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Notícias ao Minuto 14/06/23
O líder bielorrusso disse que algumas destas armas são três vezes mais potentes do que as bombas atómicas que os Estados Unidos lançaram sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, deu conta, esta quarta-feira, de que o país já começou a receber as armas nucleares táticas anteriormente prometidas por Moscovo.
"Temos já mísseis e bombas que recebemos da Rússia", confirmou em entrevista à televisão estatal russa, aqui citadas pela Sky News. Nesse momento, o líder bielorrusso afirmou ainda que algumas destas armas são três vezes mais potentes do que as bombas atómicas que os Estados Unidos lançaram sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.
A notícia surge após o presidente bielorrusso ter proferido declarações que parecem contradizer a posição do chefe de Estado russo, Vladimir Putin, acerca do uso potencial desse armamento. Isto porque o presidente russo enfatizou que Moscovo manteria o controlo sobre a eventual utilização desse armamento, ao passo que Lukashenko afirmou que não hesitaria em utilizá-lo caso a Bielorrússia fosse alvo de uma agressão.
Este é o primeiro destacamento de armas nucleares táticas para fora da Rússia desde a queda da União Soviética, numa altura em que ambos os países têm vindo a fortalecer os seus laços. É uma movimentação que tem sido acompanhada atentamente pelos países aliados, como os Estados Unidos, mas também da China, que tem advertido repetidamente contra a utilização de armas nucleares na guerra da Ucrânia.
Na terça-feira, Alexander Lukashenko tinha já dito que, de facto, as armas nucleares russas seriam fisicamente transferidas para território bielorrusso "dentro de alguns dias" e que o país dispunha, ainda, de instalações para acolher mísseis de maior alcance, caso fosse também necessário.
A guerra na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), quase nove mil civis morreram e mais de 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno.
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