou de o fazer.
“Não foi fácil, porque estava tudo racionado. Começámos com o pé atrás, mas adorei, e só fechei quando construíram os supermercados. Toda a gente enlouqueceu, e perdi completamente o meu comércio. Fechei-o nos anos 70 e assumi a loja de ‘fish and chips’", recordou.
No seu aniversário, a mulher desejou que os amigos ainda estivessem vivos para celebrar consigo.
“Adoro estar com pessoas”, assegurou.
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Putin diz que a contraofensiva ucraniana falhou e Rússia está a melhorar posições
PAVEL BEDNYAKOV
Por sicnoticias.pt 15/10/23
O Presidente russo garante que as forças russas estão a "melhorar as suas posições" em quase toda a linha da frente na Ucrânia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que a contraofensiva de Kiev falhou e que as forças russas estão a "melhorar as suas posições" em quase toda a linha da frente.
"O que está a acontecer agora na linha de contacto chama-se 'defesa ativa'. As nossas tropas estão a melhorar as suas posições em quase toda esta área, num espaço bastante grande", disse Putin, numa entrevista à televisão estatal russa.
De acordo com o Presidente russo, em causa estão as frentes de Kupiansk, Zaporijia e Avdivka.
"Trata-se de uma defesa ativa, com uma melhoria das posições em determinadas zonas", reforçou.
Putin frisou que a contraofensiva ucraniana, lançada no início de junho, "falhou completamente".
"No entanto, sabemos que, em certas zonas de combate, o lado oposto está a preparar novas operações ofensivas", referiu.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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ISRAEL/PALESTINA: Ação israelita ultrapassa "domínio da autodefesa", diz Pequim
© PEDRO PARDO/AFP via Getty Images
POR LUSA 15/10/23
A ação de Israel em Gaza, em resposta ao ataque do Hamas, ultrapassou "o domínio da autodefesa" e o Governo israelita deve parar de "punir coletivamente" o povo de Gaza, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês.
"As ações de Israel ultrapassaram o domínio da autodefesa" e os dirigentes devem parar de "punir coletivamente o povo de Gaza", disse Wang Yi ao chefe da diplomacia da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, no sábado, de acordo com uma declaração divulgada hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
"As partes não devem tomar qualquer medida que possa agravar a situação", sublinhou Wang Yi, apelando à abertura "de negociações".
A televisão pública chinesa CCTV anunciou que o enviado da China para o Médio Oriente, Zhai Jun, vai visitar a região na próxima semana para promover um cessar-fogo e conversações de paz.
No sábado, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, apelou à China, parceira do Irão, para que usasse a sua influência para acalmar a situação no Médio Oriente.
A 07 de outubro, o grupo islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, desencadeou um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, classificado como movimento terrorista por Israel, Estados Unidos, UE, entre outros.
Os dados oficiais de vítimas mortais, na maioria civis, apontam para mais de 1.400 mortes em Israel e mais de 2.200 na Faixa de Gaza, de acordo com fontes oficiais israelitas e palestinianas.